segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

EXCLUSIVO:Como Brasília perdeu uma prostituta !!!

SEGUNDA-FEIRA, 11 DE FEVEREIRO DE 2013 ESPAÇO DO LEITOR Vierinha.......por email A educadora Dagmar Garroux preparou uma de suas alunas para ser prostituta. Mas não qualquer prostituta - seria treinada para circular pelos bastidores de Brasília. Além de etiqueta, aprenderia a falar bem português e se viraria no inglês ou espanhol. Com aulas de artes, história e atualidades, ela conseguiria manter uma conversa em recepções. “O treino funcionou”, orgulha-se Dagmar. Funcionou tão bem que Brasília perdeu uma prostituta. A menina, estimulada com a chance de ser prostituta em Brasília, morava na favela do Parque Santo Antônio, localizada no chamado “triângulo da morte”, na zona sul da cidade de São Paulo. No “triângulo” existe o cemitério São Luiz, que, conta-se, é o lugar onde estariam enterrados mais adolescentes por metro quadrado no mundo. Dagmar criou, ali, um centro educacional batizado de Casa do Zezinho - o nome é inspirado na poesia “E agora, José?”, de Carlos Drummond de Andrade. Uma das freqüentadoras da casa era a menina, que começou a vender o corpo, na fronteira da adolescência, agenciada por um rapaz mais velho da escola pública em que estudava. Dividiam pela metade o valor de cada programa (R$ 10). A garota não gostou da intromissão da educadora. “Não se mete, não. - Você nunca pensou em se vender para ganhar dinheiro?”, perguntou, agressiva. Ela era conhecida pela violência, metia-se em brigas. Quase sempre andava com uma faca. Dagmar suspeitou de que corria o risco de perder a aluna, desfeito o já frágil laço afetivo. Decidiu entrar no jogo. Disse que nunca quis vender o corpo. Mas, se quisesse, não iria aceitar mixaria. “Eu iria cobrar no mínimo R$ 1.000. Isso no começo, depois aumentaria o preço.” A aluna arregalou os olhos e ouviu a improvável proposta: “Por que você não se prepara para ser puta em Brasília? Você ganha dinheiro e se aposenta”. Com aquele corpo e a bagagem intelectual, acrescentou, certamente iria surgir um marido rico. No dia seguinte, a garota voltou, animada com a proposta. “Topo”, disse. Dagmar ponderou que ela deveria, então, se preparar. Para começo de conversa, deveria se cuidar para que aumentasse a disputa dos clientes. Precisaria, assim, parar imediatamente de estragar seu corpo com os homens da favela. “- Você quer chegar a Brasília com a mercadoria velha?” Dagmar convenceu-a de que, além do corpo atraente, precisaria mostrar cultura e saber falar. Um tanto a contragosto, mas de olho nas recompensas futuras, aceitou as aulas. Com as aulas, vieram reflexões sobre autonomia e responsabilidade; a auto-estima era trabalhada em projetos de arte e comunicação. Certo dia, ela fez um comentário sobre os dentes de Dagmar. “Parece que você tem uma boca de cavalo.” E brincou: “Se eu fosse dentista, eu consertaria a sua boca”. O apoio explicou por que, embora sem intenção, a menina apresentasse melhor desempenho escolar. A trajetória teve momentos de crise: como já não faturava com a prostituição, a garota passou tambem a vender drogas. Dagmar voltou a argumentar que, se fosse mesmo vender drogas, deveria se tornar chefe e, aí, precisaria continuar os estudos para entender contabilidade. O inglês seria útil para transações internacionais. Como era inteligente, a menina prosperava cada vez mais rapidamente na escola. À medida que ficava mais velha, prestava mais atenção no que acontecia em sua comunidade com quem se envolvia com as drogas e a prostituição - bem ao seu lado estava o pedagógico cemitério São Luiz. Ela chegou a concluir o ensino médio e suspeitou que talvez pudesse prosseguir. Por motivos óbvios, não posso revelar o nome da aluna: “Ainda sinto muita vergonha”, justifica. Fez um cursinho pré-vestibular gratuito e entrou na USP. Formou-se em odontologia - e agora vive consertando bocas. PS: A ex-futura-prostituta de Brasília é um dos casos que passaram pela Casa do Zezinho, uma experiência relatada agora pelo educador Celso Antunes no livro “A Pedagogia do Cuidado”, a ser lançado neste mês. Ele detalha o que existe de teorias pedagógicas por trás dos exemplos. Se os gestores municipais agora eleitos quiserem fazer cidades melhores, terão de aprender as magias que podem ser feitas quando existirem bons educadores, mesmo num “triângulo da morte”. É mais uma ilustração do que sempre digo: educar é ensinar o encanto da possibilidade. Um dos seus projetos é transformar aquele simbólico cemitério São Luiz, com o recorde de covas de adolescentes, numa galeria de arte, com os muros externos pintados - as obras, claro, serão feitas por adolescentes. Por esse tipo de experiência, Dagmar vai dar aula, na próxima semana, num curso de gestão da Fundação Vanzolini, da Poli.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O MOMO EM SALVADOR A FESTA SEXUAL

Da Cruz Roque Assunção Domingo às 22:58 O MOMO EM SALVADOR A FESTA SEXUAL Sexo, futebol e paixão inspiram carnaval 2013 de Daniela Mercury. O carnaval é uma festa sensual, sexual também', diz sobre novidades. Música de trabalho da cantora este ano é 'Couchê'. Na capital do Salvador, no Estado da Bahia, há uma variação do carnaval, só que esse se passa na rua, e os passistas entram em êxtase sambando, enchendo a cara e tendo relações sexuais até a morte. Essa varição do carnaval começa no dia primeiro de janeiro e termina no dia trinta de dezembro. Durante o dia trinta e um os baianos terminam a festa e vão trabalhar. O Carnaval em Salvador começa, extra-oficialmente, na próxima quinta-feira, embora a cidade já viva “dias de Momo” desde o começo do Verão. Qualquer pessoa que queira participar desta variante do Carnaval provalvelmente terá que se desfazer de todos os seus bens para adqurir um Abadá. E aqueles dos de que não se desfizer, vão perder nos assaltos e arrastões mesmo. O carnaval foi criado na Bahia, um baiano chegou para a baiana e falou "te cutuco", ela "num cutuca", "te cutuco", "num cutuca". E assim surgiu o ritmo sexual do carnaval em Salvador, no Estado da Bahia. Na imagem da cidade do carnaval é determinante a sintaxe da obscenidade, da orgia, da perversão simbólica. O carnaval além de ser uma festa que contamina toda uma cidade, é uma forma de apropriação urbana que altera sensivelmente a imagem, a ordem e os valores que regem e fazem o estilo de vida dos outros dias do ano, fazendo da cidade o lugar de uma orgia coletiva. Se a cidade é o centro das operações mercadológicas do capitalismo, durante o ritual carnavalesco, ela é reorganizada, por um urbanismo perverso, para permitir a comercialização, consumismo e o desperdício do erótico, da libido, da violência, materialismo, supérfluo, luxúria e vaidade. A cidade é percorrida pelo lúdico, pela sedução e até pela apelação direta ao sexo livre, como registra as campanhas dos preservativos. Uma estranha cidade portátil é construída dentro da antiga, tendo as barracas de bebidas alcoólicas como principal serviço urbano. Uma multidão consumidora e espetacular e um território fantasmagórico se erguem, subvertendo momentaneamente a aparente racionalidade urbana. Neste audacioso ritual de libertinagem, patrocinado pelo poder e pelo "bom senso" de uma sociedade indiscretamente moralista, a cidade é o palco da sedução e de total entrega, sem pudor, aos prazeres da carne. Em suma, é um ato de total entrega, de transe e êxtase, de liberação de todas as tensões reprimidas e da envolvência absoluta entre o real e o fantástico. Nas luzes dos refletores e câmaras de TVs são focados os corpos desnudos das mulheres. Dedada em pleno carnaval de Salvador. Pelo fato de muitas pessoas terem represadas em seu íntimo, inúmeras fantasias, ansiedades e desejos das mais diversificadas ordens (devido às imposições legais, religiosas, cristãs, morais, dos bons costumes, éticas, tabus, dogmas, etc), essas vontades incontidas, costumam ser exteriorizadas em momentos de maior permissividade, ou mediante o uso de máscaras para não serem reconhecidos, pois o indivíduo não se permite mostrar intimamente em função do medo/receio do julgamento alheio ou mesmo por conta do cerceamento promovido pela legislação humana em tempos ditos normais ou civilizados. Dessa forma, é usual o abuso de bebidas alcoólicas (até como um agente "encorajador"), a atividade sexual infrene e irresponsável, assim como o uso de diversas substâncias estupefacientes, o que transforma esse período num "vencedor" disparado, em matéria de estatística do terror e do morticínio brutal: acidentes automobilísticos, assassinatos, suicídios, estupros e outros fatos lamentáveis comportam-se em um crescente nessas ocasiões. E essas estatísticas não costumam considerar outros infortúnios ocultos aos olhos da mídia em geral, tais como: a iniciação homossexual, o defloramento de adolescentes imaturas, as gravidezes indesejadas desaguando freqüentemente em abortos provocados, a disseminação das doenças sexualmente transmissíveis (inclusive a AIDS) e as ulcerações morais marcando profundamente certas almas desavisadas e imprevidentes. O fato é que se torna corriqueira a associação do desregramento sexual ao alcoolismo e outros tipos de toxicomania e destes com as desgraças mais mediatas ou mais tardias. A dança sempre foi um acessório cultual, entre os índios, nas religiões afro, no antigo Egito e em inúmeros cultos antigos. Mircea Eliade, historiador das religiões, afirma que a dança e a música de tambores eram parte indispensável dos cultos antigos.