domingo, 26 de agosto de 2018

Ética: Herodes e Sócrates falam sobre aborto

Ética: Herodes e Sócrates falam sobre aborto.

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Esse diálogo imaginário entre um defensor do aborto chamado Herodes e o filósofo Sócrates, é um resumo e adaptação da obra do dr. Peter J. Kreeft. Quem já leu apologia de Sócrates, Fedão ou outro texto platônico sobre o personagem mencionado, vai constatar que Kreeft foi muito feliz nessa simulação, pois o estilo de argumentação e a linha de raciocínio é exatamente aquela já conhecida dos leitores de Platão. Herodes: Eles [os pró-vida] alegam saber o que de fato não sabem: que o feto é uma pessoa humana desde a concepção.
Sócrates: E você? Também declara saber o que não sabe?
Herodes: Não. Essa é a minha vantagem e a minha sabedoria. Não alego saber algo que não sei. Eles sim. Eles são os dogmáticos. Os teólogos, os filósofos e os cientistas dscutiram a respeito disso por muitos anos, e sem acordo. É dogmatismo claro alguém reivindicar certeza desse ponto polêmico […] Nós simplesmente não sabemos quando o feto se torna uma pessoa humana. Qualquer um que declara saber e tolo, pois alega saber o que não sabe.
Sócrates: Você não sabe se um feto é uma pessoa, certo?
Herodes: Certo.
Sócrates: E o seu trabalho é matar fetos, correto?
Herodes: Eu estou chocado com a linguagem que você está usando. Eu aborto gravidez indesejada.
Sócrates: Matando fetos ou fazendo outra coisa qualquer?
Herodes: (suspiro) Matando fetos.
Sócrates: Sem saber se eles são pessoas ou não?
Herodes: Se tem que ser colocado dessa forma…
Sócrates: Ora, o que você diria de um caçador que atira ao ver um movimento brusco entre os arbustros, sem saber se é uma corsa ou outro caçador. Você diria que é um sábio ou um tolo?
Herodes: (suspiro) Esse caçador é um tolo, Sócrates.
Sócrates: Ele é um tolo porque alega saber o que não sabe, isto é, que é só uma corsa no arbustro, e não o seu companheiro de caça. […] E agora você, doutor: Você mata fetos, sem ao menos saber se eles são ou não pessoas humanas. Isso não é agir como se você soubesse o que não sabe? Não é uma insensatez – na verdade, o cúmulo da insensatez, em vez de sabedoria?
O diálogo entre Herodes e Sócrates conduz a uma só conclusão: a de que a única atitude genuinamente sábia é tratar os bebês não nascidos como pessoas, conferindo-lhes os mesmos direitos que nós temos, inclusive o direito à vida. Por causa disso é que eu afirmo que o aborto não é apenas uma transgressão da lei divina, mas também uma afronta ao raciocínio humano.

O ser humano é mais um BICHO homossexual


10 animais que praticam a homossexualidade

Por , em 30.04.2013
Durante muito tempo, os biólogos fizeram de conta que não estavam vendo. Agora, não dá mais para esconder: o comportamento homossexual é bastante comum na natureza, e não é restrito a mamíferos; aves e insetos também o apresentam.
Mais além, não se tratam de relações fortuitas – alguns animais realmente formam casais homossexuais que passam juntos a vida toda, chegando a criar filhotes às vezes doados por casais heterossexuais, às vezes resultado de uma “escapada” de uma das fêmeas.
Veja apenas alguns exemplos de animais que praticam a homossexualidade:

10. Carneiros

10Às vezes contamos carneirinhos para dormir, mas as tendências naturais dos carneiros têm tirado o sono dos cientistas. Os carneiros domésticos estão, estatisticamente, entre os mamíferos mais gays que existem. Estudos científicos mostraram que a proporção de carneiros machos que formam pares de machos e nunca mais tem contato com fêmeas chega a incríveis 8%.
Os casais do mesmo sexo não reproduzem, mas agem como um par em todos os outros aspectos de suas vidas. Os rebanhos homossexuais se destacam como um exemplo do status do relacionamento diversificado entre os animais, mas não fazem muito sucesso com os fazendeiros, que estão interessados em conseguir o maior número de filhotes possível.

9. Albatrozes de Laysan

9Em 2007, cientistas que estavam estudando os albatrozes de laysan de Oahu notaram que 60% das aves eram fêmeas, e que 31% de todos os pares eram de fêmeas lésbicas. Estes pares de pássaros fêmeas exibem todo o comportamento de um casal, fazem ninhos, dão “beijo de bico”, e uma variedade de outras atitudes reprodutivas.
Os albatrozes de laysan são normalmente bastante defensivos quando percebem invasores, o que indica que a aceitação de outra fêmea é uma formação de casal verdadeira. Os pares de mesmo sexo podem durar tanto quanto tempo quanto os pares tradicionais – em um caso observado, chegou a 19 anos. Na Nova Zelândia, um par do mesmo sexo de albatrozes reais, que são maiores, foi visto cuidando de um ninho, o que sugere que este comportamento é comum.

8. Golfinhos nariz-de-garrafa

8Em termos de inteligência, os golfinhos estão entre a nata dos animais. Em capacidades cognitivas e sociais, eles são comparáveis aos chipanzés e humanos. Dentro das sociedades dos golfinhos também existe grande diversidade, e numerosas relações do mesmo sexo já foram identificadas.
Em um caso inacreditável, um par de golfinhos gays mantiveram um relacionamento por 17 anos, e pesquisadores identificaram um bando inteiro de golfinhos composto apenas de machos. Ficou claro que os relacionamentos entre os golfinhos são fortes, não importando a orientação sexual dos mamíferos marinhos envolvidos. Também foram identificados golfinhos bissexuais, que mantinham contatos apaixonados com membros do mesmo sexo e do sexo oposto.

7. Bonobos

7Os bonobos, que se parecem com chipanzés, não estão apenas entre os animais mais inteligentes, mas também são os nossos “parentes” mais próximos. Estes macacos, que vivem em colônias altamente sociais, são mais gentis quando comparados com seus parentes mais violentos, os chipanzés, e são famosos por usar uma linguagem de amor, em vez de uma linguagem de agressão, para resolver problemas e se comunicar.
Muitos dos conflitos acontecem entre dois machos ou entre duas fêmeas, o que indica que relacionamentos homossexuais acontecem com frequência entre estes primatas. Encontros sexuais servem para melhorar o status social das fêmeas, mas também acontecem entre machos, mais frequentemente em um contexto de “lutinhas”.

6. Galo-da-serra peruano

6Os galos-da-serra peruanos são fantásticas aves canoras com uma aparência dramática, combinando uma cor laranja brilhante com uma enorme crista. Cerca de 50% dos machos da espécie praticam sexo homossexual.
Diferente das aves que vimos antes, somente os machos desta espécie procuram encontros homossexuais. É possível que o comportamento gay seja resultado de uma densidade populacional alta, e uma competição enorme pelas fêmeas. Os encontros homossexuais satisfazem o desejo da ave de expressar sua promiscuidade e copular, e assim acaba também aumentando a estabilidade social entre estes pássaros, que normalmente são nervosos.

5. Leões africanos

5Os leões africanos são normalmente símbolos de liderança tradicionais, principalmente em sociedades patriarcais que envolvem haréns de fêmeas. Entretanto, uma certa porcentagem de leões africanos machos abandonam as fêmeas disponíveis para formar seus próprios grupos homossexuais.
Leões machos já foram documentados montando outros machos e se envolvendo em uma variedade de comportamentos que normalmente são reservados a casais de animais do tipo macho-fêmea. Apesar de muitas sociedades animais serem estruturadas de forma a favorecer casais do mesmo sexo, a razão para as associações entre leões machos é desconhecida. Os leões são os felinos com o maior desejo sexual, o que pode significar que estes encontros sejam mais “significativos” que as interações homossexuais entre carneiros ou aves.

4. Aves aquáticas e pinguins

4O comportamento homossexual já foi documentado na natureza entre cisnes negros australianos, que às vezes formam trios, envolvendo dois machos que estabelecem um local para nidificar. Incrivelmente, os arranjos que envolvem dois machos acabam tendo mais sucesso na criação de filhotes, devido a sua efetividade em defender o local do ninho de predadores.
Ainda falando de aves, dois pinguins machos viraram manchete depois de formarem um casal em um zoológico, e receberem um ovo que acabaram criando com sucesso. Antes de receberem seu próprio ovo, o casal de pinguins gays tentou roubar ovos de casais de pinguins heterossexuais.
Os ornitologistas que estudam o fenômeno notam que, em geral, pares de aves machos se formam entre espécies canoras mais promíscuas, enquanto pares de fêmeas se formam em espécies monógamas. Apesar deste comportamento ser normal em algumas espécies, a pesquisa científica indica que um aumento nas taxas de casais do mesmo sexo entre os íbis sul-americanos pode ser o resultado de intoxicação por mercúrio, resultante de minerações, que estaria alterando seus hormônios sexuais.

3. Gaivotas ocidentais

3As gaivotas ocidentais se parecem com os albatrozes de laysan, mas são mais aparentados com os papagaios do mar. A evolução convergente deu a elas uma semelhança com os enormes albatrozes, e também um sistema de procriação semelhante, novamente envolvendo duas fêmeas.
Expedições científicas realizadas às Ilhas do Canal da Califórnia (EUA) revelaram que não menos de que 14% dos casais de gaivotas eram de fêmeas. A diversidade nas colônias foi notada primeiro quando alguns ninhos foram encontrados com quantidades maiores de ovos. E alguns ovos estavam até fertilizados, devido a algumas “escapadas” com gaivotas macho.

2. Girafas

2Jovens girafas machos, antes de terem algum contato sexual com uma fêmea, às vezes têm alguns encontros homossexuais e alianças temporárias. As atividades dos casais gays incluem beijo de língua, massagem de pescoço e “abraços”, bom como contato corporal total e aninhamento.
Acredita-se que o objetivo dos contatos com elementos do mesmo sexo é desenvolver alguma familiaridade com as técnicas de acasalamento antes de usá-las com uma girafa fêmea. Na pequena comunidade que é um bando de girafas, parece que a ideia é chegar bem nas meninas logo de cara, e, para isto, eles treinam com meninos antes.

1. Libélulas

1É fato: insetos podem ser gays. As libélulas estão entre os predadores mais evoluídos do mundo dos insetos, e também estão entre os mais exibicionistas, fazendo balés voadores espetaculares, bem como encontros sensuais com outras libélulas.
Mas a presença do sexo oposto nem sempre é um pré-requisito para o namoro das libélulas. Investigações revelaram uma frequência surpreendentemente alta de encontros entre libélulas do mesmo sexo. A compreensão do motivo destes encontros entre invertebrados é um desafio, e até hoje são pouco compreendidos. A química ambiental e a falta de disponibilidade de parceiros podem ser fatores que influenciam o comportamento.[Listverse]

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

O POVO QUER JUSTIÇA - LULA LIVRE DESTA DESGRAÇA!!!











SERGIO MORO PODE SER AFASTADO COM DECISÃO ONU/LULA, QUE É MANDATÓRIA COM TEOR DE “CUMPRA-SE”, DIZ JURISTA


“A decisão é mandatória: um imenso “cumpra-se” que abarca a responsabilidade de todo o Estado brasileiro e não somente de um juiz que cometeu crime, mas ainda não foi afastado.” 

Com Supremo, com tudo. Só esqueceram da ONU


por Carol Proner


Do DMM– “O silêncio do grupo Globo decide mais que qualquer juiz no Brasil. A tática agora é não pautar assuntos constrangedores ou aqueles que não podem ser sustentados sem o apelo à mentira.” Quem inicia essas linhas em artigo é a Professora de Direito Internacional da UFRJ, Carol Proner. Ela esclarece sobre decisão importante da ONU em defesa dos direitos civis e políticos do ex – presidente Lula. “A decisão é mandatória: um imenso “cumpra-se” que abarca a responsabilidade de todo o Estado brasileiro e não somente de um juiz que cometeu crime, mas ainda não foi afastado.”  Proner expõe a vergonha do Brasil ante o direito internacional: “Sob os olhos do mundo, o Brasil se transformou, entre todas as tentativas em curso na América Latina, no case mais escandaloso de perseguição midiático-judicial a um líder político.” A doutora discorre sobre os escaninhos do golpe: “Hoje é transparente o vínculo entre o golpe jurídico-midiático-parlamentar contra Dilma e o ativismo jurídico-midiático contra Lula, processos paralelos e complementares que engolfaram a democracia não apenas pelo comprometimento das eleições de 2018, mas também por revelar limites dramáticos do modelo: agora, amarrando bem – com supremo, com tudo – é possível apear presidentes ou encarcerar candidatos para evitar o acontecimento da democracia. Só se esqueceram dos expertos da ONU.” E emenda: “Tentando imaginar a embaraçosa situação dos perpetradores do golpe e daqueles que agora têm nas mãos o destino de tudo isso – não só do Lula-Livre, mas de suas próprias biografias – talvez, se pudessem voltar no tempo, teriam feito tudo com mais capricho: quem sabe um juiz menos acusador, um Ministério Público menos power point, desembargadores menos apressados, ministros da Suprema Corte menos vaidosos e uma mídia menos canastrona. Poderiam ter chegado lá pisando no povo, naturalmente, mas com elegância.”. LEIA ÍNTEGRA:

Com Supremo, com tudo. Só esqueceram da ONU – Por Carol Proner.
O silêncio do grupo Globo decide mais que qualquer juiz no Brasil. A tática agora é não pautar assuntos constrangedores ou aqueles que não podem ser sustentados sem o apelo à mentira. E é por isso que não há muitas linhas sobre o recente caso da ONU, assim como também passaram em branco os “golpes blancos en América latina” alertados pelo Papa Francisco na visita dos brasileiros ao Vaticano. Mas, in dubio, pode ser que as câmeras dos cinegrafistas da emissora tenham contraído uma espécie de vírus, no dia do registro da candidatura de Lula, e se esmeraram em imagens laterais, deixando fora de foco aproximadamente 30 mil pessoas.

Vamos falar francamente: não precisamos de professores de direito internacional para explicar que a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU vincula, obriga e gera responsabilidade. Para os que têm alergia ao direito internacional, fiquemos com a prata da casa, temos leis de sobra para assegurar os direitos políticos do candidato, leis constitucionais amplamente respaldadas pela legislação-base, sem contar a antecedência, a jurisprudência e a velha e boa “prudência” de não deixar escoar direitos irreparáveis.

Para começo de conversa, a decisão da ONU espelha a legislação pátria: o mandamento decorre dos direitos e garantias constitucionais e da tradição democrática e responsável do direito eleitoral que, mesmo nas brechas da lei que pune quem não tem “ficha limpa”, é cuidadoso com o direito-síntese mais importante do nosso sistema político: o direito de votar e ser votado.

A decisão da ONU complementa o que já temos, mas também é um alerta para que, caso alguma autoridade tenha esquecido de aplicar a lei no curso de um processo não justo, que momentaneamente acalme-se e acautele esses direitos que, não por acidente, são chamados de fundamentais. Em suma, teve um dia ruim? Ficou com vontade de ligar para o carcereiro da Polícia Federal de Curitiba e exigir descumprimento de uma ordem judicial? Lembre-se que a ONU está de olho em você e, com base numa vontade que o Estado brasileiro exarou em 2009, aderindo, via Decreto Legislativo, ao mecanismo de fiscalização universal de direitos civis e políticos, a decisão é mandatória: um imenso “cumpra-se” que abarca a responsabilidade de todo o Estado brasileiro e não somente de um juiz que cometeu crime, mas ainda não foi afastado.

Não prefiro a ironia como forma de escrita, ainda mais quando estamos vivendo no limite do aceitável, quando há gente fazendo greve de fome para que outros não padeçam em consequência de uma crise total que vive o nosso país. Mas por vezes, diante do arbítrio com altas doses de cinismo, recorremos ao sarcasmo para encarar os principais responsáveis pelo agravamento da crise democrática e soberana, pois estão todos nus.

Sob os olhos do mundo, o Brasil se transformou, entre todas as tentativas em curso na América Latina, no case mais escandaloso de perseguição midiático-judicial a um líder político. Escandaloso porque erraram a mão, exageraram e provocaram uma forte reação popular e internacional. O processo de combate à corrupção, preparado para mascarar a trama via “legitimação pelo procedimento”, foi desmascarado logo na origem do chamado Caso Lula, tanto pela defesa do ex-Presidente quanto por argutos juristas que identificaram e denunciaram a prática de lawfare e os atos de exceção no sistema de justiça.

Hoje é transparente o vínculo entre o golpe jurídico-midiático-parlamentar contra Dilma e o ativismo jurídico-midiático contra Lula, processos paralelos e complementares que engolfaram a democracia não apenas pelo comprometimento das eleições de 2018, mas também por revelar limites dramáticos do modelo: agora, amarrando bem – com supremo, com tudo – é possível apear presidentes ou encarcerar candidatos para evitar o acontecimento da democracia. Só se esqueceram dos expertos da ONU.

Nos encontros que temos tido com juristas e cientistas políticos de outros países, essa é a dura mensagem que o caso brasileiro está transmitindo: um alerta para todos os países que vivem a ilusão do acordo possível entre os valores liberais do (neo)constitucionalismo e os direitos dos povos historicamente desgraçados. Na hora certa, quando o mandamento do (neo)contratualismo se resume a “não pactar com a democracia” – racionalidade pós-democrática –  os elitismos, incluindo o elitismo judicial, se levantam e falam grosso com los de abajo. É aí que teremos que enquadrar qualquer projeto de reforma do judiciário que se preze, mas isso é assunto de futuro.

Por enquanto, devemos celebrar. Essa decisão cautelar da ONU é muito boa para a resistência democrática, já que temos consciência de que se trata de acúmulo para fortalecer um momento mais adiante. Como já não acreditamos na justiça, será mesmo por diversão que acompanharemos a decisão do ministro Barroso arbitrando a proibição dos direitos inalienáveis de Lula, apesar da decisão-espelho da ONU. Ele vai tratar a entidade como o Cabo Daciolo trata a URSAL, provavelmente fazendo coro com o Bolsonaro, que a considera covil de comunistas.

Tentando imaginar a embaraçosa situação dos perpetradores do golpe e daqueles que agora têm nas mãos o destino de tudo isso – não só do Lula-Livre, mas de suas próprias biografias – talvez, se pudessem voltar no tempo, teriam feito tudo com mais capricho: quem sabe um juiz menos acusador, um Ministério Público menos power point, desembargadores menos apressados, ministros da Suprema Corte menos vaidosos e uma mídia menos canastrona. Poderiam ter chegado lá pisando no povo, naturalmente, mas com elegância.

*Carol Proner é Advogada, doutora em direito, Professora de Direito Internacional da UFRJ, membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia – ABJD.




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Et Urbs Magna

OEA DIZ QUE BRASIL OBRIGA-SE A MANTER SEUS COMPROMISSOS INTERNACIONAIS

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Relatora da OEA lembra que Brasil deve manter compromissos internacionais que assumiu

Integrante da órgão internacional também lembra que os direitos políticos devem ser garantidos a todos os cidadãos brasileiros: ‘O Brasil não é uma exceção a esses princípios e deve cumpri-los de boa fé’, diz Antonia Urrejola, sobre pactos internacionais
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Do RBA – A relatora para o Brasil da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), Antonia Urrejola, afirma que o Brasil deve cumprir as obrigações estabelecidas em tratados internacionais das quais é signatário. Sem se referir especificamente ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, que determinou ao Estado brasileiro o respeito aos direitos políticos e garantia de participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições, ela explicou a importância do cumprimento desses acordos.
De acordo com a relatora, os países devem manter o compromisso de cumprir os tratados internacionais, que voluntariamente assinaram. “O Brasil não é uma exceção a esses princípios. Um princípio de boa fé é cumprir com as determinações do comitê, porque os Estados se obrigaram aos tratados internacionais de maneira voluntária e, portanto, se submetem aos procedimentos dos diferentes comitês”, explica Antonia, em entrevista à apresentadora da Rádio Brasil Atual Marilu Cabañas, na manhã desta quarta (22).
A integrante da OEA também explica que os direitos políticos devem ser garantidos a todos os cidadãos brasileiros. “Só podem ser limitados em casos previstos em lei por razões de idade, residência ou idioma, ou em caso de condenação de sentença definitiva tratando-se de um processo penal”, afirma.
Também nesta quarta se inicia, em Brasília, a Missão de Observação Eleitoral da OEA, que fará o acompanhamento das eleições gerais em outubro. Será a primeira vez que o país receberá observadores da entidade para analisar o processo eleitoral.
O grupo começa seus trabalhaos se reunindo com Michel Temer e a presidenta do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia. Na quinta (23), o encontro será com o ministro das Relações Exteriores,  Aloysio Nunes. Na sexta (24), a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, receberá a comitiva.
Ao fim da visita, os observadores devem apresentar um relatório com conclusões e recomendações. O documento é encaminhado às autoridades do país e, depois, ao Conselho Permanente da OEA, e servirá de base para a cooperação do organismo internacional e o país, com o objetivo de implementar as recomendações.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

O amor – Khalil Gibran





O amor – Khalil Gibran
Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
Como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa,
Assim ele vos crucifica.
E da mesma forma que contribui para vosso crescimento,
Trabalha para vossa poda.
E da mesma forma que alcança vossa altura
E acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes
E as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma
No pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas, o amor operará em vós
Para que conheçais os segredos de vossos corações
E, com esse conhecimento,
Vos convertais no pão místico do banquete divino.
Todavia, se no vosso temor,
Procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez
E abandonásseis a eira do amor,
Para entrar num mundo sem estações,
Onde rireis, mas não todos os vossos risos,
E chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio
E nada recebe senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir.
Porque o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga:
“Deus está no meu coração”,
Mas que diga antes:
“Eu estou no coração de Deus”.
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor,
Pois o amor, se vos achar dignos,
Determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo
Senão o de atingir a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos,
Sejam estes os vossos desejos:
De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho
Que canta sua melodia para a noite;
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada;
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor
E de sangrardes de boa vontade e com alegria;
De acordardes na aurora com o coração alado
E agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio-dia
E meditardes sobre o êxtase do amor;
De voltardes para casa à noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado,
E nos lábios uma canção de bem-aventurança.

Do livro: O Profeta – Gibran Khalil Gibran