quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Mulher




Mulher




[evangelhista da silva]



Doce Menina
olhar puro e sereno de criança
espírito que aos fariseus encanta
amo-te criança, - filha de Deus.

Uma alma Santa
espírito e carne unem-se
e unidos se revelam templo sagrado
templo do Espírito Santo de Deus.

Este rosto sereno em plena harmonia
transborda carinho e amor
e na felicidade da contemplação
fazes-me ver e sentir teu doce encanto

De um lindo canto
que embevece os dias meus
oh Amada filha de Deus
abraces-me e  sorrias.

É hora de cantares
dançares
sorrires e sonhares
aos braços meus.

Tu és para mim
a sinfonia do amor
que denota
pura Santidade.

Tu és encanto, carícia e sedução
não, e tu não te esposes ao fetiche
a imundície
do sexo à maldição.

Tu és do sol o amanhecer
a brisa que cobre as flores
doce olhar de Menina
és uma rosa em botão.

Logo estarei caindo em teus braços
assim como os regatos se lhes entrega
a imensidão dos oceanos
oh doce menina dos olhos meus.

Jamais entregues o teu lindo corpo
para servir aos porcos
visto seres tu o templo sagrado
do Espírito Santo de Deus.





Bahia, 26/12/2013 às 1h29min

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sábado, 23 de outubro de 2021

Ledores de Almas




Ledores de Almas


[evangelhista da silva]



É tanta porra querendo mergulhar no inferno

lá no inferno impenetrável da alma 

profunda e infinita humana,

e desumana, e fria.


Há quem seja talvez amor e torpor em amar

enquanto ser abstrato indecifrável

jamais desnudado é blindada

nunca, jamais nua.


Que se vão à porra a psiquiatria, a psicologia

a psicanálise e o caralho que for e vier

a mente humana é um abismo

Infinito cosmo.


É inegável a intangibilidade do ser jamais desnudado

enfim somos todos loucos talvez e por certo

tudo que fazemos é procurar e não encontrar

explicar todos explicam até Freud cansou.


Sim, explica mas não convence nem cura a loucura

que descarrila montanha abaixo rumo ao abismo

infinito esfarelando o comboio inteiro

e passageiros e tudo.


Que se vão todos os filhos de puta a porra pois, o seu lugar

melhor seria silenciar aos gritos suas perguntas

e afogarem-se no abismo do querer saber

decifrar a loucura humana.



Santo Antônio de Jesus, 23 de outubro de 2021, às 18h

Menino Eu


 

Menino Eu


[evangelhista da silva]


Vivi muito nem se me dou conta

visto que passou em branco

tudo aquilo que eu fui

nada e tudo.


Mais uma semana em minha infância

do existir, aqui, neste momento

em um dia qualquer de mim

em um sábado.


Tudo que sei é que não vivi e vivo

doces e amargas lembranças

em meu existir

criança.



Santo Antônio de Jesus, 23 de outubro de 2021.



quarta-feira, 20 de outubro de 2021

A PESTE

 


A PESTE



Texto de Raí para o Le Monde, maio/2021


"Que me perdoem Camus, seus estudiosos e milhões de admiradores, peço licença para repetir aqui algumas de suas palavras, do clássico “A Peste”, de reivindicar tua audácia, uma ousadia à imagem das tuas, para me ajudar neste momento de súplica rebelde, deste espasmo de “combat” e de “combattant”, diante de atos desumanos e suas terríveis consequências.
Como brasileiro, como tantos outros e perante o mundo, assumo aqui que estamos habitados, sitiados, nestes tempos sombrios de nossa história, por mais de uma terrível peste. Este duplo flagelo, cujas devastações são apenas o acréscimo de nossos próprios erros coletivos, que pode contaminar muito além de nossas fronteiras.
Além da “Peste” biológica, epidemia pessimamente gerida, causadora da maior crise sanitária da história do Brasil, temos outro mal, que no longo prazo pode deixar terríveis sequelas ainda mais profundas. A peste antidiplomática que nos isola, a peste que corrói a Amazônia, o meio ambiente e persegue os que a protegem, o mal que distancia a vigilância e permite passar a boiada, aceita garimpos em reservas indígenas, que prefere troncos deitados a vê-los em pé, vivos, pragas cúmplices dos responsáveis por estes crimes. Também a peste que castra liberdades, ameaça a democracia e resgata a censura, a peste preconceituosa que promove a intolerância, a homofobia, o machismo e a violência.
Enfim, a Peste que nos destrói, destrói a razão e o bom senso, que perturba nossa essência, nossa consciência e nega a ciência. A Peste que promove o ódio é inimiga das artes e da cultura. Ela, que tem suas próprias variantes, é obra de um clã. Associada ao distanciamento, ao negacionismo, a desinformação, a mentira, acaba por reprimir, mesmo que temporariamente, nossa revolta, resistência e indignação.
Citamos Camus: “Os flagelos, na verdade, são uma coisa comum, mas é difícil acreditar neles quando se abatem sobre nós. Quando estoura uma guerra, as pessoas dizem: ‘Não vai durar muito, seria estúpido’. Sem dúvida, uma guerra é uma tolice, o que não a impede de durar. A tolice insiste sempre, e nós a compreenderíamos se não pensássemos sempre em nós”
Sim, aqui do outro lado do Atlântico, este oceano que nos separa e nos aproxima, amigo francês, vemos de tudo. Da “ocupação” de boa parte de nosso espírito, até ideias muito próximas de um nazismo medíocre, ao menos de um ideal genocida de poder, que se pretende genocida de ideias, mesmo que para isso a morte de concidadãos enteja no caminho, nem que para isso aconteça um massacre humanitário, desnecessário, com centenas de milhares de mortes evitáveis.
O mal está espalhado: meio ambiente, relações internacionais, Fundação Palmares, direitos humanos. Chegamos ao cúmulo de assistirmos um certo secretário de Cultura parafraseando em rede nacional o discurso de Joseph Goebbels, ministro de Adolf Hitler antissemita, maldita alma da pior das ideologias.
“Tinham visto morrer crianças, já que o terror, há meses, não escolhia, mas nunca lhes tinham seguido o sofrimento minuto a minuto, como faziam desde essa manhã”.
No nosso caso (que revoltaria ainda mais os personagens de Camus), morrem inocentes por falta de oxigênio, e/ou por falta de leitos.
É preciso então, mais que resistir. Contra este peste brasileira que veste um terno sombrio com seu sorriso astuto, ataca seus adversários com repressão, agressão e perseguição, resgatando “sobras legais” herdadas da ditadura, como a lei de segurança nacional. Nosso Brasil, depois de ter passado por 20 anos de torturas, assassinatos, censuras, pensávamos nunca mais sofreríamos deste mal.
Ainda Camus: “O padre dizia que a virtude da aceitação total de que falava não podia ser compreendida no sentido restrito que lhe era habitualmente atribuído, que não se tratava da banal resignação, nem mesmo da difícil humildade“. “Era por isso – e Paneloux afirmou ao seu auditório que o que iria dizer não era coisa fácil – preciso querê-la, porque Deus a queria”.
“O Brasil acima de tudo e Deus acima de todos” Este era o slogan da última campanha presidencial, esta que acompanhou a vitória do inominável. Alguns de nós já imaginávamos que por detrás destas palavras, se escondia a carne do mal coberta pela fake pele de um fake salvador da pátria, uma clara tentativa de iludir cidadãos de boa-fé, evangélicos, fiéis e crentes de Deus, já feridos e traídos em sua cidadania, querendo fazer crer que toda e qualquer atitude de seu governo segue princípios divinos.
Pois me diga, que Deus seria este que destrói e coloca a vida humana em um plano tão desprezível?
“Porque ele sabia o que essa multidão eufórica ignorava e se pode ler nos livros: o bacilo da peste não morre nem desaparece nunca, pode ficar dezenas de anos adormecido nos móveis e na roupa, espera pacientemente nos quartos, nos porões, nos baús, nos lenços e na papelada. E sabia, também, que viria talvez o dia em que, para desgraça e ensinamento dos homens, a peste acordaria seus ratos e os mandaria morrer numa cidade feliz”.
E me permita completar, e em meu país, perigosamente distraído.
O Brasil que queremos e que o mundo precisa, também negou o horror que se aproximava. E, portanto, há décadas os ratos já estavam aqui mostrando seus rostos e dentes, de olhos revirados, afiando suas unhas. E não nos atentamos. Será que nós, concidadãos, e sobretudo nosso parlamento, também somos negacionistas/cúmplices, ao não querer enxergar o tamanho do perigo, ao nos sujeitarmos a este poder já manchado de sangue e de crimes?
Eu sei que longo prazo, e seja qual for o país, o homem corajoso, o cientista, o resistente conseguirão juntos derrotar o mal. Aqui, não será tão simples assim, porque carregamos nas nossas costas a histórica extrema desigualdade, econômica, social e educacional que esteriliza alguns comportamentos e aniquila a vontade de ruptura.
Toda Peste causa separações profundas e dolorosas. E olhem nós aqui, já isolados, tratados como pária do mundo… mas, sobretudo, separados de nós mesmos, desviados do Brasil que viemos para ser, do nossa essência, da nossa natureza, do país do futuro e de um mundo mais humano e justo. Do país exuberante, da alegria de viver que faz sonhar, que dança, brinca, canta e encanta. Porém, ao nos rendermos ao mal, passivos, mostramos o que temos de pior. O país da miscigenação não pode ser o da negação do seu próprio destino!
“O flagelo não está à altura do homem; diz-se então que o flagelo é irreal, que é um sonho mau que vai passar. Mas nem sempre ele passa e, de sonho mau em sonho mau, são os homens que passam?”
Como fazer para se livrar deste pesadelo? Sobretudo não fiquemos anestesiados, amordaçados por esta “angústia muda”. Fora com este mal maior, fora a estupidez que desencoraja o uso de máscaras, que dificulta o combate ao vírus, que mata e deixa morrer, e ainda insiste!
Vacinemo-nos uma vez por todas! Vacinemo-nos também para expulsar de nós o mal maior, que vai muito além do agente infeccioso microscópico, que gangrena nosso “corps social”.
Porque não basta identificar o sequenciamento do vírus que nos impõe suas leis e viola nossos direitos, devemos agora encontrar o antídoto. Vacina sim! Ele não! Ele nunca mais! Fora Bolsonaro! Caso contrário, nos tornaremos a nossa própria peste.
“A partir desse momento, pode-se dizer que a peste se tornou um problema comum a todos nós”.
Nota da redação: este artigo de Raí, dirigente do São Paulo e ex-jogador adorado pela torcida do Paris Saint Germain, foi publicado no jornal francês Le Monde em maio de 2021. Vale a reedição.

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sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Características da doutrina médica oficial I - A Idiopatia

Medicina não é Ciência - Medicina é uma Doutrina

Dr. Eduardo Almeida, PhD

 

Dr. Eduardo Almeida, PhD

Eduardo Almeida, 1953 Graduado em 1977 pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense.

 

Residência Médica em Clínica Médica no Hospital Universitário Antônio Pedro – Niterói – RJ (1979) Professor Associado I do Instituto Saúde da Comunidade da Universidade Federal Fluminense Mestre em Medicina Social pelo Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1988) Doutor (PhD) em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1996) Criou e dirigiu por 15 anos a Unidade Docente do Posto de Saúde do Caramujo, voltada para a formação em medicina geral e comunitária, onde implantou a prática de várias medicinas alternativas.

Nos dez primeiros anos de prática, manteve intensa atividade clínica nos vários setores da medicina hospitalar.

Em seguida, concentrou suas atividades na medicina extra-hospitalar.

Fundador e diretor do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Medicinas Alternativas da UFF Nos últimos anos tem mantido estreito relacionamento com colegas que praticam a medicina biológica alemã na Alemanha e nos EUA Dedica-se à pesquisa das Racionalidades Médicas, da História da Terapêutica, das Práticas Medicoterapêuticas, em especial das medicinas empíricas.

Autor do livro: As Razões da Terapêutica – Racionalismo e Empirismo na Medicina. EDUFF, 2002.
Autor do livro: O Elo Perdido da Medicina – O afastamento da noção de vida e natureza. Imago, 2007.
Editor e revisor técnico do livro: Medicina que Cura Medicina que Adoece, Eberhardt, HG, 2009

Antiinflamatórios e Analgésicos - A Respeito da dita "Comprovação" das...

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

A Rosa de Sant'Ana


 
A Rosa de Sant'Ana



[evangelista da silva]



O sábado amanhecera em flores e cores e amar
e indo a Feira merquei as flores, vivi o amor e colhi uma Rosa
enquanto eu esperava a Princesa do Sertão em carne e Flor
eu imaginava esse encontro em eterna paixão.


E não via a hora de atravessar o Mar da seca
para mergulhar em seu corpo doce de mulher
como sempre
desde há muito tempo.


Espero-a contente e tenso a sua presença em meus braços
a soluçar um desejo inesgotável de eterna paixão
ai Ana Santa, e minha Rosa, e Flor de Sant'Ana
sacana é quem te faz sofrer neste mundo de meu Deus.


Vem Amor meu
vem
aqui espero nos braços meus
entre soluços, gemidos e gritos.


E no silêncio da noite
sentirão o nosso prazer de Amar
e despertaremos desejos ofuscados
àqueles casais infelizes.


Por certo irão copiar o nosso gesto dengoso
mas nunca nos alcançarão
em desejo, amor e tesão
visto que o nosso amor é desejo infinito de gozar.