segunda-feira, 31 de outubro de 2011

MPF investiga atuação de paramilitares na capital baiana


 
 

MPF investiga atuação de paramilitares na capital baiana

Uma possível ação de grupos paramilitares chefiados por agentes públicos armados na Bahia esta sendo alvo de investigação do, MPF, Ministério Público Federal. De acordo com o MPF, que também investiga outros dez estados, Salvador esta entre os casos mais graves. O jornal O Globo denunciou que bairros da capital, como Aguas Claras, Fazenda Grande do Retiro, Cosme de Farias e mais nove bairros não divulgados, seriam pontos de controle de milícias. A suspeita é que eles praticam extorsão a moradores e comerciantes da região, dando segurança em troca de dinheiro, o que é ilegal. Em troca, o grupo expulsaria e mataria os traficantes das regiões. O grupo também explora o transporte alternativo, o sistema de internet, TV a cabo e gás. Os outros estados na mira do MPF são: Rio de Janeiro, Paraíba, Espírito Santo, Ceará, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Alagoas, Piauí, Minas Gerais e São Paulo.
Fagner Abreu
Reporter da Revista Bahia Acontece
fagnerabreu@revistabahia.com.br

domingo, 30 de outubro de 2011

Grande Mestre André Setaro...



Em 1990 passei um ano nos Estados Unidos e, nesta época, conheci um tal de Obama, que ficou meu amigo e me dizia sempre que, se um dia viesse a ser presidente, a primeira coisa que faria seria colocar, na Casa Branca, a minha foto devidamente emoldurada. Ri-me de sua 'boutade' e o considerei um bom 'causeur'. A realidade, porém, desmente o sonho e a ilusão. Obrigado, Barack, muito obrigado. Mas você ainda continua a me dever 200 dólares.

 

Charles Chaplin, o imortal Carlitos, ao lado de Gandhi.



Charles Chaplin, o imortal Carlitos, foi o homem mais famoso da primeira metade do século passado. As pessoas esperavam o seu próximo filme com grande ansiedade, mas Chaplin levava em torno de 5, 6 anos para a produção de um novo. Aqui, nesta foto histórica, está ao lado de Gandhi.

Praça da Piedade - Salvador, Meu Amor, Bahia...



Volto a falar da cidade de Salvador. Aqui uma vista aérea da aprazível Praça da Piedade, onde costumava, em décadas passadas, ficar matando o tempo e a hora na tranquilidade de suas cercanias. Não é possível ver  o vetusto Gabinete Português de Leitura, onde passei tardes inteiras lendo jornais e revistas portuguesas. Vê-se a Igreja da Piedade. Mas, constato, que nunca mais fui à citada Praça. Ela não existe mais para mim. O 'dilúvio' que se abateu sobre a cidade, 'dilúvio' administrativo e cultural, afastou-me da verdadeira Bahia, da qual, vale ressaltar, eu gostava imensamente...
 

Atenção: O STF não analisou o mérito - se o exame da OAB é, ou não CONSTITUCIONAL!!!

BACHARÉIS EM AÇÃO - FIM EXAME OAB
EXAME DA OAB É INCONSTITUCIONAL - Para que haja justiça, basta a justiça honesta

Uma mensagem a todos os membros de BACHARÉIS EM AÇÃO - FIM EXAME OAB


Prezados(as):

Peço desculpas inicialmente pela demora em enviar esta mensagem, mas assim como muitos colegas brasilienses e vários de outros estados, comecei a correr as 13h da 6ª feira quando mandei a mensagem com a data do julgamento e “desmontei” na noite de ontem, quando terminei os últimos contatos. Dormi apenas 2 a 3 horas por noite e estava acabado ontem. A idade pesou...
Muitos colegas não entenderam o que aconteceu ontem, por absoluta falta de prática nos trâmites processuais e até pela divulgação dos jornalistas (não li nada até agora ainda, vou ler depois) que já no STF ontem, entenderam como vitória da OAB. Na realidade, não houve vitória e nem derrota de nenhum lado.
Todos se surpreenderam com a fundamentação do Ministro Marco Aurélio, mas não se atentaram a um detalhe importantíssimo: O registro de voto do Ministro Marco Aurélio, que todos os demais ministros acompanharam, pelo conhecimento do recurso extraordinário e pelo seu IMPROVIMENTO!!!
Ou seja: Todos os ministros aceitaram o voto do Relator em NÃO ANALISAR O MÉRITO – SE O EXAME É CONSTITUCIONAL OU INCONSTITUCIONAL – e sim, apenas o analisar o recurso e não aceitar seu prosseguimento.
Assim, não analisando o mérito e apenas improvimento do recurso, a próxima ação que tiver seu mérito centrada na questão exame de ordem é que poderá levar a análise de sua inconstitucionalidade ou não e gerar efeito Erga Onmes para todos os demais processos.
O Supremo em seu site, também está publicando um entendimento errado. Publicam que o STF julgou o exame constitucional, em anexo. Já entrei em contato com o setor de comunicação social, comuniquei o erro, assim como comuniquei o gabinete do Ministro Marco Aurélio sobre o erro na interpretação de sua decisão de ontem, acompanhada pelos demais ministros.
Assim, peço aos colegas – nós sim conhecemos os trâmites e os termos jurídicos – que entrem em contato com as redações de seus jornais e rádios de suas cidades e informem que NÃO HOUVE NENHUMA DECISÃO SOBRE CONSTITUCIONALIDADE OU NÃO DO EXAME e que isto ainda irá acontecer em outra ação que trate do tema e que entre na pauta do STF.
Estarei mandando mensagem mais completa depois, ainda hoje, com mais detalhes, pois agora vou brigar para mudar a manchete do STF, para usá-la como base de uma nota à imprensa. Reitero: ainda hoje.
Vamos seguir lutando. Ontem não tivemos a vitória esperada, mas não tivemos derrota nenhuma. Apenas foi adiado a análise sobre o exame e sua inconstitucionalidade e nós seguimos preparados para vencer.

Até mais tarde
Reynaldo Arantes

calma seu luís... com fé em nosso Pai Celestial você vai se sair desta...

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Gibran Khalil Gibran

O Profeta
Amai-vos um ao outro, mas não façais do amor um grilhão:
Que haja antes um mar ondulante entre as praias de vossas almas.
Encheis a taça um do outro, mas não bebais na mesma taça.
Dai de vosso pão um ao outro, mas não comais do mesmo pedaço.
Cantai e dançai juntos, e sede alegres, mas deixai cada um de vos estar sozinho,
Assim como as cordas da lira são separadas e, no entanto, vibram na mesma harmonia.
Dai vossos corações, mas não confieis a guarda um do outro.
Pois somente a mão da vida pode conter nossos corações.
E vivei juntos, mas não vos aconchegueis em demasia;
Pois as colunas do templo erguem-se separadamente,
E o carvalho e o cipreste não crescem a sombra um do outro.
(Khalil Gibran)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Amorzinho Lindo!...


 

 

Aonde ir?... E agora?!...


 

 

Linda Bahêa!...


Não Sofra Assim!... O Seu Time É O Melhor do Planeta!...

Amorzinho!...


Um Amor!... Uma Sinfonia de Beleza e Graça!...


 

 

O ocaso é delirante!...


 

 

Linda Boneca de Carne!.. Um Amor de Menina!... Um Encanto de Mulher!...


domingo, 23 de outubro de 2011

SERÁ VERDADE...

Quinta-feira, Outubro 20, 2011


Deputados cobram explicações do exército brasileiro(?) sobre manual que põe os civis como adversários

Manual do Exército Por outro lado, Sr. Presidente, é também algo que a mídia grande pouco destacou, algo que merece a nossa absoluta atenção. Falo de um manual de 162 páginas, dito de informação e contra inteligência, produzido por setores do Exército Brasileiro, que parece revivem a Guerra Fria, o inimigo interno. O manual, produzido recentemente com dinheiro público, propõe vigilância sobre entidades da vida civil, movimentos sociais e até órgãos governamentais, como se ainda estivéssemos na ditadura, algo inaceitável. Estamos pedindo que o atual Ministro da Defesa, que não tem nenhuma participação nesse tipo de manual espúrio, venha à Comissão de Direitos Humanos trazer as suas explicações. - Deputado Federal Chico Alencar(PSOL-RJ) discurso na Câmara em 19/10/2011.

Os deputados Chico Alencar e Ivan Valente apresentaram requerimentos nas Comissões de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) e de Relações Exteriores e Defesa Nacional cobrando explicações sobre o “Manual de Campanha Contra-Inteligência”, elaborado pelo Exército. Para os parlamentares, o documento é de contra-informação e desrespeita o Estado Democrático de Direito.

O Manual veio à tona por reportagem da revista Carta Capital, desta semana (19/10/2011), tem 162 páginas e é classificado como “reservado” dentro do Exército. O texto especifica, dentre as centenas de artigos, por exemplo, a política de infiltração de agentes de inteligência militar em organizações civis, principalmente movimentos sociais e sindicatos; lista como potenciais inimigos, chamados de “forças/elementos adversos” praticamente toda a população não fardada do país e os estrangeiros; traz referências ao controle dos meios de comunicação social e técnicos de contrapropaganda; apresenta ações disciplinares contra oficiais, muitos deles ameaçados de expulsão por assumir posições políticas consideradas de esquerda ou por criticar doutrinas aplicadas pelos comandantes.

O requerimento do deputado Chico Alencar entregue à CDHM pede a convocação do ministro da Defesa, Celso Amorim, para que sejam dadas explicações sobre o conteúdo do Manual. Segundo o deputado, o texto causa perplexidade, fere a ordem democrática e é de total contra-informação.

“O manual, produzido recentemente com dinheiro público, propõe vigilância sobre entidades da vida civil, movimentos sociais e até órgãos governamentais, como se ainda estivéssemos na ditadura, algo inaceitável. Trata-se de uma ideologia retrógrada. ”.

O deputado Ivan Valente apresentou dois requerimentos, um também convocando o ministro Celso Amorim para que preste esclarecimentos, e outro solicitando informações do Ministério da Defesa sobre o assunto. Entre outras questões, o deputado pergunta se existem outros manuais de conteúdo similar em utilização nas Forças brasileiras, se foram aplicadas punições a membros das Forças baseadas no Manual de Campanha, quais os critérios para classificar entidades e pessoas e se há autorização do Ministério da Defesa para a produção do documento.

“A repressão continua agindo, 26 anos depois, revelando que a herança de uma página não virada de nossa história vai muito além da tortura que também continua sendo praticada nos órgãos de polícia do país. A cúpula do Exército brasileiro segue, nos dias de hoje, usando o Estado para agir contra seus cidadãos e cidadãs, atropelando novamente o regime democrático, em nome sabe-se lá do que”, afirmou Ivan Valente.

Leia também:
.Portal Militar: Exército prende militares por defenderem democracia

Superlinda...

 
 
 

És Encanto e Poesia...


É NECESSÁRIO CONFIAR?...

PRESIDENTE PAULO MALUF

MULHER!... A RAZÃO!...

 

 

sábado, 22 de outubro de 2011

A natureza se me basta para contemplar a vida!...


 

 

LINDÍSSIMA!... UMA DEUSA QUE ERGUE-SE SOBRE O MAR!...


A PASSAGEM DO ESTADO DE SAÚDE À EXPERIÊNCIA DE MORTE

A PASSAGEM DO ESTADO DE SAÚDE À EXPERIÊNCIA DE MORTE


A PASSAGEM DO ESTADO DE SAÚDE À EXPERIÊNCIA DE MORTE:
O Desafio do Profissional de Saúde
Introdução:
Há uma pequena história, chamada “Somente de Passagem” que tem circulado pela Internet, que nos mostra exatamente o que queremos aqui discutir: vivemos descuidados de alguns valores, enquanto nos apegamos a outros, como se a vida, tal como a conhecemos, fosse a única forma de existir. Vivemos o apego a esta existência, sem perceber sua fragilidade e como se a nossa consciência refletisse apenas este estado de existir.
“Um turista chega à cidade do Cairo, com o objetivo de visitar um famoso sábio. E fica muito surpreso, quando ao encontrá-lo, vê que este mora em um quartinho muito simples e cheio de livros. As únicas peças de mobília são uma cama, uma mesa e um banco.
- Onde estão os seus móveis? – pergunta o turista.
E o sábio, bem depressa, pergunta também:
- E os seus, onde estão?
- Os meus?! – surpreende-se o turista. – Mas eu estou aqui só de passagem.
- Eu também... - conclui o sábio.”
E a história continua com a moral: “A vida na Terra é somente uma passagem... No entanto, alguns vivem como se fossem ficar aqui eternamente...”
Receber o diagnóstico de uma doença que ameaça a vida e a integridade física, como é o caso do câncer, obriga o indivíduo a questionamentos a respeito da vida, seu sentido e significados. Também o leva a pensar de que forma anda a bagagem que vem acumulando com as experiências e com os relacionamentos.
Uma doença potencialmente fatal constitui a perda da ilusão. A ilusão de um corpo perfeito, de invulnerabilidade, de imortalidade. Embora nos recônditos de nossa alma sabemo-nos e percebemo-nos como eternos, a morte deste corpo e desta identidade é real. E lidar com a perspectiva de morte re-significa o sentido de nossa existência.
O ego, na busca confusa da sabedoria e da transcendência de si mesmo, como o turista da história acima, vai acumulando conhecimentos, guardando experiências tantas vezes, desnecessárias. Sobrecarregado, infla-se com o peso da bagagem.
Diferentemente, o Eu, representado na história como o sábio, conhece o que é essencial. Livre do apego, percebe o que é permanente no fluxo de constante impermanência da vida.
Acompanhar um paciente durante as várias passagens, desde o estado de saúde até a experiência de morte, talvez seja o maior desafio ao profissional de saúde.
Desenvolvimento e Emoções:
Tanto os processos intelectuais quanto os processos emocionais afetam todo o corpo pela interação entre o SNC, SI e SE, através dos neurotransmissores e liberação ou supressão de hormônios. Uma das possíveis causas de morte precoce do homem primitivo devia-se não apenas ao ambiente hostil que habitava, mas também à síndrome de tensão crônica produzida pela constante reação de ataque ou fuga, que lhe suprimia o sistema imunitário.
Com o desenvolvimento, o homem passou a viver em sociedades, e pode ainda modificar o ambiente a sua volta, de forma a torná-lo, não somente mais confortável, mas também mais seguro.
No entanto, a vida em sociedade trouxe um novo desafio, o relacionamento interpessoal, o qual passou a ser outra fonte de tensões. Em prol dos relacionamentos e da educação, a livre expressão da sexualidade e de emoções tais como raiva, inveja, medo e outras, tornou-se mal vista. Estas emoções passaram a ser reprimidas, às vezes de forma tão efetiva, que nem chegam ao limiar da consciência.
Mas mesmo as repressões das emoções não livram o indivíduo do sofrimento, apenas enterra a dor em níveis mais profundos. Ainda que reprimidas, elas continuam a atuar passivamente no organismo, levando à secreção excessiva ou deficiente de hormônios, que suprimem ou ativam demasiadamente o sistema imunitário (como no caso das doenças auto-imunes).
Além disto, vida na sociedade moderna trouxe de volta os dragões que solapavam a tranquilidade do homem primitivo. Desta vez, eles vêm travestidos no medo da violência que assola as grandes cidades, do desemprego, da solidão e abandono, da perda de papel social e de outros. Com isto, o homem atual torna a conviver com a síndrome de tensão crônica, causada pela reação de fuga ou luta. Mais cruel ainda, ele passa a viver com a sensação de desamparo e desesperança, imobilizado frente às solicitações e desafios para os quais, muitas vezes, não se sente preparado, o que pode gerar depressão.
As mais recentes pesquisas no campo da psiconeuroimunologia buscam explicar como os pensamentos e emoções se traduzem em moléculas de informações que atuam em todo o organismo.

O Momento do Diagnóstico

A vida constitui-se de um constante fluxo de mortes e renascimentos; de perdas e aquisições. Mas alguns momentos nos quais isto acontece, ficam mais demarcados na consciência. Um destes, é o momento do diagnóstico de câncer. Sendo uma doença séria, potencialmente fatal e cercada de mitos e inverdades, o câncer traz várias perdas. A primeira é a perda da saúde – que acaba com a fantasia de imortalidade e indestrutibilidade, que mobiliza sentimentos de negação, medo, raiva e desespero. Freqüentemente ouvimos expressões tais como: “parece que o chão sumiu debaixo dos meus pés”; “parecia um pesadelo”, “aquilo não podia estar acontecendo conosco” e outras. Com isto, aparece a perda da identidade – do referencial de si, não ter controle sobre a própria vida. Aquilo que antes parecia uma certeza (quem sou eu, o que eu faço, etc...) mudou e novas perspectivas terão que ser encontradas. O trabalho psicoterápico é de suma importância, para que o medo não engesse a vida que se tem a viver. E a pessoa necessita reencontrar o sentido da vida e da experiência, novos caminhos e sua verdade própria.
As emoções e o tratamento:
O processo de tratamento, ainda que realizado com sucesso, é doloroso fisicamente e psicologicamente. Novas perdas poderão ocorrer, como por exemplo, a perda da autonomia – o paciente vive agora com limitações de horários, o tempo passa a ser medido pelo horário de remédios e tratamentos; perda do papel social - passa muitas vezes de provedor e cuidador da família para o papel daquele que precisa ser assistido, gerando frequentemente sensações de fracasso e de isolamento; perdas pelas mutilações – cirurgias podem curá-lo, mas levam pedaços da pessoa e causam o luto pela parte perdida. Estas perdas dão origem a pensamentos do tipo: “eu não sou mais eu mesmo”, “onde está minha parte?”, “não estou mais comigo mesmo”, “onde ficou aquele meu eu?”.
Durante o tratamento, muitas emoções são mobilizadas e é fato reconhecido entre os profissionais que lidam com a doença, que os indivíduos que podem expressar livremente a cólera, desgosto, medo e que mantém a esperança e o espírito de luta, possuem mais condições de cura ou sobrevivência de longo prazo. O organismo reage às mensagens emocionais e mentais, estejam elas conscientes ou não, reduzindo ou ampliando as funções orgânicas, por uma complexa interação entre as substâncias químicas que circulam na corrente sanguínea e os hormônios segregados pelas glândulas.
Manter a auto-estima e a vontade, encarar a vida com uma atitude positiva, é a base fundamental e essencial na recuperação da saúde. O processo de cura pode se iniciar antes mesmo do tratamento em si, na medida em que paciente e terapeutas (sejam eles médicos, psicoterapeutas, enfermeiros e outros) agem como parceiros terapêuticos, dividindo decisões e responsabilidades, e compartilhando a esperança. A responsabilidade compartilhada estimula a adesão e a cooperação do paciente, com o seu próprio processo e na busca do seu terapeuta interior. Através do respeito, da escuta compassiva e honesta, e de uma postura transparente, seus terapeutas podem ser os facilitadores de um novo renascimento.
Transcender as emoções consideradas negativas, não é reprimi-las ou suprimi-las. Ao reprimir uma emoção a energia se acumula no subconsciente e ali permanece exercendo pressão. O papel do terapeuta é remover os obstáculos mentais e físicos, e encorajar o paciente a adotar uma nova atitude mental que libera a força curadora. Esta força restaura a harmonia e traz a possibilidade de restabelecimento da saúde física, mental, emocional e espiritual.
Mas pode haver ainda, perda pela morte , quando não há mais tentativas de cura física. Os pacientes sabem que vão morrer e têm decisões a tomar, o que causa o luto antecipatório – pessoas queridas vão ser deixadas, sonhos e objetivos que não serão mais realizados.
A espiritualidade: o papel da fé e da esperança
A velhice ou o refletir sobre a morte, leva o indivíduo a ver a vida sob o prisma da eternidade, que é basicamente a realidade da psique. Para Jung a psique se constitui da mesma energia que o corpo, mas com intensidade e freqüência de vibração mais elevadas, que podem superar a velocidade da luz. Uma parte da psique não se submete a ação redutora do cérebro e permanece independente de vida e morte, transcende tempo e espaço e ao núcleo do Eu e abrange desde o Eu desperto até o Eu sutil.
A cura tem varias faces. A transformação exterior ou visível, é iniciada pela manifestação e objetivação no mundo, da atitude mental que se constitui a fé ou a crença em si mesmo. E a fé muitas vezes não pertence ao domínio da lógica estatística; é a junção do pensamento e do sentimento, ou seja, da mente com o coração, de forma completa e inflexível.
Através da fé, representada pelas atitudes e crenças mentais, se constrói o próprio céu ou o inferno. Enquanto a fé traz um sentimento de segurança e confiança na própria grandeza essencial, sua falta é um grave fator limitante do processo de cura.
A crença em um prognóstico desfavorável pode se constituir em uma profecia auto-induzida, enquanto a fé na capacidade psíquica e espiritual de superação pode ser uma cura de auto-realização. A fé constitui-se um patrimônio íntimo, um reservatório de energias.
A fé na cura se assenta na crença em um poder superior e nas capacidades de auto-cura e na daquele que exerce o papel de curador. Existe uma interação entre as crenças do terapeuta e as do paciente e o organismo deste reage diretamente a ela. A fé e a esperança induzem a um estado de relaxamento, que neutraliza ou diminui a tensão, ampliando a possibilidade de cura. Além disto, tais sentimentos aumentam a prontidão em assumir atitudes mais assertivas.
O sentimento de esperança e a fé trazem alterações fisiológicas. Mesmo quando não se consegue alcançar a cura, a esperança concretiza a realização de muitas coisas. A falta de esperança equivale à decisão de não mais lutar, não mais viver, que obstaculiza a possibilidade de cura. Cabe ao terapeuta amplificar a vontade do paciente, lembrando-se que a vontade é uma função central de extrema importância do Eu essencial, na experiência de autoconsciência.
Muito embora o ser humano seja por essência, bio-psico-sócio-espiritual, a espiritualidade somente agora passou a ser vista como uma qualidade humana. Pela espiritualidade o medo se desvanece e o indivíduo perde a ilusão de separatividade. Com isto, pode alcançar a consciência de que tudo está perenemente e permanentemente interligado.
Seguir a trilha de desenvolvimento espiritual envolve buscar oportunidades de crescimento em todos os acontecimentos, transcendendo o medo, com a confiança que a vida cuida da própria vida.
Todos os indivíduos têm necessidade de significado, de sentido para a vida. As vivências espirituais não são menos reais do que as necessidades biológicas e sociais. E dão novo sentido e reorganização à vida, despertam valores universais, tais como empatia, ética, compaixão e amor incondicional. Esta é uma experiência do sagrado extrinsecamente terapêutica. E para Maslow, adoecemos não apenas porque entramos em contato com o patológico, mas também porque nos isolamos do lado saudável.
Referências:
Macieira, RC. O sentido da vida na experiência de morte .Ed. Casa do Psicólogo, São Paulo, 2001
Macieira, RC. (org). Despertando a cura: do brincar ao sonhar. Ed. Livro Pleno, Campinas, 2004
Rita Macieira é professora do IJEP
Rita <rita@macieira.info>