quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Eu tenho um sonho

Eu tenho um sonhoI have a dream...
Martin Luther King Jr.


"Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação.

Cem anos atrás, um grande americano, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros.
Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre.
Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação.
Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição.

De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes".

Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.

Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo.
Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia.
Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial.
Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.

Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios de sempre

. Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só.

E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, "Quando vocês estarão satisfeitos?"

Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza.

Eu não esqueci que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são o veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero.

Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.

Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.

Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta.

Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado.

"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.

Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,

De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"

E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.

E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.

Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.

Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.

Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.

Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.

Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.

Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.

Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.

Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.

E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:

"Livre afinal, livre afinal.

Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."

Minha paixão...

Minha paixão...


Minha amante,
 Minha amada,
 Minha amiga.
 Quero entregar-te, 
Em tuas mãos,
 O meu amor,
 Minha paixão, 
E a minha vida.
 Quero ser teu,
 Somente teu,
 De corpo e alma, 
Ser só teu por inteiro,
` Plenamente!
 Dar e receber amor
 Com fervor,
 Alucinadamente.
 E nos entregarmos,
 Completamente. 
E sermos um só ser,
 Infinitamente.

 Elcio Moraes 

A felicidade...

A felicidade...


Sonhe com aquilo que você quer ser,
 porque você possui apenas uma vida
 e nela só se tem uma chance de fazer
 aquilo que quer. 
 Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
 Dificuldades para fazê-la forte. 
Tristeza para fazê-la humana.
 E esperança suficiente para fazê-la feliz.
 As pessoas mais felizes 
não tem as melhores coisas. 
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades 
que aparecem em seus caminhos.
 A felicidade aparece para aqueles que choram. 
Para aqueles que se machucam
 Para aqueles que buscam e tentam sempre.
 E para aqueles que reconhecem 
a importância das pessoas 
que passaram por suas vidas.

 Clarice Lispector 

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Mirar o Infinito!

                                                                                                                                                                 Você nunca vai encontrar o arco-íris se viver olhando para baixo. Charlie Chaplin

O Voo da Águia!...

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O Voo da Águia!...

(evangelista da silva)

Ela se foi como as cinzas ao vento!...

Insurgiu em meu pensamento infeliz...
E sangrenta, aguda e mordaz...
Alçou voo ao infinito 
emprestando o meu grito 
O canto de um poeta em sinfonia
Em eterna melodia 
E saudade e jamais!...
Assim elas entram e saem...
Fazem morada em nosso mundo...
Penetram em nosso pensamento
e acreditam em se nos dominar...
Assim se foi a morena!...
Eterna!... E terna... e bela... e fera...
Para nunca mais!...

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Viva menos infeliz!

Às vezes, quando pensamos muito na vida, encontramos sempre novos problemas.        Não perca tempo refletindo sobre “o que fazer” ou “como fazer”, mas apenas viva!                Simplesmente deixe a sua vida acontecer.

Refletir

                                                                                           frases para reflexão

Viver no passado


Todos têm um passado, alguns mais felizes que outros, mas uma coisa é certa: o que passou, passou!
Reviver continuamente o passado não vai te ajudar a construir um futuro melhor. Aproveite os acontecimentos que passaram para aprender e ganhar experiência, mas não deixe de continuar a caminhada e seguir com a vida.
Como diria Shakespeare:
frases de reflexão

Poesia e Encantamento...




frases para refletir

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Raymundo Joseh Evangelista da Silva: Eu voto em Lula


Datafolha: fracassa o plano eleitoral do golpe




Os que apontaram os riscos da decisão do TRF-4 para o futuro da democracia brasileira não cometiam uma hipérbole de derrotados. Aí está a pesquisa Datafolha mostrando que existe um Brasil majoritário, querendo votar em Lula para presidente, e que é refratário às alternativas que lhe são servidas quando ele é excluído da disputa, preferindo, neste caso, votar em branco ou nulo. A migração dos votos de Lula para outros candidatos é irrisória, pelo menos hoje. Mais 5 pontos para Ciro Gomes, mais 4 para Marina e, para outros, bem menos que isso. Por outro lado, os chamados candidatos do centro persistem com seus índices anêmicos de preferência, com ou sem o nome de Lula na cartela. Tendo fracassado na economia, o golpe vê fracassar também seu plano eleitoral.
O risco para o sistema democrático está neste divórcio inegável entre a vontade da maioria e a determinação dos grupos de elite em impedir a candidatura de Lula. O Brasil pode ter, no final, um presidente de baixíssima legitimidade, rejeitado por mais de um terço dos eleitores. Um presidente sufragado pela maioria dos votos válidos mas não a maioria dos votos nacionais. No ponto em que estamos, isso significará a continuidade e até o agravamento da crise. A eleição tão esperada poderá não ser o fim das provações em curso mas o advento de tempos ainda mais sombrios. Se Temer merece rejeição absoluta mas passiva, em que vem sendo poupado de uma insurgência de massas, o mesmo pode não estar reservado a um presidente que será fruto da fraude, da eleição em que a maioria foi privada do voto livre no candidato de sua preferência. Aí, as portas do inferno podem mesmo se abrir.
O golpe de 2016 e seus desdobramentos,  entre eles a condenação de Lula em segunda instância, vem impondo sua agenda com a força de um trator, sem encontrar maior resistência, mas depara-se agora com o fracasso de seu plano eleitoral. A retirada de Lula não abre espaço para nenhum candidato conservador e muito menos para um “out sider” que representasse a novidade, a renovação da classe política triturada pela Lava Jato, alguém como Joaquim Barbosa ou Luciano Huck. Eles também viram japoneses quando misturados a Alckmin, Meirelles, Rodrigo Maia ou Dória. Formam um grande time da lanterna. Nenhum deles se apresenta como contraponto ao ultradireitista Bolsonaro, que segue firme no segundo lugar, apesar de ter sofrido variações negativas pouco significantes.
No plano do golpe, o primeiro passo era derrubar Dilma  e entronizar um governo que produziria uma rápida recuperação econômica e colocaria em marcha a agenda das reformas liberais, abrindo o caminho para a eleição de um candidato do bloco vitorioso. De preferência, um tucano. Foi esta aposta que levou o PSDB a romper com seus compromissos democráticos do passado e a apoiar o impeachment. Mas o presidente biônico entronizado revelou-se um desastre em todos os sentidos, inclusive no plano moral, e a econômica seguiu sangrando. Um segundo ato era a inabilitação de Lula. Agora ela está praticamente garantida mas vai ficando claro que o projeto eleitoral faz água, como mostra a pesquisa Datafolha. 
Por isso, a realização das eleições não é tão garantida. O golpe, em seu moto contínuo, ainda pode nos reservar mais surpresas. Ou melhor, desastres democráticos.

DATAFOLHA: MESMO CONDENADO, LULA VENCE EM QUALQUER CENÁRIO

TORTURA NUNCA MAIS E OAB DENUNCIAM JUIZ MORO