sábado, 25 de julho de 2020
sexta-feira, 24 de julho de 2020
Cabo Polônio no Uruguai
Cabo Polônio: um dia e uma noite em uma das praias mais selvagens (e charmosas) do Uruguai
Cabo Polônio é uma praia quase selvagem, localizada no Departamento de Rocha, no Uruguai. É conhecida por suas grandes dunas e por conservar o clima de vilarejo, com pouquíssimos habitantes e casinhas rústicas de madeira colorida.
Lá não tem eletricidade e só se pode chegar de caminhão 4 x 4 – ou a cavalo (há passeios que te levam a cavalo).
Desde que soube da existência dessa praia, eu queria conhece-la. Ela fica 140km distante de Punta del Este e por isso, programei uma viagem especialmente para ir a Cabo Polonio.
Foi uma viagem de dois dias e uma noite, no mês de
novembro (baixa temporada). Então o clima estava começando a esquentar e
a cidade não estava tão lotada. Com todos esses fatores à meu favor, me
pareceu uma ótima época para conhecer Cabo Polônio.
Como chegar em Cabo Polônio
Nós optamos por ir de carro, saindo de Montevideo, mas é possível chegar a Cabo Polônio de ônibus e você pode consultar os preços e horários aqui no Terminal Tres Cruces de Montevideo. Tem um post completo com informações sobre como chegar em Cabo polônio no nosso blog. Confira aqui.Saímos de Montevidéu e percorremos a Interbalneária (Ruta 9) até Punta del Este – Manantiales, onde buscamos uma amiga que estava hospedada lá. De lá pegamos a Ruta 104 para voltar a Ruta 9 e seguimos até Rocha, onde pegamos a Ruta 15 a caminho de La Paloma.
(Podíamos ter seguido pela Ruta 10, para ir pela costa, mas fomos alertadas que a balsa da Laguna de Rocha poderia estar fechada, ou com atrasos, devido às fortes chuvas do dia anterior).
Em La Paloma, pegamos a Ruta 10 até chegar em Cabo Polônio. A estrada segue em mão dupla e tem alguns buracos, mas a entrada para Cabo Polônio tem uma placa de sinalização na estrada, o que facilita a nossa chegada.
Comprando o ingresso para Cabo Polônio
Na entrada da reserva, há um estacionamento (descoberto), onde você pode estacionar o carro. Desde o estacionamento é possível avistar a enorme recepção, cuja arquitetura moderna contrasta com a paisagem deserta.Lá está a bilheteria, além da ampla área de lounge e uma cafeteria. É quase difícil de acreditar nesse lugar lindo, no “meio do nada”, em um lugar rústico como aquele. Mas assim é o Uruguai… sempre nos surpreendendo com a sua incansável mescla do antigo com o moderno.
Os ingressos para a entrada em Cabo Polônio de caminhão 4×4 variam de preço, mas a ida e volta nos custou por volta de 30 reais. (Não gosto de colocar preços no blog porque variam muito de estação para estação, ou simplesmente porque o preço aumentou ou diminuiu sem muita explicação).
Os horários também podem ser alterados sem prévio aviso. Então, o ideal é sempre olhar no site do Puerta del Polonio para verificar preços e horários de saída dos caminhões.
Após comprar os ingressos, esperamos a próxima saída do caminhão, com outras pessoas (a maioria estrangeiros) no local de espera.
No caminhão 4×4
O caminhão 4×4 para ir a Cabo Polônio é algo que nunca havia visto. Embaixo, bancos cobertos onde as pessoas sentam uma ao lado das outras. Em cima, um banco grande na frente do caminhão e um banco atrás. Esses bancos superiores são para quem quer ver a paisagem e não se importa em ir sacolejando.Porém, minha amiga, que tem medo de altura, ficou um pouco desconfortável. No entanto eu aproveitei (e muito) a linda visão.
O caminho de terra, quando se está em cima do caminhão, parece um pouco longo. Talvez seja a ansiedade de chegar.
Depois de poucos minutos já podíamos avistar a praia e o imenso farol. A praia é uma pequena península. Do outro lado do Farol estão as casas coloridas, marca registrada de Cabo Polônio.
O caminhão para na praça principal, onde todos descem, já que lá tem restaurantes, lanchonetes e hostels. Tudo pertinho.
Onde Ficar em Cabo Polônio?
Em Cabo Polônio, não há muita opção de conforto ou luxo, pois a ideia é ter contato com a natureza em um lugar simples e rústico. Ainda assim existem diversos hostels e casinhas para alugar e até alguns hotéis.Veja aqui nosso post sobre onde ficar em Cabo Polônio, com opções de hospedagens que recomendamos.
Nós ficamos em um hostel bem pertinho da parada final do caminhão. O hostel só tinha quartos compartilhados e por isso dividimos o quarto com mais 4 pessoas: um casal da Rússia, um da Argentina e um outro casal da Colômbia. Tinha banheiro compartilhado dentro do quarto e, para tomar banho, tinha que ser o banheiro que estava lá fora.
No Hostel não havia um único Uruguaio, nem tampouco algum brasileiro. Eram gringos de todas as partes: Irlanda, Inglaterra, Colômbia, Rússia, Argentina, França e outras pessoas que não sabia bem de onde eram, mas não falavam espanhol nem português. Rsrs.
Contemple a vista do nosso Hostel:
O Passeio por Cabo Polônio
Cabo Polônio é um lugar para relaxar. Lá não tem muitas atrações e por isso é possível conhecer em apenas um dia (é o que a maioria das pessoas faz).Para conhecer, existe o Farol de Cabo Polônio, com seus muitos lobos marinhos (leões marinhos) além das Dunas de Cabo Polônio, do outro lado da praia.
Fomos até o Farol para ver os Lobos Marinhos e a vista de lá de cima. Realmente subir no Farol é um passeio de tirar o fôlego. A vista é simplesmente incrível, porque se vê toda a extensão da praia dos dois lados. É muito bonito. E alto. Minha amiga ficou grudada na parede, sem nem poder chegar perto da borda, porque ela morre de medo de altura.
Depois de visitar o farol, fomos às Dunas de Cabo Polônio, que fica do outro lado da praia. Chega-se em 10 minutos caminhando pela praia. Subimos nas dunas para ver a vista e descansar um pouquinho.
A nossa noite em Cabo Polônio
A grande vantagem de ficar em Cabo Polônio para dormir, é poder contemplar a noite maravilhosa e iluminada de estrelas.Logo depois de visitar as dunas e o farol, voltamos para o Hostel e nos encontramos com o pessoal que também estava hospedado ali.
A noite estava começando a se pronunciar quando o argentino teve a ideia de reunir todos os que estavam presentes para ir comprar carne na mercearia e fazer um churrasco comunitário.
Não tinha opção de restaurante aberto de noite, já que era baixa temporada, e ideia veio em boa hora. Então todo mundo ficou super feliz com a ideia!
Tirando os russos que não quiseram participar – e ficaram comendo arroz com uma verdura de cor verde esquisita – todos os demais foram às compras.
Asado de Tira, Chorizo, Frango, Pãozinho, Fernet com Coca-cola e pronto. Estava armado nosso assado à luz do luar.
Então o argentino se encarregou de preparar a fogueira e trazer um pedaço de grelha que havia encontrado.
Todos se reuniram em volta do fogo para conversar e comer, uma vez que a noite estava muito linda, cheia de estrelas. A única luz que iluminava o céu era a luz do farol que a cada tanto, cortava toda a praia.
Lá pelas tantas, estava todo mundo cantando e dançando. Não havia eletricidade, então cantávamos nós mesmos (músicas internacionais conhecidas, claro). Foi muito divertido.
Hora de Voltar
No dia seguinte, arrumamos as malas e fomos tomar o café. O café da manhã era incluído e servido pelo próprio dono do lugar, na pequena cozinha do hostel. Então tinham alguns pães com manteiga e um pedaço de bolo, com café.Os gringos faziam seu próprio café da manhã, fato que nos causou um pouco de estranhamento à princípio. Um irlandês preparava um macarrão (miojo) com molho pesto frio e o britânico fazia um pedaço de carne frito. Às 9h da manhã.
Na cozinha estava a única tomada que todos compartilhavam para carregar o celular e aparatos eletrônicos, já que funcionava por gerador.
Depois do café, ficamos um tempo na praia, na frente do Hostel até dar a hora de ir para o caminhão.
Seguimos para a pracinha e embarcamos de volta para a recepção de Cabo Polônio. Voltar para a civilização foi meio chato.
Gostaríamos de ter ficado pelo menos uma noite mais, para aproveitar o sol e nos divertir com as pessoas que tínhamos conhecido. Tinha que voltar, já era domingo. Mas guardo na lembrança aqueles dias que passei em Cabo Polônio e daquela noite super divertida que passei com aquelas pessoas do mundo.
Pessoas de todos os lugares, de todas as idades, com histórias tão diferentes. E ainda assim, cantando junto, com a mesma alegria, sob as estrelas de Cabo Polônio.
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quinta-feira, 23 de julho de 2020
RAYMUNDO EVANGELHISTA E A POLÍTICA DO AMOR
Raymundo Evangelhista
As eleições acontecerão em 15 de novembro próximo. Muitos já estão COMPRANDO votos. Eles e elas começaram a descer. Só agora os DOUTORES BRANCOS E RICOS vem bater a nossa porta. Agora eles e elas acertam onde ficam os Bairros e Favelas de Santo Antônio de Jesus. 'ANTES DAS ELEIÇÕES entram aqui e MATAM os nossos FILHOS E FILHAS'. Agora, CINICAMENTE, eles e elas vêm nos implorar o voto. Até nos oferecem DINHEIRO. VAMOS COMER O DINHEIRO E NÃO VAMOS VOTAR EM NENHUM DESSES CRIMINOSOS. Eles e elas moram no CENTRO da cidade em suas MANSÕES e LUXÚRIAS. EM SEUS CONDOMÍNIOS FECHADOS. É momento de nos ROUBAR e prometer os DIABOS para melhorar as nossas vidas. E CONTINUAMOS HUMILHADOS: acordando madrugada para conseguir uma consulta médica que não trata e nem cura a nossa DOENÇA. Todos eles e elas estão aí no exercício do CRIME. Têm CARGOS POLÍTICOS ETERNOS. Desviam verbas públicas por todo o Brasil. É a Ética da Malandragem. E nada melhora para nós porque eles e elas nos tornam MAIS POBRES e MISERÁVEIS a cada ELEIÇÃO. Quando nos empregam é para ENRIQUECER O SEU PATRIMÔNIO. E falam que tem serviços prestados em nossa cidade. Todos eles e elas milionários. Chega! Nós vamos fechar a porta e sumir da frente dessa gente ASSASSINA. Queremos pessoas que tenham sentimento para nos representar. Nos respeitar. Fazer valer o nosso Direito. Chega de falsos RELIGIOSOS, - HIPÓCRITAS! Usam o Santo Nome do SENHOR JESUS CRISTO para a prática de CRIMES. Os seus chefes, DONOS DE IGREJAS, ENRIQUECEM FACILMENTE. Enquanto os fieis mergulham na eterna desgraça da FOME E MISÉRIA. Sempre aguardando a prosperidade que é DELES, - DOS SEUS CHEFES! Por certo, aguardar o fim do mundo seja o melhor para quem vive na miséria. Desta vez vamos ELEGER os nossos CANDIDATOS NEGROS, POBRES E OPERÁRIOS, - TRABALHADORES que vivem entre NÓS. Que moram perto de nós. Mas que tenham CONHECIMENTO E SAIBAM QUE É POLÍTICA COMO CIÊNCIA. E encarem a CIÊNCIA POLÍTICA para SERVIR À PÁTRIA E CONSTRUIR O AMOR.
*Raymundo Evangelhista - E A Política do Amor
quarta-feira, 22 de julho de 2020
O Grito dos Esquecidos (Raymundo Evangelhista)
O Grito dos Esquecidos
Raymundo Evangelhista
Quem somos nós, afinal?...
Somos a maioria e somos odiados,
Cuspidos, escarrados, mal tratados e humilhados.
Somos a força de trabalho que enriquece essa gente.
Só servimos para votar em ricos e brancos.
Somos negros e negras pobres, e quase pobres.
Desempregados, às vezes assalariados,
Subempregados, mãos de obra informal.
Moramos nos Bairros, Guetos e Favelas.
Não que nossa forma de vida sofrida
Nos leve a ser inferior a ninguém.
Sentimos que o bacana nem aí pra nós.
Só somos cinicamente iguais para votar.
Para dar o controle das nossas vidas
A esses trastes perversos e miseráveis.
Chegou a hora e estamos raciocinando.
Vamos escolher os melhores dentre nós e votar.
Nós somos muito capazes até demais.
A essa gente da cidade é como diz Raul Seixas:
"Num planto capim-guiné pra boi abaná rabo
eu tô virado no diabo
Eu tô retado com você."
O nosso candidato à VEREADOR mora vizinho a nós
É esse que vamos escolher: ele sofre igual a nós.
Sabe fazer política e ama o nosso povo;
É esse que vamos escolher: ele sofre igual a nós.
Sabe fazer política e ama o nosso povo;
Por favor e amor a Deus:
Não venham nos aborrecer.
Não temos voto para vocês!
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