quarta-feira, 29 de abril de 2020

HAUSER - Benedictus

Pilares do ateísmo: Immanuel Kant

Pilares do ateísmo: Immanuel Kant

 

Poucos filósofos na história foram tão ilegíveis e secos quanto Immanuel Kant. No entanto, poucos tiveram um impacto mais devastador no pensamento humano.
O dedicado servo de Kant, Lampe, disse ter lido fielmente cada coisa que seu mestre publicou, mas quando Kant publicou seu trabalho mais importante, “A crítica da tazão pura”, Lampe começou, mas não terminou porque, ele disse, se fosse terminá-lo, teria que estar em um hospital psiquiátrico. Muitos estudantes desde então têm ecoado seus sentimentos.
No entanto, este professor abstrato, escrevendo em estilo abstrato sobre questões abstratas é, creio eu, a principal fonte da ideia atual que põe a fé (e, portanto, as almas) em risco mais do que qualquer outra; A idéia de que a verdade é subjetiva.
Os cidadãos simples de sua nativa Königsberg, na Alemanha, onde morava e escreveu na segunda metade do século 18, entenderam isso melhor do que os estudiosos profissionais, pois apelidaram Kant “o Destruidor” e deram o nome dele a seus cães.
Ele era um homem de bom humor, doce e piedoso, tão pontual que seus vizinhos acertavam seus relógios por sua caminhada diária. A intenção básica de sua filosofia era nobre: ​​restaurar a dignidade humana em meio a um mundo cético que adora a ciência.
Esta intenção torna-se clara através de uma única anedota. Kant estava participando de uma palestra de um astrônomo materialista sobre o tema do lugar do homem no universo. O astrônomo concluiu sua palestra com: “Então você vê que astronomicamente falando, o homem é totalmente insignificante”. Kant respondeu: “Professor, você esqueceu o mais importante, o homem é o astrônomo”.
Kant, mais do que qualquer outro pensador, deu um ímpeto à mudança tipicamente moderna do objetivo para o subjetivo. Isso pode soar bem até percebermos que significava para ele a redefinição da própria verdade como subjetiva. E as consequências desta ideia foram catastróficas.
Se alguma vez conversamos sobre nossa fé com os incrédulos, sabemos por experiência própria que o obstáculo mais comum à fé de hoje não é qualquer dificuldade intelectual honesta, como o problema do mal ou o dogma da trindade, mas a suposição de que a religião não pode tratar com fatos e verdade objetiva; Que qualquer tentativa de convencer a outra pessoa de que sua fé é verdadeira – objetivamente verdadeira, verdadeira para todos – é uma arrogância impensável.
O negócio da religião, de acordo com essa mentalidade, é prática e não teoria; Valores, não fatos; Algo subjetivo e privado, não objetivo e público. Dogma é um “extra”, e um mau extra nisso, pois o dogma promove o dogmatismo. A religião, em suma, é igual à ética. E uma vez que a ética cristã é muito semelhante à ética da maioria das outras religiões principais, não importa se você é cristão ou não; Tudo o que importa é se você é uma “boa pessoa”. (As pessoas que acreditam nisso também geralmente acreditam que quase todos, exceto Adolf Hitler e Charles Manson, são uma “boa pessoa”.)
Kant é o principal responsável por essa maneira de pensar. Ele ajudou a enterrar a síntese medieval da fé e da razão. Ele descreveu sua filosofia como “eliminando as pretensões da razão para abrir espaço para a fé” – como se a fé e a razão fossem inimigas e não aliadas. Em Kant, o divórcio de Lutero entre fé e razão torna-se finalizado.
Kant pensou que a religião nunca poderia ser uma questão de razão, evidência ou argumento, ou mesmo uma questão de conhecimento, mas uma questão de sentimento, motivação e atitude. Esta suposição influenciou profundamente as mentes da maioria dos educadores religiosos (por exemplo, escritores de catecismo e departamentos de teologia) hoje, que desviaram sua atenção dos simples “ossos nus” da fé, os fatos objetivos narrados nas Escrituras e resumidos nos credos dos Apóstolos. Eles se divorciaram da fé do motivo e se casaram com a psicologia do pop, porque eles compraram a filosofia de Kant.
“Duas coisas me enchem de admiração”, Kant confessou: “o céu estrelado acima e a lei moral dentro de mim”. O que um homem pergunta sobre o que preenche seu coração e dirige seu pensamento. Note que Kant se pergunta apenas duas coisas: não Deus, nem Cristo, nem Criação, Encarnação, Ressurreição e Juízo, mas “o céu estrelado acima e a lei moral dentro de mim”. “O céu estrelado acima” é o universo físico conhecido pelas ciências modernas. Kant relega tudo para a subjetividade. A lei moral não está “fora” mas “dentro de mim”, não objetiva mas subjetiva, não uma Lei Natural de direitos e erros objetivos que vem de Deus, mas uma lei artificial feita pela qual decidimos nos unir. (Mas se nos ligarmos, estamos realmente vinculados?) A moralidade é apenas uma questão de intenção subjetiva.
Se a lei moral veio de Deus e não do homem, argumenta Kant, então o homem não seria livre no sentido de ser autônomo. Isso é verdade, Kant então prossegue argumentando que o homem deve ser autônomo e, portanto, a lei moral não vem de Deus, mas do homem. A Igreja argumenta a partir da mesma premissa de que a lei moral, de fato, vem de Deus e, portanto, o homem não é autônomo. Ele é livre para escolher obedecer ou desobedecer a lei moral, mas ele não é livre para criar a própria lei.
Embora Kant pensasse em si mesmo como um cristão, ele negou explicitamente que possamos saber que existe realmente (1) Deus, (2) livre arbítrio e (3) imoralidade. Ele disse que devemos viver como se essas três idéias fossem verdadeiras porque, se acreditarmos, levaremos a moral a sério, e se não o fizermos, não vamos. É essa justificativa de crença por razões puramente práticas que é um erro terrível. Kant acredita em Deus não porque é verdade, mas porque é útil. Por que não acreditar em Papai Noel então? Se eu fosse Deus, eu preferiria um ateu honesto sobre um teólogo desonesto, e Kant é para mim um teólogo desonesto, porque há apenas uma razão honesta para acreditar em qualquer coisa: porque é verdade.
Aqueles que tentam vender a fé cristã no sentido kantiano, como um “sistema de valores” e não como a verdade, estão falhando por gerações. Com tantos “sistemas de valores” concorrentes no mercado, por que alguém deveria preferir a variação cristã a pessoas mais simples com menos bagagem teológica e mais fáceis com menos exigências morais inconvenientes?
Kant desistiu da batalha, de fato, recuando do campo de batalha de fato. Ele acreditava no grande mito do “Iluminismo” do século XVIII: que a ciência newtoniana estava aqui para ficar e que o cristianismo, para sobreviver, teve que encontrar um novo lugar na nova paisagem mental esboçada pela nova ciência. O único lugar restante era a subjetividade.
Isso significava ignorar ou interpretar como mito as reivindicações sobrenaturais e milagrosas do cristianismo tradicional. A estratégia de Kant era essencialmente a mesma de Rudolf Bultmann, o pai da “desmistificação” e o homem que pode ser responsável por mais estudantes universitários católicos que perdem a fé do que qualquer outra pessoa. Muitos professores de teologia seguem suas teorias de críticas que reduzem as afirmações bíblicas de descrição de milagres de testemunhas oculares para mitos, “valores” e “interpretações piedosas”.
Bultmann disse isso sobre o suposto conflito entre fé e ciência: “A imagem do mundo científico está aqui para ficar e irá afirmar seu direito contra qualquer teologia, por mais imponente, que esteja em conflito com ela”. Ironicamente, essa “imagem de mundo científico” da física newtoniana que Kant e Bultmann aceitaram como absoluta e imutável foi hoje quase universalmente rejeitada pelos próprios cientistas!
A questão básica de Kant era: como podemos conhecer a verdade? No início de sua vida, ele aceitou a resposta do racionalismo, que conhecemos a verdade pelo intelecto, não pelos sentidos, e que o intelecto possui suas próprias “idéias inatas”. Então ele leu o empirista David Hume que, Kant disse, “me despertou do meu sono dogmático”. Como outros empiristas, Hume acreditava que só podíamos conhecer a verdade através dos sentidos e que não tínhamos “idéias inatas”. Mas as ideias de Hume levaram-no à conclusão do ceticismo, a negação de que podemos conhecer a verdade com certeza. Kant viu o “dogmatismo” do racionalismo e o ceticismo do empirismo como inaceitável e procurou uma terceira via.
Havia uma terceira teoria disponível, desde Aristóteles. Era a filosofia de senso comum do Realismo. De acordo com o Realismo, podemos conhecer a verdade através do intelecto e dos sentidos se eles apenas funcionassem corretamente e em paralelo, como duas lâminas de tesoura. Em vez de retornar ao realismo tradicional, Kant inventou uma nova teoria do conhecimento, geralmente chamada de idealismo. Ele chamou isso de sua “revolução copernicana na filosofia”. O termo mais simples para isso é o subjetivismo. Isso equivale a redefinir a própria verdade como subjetiva, não objetiva.

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Todos os filósofos anteriores haviam assumido que a verdade era objetiva. Isso é simplesmente o que nós, sensivelmente, significamos pela “verdade”: saber o que realmente é, conformando a mente à realidade objetiva. Alguns filósofos (os racionalistas) pensaram que poderíamos atingir esse objetivo apenas com a razão. Os primeiros empiristas (como Locke) pensaram que poderíamos alcançá-lo através da sensação. O empiricista Hume pensou que não poderíamos alcançá-lo com certeza. Kant negou a suposição comum a todas as três filosofias concorrentes, a saber, que devemos alcançá-la, que a verdade significa conformidade com a realidade objetiva.
A “revolução copernicana” de Kant redefine a própria verdade como realidade conforme as idéias. “Até então, assumiu-se que todo nosso conhecimento deve estar em conformidade com os objetos …
Kant afirmou que todo nosso conhecimento é subjetivo. Bem, esse conhecimento é subjetivo? Se assim for, o conhecimento desse fato também é subjetivo, e assim, somos reduzidos a um infinito corredor de espelhos. A filosofia de Kant é uma filosofia perfeita para o inferno. Talvez os condenados coletivamente acreditam que eles não estão realmente no inferno, está tudo apenas em sua mente. E talvez seja; Talvez seja isso o que é.
Fonte: http://www.peterkreeft.com/topics-more/pillars_kant.htm
Tradução: Emerson de Oliveira

Haroldo Dutra | Perdão e Punição - Maravilhoso!(Raymundo J. Evangelhista)

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Dialética

Dialética

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Dialética (AO 1945: dialéctica) (do grego διαλεκτική (τέχνη), pelo latim dialectĭca ou dialectĭce) é um método de diálogo cujo foco é a contraposição e contradição de ideias que levam a outras ideias e que tem sido um tema central na filosofia ocidental e oriental desde os tempos antigos. A tradução literal de dialética significa "caminho entre as ideias".[nota 1][nota 2]
"Aos poucos, passou a ser a arte de, no diálogo, demonstrar uma tese por meio de uma argumentação capaz de definir e distinguir claramente os conceitos envolvidos na discussão." Também conhecida como a arte da palavra.
"Aristóteles considerava Zenão de Eleia (aprox. 490-430 a.C.) o fundador da dialética. Outros consideraram Sócrates (469-399 a.C)".[nota 3]
No período medieval, o estudo da dialética (ou lógica) era obrigatório e, parte integrante do Trivium que, junto com o Quadrivium, compunha a metodologia de ensino das sete Artes liberais.[1]
Um dos métodos diáleticos mais conhecidos é o desenvolvido pelo filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831).

Visões sobre a dialética

Para Kant, a dialética é uma ilusão.
O conceito de dialética, porém, é utilizado por diferentes correntes filosóficas e, de acordo com cada uma, assume um significado distinto.
Para Platão, a dialética é sinônimo de filosofia, o método mais eficaz de aproximação entre as ideias particulares e as ideias universais ou puras. É a técnica de perguntar, responder e refutar que ele teria aprendido com Sócrates (470 a.C.-399 a.C.). Platão considera que apenas através do diálogo o filósofo deve procurar atingir o verdadeiro conhecimento, partindo do mundo sensível e chegando ao mundo das ideias. Pela decomposição e investigação racional de um conceito, chega-se a uma síntese, que também deve ser examinada, num processo que busca a verdade.
Aristóteles define a dialética como a lógica do provável, do processo racional que não pode ser demonstrado. "Provável é o que parece aceitável a todos, ou à maioria, ou aos mais conhecidos e ilustres", diz o filósofo.
O alemão Immanuel Kant retoma a noção aristotélica quando define a dialética como a "lógica da aparência". Para ele, a dialética é uma ilusão, pois baseia-se em princípios que são subjetivos.
O método dialético possui várias definições, tal como a hegeliana, a marxista entre outras. Para alguns, ela consiste em um modo esquemático de explicação da realidade que se baseia em oposições e em choques entre situações diversas ou opostas. Diferentemente do método causal, no qual se estabelecem relações de causa e efeito entre os fatos (ex: as radiações solares provocam a evaporação das águas, estas contribuem para a formação de nuvens, que, por sua vez, causa as chuvas), o modo dialético busca elementos conflitantes entre dois ou mais fatos para explicar uma nova situação decorrente desse conflito.

Método dialético

A filosofia descreve a realidade e a reflete, portanto a dialética busca, não interpretar, mas refletir acerca da realidade.
A dialética é a história das contradições. Em alemão aufheben significa supressão (ou suprassunção) e ao mesmo tempo manutenção da coisa suprimida. O reprimido ou negado permanece dentro da totalidade.
Hegel, um dos filósofos que mais tratou da dialética
Esta contradição não é apenas do pensamento, mas da realidade. Então, tudo está em processo de constante devir.
Os três momentos da dialética hegeliana são por um lado uma maneira de descrever o método axiomático, que foi usado na filosofia por Spinoza, e por outro um uso particular desse método. O primeiro momento ( a tese ) corresponde ao axioma. O segundo momento ( a antítese ) corresponde à definição (que Spinoza notava conter também uma negação). O terceiro momento ( a síntese ), corresponde ao teorema, um resultado necessário, porém novo, não estando simplesmente contido nos momentos anteriores.[2]

História da dialética

Até hoje, não foi definido quem teria sido o fundador da dialética: alguns acreditam que tenha sido Sócrates, e outros, assim como Aristóteles, acreditam que tenha sido Zenão de Eleia. Na Grécia Antiga, a dialética era considerada a arte de argumentar no diálogo. Atualmente é considerada como o modo de pensarmos as contradições da realidade, o modo de compreendermos a realidade como essencialmente contraditória e em permanente transformação.
Desde a Grécia Antiga, a dialética sempre encontrou quem fosse contra, como Parmênides, mesmo vivendo na mesma época do mais radical pensador dialético: Heráclito. Para compreensão do tema, o autor passa por vários itens, começando pelo trabalho.
Heráclito foi o pensador dialético mais radical da Grécia Antiga. Para ele, os seres não têm estabilidade alguma, estão em constante movimento, modificando-se. É dele a famosa frase “um homem não toma banho duas vezes no mesmo rio”, porque nem o homem nem o rio serão os mesmos.
Heráclito, o pensador dialético mais radical da Grécia Antiga.
Porém, na época, os gregos preferiram acreditar na metafísica de Parmênides, a qual pregava que a essência do ser é imutável, e as mudanças só acontecem na superfície. Esse pensamento prevaleceu.
Depois de um século, Aristóteles reintroduziu a dialética, sendo responsável, em boa parte, pela sua sobrevivência. Ele estudou muito sobre o conceito de movimento, que seriam potencialidades, atualizando-se. Graças a isso, os filósofos não deixaram de estudar o lado dinâmico e mutável do real. Com a chegada do feudalismo, a dialética perdeu forças novamente, reaparecendo, no Renascimento e no Iluminismo.
A dialética hegeliana é idealista, aborda o movimento do espírito.

Dialética Marxista

A dialética marxista é um método de análise da realidade, que vai do concreto ao abstrato e que oferece um papel fundamental para o processo de abstração. Engels retomou, em seu livro, "A Dialética da Natureza", alguns elementos de Hegel, concebendo a dialética como sendo formada por leis; esta tese será desenvolvida por Lênin e Stálin. Por outro lado, outros pensadores criticaram ferrenhamente esta posição, qualificando-a de não-marxista. Assim, se instaurou uma polêmica em torno da dialética.[3]

Dialética e trabalho

Com o trabalho, surge a oportunidade de o ser humano atuar em contraposição à natureza. O homem faz parte da natureza, mas, com o trabalho, ele vai além. Para Hegel, o trabalho é o conceito chave para compreensão da superação da dialética, atribuindo o verbo suspender (com três significados): negação de uma determinada realidade, conservação de algo essencial dessa realidade e elevação a um nível superior. Mas Marx criticou Hegel, pois Hegel não viveu nessa realidade, mas apenas em sala de aula e bibliotecas, não enxergando problemas como a alienação nesse trabalho.
Na ordem, a segunda contradição é justamente essa alienação. O trabalho é a atividade na qual o homem domina as forças naturais, cria a si mesmo, e torna-se seu algoz, na visão Marxista da dialética. Tudo isso devido à divisão do trabalho, e da propriedade privada, segundo Marx, outros pensadores tem outras visões sobre o trabalho e refutam a visão Marxista de trabalho. Mas não são apenas os trabalhadores que foram afetados. A burguesia também, pela busca do lucro não consegue ter uma perspectiva totalizante, segundo Marx. A visão Marxista de trabalho e como a burguesia se porta foram duramente criticadas no século seguinte, a própria noção de burguesia e proletariado em Marx é de certa maneira ultrapassada pela revoluções industriais.

Dialética e totalidade

Engels defendia o caráter materialista da dialética.
A visão total é necessária para enxergar, e encaminhar uma solução a um problema. Hegel dizia que a verdade é o todo. Que se não enxergamos o todo, podemos atribuir valores exagerados a verdades limitadas, prejudicando a compreensão de uma verdade geral. Essa visão é sempre provisória, nunca alcança uma etapa definitiva e acabada, caso contrário, a dialética estaria negando a si própria.
Logo, é fundamental enxergar o todo. Todavia, nunca temos certeza de que estamos trabalhando com a totalidade correta, não obstante a teoria forneça indicações: a teoria dialética alerta nossa atenção para as sínteses, identificando as contradições concretas e as mediações específicas que constituem o "tecido" de cada totalidade, sendo que a contradição é reconhecida pela dialética como o princípio básico do movimento pelo qual os seres existem.
Na dialética, fala-se, também, na volatilidade dos conceitos. Isso porque a realidade sempre está assumindo novas formas e, assim, o conhecimento (conceitos) precisa se moldar constantemente.
Junto com Karl Marx e Engels, sempre defendeu o caráter materialista da dialética. Ele resumiu a dialética em três leis. A primeira lei é sobre a passagem da quantidade à qualidade, mas que varia no ritmo/período. A segunda é a lei da interpenetração dos contrários, ou seja, a ideia de que tudo tem a ver com tudo, que os lados que se opõem são, na verdade, uma unidade, na qual um dos lados prevalece. A terceira lei é a negação da negação, na qual a negação e a afirmação são superadas. Porém, essas leis devem ser usadas com precaução, pois a dialética não se deixa reduzir a três leis apenas.
Após a morte de Marx, Lênin foi um dos revolucionários que lutaram contra a deformação da concepção marxista da história. A partir dos estudos da obra de Hegel, Lênin aplicou os conhecimentos na prática, como na estratégia que liderou a tomada do poder na Rússia, a visão historicista da sociedade, movida por lutas de classe segundo Marx acabariam na mão de Lenin por levar a Rússia a revolução bonchevique.
Com a morte de Lênin, vem uma tendência antidialética com Stálin, que desprezava a teoria. O que não o afasta das teorias centrais marxistas porém ele chegou a "corrigir" as três leis de Engels, traçando, por cima, quatro itens fundamentais para ele: conexão universal e interdependência dos fenômenos; movimento, transformação e desenvolvimento; passagem de um estado qualitativo a outro; e luta dos contrários como fonte interna do desenvolvimento.
O método dialético nos incita a revermos o passado à luz do que está acontecendo no presente, questionando-o em nome do futuro, o que está sendo em nome do que “ainda não é”. É, por isso, que o argentino Carlos Astrada define a dialética como “semente de dragões”, a qual alimenta dragões que talvez causem tumulto, mas não uma baderna inconsequente.
Entrevista

Zygmunt Bauman

“Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar”

Sociólogo polonês cria tese para justificar atual paranoia contra a violência e a instabilidade dos relacionamentos amorosos

Adriana Prado
O sociólogo polonês radicado na Inglaterra Zygmunt Bauman é um dos intelectuais mais respeitados e produtivos da atualidade. Aos 84 anos, escreveu mais de 50 livros. Dois dos mais recentes, “Vida a crédito” e “Capitalismo Parasitário” chegam ao Brasil pela Zahar. As quase duas dezenas de títulos já publicados no País pela editora venderam mais de 200 mil cópias. Um resultado e tanto para um teórico. Pode-se explicar o apelo de sua obra pela relativa simplicidade com que esmiúça aspectos diversos da “modernidade líquida”, seu conceito fundamental. É assim que ele se refere ao momento da História em que vivemos. Os tempos são “líquidos” porque tudo muda tão rapidamente. Nada é feito para durar, para ser “sólido”. Disso resultariam, entre outras questões, a obsessão pelo corpo ideal, o culto às celebridades, o endividamento geral, a paranóia com segurança e até a instabilidade dos relacionamentos amorosos. É um mundo de incertezas. E cada um por si. “Nossos ancestrais eram esperançosos: quando falavam de ‘progresso’, se referiam à perspectiva de cada dia ser melhor do que o anterior. Nós estamos assustados: ‘progresso’, para nós, significa uma constante ameaça de ser chutado para fora de um carro em aceleração”, afirma. Em entrevista à ISTOÉ, por e-mail, o professor emérito das universidades de Leeds, no Reino Unido, e de Varsóvia, na Polônia, falou também sobre temas que começou a estudar recentemente, mas são muito caros aos brasileiros: tráfico de drogas, favelas e violência policial.
ISTOÉ – O que caracteriza a “modernidade líquida”?
Zygmunt Bauman – Líquidos mudam de forma muito rapidamente, sob a menor pressão. Na verdade, são incapazes de manter a mesma forma por muito tempo. No atual estágio “líquido” da modernidade, os líquidos são deliberadamente impedidos de se solidificarem. A temperatura elevada — ou seja, o impulso de transgredir, de substituir, de acelerar a circulação de mercadorias rentáveis — não dá ao fluxo uma oportunidade de abrandar, nem o tempo necessário para condensar e solidificar-se em formas estáveis, com uma maior expectativa de vida.

ISTOÉ – As pessoas estão conscientes dessa situação?

Zygmunt Bauman – Acredito que todos estamos cientes disso, num grau ou outro. Pelo menos às vezes, quando uma catástrofe, natural ou provocada pelo homem, torna impossível ignorar as falhas. Portanto, não é uma questão de “abrir os olhos”. O verdadeiro problema é: quem é capaz de fazer o que deve ser feito para evitar o desastre que já podemos prever? O problema não é a nossa falta de conhecimento, mas a falta de um agente capaz de fazer o que o conhecimento nos diz ser necessário fazer, e urgentemente. Por exemplo: estamos todos conscientes das conseqüências apocalípticas do aquecimento do planeta. E todos estamos conscientes de que os recursos planetários serão incapazes de sustentar a nossa filosofia e prática de “crescimento econômico infinito” e de crescimento infinito do consumo. Sabemos que esses recursos estão rapidamente se aproximando de seu esgotamento. Estamos conscientes — mas e daí? Há poucos (ou nenhum) sinais de que, de própria vontade, estamos caminhando para mudar as formas de vida que estão na origem de todos esses problemas.

ISTOÉ – A atual crise financeira tem potencial para mudar a forma como vivemos?
Zygmunt Bauman – Pode ter ou não. Primeiramente, a crise está longe de terminar. Ainda veremos suas conseqüências de longo prazo (um grande desemprego, entre outras). Em segundo lugar, as reações à crise não foram até agora animadoras. A resposta quase unânime dos governos foi de recapitalizar os bancos, para voltar ao “normal”. Mas foi precisamente esse “normal” o responsável pela atual crise. Essa reação significa armazenar problemas para o futuro. Mas a crise pode nos obrigar a mudar a maneira como vivemos. A recapitalização dos bancos e instituições de crédito resultou em dívidas públicas altíssimas, que precisão ser pagas pelos nossos filhos e netos — e isso pode empobrecer as próximas gerações. As dívidas exorbitantes podem levar a uma considerável redistribuição da riqueza. São os países ricos agora os mais endividados. De qualquer forma, não são as crises que mudam o mundo, e sim nossa reação a elas.

ISTOÉ – Ao se conectarem ao mundo pela internet, as pessoas estariam se desconectando da sua própria realidade?

Zygmunt Bauman – Os contatos online têm uma vantagem sobre os offline: são mais fáceis e menos arriscados — o que muita gente acha atraente. Eles tornam mais fácil se conectar e se desconectar. Casos as coisas fiquem “quentes” demais para o conforto, você pode simplesmente desligar, sem necessidade de explicações complexas, sem inventar desculpas, sem censuras ou culpa. Atrás do seu laptop ou iPhone, com fones no ouvido, você pode se cortar fora dos desconfortos do mundo offline. Mas não há almoços grátis, como diz um provérbio inglês: se você ganha algo, perde alguma coisa. Entre as coisas perdidas estão as habilidades necessárias para estabelecer relações de confiança, as para o que der vier, na saúde ou na tristeza, com outras pessoas. Relações cujos encantos você nunca conhecerá a menos que pratique. O problema é que, quanto mais você busca fugir dos inconvenientes da vida offline, maior será a tendência a se desconectar.

ISTOÉ – E o que o senhor chama de “amor líquido
Zygmunt Bauman – Amor líquido é um amor “até segundo aviso”, o amor a partir do padrão dos bens de consumo: mantenha-os enquanto eles te trouxerem satisfação e os substitua por outros que prometem ainda mais satisfação. O amor com um espectro de eliminação imediata e, assim, também de ansiedade permanente, pairando acima dele. Na sua forma “líquida”, o amor tenta substituir a qualidade por quantidade — mas isso nunca pode ser feito, como seus praticantes mais cedo ou mais tarde acabam percebendo. É bom lembrar que o amor não é um “objeto encontrado”, mas um produto de um longo e muitas vezes difícil esforço e de boa vontade.

ISTOÉ – Nesse contexto, ainda faz sentido sonhar com um relacionamento estável e duradouro?

Zygmunt Bauman – Ambos os tipos de relacionamento têm suas próprias vantagens e riscos. Em um mundo “líquido”, em rápida mutação, “compromissos para a vida” podem se revelar como sendo promessas que não podem ser cumpridas — deixando de serem algo valioso para virarem dificuldades. O legado do passado, afinal, é a restrição mais grave que a vida pode impor à liberdade de escolha. Mas, por outro lado, como se pode lutar contra as adversidades do destino sozinho, sem a ajuda de amigos fiéis e dedicados, sem um companheiro de vida, pronto para compartilhar os altos e baixo? Nenhuma das duas variedades de relação é infalível. Mas a vida também não o é. Além disso, o valor de um relacionamento é medido não só pelo que ele oferece a você, mas também pelo que oferece aos seus parceiros. O melhor relacionamento imaginável é aquele em que ambos os parceiros praticam essa verdade.amor

ISTOÉ – O que explicaria o crescimento do consumo de antidepressivos?

Zygmunt Bauman – Você colocou o dedo em um dos muitos sintomas da nossa crescente intolerância ao sofrimento – na verdade, uma intolerância a cada desconforto ou mesmo ligeira inconveniência. Em uma vida regulada por mercados consumidores, as pessoas passaram a acreditar que, para cada problema, há uma solução. E que esta solução pode ser comprada na loja. Que a tarefa do doente não é tanto usar sua habilidade para superar a dificuldade, mas para encontrar a loja certa que venda o produto certo que irá superar a dificuldade em seu lugar. Não foi provado que essa nova atitude diminui nossas dores. Mas foi provado, além de qualquer dúvida razoável, que a nossa induzida intolerância à dor é uma fonte inesgotável de lucros comerciais. Por essa razão, podemos esperar que essa nossa intolerância se agrave ainda mais, em vez de ser atenuada.

ISTOÉ – E a obsessão pelo corpo perfeito?

Zygmunt Bauman – Não é o ideal de perfeição que lubrifica as engrenagens da indústria de cosméticos, mas o desejo de melhorar. E isso significa seguir a moda atual. Todos os aspectos da aparência corporal são, atualmente, objetos da moda, não apenas o cabelo ou a cor dos lábios, mas os tamanhos dos quadris ou dos seios. A “perfeição” significaria um fim a outras “melhorias”. Na cirurgia plástica, são oferecidos aos clientes cartões de “fidelidade”, garantindo um desconto nas sucessivas cirurgias que eles certamente irão realizar. Assim como a indústria de celebridades, a indústria cosmética não tem limites e a demanda por seus serviços pode, a princípio, se expandir infinitamente.

ISTOÉ – O que está por trás desse culto às celebridades?

Zygmunt Bauman – Não é só uma questão de candidatos a celebridades e seu desejo por notoriedade. O que também é uma questão é que o “grande público” precisa de celebridades, de pessoas que estejam no centro das atenções. Pessoas que, na ausência de autoridades confiáveis, líderes, guias, professores, se oferecem como exemplos. Diante do enfraquecimento das comunidades, essas pessoas fornecem “assuntos-chave” em torno dos quais as quase-comunidades, mesmo que apenas por um breve momento, se condensam —para desmoronar logo depois e se recondensar em torno de outras celebridades momentâneas. É por isso que a indústria de celebridades está garantida contra todas as depressões econômicas.

ISTOÉ – Como fica o futuro nesse contexto de constantes mudanças?

Zygmunt Bauman – Nossos ancestrais eram esperançosos: quando falavam de “progresso”, se referiam à perspectiva de cada dia ser melhor do que o anterior. Nós estamos assustados: “progresso”, para nós, significa uma constante ameaça de ser chutado para fora de um carro em aceleração. De não descer ou embarcar a tempo. De não estar atualizado com a nova moda. De não abandonar rapidamente o suficiente habilidades e hábitos ultrapassados e de falhar ao desenvolver as novas habilidades e hábitos que os substituem. Além disso, ocupamos um mundo pautado pelo “agora”, que promete satisfações imediatas e ridiculariza todos os atrasos e esforços a longo prazo. Em um mundo composto de “agoras”, de momentos e episódios breves, não há espaço para a preocupação com “futuro”. Como diz um outro provérbio inglês: “Vamos cruzar essa ponte quando chegarmos a ela”. Mas quem pode dizer quando (e se) chegar e em que ponte?

ISTOÉ – Há cinco anos, a polícia de Londres matou o brasileiro Jean Charles de Menezes, alegando tê-lo confundido com um terrorista. Por que o mundo está tão paranóico com segurança?

Zygmunt Bauman – Essa obsessão e a nossa gestão dos assuntos globais, responsável por reforçá-la, constituem a ameaça mais terrível à nossa segurança. O fantástico crescimento das “indústrias de segurança”, juntamente com a crescente suspeita de perigo que ela evoca, são motivos para antever uma piora das coisas. Se não por qualquer outro motivo, então porque, na lógica das armas de fogo, uma vez carregadas, em algum elas deverão ser descarregadas.

ISTOÉ – No Brasil, a violência é uma questão especialmente preocupante. Como o sr. enxerga isso?

Zygmunt Bauman – Para começar, as favelas servem como uma lixeira para um número enorme de pessoas tornadas desnecessárias em partes do País onde suas fontes tradicionais de sustento foram destruídas — para quem o Estado não tinha nada a oferecer nem um plano de futuro. Mesmo que não declararem isso abertamente, as agências estatais devem estar felizes pelo fato de o povo nas favelas tomar os problemas em suas próprias mãos. Por exemplo, ao construir seus barracos rapidamente e de qualquer forma, usando materiais instáveis, encontrados ou roubados, na ausência de habitações planejadas e construídas pelas autoridades estaduais ou municipais para acomodá-los.

ISTOÉ – Essa ausência do Estado abriu espaço para os traficantes. O combate às quadrilhas às vezes é usado com justificativa para excessos da polícia. Por que tanta violência?

Zygmunt Bauman – As relações entre a polícia e as empresas de tráfico de drogas são, na apropriada expressão de Bernardo Sorj (sociólogo brasileiro, professor da Universidade Federal do Rio), “nem de guerra nem de paz”. Esse amor e ódio entre as duas principais agências de terror aumenta o estigma da favela como o local da violência genocida. Ao mesmo tempo, porém, também contribui para a “funcionalidade” das favelas na manutenção do atual sistema de poder no Brasil. A polícia brasileira tem um longo histórico de tratamento brutal aos pobres, anterior à proliferação relativamente recente das favelas. A brutalidade da polícia é mesmo para ser espetacular. Como não é particularmente bem sucedida no combate à criminalidade e à corrupção, a polícia, para convencer a população de seu potencial coercitivo, deve assustá-la e coagi-la a ser passivamente obediente.

ISTOÉ – O sr. vê uma solução?

Zygmunt Bauman – Algo está sendo feito, mesmo que, até agora, não seja suficiente para cortar um nó firmemente amarrado por décadas, senão séculos. Um exemplo é o Viva Rio (ONG que atua contra a violência). Pequenos passos, talvez, sopros não fortes o suficiente para romper a armadura do ressentimento mútuo e indiferença moral de anos entre “morro” e “asfalto” no Rio. Mas a escolha é, afinal, entre erguer paredes de pedra e aço ou o desmantelamento de cercas espirituais.

ISTOÉ – O que o sr. diria ao jovens?

Zygmunt Bauman – Eu desejo que os jovens percebam razoavelmente cedo que há tanto significado na vida quando eles conseguem adicionar isso a ela através de esforço e dedicação. Que a árdua tarefa de compor uma vida não pode ser reduzida a adicionar episódios agradáveis. A vida é maior que a soma de seus momentos.

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quinta-feira, 23 de abril de 2020

Deficiência de Vitamina D afeta mais de um bilhão de crianças e adultos em todo o mundo – é a verdadeira pandemia hoje e seu fim terminaria com a do Covid-19

Deficiência de Vitamina D afeta mais de um bilhão de crianças e adultos em todo o mundo – é a verdadeira pandemia hoje e seu fim terminaria com a do Covid-19

Article download:
The vitamin D deficiency pandemic- Approaches for diagnosis, treatment and prevention – 2017_
“A deficiência e insuficiência de vitamina D é um problema de saúde global que afeta mais de um bilhão de crianças e adultos em todo o mundo. As consequências da deficiência de vitamina D não podem ser subestimadas.
Houve uma associação de deficiência de vitamina D com uma miríade de doenças agudas e crônicas, incluindo pré-eclâmpsia, cárie na infância, periodontite, distúrbios auto-imunes, doenças infecciosas, doenças cardiovasculares, cânceres mortais, diabetes tipo 2 e distúrbios neurológicos. Esta revisão deve colocar em perspectiva a controvérsia em torno da definição de deficiência e insuficiência de vitamina D, além de fornecer orientações sobre como tratar e prevenir a deficiência de vitamina D.”
Quanto tempo vamos levar para somar 2 + 2 e tomar uma atitude fundamentada no bom senso, que deveria levar o médico e o administrador da área da saúde a corrigir de imediato (com uma dose única – “de ataque” de 600.000 UI – ao custo de 5 dólares por pessoa) os níveis de vitamina D do staff hospitalar (também dos postos de saúde) e dos pacientes sintomáticos em primeiro lugar.
Depois, dos indivíduos identificados como portadores de fatores de risco, a serem chamados nos postos de saúde para tomarem a mesma dose que apenas corrige a deficiência pandêmica de vitamina D provocada pela fuga à exposição solar.
Quanto tempo vamos levar para aconselhar população que procure expor ao sol forte a mais ampla área de corpo possível ao menos por 15 minutos e sem a interferência de vidro ou de filtro solar, na medida do possível (devido ao confinamento). Correção de qualquer deficiência é obrigação, não é favor, e não pode provocar efeitos colaterais, pois se está apenas normalizando um parâmetro biológico.
Quantas mortes vão ocorrer a cada dia de espera por uma atitude (ao menos de alerta, orientação!). O que vai acontecer com as pessoas que se encontram em confinamento (portanto sem exposição solar, e com níveis progressivamente ainda mais baixos de vitamina D, quando elas começarem a sair do confinamento com mais grave imunodeficiência?
Quanto tempo vamos ficar passivos, chamando de “heróis” os trabalhadores de hospitais (de “mártires” quando morrerem)?
Coronavirus particles spreading in a crowd of people.

Importância da vitamina D para a eficiência do sistema imunológico: cerca de 254.000 publicações científicas


Profissional ou autoridade de saúde que disser que não existe base científica sobre a importância fundamental do hormônio vitamina D3 – como hormônio que realmente é –  para a imunidade inata do ser humano está mentindo.  E conforme a situação e contexto, praticando crime tipificado no Código Penal Brasileiro, desde o Artigo 132 .
Celso Galli Coimbra – OABRS 11352 – www.celsogallicoimbra.com
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Publicações científicas listadas no Google Academic:
https://scholar.google.com.br/scholar?q=”vitamin+D”+immune+system&hl=pt-BR&as_sdt=0,5
livros_medicina_saude_estudos_ss_0

França relata problemas cardíacos e mortes em quem usou hidroxicloroquina


A carência de vitamina D é especialmente severa e prevalente entre idosos, em particular os institucionalizados.


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Article download:
Severe vitamin D deficiency in the institutionalized elderly – 2008

“Em conclusão, a maioria dos idosos institucionalizados no sul da Grécia apresentava grave deficiência de vitamina D e hiperparatireoidismo secundário, em contraste com o status bastante bom de vitamina D e falta de hiperparatireoidismo nos idosos que vivem na comunidade durante o verão. Esses achados indicam a necessidade de suplementação de vitamina D e cálcio dos idosos institucionalizados ao longo do ano.”
“…a pele envelhecida produz muito menos vitamina D do que a pele em pessoas mais jovens.”👇🏼
Article download:
Vitamin D physiology – 2006
“…a produção de vitamina D na pele diminui consideravelmente com o envelhecimento. Um estudo com radiação UV em Boston mostrou que a produção de vitamina D3 aos 80 anos é de cerca de 25% da produção aos 20 anos.”👇🏼
Article download:
Ultraviolet Irradiation Corrects Vitamin D Deficiency and Suppresses Secondary Hyperparathyroidism in the Elderly – 1998
Quase 70% dos mortos por coronavírus no Rio de Janeiro são idosos:
https://oglobo.globo.com/rio/quase-70-dos-mortos-por-coronavirus-no-rio-sao-idosos-24366523
casal-de-idosos-de-maos-dadas_38747-514

Differential effects of vitamin D2 and D3 supplements on 25-hydroxyvitamin D level are dose, sex, and time dependent, a randomized controlled trial


Provado: hidroxicloroquina não é eficaz para tratar o Covid-19, e aumenta a necessidade de respirador


Foi divulgado estudo de pesquisa nos EUA, demonstrando que a hidroxicloroquina não apenas não trouxe benefícios aos pacientes do coronavírus, como ainda aumentou a necessidade de suporte respiratório.
NEJ 2020-04-11 at 17.31.47

Crescimento exponencial e Covid-19: o que não foi aprendido por autoridades brasileiras


O Governo Federal tem ignorado que uma epidemia tem crescimento exponencial, e as medidas de contenção de quarentena, máscaras e higiene são vitais para impedir que a curva de propagação do vírus perca o controle e coloque em colapso o sistema de saúde, impedindo que outras patologias fiquem sem atendimento, o que pode gerar mais mortes por essa impossibilidade. Uma parada cardíaca ou um acidente de carro, por exemplo, deixariam de ser atendidos.
E sem saúde, a economia também entra em colapso.
Assistam os vídeos para entender o que está acontecendo e o que significa a má política de incentivar o contato social, como hoje se constitui o conflito entre Chefe do Executivo e Ministério da Saúde.
Celso Galli Coimbra – OABRS 11352





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