sexta-feira, 22 de abril de 2011

O efeito zumbi das drogas psiquiátricas

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Regressão de Memória e Hipnose: Mitos e Verdades - Parte 1

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Seu tempo está se acabando...

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Síndrome do Pânico - Parte 2

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Widgets, Gagets de Autoconhecimento e Esoterismo.

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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Abrindo o jogo | Brasil 247

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Depressão, quando a tristeza vira doença | Brasil 247

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Aneurisma Cerebral
O que é, tratamento, causas, riscos e sintomas

O que é aneurisma cerebral

Aneurisma é uma dilatação anormal na parede de uma artéria, a qual é um vaso sanguíneo que carrega sangue rico em oxigênio do coração para outras partes do corpo. Quando o aneurisma ocorre em uma artéria do cérebro ele é chamado de aneurisma cerebral. A maioria dos aneurismas cerebrais não produz nenhum sintoma até que fiquem grandes e comecem a vazar sangue ou rompem-se. Quando o aneurisma cerebral cresce demais ele pode romper-se, causando sangramente perigoso, e freqüentemente fatal, dentro do corpo. Um aneurisma cerebral que rompe causa derrame, o qual pode incluir como sintomas dor de cabeça forte e súbita, náusea, vômito, pescoço duro, fraqueza repentina em uma área do corpo, dificuldade repentina de falar e até perda de consciência, coma ou morte. O grau de periculosidade do aneurisma cerebral depende do seu tamanho e localização no cérebro, se ocorreu vazamento ou ruptura, e ainda a idade e saúde geral da pessoa.

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Causas do aneurisma cerebral

Um aneurisma pode ser resultado de arteriosclerose. Quando a arteriosclerose desenvolve-se, a parede da artéria fica grossa, danificando e perdendo seu revestimento interno normal. A área danificada da artéria pode se dilatar em decorrência da pressão sanguínea, resultando em aneurisma. O aneurisma também pode ocorrer em decorrência da constante pressão alta dentro de uma artéria.

Fatores de risco para o aneurisma cerebral

Os fatores que podem aumentar o risco de aneurisma cerebral incluem:
* Arteriosclerose.
* Fumo - há oito vezes mais risco de desenvolver aneurisma se a pessoa fuma.
* Histórico familiar de aneurisma, doença cardíaca ou outros problemas nas artérias.
* Pressão muito alta e contínua entre os 35 e 60 anos de idade.
* Uso de entorpecentes como cocaína.

Sinais e sintomas do aneurisma cerebral

Se o aneurisma cerebral pressionar nervos do cérebro, ele pode causar sinais e sintomas que incluem:
* Pálpebra caída.
* Visão dupla ou outras alterações na vista.
* Dor acima ou atrás do olho.
* Pupila dilatada.
* Fraqueza ou falta de sensibilidade em um lado da face ou do corpo.

Se o aneurisma cerebral romper-se, os sintomas podem incluir dor de cabeça súbita e forte, náusea, vômito, pescoço duro, perda de consciência e sinais de derrame. Os sinais de derrame são similares aos mencionados para o aneurisma cerebral, mas eles geralmente aparecem subitamente e são mais severos. Qualquer um desses sintomas requer atenção médica imediata.

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Tratamento do aneurisma cerebral

O tratamento para aneurisma cerebral depende do seu tamanho, localização, se está infectado e se houve ruptura. Um aneurisma cerebral pequeno que não se rompeu pode não necessitar de tratamento. Um aneurisma cerebral grande pode pressionar o tecido do cérebro, causando dor de cabeça forte ou visão prejudicada, e tem grande probabilidade de romper. Se o aneurisma romper, haverá sangramento no cérebro, que causará derrame cerebral. Se um aneurisma cerebral ficar infectado, necessitará de tratamento médico imediato. O tratamento para muitos aneurismas cerebrais, especialmente os grandes ou que estão crescendo, envolve cirurgia, a qual pode ser arriscada dependendo da localização.

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terça-feira, 19 de abril de 2011

Até que ponto monstros são monstros? | Brasil 247

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ALCOOLISMO
Sinônimos:

Abuso e dependência química do álcool

O uso de substâncias que modificam o estado psicológico tem ocorrido em todas as culturas conhecidas desde a Antigüidade mais remota. Costumavam ser associadas a rituais tradicionais nas várias culturas. Um remanescente desse aspecto ritualístico do uso de substâncias mantém-se na igreja católica que segue usando vinho durante sua celebração. O alcoolismo é uma doença que afeta a saúde física, o bem estar emocional e o comportamento do indivíduo. Segundo estatísticas americanas, atinge 14% de sua população e no Brasil estima-se que entre 10 a 20% da população sofra deste mal. O álcool é classificado como um depressor do sistema nervoso central.
EFEITOS FÍSICOS
Os efeitos físicos ocasionados pelo álcool são muito amplos no ser humano. Diminuição dos reflexos e sedação são comuns. O uso a longo prazo aumenta o risco de doenças como o câncer na língua, boca, esôfago, laringe, fígado e vesícula biliar. Pode ocasionar hepatite, cirrose, gastrite e úlcera. Quando usado em grande quantidade pode ocasionar danos cerebrais irreversíveis. Pode levar à desnutrição. Pode causar problemas cardíacos e de pressão arterial. É uma causa conhecida de malformação congênita quando usado durante a gestação.
EFEITOS EMOCIONAIS
Os efeitos emocionais e comportamentais são muito frequentes e variáveis conforme a tolerância do indivíduo e a dose ingerida. Perda da inibição, sendo que pessoa intoxicada com álcool pode fazer coisas que normalmente não faria, como, por exemplo, dirigir um carro em alta velocidade. Alteração do humor, ocasionando raiva, comportamento violento, depressão e até mesmo suicídio. Pode resultar em perda de memória. Prejuízo na vida familiar do alcoolista, ocasionando desentendimento entre o casal, e problemas emocionais a longo prazo nas crianças. Diminuição da produtividade no trabalho.
COMO A PESSOA DESENVOLVE ALCOOLISMO
Um indivíduo pode tornar-se alcoolista devido a um conjunto de fatores, incluindo predisposição genética, estrutura psíquica, influências familiares e culturais. Sabe-se que homens e mulheres têm 4 vezes mais probabilidade de ter problemas com álcool se seus pais foram alcoolistas.
EFEITOS DO ÁLCOOL
Geralmente está associado a outras condições psiquiátricas como transtornos de personalidade, depressão, transtorno afetivo bipolar (ou psicose maníaco depressiva), transtornos de ansiedade e suicídio.
INTOXICAÇÃO POR ÁLCOOL
Os sintomas dependem da concentração de álcool no sangue. No início do quadro a pessoa pode tornar-se séria e retraída, ou falante e alegre. Podem ocorrer crises de riso ou choro. Em geral ocorre sonolência. Gradativamente o indivíduo começa a perder a coordenação motora, apresentando dificuldade para falar e caminhar. Os reflexos tornam-se mais lentos. Intoxicações graves com concentrações maiores de álcool no sangue podem levar ao coma, depressão respiratória e morte.
INTOXICAÇÃO PATOLÓGICA
Caracteriza-se por intensas mudanças de comportamento e agressividade após a ingestão de uma pequena quantidade de álcool. A duração é limitada, sendo comum o black out (amnésia). Pela violência das manifestações pode ser necessário até internar o paciente além de medicá-lo.
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA AO ÁLCOOL
Ocorre em pacientes que fazem uso de álcool em grande quantidade e por tempo prolongado, e que param de consumir a bebida. Os primeiros sintomas de abstinência iniciam 12 horas após parar de beber. Os sintomas mais comum são os tremores, acompanhados de irritabilidade, náuseas, vômitos, ansiedade, sudorese, pupilas dilatadas e taquicardia. Pode evoluir para uma condição clínica mais grave chamada Delirium por abstinência de álcool (Delirium Tremens)
DELIRIUM TREMENS
É uma emergência médica e, quando não tratado adequadamente, pode levar o paciente a convulsões e morte em até 20% dos casos. Inicia geralmente na semana em que o paciente para de beber. O paciente apresenta taquicardia, sudorese, febre, ansiedade, insônia. Pode apresentar alucinações, como, por exemplo, enxergar insetos ou outros pequenos bichos na parede. O nível de consciência do paciente "flutua" desde um estado de hiperatividade até um de letargia.
COMO O MÉDICO FAZ O DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é feito através de uma anamnese (entrevista) com o paciente e sua família e exame físico. Os exames de laboratório não servem para diagnosticar alcoolismo, porém podem dar "pistas" se o paciente faz uso crônico de álcool, e conseguem dar uma idéia aproximada do grau de lesão de alguns órgãos ocasionado pelos efeitos tóxicos do álcool, como por exemplo no fígado.
COMO SE TRATA
Em primeiro lugar é preciso esclarecer que não existe um tratamento ideal para o alcoolismo. Por isso, os casos devem ser considerados individualmente, e a partir de um bom exame clínico, deve-se indicar o tratamento mais apropriado para cada paciente de acordo com o grau de dependência e do ponto de desenvolvimento da doença em que se encontra a pessoa. É preciso lembrar que as recaídas são comuns nos pacientes alcoolistas. Na grande maioria dos casos, o próprio paciente não consegue perceber o quanto está envolvido com a bebida, tendendo a negar o uso ou mesmo a sua dependência dela. Nestes casos, pode-se começar o tratamento ajudando o paciente a reconhecer seu problema e a necessidade de tratar-se e de tentar abster-se do álcool. A indicação de internação, pelo menos como fase inicial de desintoxicação, costuma ser a regra.
Em ambulatório, os tratamentos disponíveis são a psicoterapia cognitivo comportamental e a psicoterapia de orientação analítica, realizadas individualmente ou em grupo.
Os grupos de auto-ajuda, como os Alcoólicos Anônimos, têm-se mostrado uma das alternativas mais eficazes no tratamento do paciente alcoolista e no acompanhamento de sua família, o que costuma ser indispensável para o bom andamento do tratamento. Algumas medicações podem ser utilizadas para causar uma reação física violenta se a pessoa ingere álcool ou ainda bloquear a vontade e o prazer de beber.
Fontes de informação sobre álcool, tabaco e outras drogas ou substâncias psicoativas

1. ABEAD - http://www.abead.com.br/ Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas A ABEAD mantém um boletim de acesso livre com destaques das notícias mais relevantes relativas a drogas de abuso. Apresenta também material de consulta restrita para associados.
2. CEBRID - Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas www.cebrid.epm.br O site do CEBRID oferece informações em vários níveis de complexidade, incluindo levantamentos epidemiológicos nacionais entre escolares e na população geral.
3. CREMESP – O conselho Regional de Medicina de São Paulo oferece uma boa introdução ao tema dos problemas decorrentes do uso de álcool, tabaco e outras drogas, intitulada “USUÁRIOS DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS - Abordagem, diagnóstico e tratamento”. http://www.cremesp.org.br/?siteAcao=Publicacoes&acao=detalhes&cod_publicacao=23
4. NIAAA - NIAAA National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism. www.niaaa.nih.gov/ O NIAAA oferece atualização focada no alcoolismo.
5. NIDA - National Institute on Drug Abuse www.nida.nih.gov/ Este site apresenta informação sobre álcool, tabaco e outras drogas em vários níveis de complexidade e para públicos variados, desde adolescentes escolares até profissionais da saúde em busca de atualização.
6. SENAD - Secretaria Nacional www.senad.gov.br A SENAD mantém disponíveis informações sobre todas as substâncias com potencial de abuso e levantamentos epidemiológicos relativos ao uso de drogas no Brasil. Apresenta, ademais, informações relevantes para organizadores de serviços para atenção a usuários de álcool, tabaco e outras drogas.
7. VIVAVOZ - VIVA VOZ - 0800 510 0015 www.psicoativas.ufcspa.edu.br/vivavoz O VIVAVOZ é um serviços modelo para informação sobre drogas de abuso. Oferece também informações via telefone, tanto para quem busca conhecimento quanto assistência clínica.
8. UNIAD - Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas http://www.uniad.org.br/ A UNIAD mantém um site com farta informação de acesso livre organizada em largo espectro de complexidade. Mantém também esforços em Pesquisa e Assistência.
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ANOREXIA NERVOSA
Sinônimos

Anorexia, transtornos alimentares

O que é?
Anorexia nervosa é um transtorno alimentar no qual a busca implacável por magreza leva a pessoa a recorrer a estratégias para perda de peso, ocasionando importante emagrecimento. As pessoas anoréxicas apresentam um medo intenso de engordar mesmo estando extremamente magras. Em 90% dos casos, acomete mulheres adolescentes e adultas jovens, na faixa de 12 a 20 anos. É uma doença com riscos clínicos, podendo levar à morte por desnutrição.
O que se sente?

Perda de peso em um curto espaço de tempo.
Alimentação e preocupação com peso corporal tornam-se obsessões.
Crença de que se está gordo, mesmo estando excessivamente magro.
Parada do ciclo menstrual (amenorréia).
Interesse exagerado por alimentos.
Comer em segredo e mentir a respeito de comida.
Depressão, ansiedade e irritabilidade.
Exercícios físicos em excesso.
Progressivo isolamento da família e amigos.

Complicações médicas

Desnutrição e desidratação.
Hipotensão (diminuição da pressão arterial).
Anemia.
Redução da massa muscular.
Intolerância ao frio.
Motilidade gástrica diminuída.
Amenorréia (parada do ciclo menstrual).
Osteoporose (rarefação e fraqueza óssea).
Infertilidade em casos crônicos.

Maior propensão a infecções por comprometimento do sistema imunológico
Quais são as causas?
Não existe uma causa única para explicar o desenvolvimento da anorexia nervosa. Essa síndrome é considerada multideterminada por uma mescla de fatores biológicos, psicológicos, familiares e culturais. Alguns estudos chamam atenção que a extrema valorização da magreza e o preconceito com a gordura nas sociedades ocidentais estaria fortemente associada à ocorrência desses quadros.
Como se desenvolve?
A preocupação com o peso e a forma corporal leva o adolescente a iniciar uma dieta progressivamente mais seletiva, evitando ao máximo alimentos de alto teor calórico. Aparecem outras estratégias para perda de peso como, por exemplo: exercícios físicos excessivos, vômitos, jejum absoluto.
A pessoa segue se sentindo gorda, apesar de estar extremamente magra, acabando por se tornar escrava das calorias e de rituais em relação à comida. Isola-se da família e dos amigos, ficando cada vez mais triste, irritada e ansiosa. Dificilmente, a pessoa admite ter problemas e não aceita ajuda de forma alguma. A família às vezes demora para perceber que algo está errado. Assim, as pessoas com anorexia nervosa podem não receber tratamento médico, até que tenham se tornado perigosamente magras e desnutridas.
Como se trata?
O tratamento deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar formada por psiquiatra, psicólogo, pediatra, clínico e nutricionista, em função da complexa interação de problemas emocionais e fisiológicos nos transtornos alimentares.
Quando for diagnosticada a anorexia nervosa, o médico deve avaliar se o paciente está em risco iminente de vida, requerendo, portanto, hospitalização.
O objetivo primordial do tratamento é a recuperação do peso corporal através de uma reeducação alimentar com apoio psicológico. Em geral, é necessário alguma forma de psicoterapia para ajudar o paciente a lidar com sua doença e com as questões emocionais subjacentes.
Psicoterapia individual, terapia ou orientação familiar, terapia cognitivo-comportamental (uma psicoterapia que ensina os pacientes a modificarem pensamentos e comportamentos anormais) são, em geral, muito produtivas.
Para o quadro de anorexia nervosa não há medicação específica indicada. O uso de antidepressivos pode ser eficaz se houver persistência de sintomas de depressão após a recuperação do peso corporal.
O tratamento da anorexia nervosa costuma ser demorado e difícil. O paciente deve permanecer em acompanhamento após melhora dos sintomas para prevenir recaídas.
Como se previne?
Uma diminuição da pressão cultural e familiar com relação à valorização de aspectos físicos, forma corporal e beleza pode eventualmente reduzir a incidência desses quadros. É fundamental fornecer informações a respeito dos riscos dos regimes rigorosos para obtenção de uma silhueta "ideal", pois eles têm um papel decisivo no desencadeamento dos transtornos alimentares.
Colaboradoras
Dra. Alice Sibile Koch
Dra. Dayane Diomário da Rosa
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BULIMIA NERVOSA
Sinônimos:

Bulimia, transtornos alimentares

O que é?
A Bulimia Nervosa é um Transtorno Alimentar que se caracteriza pela ingestão de grandes quantidades de alimentos (episódios de comer compulsivo ou episódios bulímicos), seguidos por métodos compensatórios, tais como vômitos autoinduzidos, uso de laxantes e/ou diuréticos e prática de exercícios extenuantes como forma de evitar o ganho de peso pelo medo exagerado de engordar.
Diferentemente da anorexia nervosa, na bulimia pode não haver perda de peso, e assim médicos e familiares têm dificuldade de detectar o problema. A doença ocorre mais frequentemente em mulheres jovens, embora possa ocorrer, raramente , em homens e mulheres com mais idade.
O que se sente?

Ingestão compulsiva e exagerada de alimentos.
Vômitos autoinduzidos, uso de laxantes e diuréticos para evitar ganho de peso.
Alimentação excessiva, sem aumento proporcional do peso corporal.
Depressão.
Obsessão por exercícios físicos.
Obsessão por exercícios físicos.
Comer em segredo ou escondido dos outros.

Complicações médicas

Inflamação na garganta (inflamação do tecido que reveste o esôfago pelos efeitos do vômito).
Face inchada e dolorida (inflamação nas glândulas salivares).
Cáries e lesão sobre o esmalte dentário. Desidratação.
Desequilíbrio eletrolítico.
Vômitos com sangue.
Dores musculares e câimbras.

Causas
Assim como na anorexia, a bulimia nervosa é uma síndrome multideterminada por uma mescla de fatores biológicos, psicológicos, familiares e culturais. A ênfase cultural na aparência física pode ter um papel importante. Problemas familiares, baixa autoestima e conflitos de identidade também são fatores envolvidos no desencadeamento desses quadros.
Como se desenvolve?
Muitas vezes, leva tempo para se perceber que alguém tem bulimia nervosa. A característica principal é o episódio de comer compulsivo, acompanhado por uma sensação de falta de controle sobre o ato e, às vezes, feito secretamente. Os comportamentos direcionados a controle de peso incluem jejum, vômitos autoinduzidos, uso de laxantes, enemas, diuréticos, e exercícios físicos extenuantes. O diagnóstico de bulimia nervosa requer episódios com uma frequência mínima de duas vezes por semana, por pelo menos três meses. A fobia de engordar é o sentimento motivador de todo o quadro. Esses episódios de comer compulsivo, seguidos de métodos compensatórios, podem permanecer escondidos da família por muito tempo.
A bulimia nervosa acomete adolescentes um pouco mais velhas, em torno dos 17 anos. Pessoas com bulimia têm vergonha de seus sintomas, portanto, evitam comer em público e evitam lugares como praias e piscinas onde precisam mostrar o corpo. À medida que a doença se desenvolvolve, essas pessoas só se interessam por assuntos relacionados à comida, peso e forma corporal.
Como se trata?
A abordagem multidisciplinar é a mais adequada no tratamento da bulimia nervosa, e inclui psicoterapia individual ou em grupo, farmacoterapia e abordagem nutricional em nível ambulatorial.
As técnicas cognitivo-comportamentais têm se mostrado eficazes.
As medicações antidepressivas também têm se mostrado eficazes no controle dos episódios bulímicos.
A abordagem nutricional visa estabelecer um hábito alimentar mais saudável, eliminando o ciclo "compulsão alimentar/purgação/jejum".
A orientação e/ou terapia familiar faz-se necessária uma vez que a família desempenha um papel muito importante na recuperação do paciente.
Como se previne?
Uma diminuição na ênfase da aparência física, tanto no aspecto cultural como familiar, pode eventualmente reduzir a incidência desses quadros. É importante fornecer informações a respeito dos riscos de regimes rigorosos para obtenção de uma silhueta "ideal", já que eles desempenham um papel fundamental no desencadeamento dos transtornos alimentares.
Colaboradoras
Dra. Alice Sibile Koch
Dra. Dayane Diomário da Rosa
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DEPRESSÃO
Sinônimos e nomes relacionados:

Transtorno depressivo, depressão maior, depressão unipolar, incluindo ainda tipos diferenciados de depressão, como depressão grave, depressão psicótica, depressão atípica, depressão endógena, melancolia, depressão sazonal.

O que é a depressão?
Depressão é uma doença que se caracteriza por afetar o estado de humor da pessoa, deixando-a com um predomínio anormal de tristeza. Todas as pessoas, homens e mulheres, de qualquer faixa etária, podem ser atingidas, porém mulheres são duas vezes mais afetadas que os homens. Em crianças e idosos a doença tem características particulares, sendo a sua ocorrência em ambos os grupos também freqüente.
Como se desenvolve a depressão?
Na depressão como doença (transtorno depressivo), nem sempre é possível haver clareza sobre quais acontecimentos da vida levaram a pessoa a ficar deprimida, diferentemente das reações depressivas normais e das reações de ajustamento depressivo, nas quais é possível localizar o evento desencadeador.
As causas de depressão são múltiplas, de maneira que somadas podem iniciar a doença. Deve-se a questões constitucionais da pessoa, com fatores genéticos e neuroquímicos (neurotransmissores cerebrais) somados a fatores ambientais, sociais e psicológicos, como:

Estresse
Estilo de vida
Acontecimentos vitais, tais como crises e separações conjugais, morte na família, climatério, crise da meia-idade, entre outros.

Como se diagnostica a depressão?
Na depressão a intensidade do sofrimento é intensa, durando a maior parte do dia por pelo menos duas semanas, nem sempre sendo possível saber porque a pessoa está assim. O mais importante é saber como a pessoa sente-se, como ela continua organizando a sua vida (trabalho, cuidados domésticos, cuidados pessoais com higiene, alimentação, vestuário) e como ela está se relacionando com outras pessoas, a fim de se diagnosticar a doença e se iniciar um tratamento médico eficaz.
O que sente a pessoa deprimida?
Freqüentemente o indivíduo deprimido sente-se triste e desesperançado, desanimado, abatido ou " na fossa ", com " baixo-astral ". Muitas pessoas com depressão, contudo, negam a existência de tais sentimentos, que podem aparecer de outras maneiras, como por um sentimento de raiva persistente, ataques de ira ou tentativas constantes de culpar os outros, ou mesmo ainda com inúmeras dores pelo corpo, sem outras causas médicas que as justifiquem. Pode ocorrer também uma perda de interesse por atividades que antes eram capazes de dar prazer à pessoa, como atividades recreativas, passatempos, encontros sociais e prática de esportes. Tais eventos deixam de ser agradáveis. Geralmente o sono e a alimentação estão também alterados, podendo haver diminuição do apetite, ou mesmo o oposto, seu aumento, havendo perda ou ganho de peso. Em relação ao sono pode ocorrer insônia, com a pessoa tendo dificuldade para começar a dormir, ou acordando no meio da noite ou mesmo mais cedo que o seu habitual, não conseguindo voltar a dormir. São comuns ainda a sensação de diminuição de energia, cansaço e fadiga, injustificáveis por algum outro problema físico.
Como é o pensamento da pessoa deprimida?
Pensamentos que freqüentemente ocorrem com as pessoas deprimidas são os de se sentirem sem valor, culpando-se em demasia, sentindo-se fracassadas até por acontecimentos do passado. Muitas vezes questões comuns do dia-a-dia deixam os indivíduos com tais pensamentos. Muitas pessoas podem ter ainda dificuldade em pensar, sentindo-se com falhas para concentrar-se ou para tomar decisões antes corriqueiras, sentindo-se incapazes de tomá-las ou exagerando os efeitos "catastróficos" de suas possíveis decisões erradas.
Pensamentos de morte ou tentativas de suicídio

Freqüentemente a pessoa pode pensar muito em morte, em outras pessoas que já morreram, ou na sua própria morte. Muitas vezes há um desejo suicida, às vezes com tentativas de se matar, achando ser esta a " única saída " ou para " se livrar " do sofrimento, sentimentos estes provocados pela própria depressão, que fazem a pessoa culpar-se, sentir-se inútil ou um peso para os outros. Esse aspecto faz com que a depressão seja uma das principais causas de suicídio, principalmente em pessoas deprimidas que vivem solitariamente. É bom lembrar que a própria tendência a isolar-se é uma conseqüência da depressão, a qual gera um ciclo vicioso depressivo que resulta na perda da esperança em melhorar naquelas pessoas que não iniciam um tratamento médico adequado.
Sentimentos que afetam a vida diária e os relacionamentos pessoais

Freqüentemente a depressão pode afetar o dia-a-dia da pessoa. Muitas vezes é difícil iniciar o dia, pelo desânimo e pela tristeza ao acordar. Assim, cuidar das tarefas habituais pode tornar-se um peso: trabalhar, dedicar-se a uma outra pessoa, cuidar de filhos, entre outros afazeres podem tornar-se apenas obrigações penosas, ou mesmo impraticáveis, dependendo da gravidade dos sintomas. Dessa forma, o relacionamento com outras pessoas pode tornar-se prejudicado: dificuldades conjugais podem acentuar-se, inclusive com a diminuição do desejo sexual; desinteresse por amizades e por convívio social podem fazer o indivíduo tender a se isolar, até mesmo dificultando a busca de ajuda médica.
Como se trata a depressão?
A depressão é uma doença reversível, ou seja, há cura completa se tratada adequadamente. O tratamento médico sempre se faz necessário, sendo o tipo de tratamento relacionado ao perfil de cada paciente. Pode haver depressões leves, com poucos aspectos dos problemas mostrados anteriormente e com pouco prejuízo sobre as atividades da vida diária. Nesses casos, o acompanhamento médico é fundamental, mas o tratamento pode ser apenas psicoterápico.
Pode haver também casos de depressões bem mais graves, com maior prejuízo sobre o dia-a-dia do indivíduo, podendo ocorrer também sintomas psicóticos (como delírios e alucinações) e ideação ou tentativas de suicídio. Nessa situação, o tratamento medicamentoso se faz obrigatório, além do acompanhamento psicoterápico.
Os medicamentos utilizados são os antidepressivos, medicações que não causam “dependência”, são bem toleradas e seguras se prescritas e acompanhadas pelo médico. Em alguns casos faz-se necessário associar outras medicações, que podem variar de acordo com os sintomas apresentados (ansiolíticos, antipsicóticos).

Colaboradoras

Dra. Alice Sibile Koch
Dra. Dayane Diomário da Rosa
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DISTIMIA - ESTADO CRÔNICO DE DEPRESSÃO
Sinônimos e nomes populares:

Transtorno distímico, neurose depressiva, depressão neurótica, neurastenia, transtorno depressivo de personalidade.

O que é?
A distimia é uma doença do humor, como a depressão, porém ocorrendo de uma forma crônica, com a persistência de tristeza por longo tempo (pelo menos dois anos), durando a maior parte do dia, na maioria dos dias.
O que se sente?
Além do humor triste de forma prolongada, a pessoa pode sentir o apetite aumentado ou diminuído, insônia ou muita sonolência, sensação de baixa energia e cansaço, baixa auto-estima, com pensamentos de não ter valor ou ser incapaz, apresentando ainda dificuldade em concentrar-se ou em tomar decisões, além de ter sentimentos de falta de esperança. Não necessariamente todos esses sintomas deverão estar presentes, mas muitos são comuns.
Diferentemente da depressão, a distimia pode deixar o indivíduo com a sensação de que este é o seu jeito normal de ser, com dizeres como "sempre fui desse jeito ". Há, portanto, uma perda de autocrítica quanto à doença, o que, somado ao baixo interesse em várias áreas da vida, pode levar ao isolamento ou a uma vida limitada, com poucos relacionamentos sociais, inclusive dificuldades profissionais e familiares. Normalmente não há um período mais agudo da doença, com os sintomas sendo mantidos de uma forma estável durante anos, porém é comum ocorrer a depressão propriamente dita em uma pessoa previamente com distimia, o que costuma ser chamado de depressão dupla. Em outros casos, pode ocorrer inicialmente um episódio depressivo, em que não ocorre remissão total dos sintomas, e que o quadro clínico residual caracteriza um episódio distímico.
Como se desenvolve?
A distimia freqüentemente começa cedo na vida, na infância, adolescência ou início da idade adulta, por isso facilmente confundindo-se com o jeito de ser da pessoa. Em crianças, muitas vezes expressa-se por irritabilidade e mau humor, ou então pode parecer “boazinha” demais, sendo uma criança que brinca e permanece quieta a maior parte do tempo, que não faz bagunça, não incomoda, e não raro, diz-se que esse é o “jeitinho” dela. Em adolescentes pode associar-se principalmente à rebeldia e irritabilidade, mas isolamento e abuso de drogas podem ocorrer.
Qual a importância de se tratar a distimia?
Comumente a pessoa com distimia não procura tratamento por esse problema. Porém, esta é uma doença freqüentemente associada a outras, como depressão, transtornos de ansiedade (principalmente transtorno do pânico), abuso de álcool e drogas e múltiplas queixas físicas (dores, por exemplo) de origem psicológica. Portanto, são pessoas que terminam por recorrer a vários tratamentos médicos, muitas vezes usando várias medicações, mas não tratando especificamente a distimia.
Como se trata?
A distimia em geral requer tratamento medicamentoso e psicoterápico. A medicação utilizada geralmente envolve antidepressivos, e nos casos em que há comorbidade com outras patologias, o tratamentos destas também se faz necessário. A psicoterapia é fundamental no tratamento desses pacientes, podendo ser cognitivo-comportamental, ou de orientação analítica. Em alguns casos, a terapia familiar pode auxiliar na melhora do paciente e de sua família, uma vez que eles vem há muitos anos com um padrão disfuncional de comportamento e relacionamento entre os membros.
Colaboradoras
Dra. Alice Sibile Koch
Dra. Dayane Diomário da Rosa
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DIVÓRCIO E SEPARAÇÕES CONJUGAIS
O divórcio, quando ocorre, ou quando sua possibilidade se torna real na vida dos casados, é uma das mais importantes crises da vida do adulto.
No casamento, ambos os parceiros mudam ou evoluem com os anos, geralmente em diferentes ritmos, e não necessariamente em direções complementares, podendo surgir a necessidade de separação.
Assim, diante de um casamento não satisfatório, começam a surgir inúmeros problemas no convívio e no relacionamento, que chamaremos aqui de desajustes conjugais. Ocorrendo a separação, ambos os ex-parceiros , independente de quem tenha tomado a iniciativa, passam por um período de sofrimento em decorrência da perda da relação, por pior que essa estivesse no período imediatamente anterior ao divórcio.
Falaremos aqui em divórcio como sinônimo de separação de corpos e de domicílios, independente do tipo de casamento, seja civil, religioso ou consensual (amigável).
Uma maior aceitação do divórcio
A maior facilidade legal para o divórcio e a diminuição da influência da religião com dogmas rígidos tornaram a separação um acontecimento mais aceitável, com as pessoas separadas sofrendo menor preconceito que no passado.
Uma mostra disso é o fato de no Brasil desde 1940 até 1990 , segundo o IBGE, o percentual de pessoas divorciadas, na população em geral, aumentou aproximadamente 15 vezes. Outro aspecto que contribuiu foi a busca mais acentuada pelo bem-estar individual, através da maior oferta de prazer (real ou ilusória) na sociedade atual para aqueles que abrem mão da vida a dois.
Como se perpetuam relações desajustadas no casamento
Em um casamento, quando ocorre um desajuste conjugal, a responsabilidade pelo problema é de ambos os cônjuges, mesmo que aparentemente a situação aponte para um único responsável.
Isso porque ocorre o que pode ser chamado de acordo inconsciente entre os dois no casamento, isto é : um problema que aparentemente é de apenas um dos cônjuges, é, em geral, compartilhado ou até mesmo aceito pelo outro.
Assim, uma pessoa ao se casar ou manter-se casada o faz pelas virtudes do parceiro ou da própria união. Porém, com as virtudes, aparecem as diferenças e até mesmo os problemas.
Questões sócio-culturais também são muito importantes na manutenção de casamentos muito desajustados, principalmente em culturas e classes sociais em que a mulher (ou o homem) tem uma educação rígida em relação ao casamento, não tendo uma vida pessoal própria, independente, mesmo profissionalmente, em que o casamento e a maternidade são vistos como meio de vida, muitas vezes por necessidade e não como opção.
Além disso, muitos casamentos mantêm-se pela extrema dependência afetiva dos cônjuges um do outro, que faz com que desajustes intensos no casamento sejam tolerados, de modo que a tristeza pela perda do casamento seja intensa ou até insuportável, não permitindo uma separação mesmo que os problemas conjugais sejam vários.
Causas do divórcio
Da mesma forma que ocorre com o casamento, o divórcio é uma questão única para cada dupla que se separa.
Geralmente a separação é mais comum entre casais que se uniram na adolescência ou entre membros de diferentes níveis sócio-econômicos e culturais. Também pessoas cujos pais eram separados têm maior tendência a resolver um problema conjugal optando pelo divórcio.
Outra experiência provocadora de tensões no casamento é a paternidade, fazendo com que o parceiro sinta menos prazer com o outro após o nascimento de filhos.
A presença de doença nos filhos também gera uma tensão ainda maior, sendo que casamentos em que um dos filhos morre por doença ou acidente têm uma tendência de cerca de 50% em terminarem no divórcio.
Divórcio e relações extraconjugais
Na meia idade (40 a 60 anos) 60% dos homens e 40% das mulheres tiveram pelo menos um encontro extraconjugal (segundo dados americanos). A maioria desses acontecimentos é mantida em segredo, mas a sua revelação raramente se transforma em causa suficiente para a separação.
Muitas vezes, contudo, a relação extraconjugal sinaliza insatisfações prévias dentro do casamento, de um ou de ambos os parceiros, e não necessariamente apenas insatisfações sexuais.
Motivos psicológicos para o divórcio
Inúmeras e praticamente incontáveis podem ser as razões objetivas e práticas de separações. As pessoas que se separam podem atribuir a perda do amor, a presença de um relacionamento extraconjugal, o esfriamento sexual, as brigas constantes, a interferência dos sogros, a falta de dedicação ao casamento, e tantos outros que propiciam um desajuste conjugal.
Porém, da mesma forma que vimos antes em relação aos fatores inconscientes (não percebidos pela pessoa) que são capazes de manter uniões " desajustadas ", também ocorrem fatores psicológicos (inconscientes) da pessoa que agem na hora de optar-se por separações, além dos fatores objetivos, práticos, que se mostram mais evidentes.
Podemos falar nos seguintes fatores psicológicos que determinam as separações:

Escolha do cônjuge:

não é raro que uma escolha insatisfatória tenha uma repercussão através do divórcio somente após anos de casamento. O nascimento de filhos, o surgimento de rotinas, a estabilização da vida sexual, a maior independência dos filhos crescidos, entre outros aspectos comuns do casamento, porém geradores de ansiedade, podem levar a uma reflexão sobre a escolha do cônjuge apenas após anos de vida a dois.

Amadurecimento do casal:

uma segunda causa psicológica para o divórcio seria o amadurecimento desigual do casal. As mudanças naturais que ocorrem em cada pessoa ao longo da vida podem gerar nos parceiros de casamento diferenças que se tornam difíceis de conciliar.

Decadência dos aspectos saudáveis do casamento:

a diminuição do efeito saudável, ou terapêutico, do casamento é algo que muitas vezes determina seu fim. Não é raro que uma pessoa encontre no parceiro alguém que vai poder aliviar sua ansiedade ou angústia diante de alguns de seus problemas pessoais. É importante lembrar que isso, em si, não é algo anormal ou um problema em si. É algo natural das uniões. Porém pode extremar-se ou tornar-se um problema. Mas quando este lado de alívio da ansiedade dentro do casamento é rompido, a união pode acabar.

Mudança psicológica de um dos cônjuges:

muitas vezes o que pode aproximar duas pessoas são seus lados problemáticos, ou conflituosos. Assim, o divórcio pode estar ligado à melhora psicológica de um dos cônjuges, sem ser acompanhado pelo outro.

Surgimento de um problema psicológico em um dos cônjuges:

uma mulher pode ver-se diante de uma forte necessidade de separar-se de um marido que, com o passar dos anos, foi se tornando deprimido e alcoolista. Da mesma forma, um homem pode não mais conseguir manter-se com uma mulher que, diante das inseguranças e sentimentos depressivos do período de climatério (menopausa), começa a ter casos extraconjugais, como forma de reafirmar sua sexualidade e feminilidade, muitas vezes abaladas nesse período.

Ilusões sobre o divórcio:

às vezes pode também ocorrer da pessoa iludir-se a respeito da vida do divorciado (que seria mais prazerosa) e acabar optando pela separação. Portanto, não é tão raro ou estranho que separações retrocedam.


A crise do divórcio
Divórcio é um momento de crise importante na vida da pessoa. Em geral, ocorre uma reação de luto pelo fim da união, por pior que esta estivesse antes da separação. Falamos de luto pela tristeza decorrente da perda do casamento, tristeza que pode iniciar antes mesmo da separação definitiva. A maioria das pessoas relata sentimentos de depressão e angústia intensa, relacionada a dúvidas e mudança constante no humor na época do divórcio (às vezes alegre, eufórico, às vezes triste, outras irritado). Apesar de uma separação poder ocorrer de forma rápida, estudos mostram que o processo de recuperação psicológica da crise do divórcio leva cerca de dois anos para ter uma resolução satisfatória, quando torna-se possível que o ex-cônjuge seja visto de modo neutro (sem raiva ou rancor intensos ou, por outro lado, quando deixa de ser visto como "uma paixão insubstituível e perfeita"), com cada um dos separados aceitando sua nova identidade de pessoa solteira ou descasada.
Os filhos do divórcio
Como ficam as crianças após o divórcio é uma preocupação freqüente dos pais e daqueles que profissionalmente se dedicam a minimizar o efeito do divórcio nos filhos dos separados.
Portanto, conseqüência para as crianças existem, e mais ou menos, de acordo com vários fatores, incluindo a própria resolução favorável da separação para os pais, a idade das crianças e o seu grau de desenvolvimento.
Do ponto de vista da criança, é preciso levar em conta que a separação é um projeto dos pais. Muitas crianças conseguem ser razoavelmente felizes e sentirem-se bem cuidadas em famílias em que um ou ambos os cônjuges sentem-se infelizes.
Poucas crianças demonstram sentirem-se aliviadas com a decisão do divórcio.
Uma repercussão imediata dos filhos ao divórcio é variável de acordo com o desenvolvimento e a idade dos mesmos. As crianças mais novas, pré-escolares, de 3 a 5 anos, podem apresentar uma regressão depois que um dos pais deixa o lar, podendo voltar a urinar na cama, a serem mais solicitantes, demonstrando ter vários medos e a ter alterações no sono. Podem se tornar irritáveis e exigentes.
Crianças de 5 a 8 anos geralmente demonstram uma tristeza aberta pelo divórcio, freqüentemente se refletindo no declínio do rendimento escolar.
Na idade de 8 a 12 anos em geral a criança reage com raiva franca de um ou de ambos os pais, por terem causado a separação. Por vezes demonstram ansiedade, solidão e sentimentos de humilhação por sua própria impotência diante do ocorrido. O desempenho escolar e o relacionamento com colegas podem ter prejuízo nesta fase.
Vimos como as conseqüências do divórcio nas crianças a médio e a longo prazo é muito variável. Já os adolescentes sofrem com o divórcio muitas vezes com depressão, raiva intensa ou com comportamentos rebeldes e desorganizados.
Contudo, como escreveu Judith Wallerstein, uma importante estudiosa de separações conjugais, em " Filhos do Divórcio " : "quando os pais decidem pela separação após pensar bem e considerar cuidadosamente as alternativas, quando previram as conseqüências psicológicas, sociais e econômicas para todos os envolvidos, quando acertaram manter um bom relacionamento entre pais e filhos, então é provável que as crianças não venham a sofrer interferência no desenvolvimento ou desgaste psicológico duradouro. Por outro lado, se o divórcio for realizado de modo a humilhar ou enraivecer um dos parceiros, se o ressentimento e a infelicidade dominarem o relacionamento pós-divórcio, ou se as crianças forem mal amparadas ou informadas, se foram usadas como aliadas, alvo de disputa ou vistas como extensões dos adultos, se o relacionamento da criança com um ou ambos os pais for empobrecido e perturbado e se a criança se sentir rejeitada, o desfecho mais provável para as crianças será a interferência no desenvolvimento, a depressão ou ambos".
O divórcio na balança: os prós e os contras do divórcio.
Invariavelmente a separação em um casamento não é uma mera opção da pessoa, o que implica dizer que se separar não é fácil, pois há sofrimento envolvido, por mais que o casamento esteja aparentemente pouco satisfatório, ou mesmo desajustado.
A separação em geral força a pessoa, antes mesmo de separar-se, a tornar-se autônoma, a sair de uma posição de dependência, sendo que esta posição pode ser difícil de ser conquistada, especialmente se ambas as pessoas estão acostumadas a serem dependentes uma da outra (como normalmente acontece no casamento, em que há dependência e uma certa mistura da vida de duas pessoas, para que ele exista satisfatoriamente).
Mais comumente, a iniciativa da separação parte apenas de um dos cônjuges. Por vezes este poderá enfrentar sentimentos de culpa, principalmente se o casal possuir filhos, o que intensifica a dúvida da separação. A pessoa que toma a iniciativa poderá sentir-se causadora de sofrimento aos filhos, a si própria e até mesmo ao cônjuge de quem está separando-se, principalmente se esse mostra-se muito fragilizado com a possibilidade do divórcio.
De modo similar, pode ocorrer o medo e a incerteza diante do futuro da vida de descasado, com os sentimentos de abandono, de solidão e de vazio pela perda da relação conjugal.
Por outro lado, o divórcio coloca na balança o sofrimento que pode ser causado pela permanência em um casamento insatisfatório. A pessoa pode sentir-se sacrificada dentro de uma relação que não lhe permite satisfação pessoal. O amadurecimento pessoal de cada um, se for desigual ou em direções muito diferentes, pode afastar as pessoas, de modo que a permanência da união poderá causar problemas emocionais para um ou para ambos.
Da mesma forma, uma escolha do cônjuge que não foi madura, em uma época muito inicial da vida ou baseada em aspectos psicológicos doentios, como foi descrito anteriormente, pode fazer o casamento tornar-se difícil de ser mantido, marcado por sentimentos de raiva do cônjuge, ou de tristeza e depressão, existindo um sentido de obrigação para manter o casamento e não um desejo sincero e maduro de mantê-lo e desfrutá-lo.
Além disso, muitos casamentos podem se manter por aspectos psicológicos pouco sadios, com poucos sentimentos de amor, carinho, respeito, podendo predominar desprezo, raiva, inveja, que resultam em uniões marcadas por competição, constantes acusações, brigas, agressões físicas, ou dependência doentia de um ou de ambos os casados.
Divórcio e tratamentos psicológicos
Sendo o divórcio uma crise importante na vida das pessoas que o enfrentam, muitos procuram algum tipo de tratamento psicológico em decorrência do mesmo, seja antes, durante, ou após a separação.
A maioria das pessoas, contudo, não o fazem, seja por não sentirem necessidade, seja por falta de condições (ou não possuírem algum tratamento acessível) ou por falta de conhecimento a respeito de auxílios psicológicos.
Além disso, muitas vezes, no senso comum, existe a idéia de que tratamentos psicológicos (psiquiátricos, psicoterápicos ou psicanalíticos) fazem com que a pessoa que se trata termine por se separar.
Entretanto, tratamentos psicológicos bem orientados objetivam reduzir as perturbações no relacionamento, muitas vezes favorecendo a manutenção do casamento e o enriquecimento do vínculo afetivo do casal.
Além disso, muitas pessoas podem sentir necessidade de tratamento após a separação, justamente pela perda que esta envolve, ou pelas modificações de vida decorrentes da mesma. Por último, no casamento podem ressurgir problemas psicológicos de um ou de ambos os parceiros anteriores ao próprio casamento, mas que se exacerbam durante a vivência a dois ou em família.
Colaboradoras
Dra. Alice Sibile Koch
Dra. Dayane Diomário da Rosa
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EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS
São quaisquer alterações nos pensamentos, sentimentos ou comportamentos para as quais se faz necessário atendimento rápido por representar risco significativo para pacientes ou para outras pessoas. O paciente pode estar em crise devido alguma doença física (como por exemplo, hemorragia cerebral), secundária à substâncias (por exemplo álcool, cocaína), ou decorrente de doença mental (mania, esquizofrenia).
As emergências psiquiátricas incidem igualmente em homens e mulheres, pessoas solteiras ou casadas; cerca de 20% dos pacientes que procuram o hospital por condição psiquiátrica de emergência são suicidas e 10% são violentos. Os diagnósticos mais comuns envolvem depressão e mania, esquizofrenia, dependência de álcool e mais atualmente, dependência de crack. Cerca de 40% dos pacientes atendidos em emergências psiquiátricas necessitam de internação.
Ansiedade aguda e Ataque de Pânico
São pacientes que apresentam sintomas intensos de angústia e que junto com isso podem apresentar sintomas corporais como começar a suar, sentir o coração bater mais rápido, sentir falta de ar, formigamento nas mãos ou boca, tontura, mal-estar e ter a sensação que vai morrer. Geralmente esses pacientes procuram inicialmente serviços de emergências clínicas, por medo de estar sofrendo um infarto, e o médico clinico geral ou cardiologista é quem faz o diagnóstico e orienta o paciente a procurar atendimento psiquiátrico.

Delirium

A pessoa pode se apresentar mais sonolenta ou mais agitada, tem dificuldade em prestar atenção no que se passa ao seu redor e frequentemente tem alucinações (ver coisas que não existem). Os sintomas desenvolvem-se rapidamente, porém a pessoa alterna períodos de melhora e piora. Decorre de problemas clínicos que podem ser os mais diversos, tais como: desidratação, pós-cirúrgico, uso de algumas medicações, grandes traumas, traumatismo craniano. O mais importante nesses casos é tratar a causa clínica básica, isto é, o que está desencadeando os sintomas. À medida em que o quadro clínico melhora, os sintomas psiquiátricos também melhoram.

Psicoses agudas

É quando a pessoa fica fora da realidade, desorientada, muitas vezes não sabe quem é ou onde está, vê e ouve coisas que ninguém mais vê ou ouve (alucinações), acredita que alguém a persegue ou quer prejudicá-la ou acredita em alguma outra coisa que não corresponda à realidade. Com tais impressões, o paciente tende a ficar agitado e agressivo, o que leva à necessidade de se buscar um serviço de emergência.

Causas de emergência psiquiátrica
Muitas são as causas que podem levar a pessoa a apresentar um dos quadros acima descritos e entre elas podemos citar:

Abuso de álcool e abuso de drogas
Abstinência (síndrome da falta) de álcool e de drogas
Doenças psiquiátricas como mania e esquizofrenia
Transtornos neurológicos (problemas em certas áreas do cérebro)
Efeitos colaterais de alguma medicação
Problemas clínicos (doenças físicas) tais como infecções, falta de oxigenação do sangue, tumores, derrame, problemas nos rins e no fígado, deficiência de vitaminas, traumatismos (lesões decorrentes de acidentes em geral),convulsões ou efeitos cerebrais pós-cirurgias.

O que fazer frente a uma situação de emergência.
Ao se deparar com uma pessoa apresentando uma das situações acima, é importante pedir ajuda pois são quadros que não podem ser resolvidos sozinhos, principalmente quando há comportamento violento. Em casos de pessoas que já tenham tratamento psiquiátrico anterior, pode-se acionar uma ambulância para levar essa pessoa a um hospital onde há serviço de emergência psiquiátrica. Quando não há causa aparente para as alterações apresentadas pela pessoa, ou são alterações devido ao uso de álcool ou drogas, essas pessoas podem ser levadas a uma emergência de hospital geral. Quando não é possível conseguir uma ambulância, a polícia pode ajudar fazendo o transporte desse paciente até o hospital. O mais importante disso tudo, é que após o atendimento na emergência, seja feito um diagnóstico da causa que gerou o quadro e essa possa ser adequadamente tratada, não só no episódio, mas sim, seguir fazendo o tratamento, seja ele com medicações e/ou acompanhamento ambulatorial (consultas psiquiátricas regulares para avaliar como está o paciente).
Colaboradoras
Dra. Alice Sibile Koch
Dra. Dayane Diomário da Rosa
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ESQUIZOFRENIA E OUTROS TRANSTORNOS PSICÓTICOS
Sinônimo e nomes populares:

Psicose, loucura, insanidade

O que é?
Esquizofrenia é uma doença mental que se caracteriza por uma desorganização ampla dos processos mentais. É um quadro complexo apresentando sinais e sintomas na área do pensamento, percepção e emoções, causando marcados prejuízos ocupacionais, na vida de relações interpessoais e familiares.
Nesse quadro a pessoa perde o sentido de realidade ficando incapaz de distinguir a experiência real da imaginária. Essa doença se manifesta em crises agudas com sintomatologia intensa, intercaladas com períodos de remissão, quando há um abrandamento de sintomas, restando alguns deles em menor intensidade.
É uma doença do cérebro com manifestações psíquicas, que começa no final da adolescência ou início da idade adulta antes dos 40 anos. O curso desta doença é sempre crônico com marcada tendência à deterioração da personalidade do indivíduo.
Como se desenvolve?
Até hoje não se conhece nenhum fator específico causador da Esquizofrenia. Há, no entanto, evidências de que seria decorrente de uma combinação de fatores biológicos, genéticos e ambientais que contribuiriam em diferentes graus para o aparecimento e desenvolvimento da doença. Sabe-se que filhos de indivíduos esquizofrênicos têm uma chance de aproximadamente 10% de desenvolver a doença, enquanto na população geral o risco de desenvolver a doença é de aproximadamente 1%.
O que se sente?
Os quadros de esquizofrenia podem variar de paciente para paciente, sendo uma combinação em diferentes graus dos sintomas abaixo:

Delírios:
o indivíduo crê em idéias falsas, irracionais ou sem lógica. Em geral são temas de perseguição, grandeza ou místicos
Alucinações:
O paciente percebe estímulos que em realidade não existem, como ouvir vozes ou pensamentos, enxergar pessoas ou vultos, podendo ser bastante assustador para o paciente
Discurso e pensamento desorganizado:
O paciente esquizofrênico fala de maneira ilógica e desconexa , demonstrando uma incapacidade de organizar o pensamento em uma seqüência lógica
Expressão das emoções:
O paciente esquizofrênico tem um "afeto inadequado ou embotado", ou seja, uma dificuldade de demonstrar a emoção que está sentindo. Não consegue demonstrar se está alegre ou triste, por exemplo, tendo dificuldade de modular o afeto de acordo com o contexto, mostrando-se indiferente a diversas situações do cotidiano
Alterações de comportamento:
Os pacientes podem ser impulsivos, agitados ou retraídos, muitas vezes apresentando risco de suicídio ou agressão, além de exposição moral, como por exemplo falar sozinho em voz alta ou andar sem roupa em público.

Como o médico faz o diagnóstico?
Para fazer o diagnóstico , o médico realiza uma entrevista com o paciente e sua família visando obter uma história de sua vida e de seus sintomas o mais detalhada possível. Até o presente momento não existem marcadores biológicos próprios dessa doença nem exames complementares específicos, embora existam evidências de alterações da anatomia cerebral demonstráveis em exames de neuro-imagem e de metabolismo cerebral sofisticados como a tomografia computadorizada, a ressonância magnética, entre outros.
Além de fazer o diagnóstico, o médico deve tentar identificar qual é o subtipo clínico que o paciente apresenta. Essa diferenciação se baseia nos sintomas que predominam em cada pessoa e na evolução da doença que é variada conforme o subtipo específico. Os principais subtipos são:

paranóide (predomínio de delírios e alucinações)
desorganizada ou hebefrênica (predomínio de alterações da afetividade e desorganização do pensamento)
catatônico (alterações da motricidade)
simples (diminuição da vontade e afetividade, empobrecimento do pensamento, isolamento social)
residual (estágio crônico da doença com muita deterioração e pouca sintomatologia produtiva).

Como se trata?
As medicações antipsicóticas ou neurolépticos são o tratamento de escolha para a esquizofrenia. Elas atuam diminuindo os sintomas (alucinações e delírios), procurando restabelecer o contato do paciente com a realidade; entretanto, não restabelecem completamente o paciente. As medicações antipsicóticas controlam as crises e ajudam a evitar uma evolução mais desfavorável da doença. Em geral, as drogas antipsicóticas apresentam efeitos colaterais que podem ser bem controlados.
Em crises especialmente graves, ou em que não houve resposta às medicações, pode-se fazer uso da eletroconvulsoterapia (ECT) antigamente chamado de eletro-choque. Esse método é bastante seguro e eficaz para melhora dos sintomas, sendo realizado com anestesia. Uma outra possibilidade é usar antipsicóticos mais modernos chamados de atípicos ou de última geração. As abordagens psico-sociais, como acompanhamento psicoterápico, terapia ocupacional e familiar são também muito importantes para diminuir as recaídas e promover o ajustamento social dos portadores da doença.
OUTROS TRANSTORNOS PSICÓTICOS
Transtorno Esquizofreniforme

Os pacientes com Transtorno Esquizofreniforme apresentam um quadro clínico muito parecido com a Esquizofrenia. A diferença deve-se ao tempo limitado em que os sintomas persistem. Ou seja, os sintomas devem estar presentes por mais de um mês, porém os pacientes não devem ultrapassar seis meses com o quadro.
A remissão (melhora) deve ocorrer durante esse período, sendo que quanto mais curto for o episódio, melhor é o prognóstico. Prejuízo social ou ocupacional em função de seus sintomas podem estar presentes ou não. Pacientes que persistirem com os sintomas psicóticos por um período superior a seis meses podem receber o diagnóstico de Esquizofrenia.
O tratamento é similar ao da Esquizofrenia, geralmente necessitando de hospitalização para a realização de diagnóstico e tratamento mais adequados.
Transtorno Esquizoafetivo

Essa doença tem características tanto da Esquizofrenia quanto dos Transtornos de Humor. Em outras palavras, os pacientes que apresentam essa doença têm sintomas de esquizofrenia, "misturados" com sintomas de doença afetiva bipolar (antigamente conhecida como psicose maníaco-depressiva) ou de depressão. Esses sintomas podem apresentar-se juntos ou de maneira alternada.
Ocorre também na adolescência ou início da idade adulta e costuma ter uma evolução mais benigna que a Esquizofrenia e pior que o Transtorno de Humor.
O tratamento consiste em internação hospitalar, medicação e intervenções psico-sociais. As principais medicações escolhidas para o tratamento do Transtorno Esquizoafetivo são as mesmas utilizadas no tratamento da Depressão e da Doença Bipolar, assim como antipsicóticos.
Transtorno Delirante

Delírio é um tipo de pensamento no qual o indivíduo tem uma crença inabalável em idéias falsas, irracionais ou sem lógica. E esse é o principal sintoma apresentado pelos pacientes com Transtorno Delirante.
Para que o paciente receba esse diagnóstico, os delírios devem estar presentes por um período maior que um mês. Diferem da Esquizofrenia por esses pacientes não serem tão gravemente comprometidos em seu comportamento e linguagem. Os pacientes podem apresentar alucinações, mais comumente relacionadas ao tato e ao olfato (cheiros). O Transtorno Delirante antigamente recebia o nome de Paranóia, associando o nome da doença aos delírios persecutórios. Porém, hoje sabe-se que esses pacientes podem apresentar outros tipos de conteúdo delirante, dividindo o diagnóstico em diferentes subtipos:

Tipo erotomaníaco:
Delírio cujo tema central é que uma pessoa está apaixonada pelo paciente. Esse delírio geralmente refere-se mais a um amor romântico idealizado ou uma união espiritual do que propriamente uma atração sexual.
Tipo grandioso:
Delírios de possuir uma grande talento, conhecimento ou ter feito uma importante descoberta ainda que isso não seja reconhecido pelas demais pessoas. Pode tomar a forma também da convicção de ser amigo de um presidente ou ser portador de uma mensagem divina.
Tipo ciumento:
Delírios de que está sendo traído pelo cônjuge.
Tipo persecutório:
Delírios de que está sendo alvo de algum prejuízo.
Tipo somático:
Delírios de que possui alguma doença ou deficiência física.
Tipo misto:
Delírios acima citados misturados.
Tipo inespecífico:
Delírios diferentes dos descritos acima.

De maneira geral o tratamento é realizado em consultório. Internação hospitalar pode ser necessária em situações em que há presença de riscos (agressão, suicídio, exposição moral). O tratamento é feito com medicação antipsicótica e psicoterapia.
Transtorno Psicótico Breve

O Transtorno Psicótico Breve pode ter um quadro clínico muito parecido com a Esquizofrenia ou com o Transtorno Esquizofreniforme, apresentando delírios, alucinações, linguagem ou comportamento desorganizado ou com o Transtorno Delirante. Entretanto esses sintomas deverão estar presentes por um curto espaço de tempo e persistir no mínimo por um dia, e no máximo por 1 mês, melhorando completamente dentro desse período sem deixar sintomas residuais.
Geralmente encontramos situações estressantes que precipitam o quadro.
O tratamento deve ser com medicações antipsicóticas, eventualmente necessitando internação hospitalar. A evolução desses quadros costuma ser benigna com total remissão dos sintomas.
Transtorno Psicótico Compartilhado (Folie à Deux, Codependência)

Trata-se de uma situação rara na qual uma pessoa começa a apresentar sintomas psicóticos (delírios), a partir da convivência próxima com um doente psicótico.
Geralmente ocorre dentro de uma mesma família, entre cônjuges, pais e filhos ou entre irmãos. O tratamento consiste em separar as duas pessoas. Se houver persistência dos sintomas, pode ser necessário usar medicação antipsicótica. Psicoterapia e terapia familiar também ajudam no tratamento e prevenção.
Colaboradoras
Dra. Alice Sibile Koch
Dra. Dayane Diomário da Rosa
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Veja outras fobias em Distúrbios de Ansiedade - Fobias...

FOBIA ESPECÍFICA
O que é?
O medo é uma reação que normalmente ocorre nas pessoas e tem por função nos proteger do perigo. Constitui-se em uma emoção universalmente experimentada e em até certo grau, fundamental à vida. É o medo que nos faz cuidar na hora de atravessar a rua, que nos protege de enfrentar situações onde nossa vida ou integridade possam estar correndo perigo. Porém quando o medo se torna excessivo e passa a atrapalhar a vida do indivíduo, ao invés de o auxiliar, ele pode ser considerado uma fobia. Os quadros fóbicos têm como característica a evitação consciente de um objeto ou de uma determinada situação, tal como, medo de voar, de altura, de animais, de tomar uma injeção ou ver sangue.
O que se sente?
Medo exagerado, acentuado e persistente, irracional ou excessivo, de um objeto ou circunstância fóbica. A exposição ao estímulo fóbico (objeto ou situação) provoca uma resposta imediata de ansiedade. A ansiedade é caracterizada por sudorese, batimentos rápidos do coração, tremor das mãos, falta de ar, sensação de "frio" na barriga e mal estar.
Dependendo da intensidade desses sintomas, a pessoa pode desencadear um ataque de pânico, sentindo-se muito mal, e por vezes com a sensação de morte iminente. Todo esse conjunto de sintomas reforçam ainda mais o pensamento disfuncional de que a exposição a determinado estimulo possa realmente representar risco de vida, fazendo assim um efeito “bola de neve”.
Como se faz o diagnóstico?
O diagnóstico é clínico, ou seja, baseado nos sintomas do paciente. Nenhum exame laboratorial ou de imagem é utilizado para o diagnóstico.
Como se trata?
O tratamento deve ser individualizado, dependendo das características e da gravidade dos sintomas que o paciente apresenta. Utiliza-se no tratamento tanto a psicoterapia cognitivo-comportamental quanto a psicoterapia de orientação analítica.
Veja outras fobias em Distúrbios de Ansiedade - Fobias...

Colaboradoras
Dra. Alice Sibile Koch
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Veja outras fobias em Distúrbios de Ansiedade - Fobias...

FOBIA SOCIAL
O que é?
Timidez é uma característica apresentada por grande parte da população, seja em maior ou menor grau, e não necessariamente constitui-se em doença. Ela está presente em diversas situações, como por exemplo, nos relacionamentos sociais e no início de relacionamentos amorosos, nas situações de falar ou se expor em público. Quando esse quadro de timidez se apresenta de maneira exagerada, pode vir a se tornar fobia social.
Também conhecido como transtorno de ansiedade social, é uma doença de curso crônico, potencialmente incapacitante e com altos índices de comorbidades. Apresenta-se como um medo excessivo de humilhação ou embaraço em vários contextos sociais, como falar, comer, escrever ou praticar atividades físicas e esportivas em público. Muitas vezes, o que motiva o paciente a procurar tratamento é a dificuldade nos relacionamentos com os pares românticos. Pode evitar-se se aproximar da outra pessoa por medo de ser rejeitado, de não agradar e de ser ridicularizada. O simples fato de pensar nessa possibilidade já pode desencadear ansiedade e fazer com que se evite a situação. O resultado é uma importante limitação na vida da pessoa pela evitação dessas situações ou atividades sociais temidas. Também podem ocorrer prejuízos na vida profissional e afetiva do indivíduo.
O que se sente?
A pessoa com fobia social sente medo acentuado e persistente de uma ou mais situações sociais ou de desempenho quando é exposta a avaliação de outras pessoas. Pode haver temor por acabar agindo de forma humilhante e embaraçosa para si próprio.
A exposição à situação social temida causa ansiedade. Ansiedade é caracterizada por sudorese, batimentos rápidos do coração, tremor das mãos, falta de ar, sensação de "frio" na barriga. O indivíduo reconhece que o medo é irracional ou excessivo. As situações sociais e de desempenho temidas são evitadas ou suportadas com intensa ansiedade e sofrimento.
Como se faz o diagnóstico?
O diagnóstico é clínico, ou seja, baseado no relato dos sintomas do paciente. Nenhum exame laboratorial ou de imagem é utilizado para o diagnóstico.
Como se trata?
O tratamento deve ser individualizado, dependendo das características e da gravidade dos sintomas que o paciente apresenta. O tratamento atual baseia-se no emprego de medicações antidepressivas combinadas com psicoterapia, de orientação analítica ou cognitivo-comportamental.
Veja outras fobias em Distúrbios de Ansiedade - Fobias...

Colaboradoras
Dra. Alice Sibile Koch
Dra. Dayane Diomário da Rosa
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DISTÚRBIOS DE ANSIEDADE - FOBIAS
Ansiedade Normal
Sentir-se ansioso é uma experiência comum a qualquer ser humano. Quem já não se sentiu apreensivo, com dor de cabeça, palpitações, respiração rápida, aperto no peito, desconforto abdominal ou inquietação? A ansiedade é uma resposta normal para diversos acontecimentos na vida: para um bebê ameaçado com o afastamento dos pais, para as crianças no primeiro dia de escola, para os adolescentes no primeiro namoro, para os adultos que contemplam a velhice e a morte e para qualquer um que enfrente uma doença. A ansiedade é um acompanhante normal do crescimento, das mudanças, de experiências novas e inéditas, do encontro da própria identidade e do sentido da vida de uma pessoa.
Quando a ansiedade atrapalha podendo tornar-se uma doença
Quando a situação de ansiedade desencadeia sintomas com intensidade e duração maiores que o esperado, causando significativo grau de sofrimento, é bem provável que esta pessoa esteja apresentando algum transtorno de ansiedade.
Os mais comuns são:

Fobia Específica

Fobia Social
Transtorno de Ansiedade Generalizada
Transtorno de Estresse Pós-Traumático
Transtorno Obsessivo-compulsivo
Transtorno de Pânico


Colaboradoras

Dra. Alice Sibile Koch
Dra. Dayane Diomário da Rosa
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PERVERSÕES SEXUAIS OU PARAFILIAS
As parafilias, antigamente chamadas de perversões sexuais, são atitudes sexuais diferentes daquelas permitidas pela sociedade, sendo que as pessoas que as praticam não têm atividade sexual normal, ou seja, a sua preferência sexual "desviada" se torna exclusiva.
Tais atitudes (exceto a pedofilia) podem estar presentes em pessoas com vida sexual normal, apenas sendo uma variação da maneira de se obter prazer, sem que se caracterize um transtorno. Para se tornar patológica essa preferência deve ser de grande intensidade e exclusiva, isto é, a pessoa não se satisfaz ou não consegue obter prazer com outras maneiras de praticar a atividade sexual.
É importante ressaltar que ela se torna exclusiva porque exclui o normal, mas pessoas parafílicas podem ter dois ou mais tipos de parafilias ao mesmo tempo.
As parafilias são praticadas por uma pequena porcentagem da população, mas como essas pessoas cometem atitudes parafílicas com muita freqüência e repetição, tem ocorrido um grande número de vítimas delas.
Em geral, as perversões sexuais são mais comumente vistas em homens, e o tipo de parafilia mais comum é a pedofilia.
Os tipos de parafilia são abaixo descritos:

Exibicionismo
É quando a pessoa mostra seus genitais a uma pessoa estranha, em geral em local público, e a reação desta pessoa a quem pegou de surpresa lhe desperta excitação e prazer sexual, mas geralmente não existe qualquer tentativa de uma atividade sexual com o estranho. As pessoas que abaixam as calças em sinal de protesto ou ataque a preceitos morais não são exibicionistas, pois não fazem isso com finalidade sexual.

Fetichismo
É quando a preferência sexual da pessoa está voltada para objetos, tais como calcinhas, sutiãs, luvas ou sapatos, sendo que a pessoa utiliza tais objetos para se masturbar ou exige que a parceira sempre use o objeto em questão durante o ato sexual, caso contrário não conseguirá se excitar e realizar o ato sexual.

Fetichismo transvéstico
É caracterizado pela utilização de roupas femininas por homens heterossexuais para se excitarem, se masturbarem ou realizarem o ato sexual, sendo que em situações não sexuais se vestem de forma normal. Quando passam a se vestir como mulheres a maior parte do tempo, pode haver um transtorno de gênero, tipo transexualismo por baixo dessa atitude. É importante ressaltar que o fetichismo transvéstico também só é diagnosticado como uma parafilia quando é feito de forma repetitiva e exclusiva para obter prazer sexual.

Frotteurismo
É a atitude de um homem que para obter prazer sexual, necessita tocar e esfregar seu pênis em outra pessoa, completamente vestida, sem o consentimento dela, excitando-se e masturbando-se nessa ocasião. Isso ocorre mais comumente em locais onde há grande concentração de pessoas, como metrôs, ônibus e outros meios de locomoção públicos.

Pedofilia
Envolve pensamentos e fantasias eróticas repetitivas ou atividade sexual com crianças menores de 13 anos de idade. Está muito comumente associado a casos de incesto, ou seja, a maioria dos casos de pedofilia envolve pessoas da mesma família (pais/padrastos com os filhos e filhas). Em geral o ato pedofílico consiste em toques, carícias genitais e sexo oral, sendo a penetração menos comum. Hoje em dia, com a expansão da internet, fotos de crianças têm sido divulgadas na rede, sendo que olhar essas fotos, de forma freqüente e repetida, com finalidade de se excitar e masturbar-se consiste em pedofilia.

Masoquismo e Sadismo Sexual
Existe masoquismo quando a pessoa tem necessidade de ser submetida a sofrimento, físico ou emocional, para obter prazer sexual, e o sadismo é quando a pessoa tem necessidade em infligir sofrimento (físico ou emocional) a um outro, e disso decorre excitação e prazer sexual. O mais comum ao se pensar em sadomasoquismo é associar o sofrimento a agressões físicas e torturas, mas o sofrimento psicológico também pode ser considerado forma de sadomasoquismo, e consiste na humilhação que se pode sentir ou impor. Atos sadomasoquistas só serão considerados parafilias quando forem repetitivos e exclusivos, sendo que quando eles ocorrem ocasionalmente, dentro de um relacionamento sexual normal, são apenas formas alternativas de prazer, e não uma perversão.

Voyeurismo
É quando alguém precisa observar pessoas que não suspeitam estarem sendo observadas, quando elas estão se despindo, nuas ou no ato sexual, para obter excitação e prazer sexual.


É importante ressaltar que essas condições só serão consideradas doenças quando elas forem a única forma de sexualidade do indivíduo, e que a tentativa dele em recorrer a outras formas de sexualidade para obter prazer sexual geralmente serão fracassadas, o que levará a pessoa a continuar insistindo na mesma atitude.
As parafilias decorrem de alterações psicológicas durante as fases iniciais do crescimento e desenvolvimento da pessoa. Em geral pessoas que apresentam tais problemas não buscam tratamento espontaneamente, o que só acontecerá quando seu comportamento gerar conflitos com o parceiro sexual ou com a sociedade. Sendo assim, tais pessoas aparecem em consultórios psiquiátricos trazidas contra sua vontade ou são presas por serem flagradas ou denunciadas.
O tratamento se constitui em tratamentos psicológicos (psicanálise, psicoterapias) e, ou uso de algumas medicações.
O tratamento dependerá da avaliação do caso específico de cada paciente e em geral não se consegue uma boa resposta, ou seja, é muito difícil ter melhoras nesses casos.
Colaboradoras
Dra. Alice Sibile Koch
Dra. Dayane Diomário da Rosa