sábado, 27 de maio de 2017

PARTIDAS E CHEGADAS

PARTIDAS E CHEGADAS


Escrito por Victor Hugo (Espírito)


Quando observamos, na praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar a dentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara.
O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor. ...
Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram.
Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: "já se foi".
Terá sumido? Evaporado?
Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.
O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós.
Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas.
O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver.
Mas ele continua o mesmo.
“E talvez, no exato instante em que alguém diz: já se foi”, haverá outras vozes, mais além, a afirmar: "lá vem o veleiro".
Assim é a morte.
Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos: "já se foi".
Terá sumido? Evaporado?
Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.
O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu.
Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado.
Conserva o mesmo afeto que nutria por nós. Nada se perde a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado.
“E é assim que, no mesmo instante em que dizemos: já se foi”, no mais além, outro alguém dirá feliz: "já está chegando".
Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena.
A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças espetaculares, pois a natureza não dá saltos.
Cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário.
A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas.
Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada.
Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo físico; noutro partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajores da imortalidade que somos todos nós.



O Jardim da Praça Padre Mateus

O Jardim da Praça Padre Mateus



(evangelista da silva)




Era um jardim de arquitetura francesa e cheio de flores...
Tinha um arco apoteótico a receber os românticos ...
Os Tupinambás remanescentes e os mestiçados em paixão...
Assim todos a ele acorriam para respirar àquela praça...

E lá, na antiga praça onde um barracão em lama fétida...
Recebia o seu povo para comprar alimentos contaminados
Em meio a uma podridão factual e administrativa dos anos 60...
Não era um jardim... era um barracão lambido de merda...

Hoje, acordo com saudade a recordar-me de uma noite...
Fazia-se madrugada e lá estava eu e Ery músico trompetista.
Naquela noite fazíamos uma seresta ao som Haydiniano
Casado com um romantismo sem igual em noite de seresta...

Ery, embora desarrumada a mente... se nos convencia a gente
A se lhe declinar à alma e vislumbrar o som inquietante do seu
Amável Trumpet que fizera Kito – o violonista clássico inquieto...
Lá do sobrado de sua casa vir a contemplar a musicalidade do

Imortal poeta da música esquecido em mais uma madrugada
No jardim da praça dos Paiaiás... Era noite bela, e azul, e iluminada...
A lua boiava por todo o jardim ontem esplêndido e hoje morto...
Desfeito e projetado para uma espécie de Cracolândia da Praça...

Da Praça do Padre Mateus Vieira de Azevedo tortuosa e nua...
Assim fizeram do nosso jardim dos amores e encontros, - terrores...
Ao modificarem a sua arquitetura e edificando barracas de cachaça...
Hoje, todas às vezes que passo na praça, recordo-me aquele jardim.

A planta poeticamente em versos traçada por um arquiteto francês...
Aqui fora presenteada pelo eminente filho desta amada terra, -
Dr. Gorgônio José de Araújo Neto que, por certo, é capaz de ao recordar...
Tremer e chorar ao presenciar o crime praticado por um tal prefeito.

Dentre os vários crimes perpetrados pelo forasteirismo animal...
A destruição do nosso patrimônio de beleza sem igual se foi...
Restando a estupidez e aberração de uma obra cuspida com lama...
Para satisfazer a cupidez do forasteirismo cruel, covarde e antipoético...

Santo Antônio de Jesus, 10 de setembro de 2015, às 2h 42min.

A transferência da área para a Funai estava acertada e em curso. As tratativas foram iniciadas há mais de um mês em processo administrativo na Secretaria do Patrimônio da União

Aldeia é destruída e incendiada durante o despejo de 67 famílias Kariri Xocó na Bahia

A transferência da área para a Funai estava acertada e em curso. As tratativas foram iniciadas há mais de um mês em processo administrativo na Secretaria do Patrimônio da União


Assessoria CIMI
Aldeia é destruída e incendiada durante o despejo de 67 famílias Kariri Xocó
 
Por Renato Santana, do Cimi
O que não foi possível de ser retirado da aldeia pelos indígenas Kariri Xocó de Paulo Afonso, sertão baiano, os tratores demoliram. A maloca de reza da aldeia foi a primeira estrutura a ser destruída. Para impedir que os indígenas retornassem, tudo foi incendiado – incluindo as plantações, em parte cultivada pelas crianças. Enquanto a aldeia queimava, os 170 indígenas rumaram para uma escola desativada há cinco anos, ladeada pelo pátio de terra batida de uma Igreja, do outro lado da BR-423. Sem luz e água, passaram a madrugada amontoados sobre sacolas, malas e trouxas de roupas.
A aldeia ficava às margens do Rio São Francisco e sob o Reino Encantado da Cachoeira de Paulo Afonso. A reintegração de posse ocorreu na última quinta-feira (25). Ao todo, moravam no local 67 famílias. Há quase dois anos vivendo nesta retomada de dois hectares, os Kariri Xocó estruturaram uma aldeia pungente que se esvaiu aos olhos de todos em poucas horas.
“Nesse momento me sinto muito triste. O despejo é triste. Você ver a casa, o seu teto, uma vida feliz sendo acabada. A gente passar mais uma vez um sufoco desse. Não é a primeira vez. No dia anterior, contamos por volta de uns 80 policiais, retroescavadeira. Tudo para demolir uma aldeia numa terra da União. Esse governo, essa Justiça. Todo mundo vê o que está acontecendo, quem são eles. Se pensa que vai ter Brasil fazendo isso com o povo indígena, se engana”, diz Antonio Santos Kariri Xocó de Paulo Afonso.
A área, de 170 hectares no total, esteve antes abandonada durante 30 anos e pertence ao DNIT, portanto, da União. No entanto, o órgão federal afirmou não ter interesse e a transferência para a Funai estava acertada e em curso. As tratativas foram iniciadas há mais de um mês em processo administrativo na Secretaria do Patrimônio da União (SPU).
Queimada da área onde os índios viviam
Com este argumento, o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Advocacia-Geral da União (AGU), responsável pela Procuradoria da Funai, pediram ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em Brasília, que a suspensão de 45 dias da reintegração de posse requerida pela UZI Construtora passasse a contar apenas depois de ouvidas testemunhas e levando em consideração que uma solução foi encontrada pelo governo federal para evitar o despejo.
Nesta quinta-feira, 25, o desembargador Kassio Marque, do TRF-1, manteve a reintegração alegando, inclusive, que diferente do que ocorreu esta semana em Redenção (PA) – onde dez trabalhadores rurais foram mortos pela polícia – o procedimento vinha ocorrendo sem conflito e poderia seguir adiante.
Marque frisou no despacho, que no dia 24, quarta-feira, chegou a deferir uma prorrogação de 30 dias do despejo, atendendo ao pedido do MPF, DPU e AGU. No entanto, por conta dos protestos em Brasília, duramente reprimidos pela Polícia Militar, o tribunal foi evacuado e não houve tempo hábil para que a decisão fosse publicada. Na manhã do dia 25, o juiz João Paulo Pirôpo de Abreu, da Justiça Federal de Paulo Afonso, que atuou de forma contumaz pelo despejo até o seu desfecho, informou ao desembargador que tudo estava correndo bem na reintegração iniciada um pouco antes da conversa. Não se fazia necessária a suspensão.
A reintegração da área pública, na verdade, beneficiou uma empresa privada. De acordo com o defensor federal Átila Dias, “ao contrário do que alega a Uzi Construtora (representada por dez advogados), que afirma ser cessionária e ter a posse do terreno da União, moradores da localidade afirmam que há mais de 20 anos o terreno não possui destinação social nem econômica”.
O local, conforme moradores do entorno, era usado para a prática de crimes. Há relatos de que a pequena vila abandonada, então em escombros antes da chegada dos indígenas, era usada para consumo de drogas, estande de tiros, estupros, desova de corpos. Conforme os autos, a Superintendência do Patrimônio da União foi convocada para prestar depoimento à Justiça, no curso do processo, e confirmou que o terreno é de propriedade da União.
Acontece que os autos processuais – desaparecidos, de acordo com o MPF, DPU e Cimi, até a execução da reintegração, na quinta, 25 – não foram devolvidos à Subseção Judiciária de Paulo Afonso. De tal modo que, para as instituições envolvidas na defesa dos indígenas e a própria comunidade, o prazo de 45 dias de suspensão concedido pelo TRF-1 sequer havia começado a correr.
“Consideramos uma traição da Justiça. Como um processo desaparecido está valendo? A Funai não sabia do despejo. Não tivemos tempo de defesa. Até segunda, terça-feira existiam dúvidas se o despejo ia ocorrer ou não. Se era verdade ou boato. Estávamos felizes porque a terra ia ser transferida para Funai, tudo direitinho. De repente esse golpe, sem a gente se preparar para receber”, declarou em prantos o cacique Jailson dos Santos Kariri Xokó de Paulo Afonso.
Para a DPU, MPF e AGU, o prazo da execução do despejo deveria ser indeterminado para que os trâmites legais de regularização fundiária da terra pudessem ocorrer. Todavia, propuseram ainda medida alternativa: “Mais 90 dias a fim de que as instituições envolvidas, após o devido acesso ao processo, consigam elaborar o plano de proteção à comunidade vulnerável”, diz o defensor Átila Dias. Ao lado dos indígenas durante todo o despejo, brigando até o fim para a reversão da ordem, o Procurador da República em Paulo Afonso, Bruno Jorge Rijo Lamenha Lins, está convicto de que além de terra da União, “nos autos há dúvidas sobre qual a área a ser reintegrada”.
Uma semana antes da reintegração, os Kariri Xocó de Paulo Afonso estiveram com o juiz de primeira instância João Paulo Pirôpo de Abreu, que mesmo entendendo que a área pertence à União, e silenciando diante da dúvida pertinente quanto à área a ser reintegrada, afirmou se tratar de uma possessória, ou seja, a construtora apresentou documentos de posse e que certo ou errado, a função do juiz é decidir; e a decisão dele estava dada.
“É preciso dizer que agora esse juiz está dizendo que foi ele quem conseguiu a escola e a igreja para ficarmos. Não é verdade, quem olhou pela gente nisso foi o Dr. Bruno (MDF) e a Dra. Luciana Cury (DPU)”, protesta Denise Kariri Xocó de Paulo Afonso.
Ângelo Bueno/Cimi Regional Nordeste
Indígenas Kariri Xocó de Paulo Afonso
“O que ocorreu foi uma das maiores injustiças que um povo pode viver. Foram despejados de seus lares, perderam suas matas, perderam suas plantações e tiveram suas casas derrubadas e queimadas, numa ação truculenta e arbitrária da polícia e de um juiz racista, cruel, anti-indígena”, ataca Alzení Thomáz, da Comissão Pastoral dos Pescadores (CPP).

O missionário indigenista Ângelo Bueno, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) Regional Nordeste, diz que ao chegar em Paulo Afonso encontrou um ambiente “muito desolador, de muita tristeza e alguma esperança, pois o MPF informou que vai recorrer para garantir que eles voltem”.
De acordo com os Kariri Xocó ouvidos, e que pedem para não ser identificados temendo represálias, há denúncias de que foram humilhados, acusados de serem falsos índios e chamados de bichos por integrantes não identificados da equipe que estava com as forças policiais durante o despejo. A comunidade encaminhou a denúncia às autoridades competentes, e também presentes na ação policial ao lado de organizações de direitos humanos. Para Alzení, da CPP, foi uma das mais truculentas e absurdas reintegrações que ela já testemunhou em décadas de atuação nas Pastorais do Campo (CPP, Cimi e CPT).
Os indígenas estavam prestes a ter segurança alimentar garantida com a domesticação do território. Macaxeira, milho, feijão de vários tipos, hortaliças e legumes, frutas variadas, galinha de capoeira e o peixe do rio. “A comida estava garantida até o final do ano. Nossa medicina tinha farta também, vamos ver como ficou depois do fogo”, diz o indígena José Francisco dos Santos.
A Funai e o MPF, além de recorrer da decisão, irão tomar medidas para garantir que o povo tenha acesso a políticas públicas. De acordo com o cacique Jailson, o objetivo é seguir na luta pelo território em que estavam – não aceitam ficar na área em que se encontram. “Por que a gente não pode ficar na terra que está na frente da nossa, só faz atravessar a rodovia? Porque a gente não quer qualquer área, queremos a habitada pelos nossos Encantados e que possibilite a nossa cultura, a vida das gerações futuras. Terra de índio é assim. Onde estávamos tem tudo isso, locais de ritual, medicina, plantação, tá perto da cachoeira sagrada, do rio. E é bom que saibam: não queremos o que é dos outros porque a terra sempre foi nossa”, explica.

Quando Setembro Vier!...






           QUANDO SETEMBRO VIER!...

(evangelista da silva)


Ah!...

Quando setembro vier!...

As flores em primavera...
Felizes e alegres a bailar farão festas...
E em festas de primaveras...
Embriagado de amores: Ana, Adry, (aninha)...
Torto e coxo de felicidades...
Certamente
Estarei velho...

Ainda assim...
Decrépito e chato...
Sairei correndo envergado
Até a Feira de Santa Ana...
Chegando a Princesa do Sertão...
Gritarei como o trovão o teu Santo Nome...
Oh minha doce e querida Ana!...

Atirar-me-ei em teus braços...
E teus doces pés beijarei
Como ponto de partida...
Para alcançar os teus lábios querida...
Oh Mar de prazer e loucura!...

Banhar-me-ei de suor, amor e vida!...
Amar-te-ei em plena Avenida...
Avenida Maria Quitéria...
E descarrilado lá se me vou trem bala
Neste cenário deserto...
Onde o nosso Amar declamará versos...
Gemendo Doces Sinfonias...

Aninha!...

Meu
Lindo
Amor!..

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Aninha... Um docinho de Menina/Mulher...






Sintomas de infarto que não devemos ignorar

Fique atento aos sintomas! Eles podem se manifestar de maneiras diferentes em homens e mulheres.



sintomas infarto© Fornecido por eCycle sintomas infarto

Existem alguns sinais que o corpo nos dá antes de um infarto acontecer... Quanto antes os reconhecermos, maior a probabilidade de salvar sua própria vida ou a de alguém próximo. Existem algumas diferenças entre os sintomas nos homens e nas mulheres. Aprenda a reconhecê-los:

Sintomas de infarto nas mulheres



  • Fadiga: algumas mulheres sentem muito cansaço, mesmo tendo ficado sentadas o dia todo. Andar de um lado da casa para o outro já pode ser cansativo.
  • Dor de estômago: as mulheres podem sentir uma pressão abdominal intensa e uma forte dor de estômago antes de sofrerem um ataque cardíaco.
  • Dor no peito: a dor no peito pode não incindir sobre um ponto específico do lado esquerdo do peito. É possível que se estenda a qualquer outro ponto da região, causando rigidez.
  • Tonturas, náusea e falta de ar: esses sintomas podem ocorrer de forma conjunta, de um momento para outro e sem nenhuma razão aparente.
  • Suor repentino: o suor repentino é mais comum nas mulheres do que nos homens. Algumas mulheres podem confundir esse sintoma com o estresse.
  • Dores no pescoço e na mandíbula: para mulheres, a dor no braço esquerdo pode não aparecer, mas elas podem sentir dores no pescoço e na mandíbula - a dor pode ser súbita ou gradual.


Sintomas de infarto nos homens



  • Dor torácica: a dor torácica é um dos sintomas mais comuns infarto, principalmente para os homens. Neste caso, pode ocorrer no centro do peito ou no sentido direita-esquerda, em direção ao coração. Sensações de peso no peito de forte pressão também são relatadas.
  • Dores nos braços: a dor no peito se espalha não só para os braços, ombros e cotovelos, como também para o pescoço, mandíbula e abdômen. Às vezes a dor no peito não ocorre, mas a dor em pelo menos um dos braços ou nas costas entre os ombros sim.
  • Fadiga: a sensação de cansaço e fadiga pode ser um indicativo de que um infarto está para acontecer. Pode aparecer alguns dias ou semanas antes do infarto.
  • Tosse: a tosse persistente pode ser um indicativo de que um ataque cardíaco está por vir, por causa da acumulação dos fluídos nos pulmões. Tosse com sangue pode ocorrer.
  • Ânsia: o ataque cardíaco pode causar um estado de ânsia e medo de morrer, tudo ao mesmo tempo, podendo também causar taquicardia.
  • Insônia: antes de ter um ataque cardíaco, uma pessoa pode ficar meses sofrendo de insônia, ansiedade e agitação - essa é uma forma que nosso corpo mostra que algo está errado.
  • Fraqueza: dias antes de um ataque cardíaco, o indivíduo pode sentir uma imensa sensação de fraqueza.
  • Batimentos cardíacos rápidos e irregulares: batidas rápidas e irregulares no coração, principalmente se forem acompanhadas de fraqueza, tontura e dificuldades para respirar podem ser indícios de ataque cardíaco, arritmia ou insuficiência cardíaca.
  • Tonturas e vertigens: tonturas e vertigens podem ser indícios que um ataque cardíaco está por vir.
  • Suores frios: suores frios que surgem de repente, mesmo que não tenha havido atividade física intensa, podem ser um indicativo de ataque cardíaco.
  • Inchaço: inchaço em pés, tornozelos, abdômen, pernas, um súbito aumento de peso ou a perda de apetite também são sintomas de risco.
  • Indigestão: sentir desconfortos no estômago, como azia e dificuldades na digestão, podem ser outro indicativo.
  • Problemas respiratórios: dificuldades para respirar e falta de ar, possivelmente acompanhados de dores no peito podem ser indicativos de ataque cardíaco ou de insuficiência cardíaca.
  • Náuseas e falta de apetite: a náusea e a falta de apetite podem ser sinais de que um infarto está por vir, podem ocorrer vômitos um pouco antes ou durante o ataque cardíaco.


Como prevenir um ataque cardíaco



  • Pare de fumar;
  • Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física por dia;
  • Mantenha o peso corporal saudável, tome cuidado com o sobrepeso;
  • Tenha uma alimentação saudável, com mais alimentos ricos em nutrientes, invista nas verduras e frutas e coma menos carne e frituras;
  • Faça exames de rotina regularmente para checar o estado da sua saúde.


domingo, 21 de maio de 2017

O Ritual de Iniciação no Candomblé

Publicado em 10 de jul de 2014


O ritual de iniciação no Candomblé, a feitura no santo, representa um renascimento, tudo será novo na vida do yàwó, ele receberá inclusive um nome pelo qual passará a ser chamado dentro da comunidade do Candomblé.

A feitura tem início no recolhimento. São 21 (vinte e um) dias de reclusão, e neste prazo são realizados banhos, boris, oferendas, ebós, todo o aprendizado começa, as rezas, as dança, as cantigas...

É feita a raspagem dos cabelos (orô) e o abiã recebe o oxu (representa o canal de comunicação entre o iniciado e seu orixá) o kelê, os delogun, o mokan, o xaorô, os ikan, o ikodidé. O filho de santo terá que passar agora por um ritual, onde terá seu corpo pintado com giz, denominado efun. Ele deverá passar por este ritual de pintura por 7 (sete) dias seguidos.

O abiã terá agora que assentar seu Orixá e ofertar-lhe sacrifícios de animais de acordo com as características de cada um. Feito isso ele passa a se chamar yàwó.

A festa ritualística que marca o término deste período é denominada Saída de Yàwó, neste momento ele será apresentado à comunidade. Ele será acompanhado por uma autoridade à frente de todos para que lhe sejam rendidas homenagens.

Deitado sobre uma esteira, ele saudará com adobá e paó, que são palmas compassadas que serão dadas a cada reverência feita pelo yàwó e acompanhadas por todos presentes, como demonstração de que a partir daquele momento ele nunca mais estará sozinho na sua caminhada. Primeiramente saudará o mundo, neste momento a localização da esteira é na porta principal da casa. No seu interior, ele saudará a comunidade e por último, frente aos atabaques que representam as autoridades presentes. Neste primeiro momento o Orixá somente poderá dar o jicá. Só após a queda do kelê o Orixá poderá dar seu ilá.

O momento mais aguardado do cerimonial é o orukó. Neste momento o Orixá dirá o nome de iniciação de seu filho perante todos e também é neste momento que se abre a sua idade cronológica dentro de sua vida no santo.

Após a saída e depois dos 21 (vinte e um) dias de recolhimento o yàwó permanecerá de resguardo até a queda de kelê fora do barracão por um período de 3 (três) meses, neste período ele não poderá utilizar talheres para comer, deve continuar a sentar-se no chão sobre a esteira durante as refeições, está proibido de utilizar outra cor de roupa que não o branco da cabeça aos pés, não poderá fazer uso de bebidas alcoólicas, cigarro. .. E nem tão pouco sair à noite. E até que se complete 1 (um) ano, os seus preceitos continuarão.

Até que o yàwó complete a maior idade de santo, terá que continuar dia a dia o seu aprendizado e reforçar os seus votos por meio das obrigações.

"Vale dizer que o transe é imprescindível para que uma pessoa seja iniciada como adoxu, pois, a manifestação faz parte da liturgia dos Orixás e ele está em cada um de seus filhos. Isso é muito importante, porque só os adoxu podem assumir determinadas funções sacerdotais, como os cargos de ialorixá ou babalorixá. Sendo assim, uma pessoa que tem em seu odu a missão sacerdotal, somente quem incorpora seu Orixá, deve ser iniciada como adoxu e nunca como ogãn ou equedi, que já são ijoyé natos e jamais poderão entrar em transe de orixá"