domingo, 28 de junho de 2015
sábado, 27 de junho de 2015
sexta-feira, 26 de junho de 2015
Psicologia Analítica
Psicologia Analítica
A Psicologia Analítica, originada a partir das idéias do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, traz conceitos que influenciam toda a cultura ocidental, tais como arquétipos, inconsciente coletivo e processo de individuação.
A formação filosófica de Jung, sua experiência em hospital psiquiátrico, o interesse pelas diversas religiões, assim como o estudo de mitologia comparada, antropologia e alquimia foram fundamentais para a construção dos principais conceitos da Psicologia Analítica.
Na área Links você encontra referências de vários sites onde pode aprofundar seu conhecimento sobre as várias áreas do conhecimento que influenciaram a psicologia junguiana.
Aqui você encontra vídeos onde o próprio Jung aparece falando. Fique atento para mais atualizações.
A formação filosófica de Jung, sua experiência em hospital psiquiátrico, o interesse pelas diversas religiões, assim como o estudo de mitologia comparada, antropologia e alquimia foram fundamentais para a construção dos principais conceitos da Psicologia Analítica.
Na área Links você encontra referências de vários sites onde pode aprofundar seu conhecimento sobre as várias áreas do conhecimento que influenciaram a psicologia junguiana.
Aqui você encontra vídeos onde o próprio Jung aparece falando. Fique atento para mais atualizações.
Carl Gustav Jung (1875-1961), fundador da psicologia analítica.
VÍDEOS:
Face to Face: Entrevista com Jung realizada pela BBC em 22 de Outubro de 1959.
"Face to Face", um programa de entrevistas que a BBC levou ao ar de 1959 a 1962, tinha a característica inovadora de tentar capturar as emoções do entrevistado por meio dos ângulos em close capturados pela câmera e pelas perguntas afiadas do entrevistador. As entrevistas eram feitas em estúdio e a única exceção foi a de Jung, realizada em sua própria casa na Suíça. Jung tinha 84 anos e surpreendeu ao consentir em dar essa entrevista, pois sempre havia sido uma pessoa recolhida quanto à sua vida pessoal. A entrevista teve uma repercussão muito positiva no público em geral, surpreendendo o próprio Jung. Esse grande interesse em sua psicologia demonstrado pelo público leigo a partir dessa entrevista levou à publicação do livro O Homem e seus Símbolos, escrito com colaboradores e que Jung não chegou a ver publicado pois faleceu antes.Esta entrevista contém passagens memoráveis. Nela, Jung fala sobre sua infância, sobre seus pais, sobre o momento em que, aos 11 anos de idade, tomou consciência de sua individualidade, sobre Freud e sobre o grande perigo para a humanidade ser o próprio homem. Uma das passagens mais importantes é quando o entrevistador pergunta se Jung acredita em Deus e ele responde: “Agora? Bem, isso é difícil de responder... Eu sei. Eu não preciso acreditar. Eu sei”.
Uma transcrição completa dessa entrevista encontra-se no livro “C.G. Jung – entrevistas e encontros”, editado por W. McGuire e R.F.C Hull (Ed. Cultrix).
terça-feira, 23 de junho de 2015
Filosofia e Política
Platão - o primeiro filósofo a sistematizar uma ideia política
Entre as diversas questões que a filosofia visa investigar, pode-se perguntar sobre como é e como deveria ser o convívio em sociedade. Se for investigada a palavra política, que vem do grego, será compreendido que politika refere-se aos assuntos da cidade (pólis). É neste sentido que, em filosofia política, pergunta-se sobre a natureza das leis, a natureza do governo, a origem da organização social e sobre qual seria a melhor forma de convívio entre os indivíduos. Todos estes temas nos levam a pensar sobre o espaço público, que é o espaço da política.
O primeiro filósofo a sistematizar uma ideia política foi Platão (428-7 – 348-7 a.C.). Ele escreveu sobre o assunto principalmente em dois livros, A república e As leis. Nestes livros, apresenta a ideia de que uma sociedade bem ordenada é aquela onde cada indivíduo desempenha a função na qual é mais habilidoso. Os hábeis com as mãos deveriam ser artesãos, os fortes devem proteger a cidade e os sábios devem governá-la. Platão pensa também sobre como deve ser a educação nesta cidade ideal, para conseguir desenvolver em cada criança o seu potencial a fim de que possa executar melhor a sua função. Cada indivíduo, para ele, será livre enquanto estiver cumprindo as leis, criadas com o intuito de melhor conduzir a cidade.
Ainda no mundo grego, Aristóteles (384 – 322 a.C.) vai discordar de Platão. Em Política, Aristóteles pensa que a cidade ideal de Platão, onde há prioridade daquilo que é público sobre aquilo que é privado, não funcionaria muito bem. Para ele, as pessoas dão mais valor ao que pertence a si mesmo, do que ao que pertence a todos. Aristóteles se preocupou menos com hipóteses de uma sociedade perfeita e mais em compreender a realidade política de seu tempo, estudando as leis de diferentes cidades e as formas de governo existentes. A melhor forma de organização política, defendida por ele, é um sistema misto de democracia e aristocracia, chamado politia, para evitar os conflitos de interesses entre os ricos e pobres. É dele também a ideia de que o homem é um animal político, isto é, que faz parte da natureza humana se organizar politicamente.
A ideia de que é natural se organizar politicamente perdurou até o séc. XVII. Thomas Hobbes (1588 – 1679), conhecido por ter escrito Leviatã, propôs a ideia de que a sociedade se organiza a partir de um contrato social. Pensou assim, pois é possível imaginar uma hipótese sobre o convívio humano antes da formação das sociedades. Hobbes via esse momento como uma guerra de todos contra todos, onde, em liberdade, cada indivíduo iria apenas pensar em sua conservação. Deste momento, no qual o homem é o lobo do homem, a racionalidade faz o homem perceber que a melhor forma de conservar a sua vida é perdendo um pouco de liberdade. É neste instante que os homens assinam um contrato fictício de convívio social. A partir desta origem da sociedade, Hobbes pensa no melhor governo para evitar o retorno para um estado de natureza caótico. Com isto, vê a garantia da vida como função vital do Estado, que deve defendê-la mesmo que use de seu poder para coagir a liberdade dos cidadãos.
Pensando na ideia de um contrato social, John Locke (1632 – 1704), em seus dois tratados políticos, escreveu que antes da formação das sociedades os indivíduos não viviam em guerra, pois estavam debaixo de leis naturais. Para ele, é natural a garantia da vida e os homens racionais respeitariam esta lei. A formação das sociedades ocorre pela necessidade da garantia da propriedade. O melhor governo, para Locke, é aquele que garanta os direitos à vida, liberdade, propriedade e de se revoltar contra governos injustos e leis injustas.
Ainda pensando sobre a noção de contrato, Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778) via o homem vivendo antes da formação das sociedades de forma bem otimista. Para Rousseau, havia terra e alimento para todos e não haveria motivos para que guerreassem entre si. Via no surgimento da propriedade o surgimento da desigualdade, de onde resultam diversos males sociais, como os roubos e os assassinatos. Neste sentido, sendo impossível retornar a um estado de natureza, o melhor governo é aquele que esteja de acordo com a vontade da maioria.
A forma de pensar dos contratualistas (Hobbes, Locke e Rousseau) foi retomada no século XX por John Rawls (1921 – 2002). Para ele, a sociedade deve basear-se em princípios de justiça escolhidos na fundação da sociedade. Em igualdade, ele pensa, os indivíduos escolheriam dois princípios de justiça, o de liberdades iguais para todos e o de que as desigualdades devem trazer maior benefício para os menos favorecidos e serem acessíveis a todos por igualdade de oportunidade.
Filipe Rangel Celeti
Colaborador Mundo Educação
Bacharel em Filosofia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie – SP
Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie - SP
Colaborador Mundo Educação
Bacharel em Filosofia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie – SP
Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie - SP
sexta-feira, 19 de junho de 2015
quarta-feira, 17 de junho de 2015
A minha depressão não é frescura
A minha depressão não é frescura
Por Ju Umbelino
“Levante aí da cama, dê um jeito”. “Seja forte”. “Não dá pra viver desse jeito, acorda pra vida”.
Eu
sei
disso.
Eu sei que preciso levantar cedo, sentir o amargo do café na boca, arrumar a cama e tomar um banho. Mas se você realmente soubesse como eu me sinto, saberia que essas tarefas se tornam trinta vezes mais difíceis de se realizar quando as sombras invadem a minha história. Eu já não consigo sair de casa como ultimamente e tenho ouvido bastante que não é pra tanto, já que tenho a faca e o queijo na mão. Eu bem queria ser feliz com pouca coisa, rir por bobagens, falar por horas sobre as coisas mais mirabolantes do mundo… mas eu simplesmente não consigo. Não consigo sorrir nem pra foto nem pra quem está comigo. Não consigo sair da cama sem sentir que estou levando um elefante comigo. Eu queria, na verdade, ficar 24h por dia na minha cama, já levanto pensando na hora de voltar pra lá.
Se soubessem que eu sei a essência de cada uma das frases que usam pra me colocar pra cima… eu sei que preciso ser forte, eu sei que preciso levantar, eu sei que preciso tomar banho. Eu sei. Eu só não consigo realizar essas tarefas como se fossem simples, porque pra mim não são. Eu gasto toda a minha energia fazendo o básico, eu não consigo me sentir bem por ter esse tipo de dificuldade. Dói ver a vida passando, as pessoas evoluindo e eu aqui sem conseguir criar coragem para fazer o básico do básico.
Quando me pedem pra ser mais forte, eu tenho vontade de dizer que se eu assim fosse, não estaria nessa. Em alguns momentos fica impossível ser forte. Em alguns momentos as pessoas precisam desabar até mesmo pra crescer (e é uma pena que algumas pessoas precisem disso).
Quando me pedem pra fazer mais uma forcinha, eu tenho vontade de chorar alto, gritar por socorro e esperar que alguma ajuda caia do céu, porque é minha única esperança.
Quando me pedem para acordar pra vida eu tenho vontade de descrever como eu a enxergo e tudo que ela me ensinou na marra. Eu não quero acordar para uma vida como a minha, é tão simples.
As pessoas não entendem que é difícil demais viver uma vida com a sombra da depressão e seus outros transtornos. Tem momentos em que é difícil respirar, se mexer e até mesmo pensar – porque dói. E dói muito, dói em todas as partes do corpo. E é uma dor sobre a qual não temos controle, assim como uma dor de cabeça ou uma dor de estômago. Só que essa é muito mais persistente e geralmente não é tratada com a seriedade que devia ser tratada.
Eu quero melhorar, sabe. Eu não quero ficar no fundo do poço nem viver o resto dos meus dias tirando forças de onde nem sei só pra tomar um banho, comer um prato de comida ou até mesmo sair de casa. Eu não quero conviver com essa doença pra sempre, mas no momento eu preciso de um pouco de compreensão. Um pouco de carinho e de atenção também seriam bem vindos. Quando eu me sinto vulnerável, eu só preciso de um abraço. Quando eu me estresso, só quero alguém pra ouvir minhas preocupações. Quando ninguém me ouve, eu só queria um mega fone pra poder desabafar. Quando eu me sinto mal, eu só preciso de um ombro amigo. E não tô pedindo nada demais, porque eu quero o respeito a minha atual condição. Eu preciso de um pouco de paciência, por tempo indeterminado, pelo menos enquanto eu exercito a minha.
Médicos, terapias, espiritualidade… tudo isso pouco adianta se as pessoas ao redor não entenderem que o que aparenta frescura é dor, é exaurimento de forças, é sofrimento.
Reprodução autorizada pela autora. Para mais artigos da autora visite Superela.
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Tenho vergonha de ser juiz
Por João Batista Damasceno
Tenho vergonha de dizer que sou juiz. E não preciso dizê-lo. No fórum, o lugar que ocupo diz quem eu sou; fora dele seria exploração de prestígio. Tenho vergonha de dizer que sou juiz, porque não o sou. Apenas ocupo um cargo com este nome e busco desempenhar responsavelmente suas atribuições.
Tenho vergonha de dizer que sou juiz, pois podem me perguntar sobre bolso nas togas.
Tenho vergonha de dizer que sou juiz e demonstrar minha incompetência em melhorar o mundo no qual vivo, apesar de sempre ter batalhado pela justiça, de ter-me cercado de gente séria e de ter primado pela ética.
Tenho vergonha de dizer que sou juiz e ter que confessar minha incompetência na luta pela democracia e ter que testemunhar a derrocada dos valores republicanos, a ascensão do carreirismo e do patrimonialismo que confunde o público com o privado e se apropria do que deveria ser comum.
Tenho vergonha de dizer que sou juiz e ter que responder porque — apesar de ter sempre lutado pela liberdade — o fascismo bate à nossa porta, desdenha do Direito, da cidadania e da justiça e encarcera e mata livremente.
Tenho vergonha de dizer que sou juiz, porque posso ser lembrado da ausência de sensatez nos julgamentos, da negligência com os direitos dos excluídos, na demasiada preocupação com os auxílios moradia, transporte, alimentação, aperfeiçoamento e educação, em prejuízo dos valores que poderiam reforçar os laços sociais.
Tenho vergonha de dizer que sou juiz porque posso ser confrontado com a indiferença com os que clamam por justiça, com a falta de racionalidade que deveria orientar os julgamentos e com a vingança mesquinha e rasteira de quem usurpa a toga que veste sem merecimento.
Tenho vergonha de dizer que sou juiz porque posso ser lembrado da passividade diante da injustiça, das desculpas para os descasos cotidianos, da falta de humanidade para reconhecer os erros que se cometem em nome da justiça e de todos os “floreios”, sinônimos e figuras de linguagem para justificar atos abomináveis.
Tenho vergonha de dizer que sou juiz porque faço parte de um Poder do Estado que nem sempre reconheço como aquele que trilha pelos caminhos que idealizei quando iniciei o estudo do Direito.
Tenho vergonha de dizer que sou juiz, porque tenho vergonha por ser fraco, por não conhecer os caminhos pelos quais poderia andar com meus companheiros para construir uma justiça substancial e não apenas formal.
Tenho vergonha de dizer que sou juiz, mas não perco a garra, não abandono minhas ilusões e nem me dobro ao cansaço. Não me aparto da justiça que se encontra no horizonte, ainda que ela se distancie de mim a cada passo que dou em sua direção, porque eu a amo e vibro ao vê-la em cada despertar dos meus concidadãos para a labuta diária e porque o caminhar em direção a ela é que me põe em movimento.
Acredito na humanidade e na sua capacidade de se reinventar, assim como na transitoriedade do triunfo da injustiça. Apesar de testemunhar o triunfo das nulidades, de ver prosperar a mediocridade, de ver crescer a iniquidade e de agigantaram-se os poderes nas mãos dos inescrupulosos, não desanimo da virtude, não rio da honra e não tenho vergonha de ser honesto.
Tenho vergonha de ser juiz em razão das minhas fraquezas diante da grandeza dos que atravancam o caminho da justiça que eu gostaria de ver plena. Mas, eles passarão!
João Batista Damasceno é doutor em Ciência Política e juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Membro da Associação Juízes para a Democracia (AJD).
sábado, 6 de junho de 2015
HIPERPROLACTINEMIA E SINTOMAS PSIQUIÁTRICOS
Psiquiatria na Prática Médica
HIPERPROLACTINEMIA E SINTOMAS PSIQUIÁTRICOS
Prof. Dra. Márcia Gonçalves*
A hiperprolactinemia é um resultado de laboratório, não um diagnóstico (Piazza et al., 2005). Define-se como valor sangüíneo elevado de PRL, em mulher não-grávida e não-lactente. É mais comumente observado em mulheres é o distúrbio de hipersecreção hipofisária.
Os sintomas clínicos clínica dependem dos valores de prolactina e da sua etiologia. São aceitos valores de normalidade inferiores a 25 ng/ml (Mah e Webster, 2002; Serri et al., 2003).
A prolactina por meio do sistema porta hipotalâmico-hipofisário, alcança a hipófise e bloqueia a produção e liberação da prolactina, ao se ligar nos receptores de membrana dos lactótrofos.
É o único dos hormônios hipofisários cujo principal mecanismo de controle hipotalâmico é inibitório controlado pelo neurotransmissor, a dopamina. Sítios ligadores de prolactina no sistema nervoso central (SNC) foram identificados no hipotálamo, plexo coróide e na substância nigra (Sobrinho, 1993).
A hiperporlactenemia pode, por mecanismos retroativos levar à hipogpnadismo, e, é geralmente proporcional à elevação da prolactina (Serri et al., 2003).
O estresse poderia ser o gatilho de alterações neuroendócrinas envolvendo dopamina e/ou serotonina, que afetam a liberação de prolactina (Sobrinho, 1998; Freeman et al., 2000).
Os sintomas da hiperprolactinemia resultam de três mecanismos principais: 1- Efeitos diretos do excesso de prolactina sobre seus tecidos-alvos (galactorréia);
2- Manifestações resultantes do hipogonadismo causado pela hipeprolactinemia (oligoamenorréia, infertilidade);
3- Efeitos secundários a lesões estruturais provocadas pela doença causadora da hiperprolactinemia, efeitomassa decorrente de tumores (cefaléia, distúrbios da visão) (Verhelst e Abs, 2003).
A regulação da produção de prolactina, como endorfinas, peptídeo vasoativo intestinal, ácido gamabutírico e hormônio liberador de tireotrofina e fatores que interfiram na inibição dopaminérgica podem causar hiperprolactinemia (Serri et al., 2003).
Síndrome galacto-amenorréia
Denomina-se síndrome galacto-amenorréia o conjunto de sinais e sintomas decorrentes do aumento nos níveis sangüíneos de prolactina.
A prolactina tem a capacidade de inibir a secreção do hormônio luteinizante (LH) e do folículo-estimulante (FSH) pela hipófise, que são os hormônios que agem estimulando as gônadas (testículo e ovário).
Com a diminuição do LH e do FSH, e conseqüente deficiência dos hormônios sexuais, pode ocorrer diminuição do desejo sexual (libido), impotência, infertilidade, menstruações irregulares (oligomenorréia) ou ausência de menstruação (amenorréia).
Em pacientes com hiperprolactinemia, a função gonadal é suprimida por interferência nos pulsos hipotalâmicos do hormônio liberador das gonadotrofinas (GnRH), redução na secreção hipofisária dos hormônios folículoestimulante (FSH) e luteinizante (LH) e, conseqüentemente, diminuição na produção estrogênica ovariana (hipoestrogenismo).
Nas mulheres em idade reprodutiva, o hipogonadismo manifesta-se por fase lútea curta, anovulação, infertilidade, amenorréia, diminuição da libido e dispareunia por menor lubrificação vaginal (Crosignani, 2005).
Nos homens normalmente têm níveis baixos de prolactina, mas em algumas doenças eles podem estar aumentados, tais como em um tipo de tumor benigno chamado prolactinoma. Podem apresentar disfunção erétil com diminuição do apetite sexual e infertilidade (oligospermia e diminuição do volume ejaculado), dor de cabeça e alterações visuais. Pode também ocasionar ginecomastia (desenvolvimento excessivo das mamas no homem), redução no crescimento de pêlos, hipotrofia muscular e aumento da gordura abdominal.
Algumas vezes, o aumento da prolactina pode não manifestar nenhum sintoma.
Causas de Aumento de Prolactina:
1 - Fisiológicas - O próprio organismo, por necessidade, aumenta a liberação de prolactina como durante o sono, no stress físico e psicológico, durante a gravidez, durante a amamentação e no orgasmo sexual;
2 - Farmacológica - Estimulada pelo uso de medicamentos - Qualquer droga que modifique a liberação dadopamina, como explicado anteriormente, pode induzir a alterações na liberação de prolactina. Como exemplo a seguir:
- Antipsicóticos : Clorpromazina, Perfenazina e Haloperidol;
- Antieméticos ou reguladores da motilidade gástrica : metoclopramida e domperidona;
- Antihipertensivos: Alfa Metil Dopa;
- Antagonistas H2 - cimetidina e ranitidina - Usados para o controle da secreção de ácido clorídrico no
estômago;
estômago;
- Opióides - São estimuladores da secreção de dopamina;
- Antidepressivos : Imipramina e Fluoxetina;
- Estrógenos - Hormônios Sexuais como o informado.
3 - Patológica - Quando envolve alterações no bom funcionamento do organismo.
- Lesões do Hipotálamo ou da Haste Hipofisária - A dopamina, como explicado anteriormente, tem a capacidade de inibição da secreção de prolactina. Em comprometimentos da ligação dela com a hipófise, (haste hipofisária), não há inibição da secreção de prolactina pela dopamina e assim a hipófise secreta prolactina em maiores quantidades.
- Tumores secretores de Prolactina - Tumores do tipo Prolactinomas, são produtores de Prolactina;
- Demais lesões da hipófise – Massas tumorais que não estejam relacionadas com tumores secretores de prolactina, também podem induzir o aumento da prolactina, pois eles comprimem a haste hipofisária e portanto, diminuem a comunicação inibitória da dopamina ( conforme explicado anteriormente) e a hipófise.
- Demais Causas - Hipotiroidismo, síndrome dos ovários policísticos, estimulação periférica neurogênica, falência renal ou cirrose hepática.
A hiperprolactinemia e Sintomas psiquiátricos
É bem conhecido o efeito do estresse psicológico agudo sobre a elevação dos valores de prolactina em indivíduos saudáveis, sendo observados irregularidades menstruais, galactorréia e/ou outros sintomas de hiperprolactinemia associados com acontecimentos na vida pessoal (Biondi e Picardi, 1999).
A hiperprolactinemia estimularia o turnorver de dopamina em várias áreas cerebrais, incluindo o núcleo arqueado, e reduz o turnorver em outras regiões, por exemplo, na substância nigra.
O papel da prolactina na patogênese dos distúrbios psiquiátricos pode refletir uma ação direta sobre o sistema nervoso central, um efeito indireto por meio de hormônios gonadais ou constituir fatores independentes, resultantes da depleção de dopamina (Buckman e Kellner, 1985).
Em mamíferos, a prolactina está associada com a resposta imune, diminui a temperatura corpórea e aumenta a secreção de corticosteróides (Sobrinho, 1993). A hiperprolactimnemia classicamente associada à disfunção gonadal.
Pacientes com hiperprolactinemia com uma grande frequencia apresentam problemas emocionais. Variações nas concentrações de prolactina no sistema nervoso central poderiam afetar o humor, as emoções e o bem-estar. Por outro lado, traços da personalidade e fatores externos ambientais podem estimular a secreção de prolactina e ter papel na gênese da doença (Sobrinho, 1998).
Em ambos os sexos são encontrados os seguintes sintomas associados à hiperporlactinemia: ganho de peso, ansiedade, depressão, fadiga, instabilidade emocional, e irritabilidade, somatização, hostilidade e/ou depressão foram, a partir dessa época, relacionadas com hiperprolactinemia (Fava et al., 1981; Kellner et al.; 1984; Keller et al., 1985).
Dentre o conhecimento de reações psicossomáticas e hiperprolactinemia, um exemplo típico é a pseudociese, que pode ser uma ativação extratemporal do sistema neuroendócrino (Sobrinho, 1993).
Associação entre eventos pessoais estressantes e prolactinemia
Várias investigações têm sugerido o papel de eventos pessoais estressantes sobre distúrbios endócrinos em indivíduos vulneráveis (Fava et al., 1993; Sonino e Fava, 1998; Sobrinho, 2004).
Assies et al. (1992), ao avaliarem 14 pacientes hiperprolactinêmicas quanto a aspectos psicossociais, verificaram maior freqüência de separação dos pais na infância quando comparados a 14 mulheres controles.
Sonino et al. (2004), observaram que 52 pacientes com hiperprolactinemia relatavam significativamente mais eventos pessoais estressantes que os indivíduos controles. Concluíram na patogênese da hiperprolactinemia, o papel do estresse psicológico emocional destacava-se.
Tratamento do aumento de prolactina:
- Com medicamentos para com substâncias que aumentem os níveis de dopamina que regula a concentração de prolactina;
- Cirurgia para retirada da hipófise;
- Radioterapia.
Referências Bibliográficas – com o autor
Márcia Gonçalves – Professora responsável pela disciplina de Psiquiatria –UNITAU
margonps@yahoocom.br
quinta-feira, 4 de junho de 2015
segunda-feira, 1 de junho de 2015
Orixás da Nação Ijexá
Orixás da Nação Ijexá
Origens
No período da escravidão, os escravistas eram interessados exclusivamente na força de trabalho do africano, mas nos porões dos navios negreiros, além de músculos, vinham ideias, sentimentos, tradições, mentalidades, hábitos alimentares, rituais, canções, crenças religiosas, formas de ver a vida, e o que é mais incrível, o africano levava tudo dentro de sua alma, pois não lhe era permitido carregar seus pertences.
Da Nigéria e do Benin vieram as principais raízes dos cultos afro-brasileiros, o Candomblé da Bahia, o Xangô de Pernambuco, o Tambor de Mina do Maranhão e o Batuque do Rio Grande do Sul, os quais possuem fortes vínculos de origem com as crenças religiosas dos povos de língua iorubá e fon.
Em Ouida, onde ficava um dos grandes portos de embarque de escravos, os negros percorriam um caminho de cinco quilômetros da cidade até o porto. Neste percurso todo escravo que era embarcado, eram obrigados a dar voltas em torno de uma árvore. A árvore do esquecimento.
Os escravos homens deviam dar nove voltas em torno dela. As mulheres sete voltas. Depois disso supunha-se que os escravos perdiam a memória e esqueciam seu passado, suas origens e sua identidade cultural, para se tornarem seres sem nenhuma vontade de reagir ou se rebelar.
Mas, o escravo não esquecia nada, porque quando chegou aqui recriou suas divindades. Conseguiu refazer tudo aquilo que ficou para traz. Hoje, nos diversos estados brasileiros se tem verdadeiras ilhas de África, pois se mantém muito vivas as tradições religiosas iorubá e jêje. Devido à multiplicidade nas origens, a estruturação e a prática dos rituais tomaram formas diferentes em cada região do país.
No Batuque do Rio Grande do Sul, também, os religiosos pertencem a nações diversas, portanto, possuem tradições diferentes. Todavia, a influência da nação Ijexá é grande no conjunto dos rituais africanos executados nos terreiros de origem Jêje, Oyó e Cabinda.
Orixás
Orixás, regentes do mundo terrestre com várias definições a seu respeito, mas em princípio os Orixás são divindades intermediárias entre o Deus Supremo, Olorum, e o mundo terrestre. Foram encarregados de administrar a criação e a continuidade da vida na terra.
Os Orixás se comunicam com os seres humanos através de vistosos e complexos rituais. As estórias de cada um são conhecidas através das rezas (cânticos), suas comidas, no ritmo de seus toques, nas suas cores e seu domínio em determinadas forças da natureza.
Os Orixás estão subordinados a um Deus Supremo chamado Olorum ou Olodumare, mas não há nenhum culto ou altar dirigido diretamente à ele, o contato é feito através dos Orixás, seus intermediários.
Nossa tradição guarda o axé (força) de cada Orixá em um Okutá (pedra) que é colocada em uma vasilha junto a outras “ferramentas”, que ficam sob a guarda do babalorixá ou Yalorixá; mas a força maior está solta na natureza, apenas parte dela, simbolicamente fica no Okutá.
Nas cerimônias para convocar os Orixás, tradicionalmente, é através de cantos acompanhados com o toque dos tambores, com ritmos identificados para cada divindade.
As cerimônias são diversas, são ofertados presentes, comidas diferentes para cada um e sacrifícios que envolvem animais de quatro pés e aves; tirando a parte dos Orixás toda carne é consumida pelos participantes e membros da comunidade. Aos orixás rogam-se proteção, saúde, paz, em fim, pedidos específicos às necessidades de cada um em particular.
Os Orixás intercedem de acordo com o domínio que cada um exerce sua influência no aspecto da vida, como por exemplo, Bará para abrir os caminhos, Xangô para justiça, Oxum para fertilidade e assim por diante.
É magnífico poder escrever sobre a religião africana, mas há rituais muito particulares, nos quais alguns praticantes, não estão se preocupando em guardar o segredo, alguns estão colocando em público, rituais que os antigos levariam anos, até passarem para aqueles que mostravam sigilo absoluto, e que guardariam para confidenciar apenas aos seguidores de merecimento. Todas as religiões importantes do mundo doutrinam e ensinam, mas os maiores segredos um mestre só passa para outro mestre.
Existem aspectos cerimoniais que regulam o relacionamento dos serem humanos com as divindades. As regras são muitas, numa espécie de quebra cabeças, com começo, meio e fim, montado com interpretações simbólicas dos mitos que envolvem os orixás, e constituem uma grande rede interligada de deveres e direitos, obrigações e possibilidades, extremamente complexa e cheia de nuanças, inclusive possibilitando diversas variações que só quem é do meio pode saber e executar. A forma organizada na África deve ser perpetuada. Não temos o direito de mudar algo estabelecido a séculos, mesmo que queiram rotular nossos rituais de primitivos e ultrapassados, temos que procurar manter a força espiritual que envolve nossa religião, esta poderosa raiz deixada por nossos ancestrais.
Um caminho que nos faz ter contato com os orixás é através da incorporação; este é o processo pelo qual a entidade se manifesta em seu filho(a) que passou pelos mais diversos rituais de iniciação. Contudo há casos de incorporação de não iniciados. É possível uma pessoa estar assistindo um ritual pela primeira vez e se identificar com as forças espirituais energéticas referentes ao seu orixá, e ter esta manifestação espontânea.
Na maior parte, a manifestação dos orixás acontece em dias de festas. No batuque, nestas ocasiões, podemos falar; pedir auxílio, consultar, abraçar e ser abraçado por eles; em fim pode-se ter um contato direto com os orixás. Uma característica específica que diferencia o batuque das demais religiões afro-brasileiras é o fato do iniciado não saber, em hipótese alguma, que é incorporado pelo orixá. Esta peculiaridade provém de longínquas aldeias do interior da África, e faz parte dos rituais desde o início da estruturação da religião no Estado do Rio Grande do Sul a mais de duzentos anos.
Outro caminho que nos leva aos Orixás são os Búzios. A cerimônia do jogo dos Búzios é o instrumento usado no dia a dia para consulta aos Orixás. Através dele podemos receber orientações, conselhos e advertências.
Os Orixás cultuados no Batuque do Rio Grande do Sul são: Bará, Ogum, Oyá ou Iansã, Xangô, Ibêji, Odé, Otim, Obá, Ossãe, Xapanã, Oxum, Yemanjá e Oxalá.
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BARÁ
Mensageiro divino, guardião dos templos, casas e cidades. É o dono de todas as portas, de todas as chaves e de todos os caminhos. É reverenciado em primeiro lugar em todos os terreiros de nação africana. Recebe suas oferendas nas encruzilhadas.
Se estiver atrapalhado, sem emprego, sem rumo, ou deseja realizar qualquer tipo de negócio se apegue com este Orixá, o Bará pode te dar a solução.
Não existe nenhum terreiro de tradição africana que não tenha o assentamento do Bará. Ele é o princípio e o fim de tudo, até após a morte de um iniciado na religião, o primeiro a receber ritual é o Bará.
Bará em Yorubá quer dizer força; se for bem tratado reage favoravelmente em prol de quem lhe oferendou. Olorum concedeu ao Bará o privilégio de receber as oferendas em primeiro lugar. Sem ele nossas orações não seriam ouvidas por nenhum outro Orixá, nem mesmo no orum.
O dia da semana consagrado ao Bará é a segunda-feira, sua cor principal é o vermelho.
Os Barás cultuados no Batuque do Rio Grande do Sul são:
BARÁ LODÊ: Exu Lodê tem seu assentamento feito do lado de fora do templo. Divide sua morada com Ogum Avagãn. É o Orixá que mantém a estrutura do templo; a sustentação dos terreiros depende do Bará Lodê.
BARÁ ADAGUE: Recebe suas oferendas nas encruzilhadas; seu assentamento é feito dentro do templo; é um dos mais requisitados, pois faz a frente de Ogum, Oyá, Xangô, Odé, Otim, Obá, Ossãe e Xapanã.
BARÁ LANÃ: Trabalha nos cruzeiros (encruzilhadas). Tem as mesmas atribuições do Bará Adague. Responde também nos cruzeiros de mato.
BARÁ AJELÚ: Este é o exu que faz a frente dos Orixás de água, Oxum, Yemanjá e Oxalá.
Além do epô (azeite de dendê) usa-se mel nas suas oferendas.
| Orixá |
Ogum
Ogum é uma antiga divindade yorubá, senhor da guerra e do ferro; privilegiado com o dom de dominar os metais. Foi um dos primeiros Orixás a descer para a terra e encontrar habitação adequada para os humanos no futuro. Trabalhava dia e noite em sua forja para servir todos os humanos. Suas mãos hábeis transformaram tudo que foi colocado diante dele. Sua capacidade de criar surpreendeu os outros Orixás. Ogum também é ligado à agricultura, mas no Brasil é mais conhecido com deus dos guerreiros.
Ogum é a figura que se repete em quase todas as formas conhecidas de mitologia universal; é um dos mais cultuados especialmente por ser associado à luta, à conquista; assim como Bará é a figura mais próxima dos seres humanos que o invocam para vencer a constante luta cotidiana na terra.
Ogum, além de ser deus da metalurgia e da tecnologia, é o patrono da força produtiva que retrabalha a natureza, que transforma através do calor e das repetidas batidas um mineral bruto (ferro) no aço laminado e suas manifestações práticas (lança, escudo etc.), aplicadas por extensão, a qualquer transformação que o homem provoca na natureza para deixá-la, produtivamente, à sua disposição.
Ogum é considerado protetor de todos os guerreiros, e sua relação com os militares tanto vem do sincretismo realizado com São Jorge, o santo guerreiro católico, associado às forças armadas, como da sua figura de comandante supremo yorubá.
Enquanto Xangô julga o certo e o errado depois do fato consumado, Ogum é empreendedor e decidido, é o que faz justiça com as próprias mãos, jamais deixando para outro o que julga ser um problema seu. Quando irado, é implacável, apaixonadamente destruidor e vingativo. Quando apaixonado, sua sexualidade é devastadora, que não se contenta em esperar e nem aceita rejeição.
Fora da guerra, é um Orixá da alegria, da diversão, da delícia de viver, especialmente do contato com os amigos e camaradas etc.
No Rio Grande do Sul cultuamos várias qualidades de Ogum, entre eles estão o Ogum Avagãn, que tem seu assentamento junto com o Bará Lodê, e seus otás ficam do lado de fora do templo em uma casa individual; Ogum Onira ou onirê, que seria o rei da cidade de Irê; e Ogum Adiolà, que faz companhia aos Orixás de água, Oxum, Yemanjá e Oxalá.
Todos Babalorixás e Yalorixás têm que ter o assentamento de Ogum em seu terreiro, pois sem ele não poderiam fazer uso do axé de obé (faca) em seus rituais. Suas cores são o vermelho e verde, porém, alguns sacerdotes da antiguidade usavam também o azul marinho em seus fios de contas. O dia de Ogum é quinta-feira, e o sincretismo é com São Jorge.
| Orixá |
Oya / Iansã
Oyá é a primeira entidade feminina a surgir nas cerimônias. Esposa de Ogum, largou-o quando se deixou fascinar pelo magnetismo de Xangô. Nesse ponto as lendas se dividem. Algumas atribuem à Iansã uma imensa e terrível paixão por Xangô, sentimento este que se manifesta através de sua eterna presença ao lado dele. Dado o seu caráter extrovertido, Iansã permanecia ao lado de Xangô não só no dia-a-dia cotidiano, mas também nas guerras, nas caçadas e qualquer outra situação. Há diversas lendas a respeito deste triangulo amoroso mais conhecido do batuque, de qualquer forma, a paixão de Ogum por Iansã sobreviveu à separação. De acordo com as diferentes interpretações, tornaram-se inimigos de morte por causa disso. Os duelos entre Ogum e Oyá constituem uma das cerimônias coreográficas mais bonitas dos terreiros brasileiros.
Além de Xangô, Oyá é o único orixá que não teme os Eguns, é a guardiã do reino entre a vida e a morte, é ela quem dá assistência na transição final; ela pode reter o espírito da morte ou chamá-lo adiante, ela é o último suspiro. Oyá rege os cemitérios e os mortos.
Ninguém quer enfrentar Iansã numa batalha por que ela é tão feroz e astuta como qualquer homem, nem um outro Orixá quer lidar com a ira de Oyá. Não há receios à Oyá, exceto Xangô.
Ela é conhecida por sua inteligência, independência, coragem, graça, sensualidade, poder e paixão intensa.
É dito e conhecido que Oyá é muito leal aos seus filhos e perigosa para seus inimigos. Ela pode vir tão suave e fresca como uma brisa de verão ou violenta e cruel como um furacão e causar devastação total em seu mundo.
Olorum deu à Oyá a responsabilidade a responsabilidade de limpar a atmosfera ao redor do planeta e proporcionar o equilíbrio de gases para sustentar toda forma de vida.
Embora Oyá seja forte e guerreira brilhante, ela também é bonita e elegante. Ela gosta do calor da batalha, tanto como Xangô, mas nunca perde sua feminilidade. Seu sincretismo é com Santa Bárbara; seus dias da semana são terça e quinta-feira e suas cores são o vermelho e o branco.
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Xangô
Xangô é um dos Orixás mais populares no Brasil e na África. Divindade do fogo, do raio e do trovão. Representa a lei e a justiça.
Na mitologia, é atribuído a Xangô o reinado sobre a cidade de Oyó, na Nigéria. A imagem de poder está sempre associada à sua figura; não apenas o poder real, mas também o poder merecido, cujas determinações não podem ser questionadas, não apenas por seu autoritarismo, mas principalmente por sua credibilidade, sendo suas decisões consideradas tradicionalmente acertadas e sábias.
Xangô decide sobre o bem e o mal, possui a capacidade de inspirar a aceitação inconteste de suas decisões, tanto pelo seu poder repressivo como pela sua retidão e honestidade quase que inquebrantáveis.
Miticamente, o raio é uma de suas armas, que ele envia como castigo, nunca impensado ou arrebatado, mas após um processo onde todos os prós e contras foram pesados. Toda essa imagem faz com que Xangô seja associado, na natureza, à firmeza da rocha; duro e estável.
A popularidade de Xangô é tão grande que, em algumas regiões como Pernambuco, seu nome é utilizado para a designação de todo um culto.
Toda a gravidade e firmeza atribuídas a Xangô não o afastam das características humanizadoras que possuem outros orixás. Xangô teria como seu “ponto fraco” a sensualidade e o prazer. É apontado como uma figura vaidosa em muitas lendas e cantigas, tendo três esposas: Iansã, Oxum e Obá.
Uma lenda conta que Xangô era freguês do ferreiro Ogum. Ia frequentemente à sua casa, muito arrumado, lançando olhares sobre Iansã, que finalmente abandonou a casa de Ogum para ficar com seu conquistador. Mais tarde ele ficou fascinado pela beleza de Oxum e passou a persegui-la incessantemente. Algumas estórias contam que Xangô só não a violentou porque Exu o impediu. Outras versões dizem que Xangô, cavalheirescamente, se postou aos pés de Oxum, em prova do respeito que lhe despertava. Ainda existem versões que responsabilizam a Oxum por ter dominado a situação, ao impor a Xangô que dormisse a seus pés, evitando com sua determinação, a violência.
Qualquer das versões apresentadas atesta o caráter arrebatador de Xangô no amor, oposto à sua postura mais sólida nas demais questões.
O prato predileto de Xangô é o Amalá; suas cores são o vermelho e o branco, e o dia consagrado à Xangô no RS é a terça-feira. Seu sincretismo é com São Jerônimo e São Miguel Arcanjo.
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Orixá
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Ibêje - Ìbeji
Divindades ligadas ao culto de Xangô e Oxum.
Ibêji são entidades cultuadas no batuque do Rio Grande do Sul, como entidades gêmeas que formam um único orixá, permanentemente duplo, formado por entidades distintas, que coexistem, representando o princípio básico da dualidade. São orixás crianças. Seu assentamento é feito em imagens esculpidas em madeira.
São orixás de grande prestígio em todos os cultos afro-brasileiros. A maior homenagem aos Ibêji consiste em uma mesa (toalha arreada no chão), na qual se serve somente crianças com até sete anos de idade. A à elas são servidos uma canja feita com as aves sacrificadas aos orixás Ibêji, doces, frutas, balas, pirulitos, em fim todas guloseimas que as crianças adoram.
As cores dos Ibêji são variadas, menos o preto; seu sincretismo é com São Cosme e São Damião.
| Orixá |
Odé
Odé, Rei de Keto, o deus da caça, excelente pescador. Também conhecido pelo nome de Oxóssi, ao contrario dos Orixás que lutam contra outros exércitos, seu combate é mais cotidiano, nas matas, pelos animais que vão garantir a alimentação de sua família.
O conceito de liberdade e de independência em Odé é muito claro em sua personalidade básica.
Odé, jovem guerreiro, tem o temperamento forte, determinado, estratégico e empreendedor.
Como Orixá, sua responsabilidade principal em relação ao mundo é a garantia da vida dos animais, para que eles possam ser caçados e a alimentação dos seres humanos esteja assegurada.
Uma das lendas sobre Odé diz que em uma de suas caçadas ele foi enfeitiçado por Ossãe, apesar dos avisos de Yemanjá para que tomasse cuidado. Ficando, então sob o controle de Ossãe, ele afastou-se da família até que este encantamento fosse quebrado. Retornado para a mãe, Odé foi recebido por uma Yemanjá intransigente, irritada por não ter sido ouvida pelo filho. Rejeitado por ela, Odé voltou à floresta, para a influência de Ossãe, o que levou Ogum a se rebelar contra Yemanjá, censurando-lhe o comportamento para com seu irmão. Essa crise familiar foi responsável pelo descontrole de Yemanjá, que chorando desesperada, desmanchou-se em suas próprias lágrimas e transformou-se num rio que corre para o mar.
Como não poderia deixar de ser, o símbolo de Odé é um arco e flecha; usa também o bodoque e lança; sua cor é o azul marinho e seu sincretismo no Rio Grande do Sul é com São Sebastião. | Orixá |
Otim
Otim é um Orixá feminino, cultuado no Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul. É o nome de um rio que corre entre Ilorim e Ibadã, na Nigéria.
Otim é a companheira inseparável de Odé, assim como este, usa arco e flecha para acertar sua caça e a lança para pescaria. Carrega na cabeça um Cântaro cheio de água utilizada em suas lidas cotidianas. Come toda espécie de caça, mas seu prato predileto é a carne de porco.
Otim faz parte do erumalé de quase todos os sacerdotes aqui no Rio Grande do Sul. Quem faz o assentamento de Odé é obrigado a fazer junto às obrigações de Otim.
| Orixá |
Obá
Orixá feminino de origem nagô cultuada no Brasil, conhecida principalmente pelo fato de fazer parte nas lendas referentes a Xangô e suas três mulheres – Iansã, Oxum e Obá.
O conceito básico ligado à Obá é o da paixão, mas não na perspectiva controlada de Oxum nem na proposta feliz e libertária de Iansã, a deusa dos amores arrebatados e absolutos. Para Obá, paixão é razão de sofrimento, de disputa e de submissão mal-aceita.
Conta uma das lendas mais conhecidas a seu respeito que Xangô mantinha um relacionamento cheio de altos e baixos com Iansã, e que sua esposa favorita era Oxum. Obá era a terceira neste casamento polígamo, e nunca podia rivalizar com as outras duas antagonistas, mais cheias de brilho e força (Iansã) ou beleza e inteligência (Oxum).
Obá era insegura em relação a tudo que se relacionava com seu marido, pois era uma figura sem muitos atrativos físicos e um pouco seca e ríspida no seu comportamento diário. Era, porém, extremamente crédula, e, sabendo que Xangô apreciava muito as constantes receitas de culinária que Oxum lhe preparava, mostrou-se disposta a aprendê-las. Esta, contudo, dona de um caráter exclusivista, não estava disposta a ensinar à concorrente como agradar a Xangô, e resolveu enganar sua rival: marcou um horário para que Obá fosse à sua casa aprender a receita que teria poderes mágicos sobre a sexualidade de Xangô.
Quando Obá surgiu, Oxum cozinhava uma sopa que continha dois grandes cogumelos. Usava um pano amarrado à cabeça, escondendo as orelhas, e disse à Obá que estava preparando um caldo com suas próprias orelhas, pois essa era a receita favorita de Xangô. Obá, então, preparou uma sopa onde cortou e incluiu uma de suas próprias orelhas, e a serviu feliz para o marido.
Como era de se esperar, a reação de Xangô perante a imagem da esposa com uma orelha cortada foi tremendamente negativa; e piorou ainda mais quando ele viu o prato de comida que o esperava. Além de ser repreendida por Xangô, Obá ainda teve que suportar a troça de Oxum, que, descobrindo suas orelhas, revelou à rival que tudo tinha sido apenas um truque. Elas, então se engalfinharam numa terrível luta física, que só terminou com uma explosão de cólera da parte de Xangô; o que fez as duas fugirem apavoradas, cada uma para uma lado, transformando-as nos rios que atualmente levam seus nomes.
Obá responde pelos amores com perturbações, ciúme, desonra e falsidade. O corte, a navalha, a roda, a direção, as máquinas, agulha de costura, tesoura são de seu domínio. Come cabra mocha; sua cor é o marrom e o rosa, seu dia da semana é segunda-feira e seu sincretismo no batuque é com Santa Catarina.
| Orixá |
Ossãe
Orixá masculino de origem ioruba, cultuado no Brasil. Ligado às florestas como Odé, Ossãe possui, entretanto, atribuições bem diferentes: cabe a ele cuidar das ervas medicinais e sagradas e, por correlação, de todo e qualquer conhecimento técnico mais aprofundado. Apresentado costumeiramente como uma figura reservada e misteriosa, transmite a seus filhos um grande equilíbrio nas decisões e certo distanciamento quanto aos amigos, além de notável eficiência no trabalho, onde atende tudo e todos com perfeição.
Sua ligação primordial é com a vegetação, com as plantas, mas não obrigatoriamente com os vegetais destinados à alimentação. Sua especialidade são as plantas medicinais, destinadas à cura e as cerimônias da religião, sendo sua presença indispensável para a realização de qualquer procedimento de iniciação ou de curas nos rituais africanos.
Segundo as lendas cada orixá tem suas ervas e folhas particulares, circunscritas a seu campo específico de ação, mas tal poder é restrito perto do controle total que Ossãe tem sobre esse tipo de conhecimento. Toda atividade de Ossãe é cercada de cuidados quase que ritualísticos. Ossãe é orixá extremamente poderoso, pois detém o saber que permite a realização da maior parte dos rituais.
Da mesma maneira que sua especialidade, apesar de muito importante, não faz parte das atividades cotidianas como a luta, a conquista, a comunicação ou a caça, constituindo-se mais uma técnica, um ramo do conhecimento que é empregado quando necessário – o uso ritualístico das plantas para qualquer cerimônia litúrgica como forma condutora da busca do equilíbrio energético. Também não faz parte do conjunto de lendas de Ossãe um número de relações familiares e amorosas de destaque. Geralmente é apresentado como um ser solitário, vagando nebulosamente pela floresta e não habitando nenhum lar específico.
No batuque do Rio Grande do Sul, sua imagem é representada por um ser sem uma das pernas. Faz uso de muleta para se deslocar, seu sincretismo em alguns terreiros é com São Roque, sua cor é o verde claro, e seu dia da semana é segunda-feira.
| O |
Xapanã
Xapanã é o orixá que detém o poder sobre a doença, tanto para causá-la como para curá-la. É uma entidade sombria, tida entre os iorubanos como ameaçadora e temível caso não seja devidamente cultuada.
Também é conhecido como omulu e Obaluaiê, cujos mitos e a própria figura são cercados de algum mistério. Em termos gerais Xapanã controla todas as doenças, especialmente as epidêmicas. É o “deus da varíola”, mas este conceito é uma evidente limitação, já que a varíola era uma das epidemias mais comuns e devastadoras da comunidade original africana onde ele surgiu, o Daomé.
Orixá de origem Jêje, posteriormente assimilada pelos iorubás, o que marca bem a diferença de comportamento básica: enquanto os orixás iorubanos são mais extrovertidos e passionais, alegres e humanos, as figuras daomeanas estão mais associadas ao conceito de castigo e punição, sendo sempre mais austeras no comportamento mitológico, mais graves e conseqüentes em suas ameaças; todas têm um potencial de repressão em relação aos seres humanos, muito mais explicito que as divindades iorubás, estas mais tolerantes.
Xapanã é orixá que se for bem cultuado pode levar seus seguidores a terem um padrão de vida muito elevado. No entanto, se os rituais realizados não estarem de acordo com os fundamentos, poderá levá-los a mais completa miséria.
Um feitiço ou um pó de Xapanã bem executado pode arrasar uma comunidade inteira. É o dono da ferida, da lepra e da miséria. Trabalha nos matos e cemitérios, é associado à morte e a terra. É o dono da vassoura e do espanador, é o orixá solicitado para fazer todo tipo de limpezas e levar embora as cargas negativas.
As cores de Xapanã são o vermelho, preto, lilás e o roxo. Seu dia da semana é quarta-feira e seu sincretismo em alguns terreiros é com Nosso Senhor dos Passos.
| Orixá |
Oxum
Oxum é a Rainha da nação Ijexá. Sincretizada com diversas Nossas Senhoras ao longo do Brasil, Oxum manifesta uma delicadeza e juventude rara em outros orixás femininos. Responsável pela fertilidade e pelos recém-nascidos é, sobretudo conhecida por sua beleza, a qual as lendas adornam com ricas vestes e objetos de uso pessoal. Domina os rios e cachoeiras, imagens cristalinas de sua influência: atrás de uma superfície aparentemente calma podem existir fortes correntes e cavernas profundas.
Oxum é um orixá feminino bastante conhecido e cultuado no Brasil, onde sua imagem é quase sempre associada à maternidade, sendo comum ser invocada através de carinhosa expressão Mamãe Oxum.
Até mesmo em dias de festas, no batuque do RS, é nas rezas de Oxum que a maioria dos Orixás se manifestam. Principalmente da Oxum Docô, que auxiliou na criação da maioria dos filhos de Yemanjá.
Oxum é o nome de um rio em Oxogbo, província de Ibadã, na Nigéria. É também a morada da deusa que lhe dá o nome, sendo ela conhecida como a dona da água doce. Portanto, seu elemento natural é o leito dos rios e, especialmente, as cachoeiras, onde costumam ser-lhe entregues as comidas e os presentes.
Tem a seu cargo o dom da fertilidade, assim como Yemanjá. É a ela que dirige as mulheres que querem engravidar, sendo responsabilidade de Oxum também zelar pelas crianças que estão em gestação e pelas recém-nascidas.
Além dessas legações, Oxum é considerada a deusa da beleza,do ouro, do dinheiro, da riqueza, do amor, da aliança, do casamento, da felicidade, do perfume, da vaidade, do mel e tudo que é doce. Oxum é considerada uma das mais belas figuras físicas do panteão mítico iurobá.
Pela sua beleza, Oxum teria despertado muitos amores. Mas seu relacionamento mais importante foi com Xangô.
A cor que lhe pertence é o amarelo-ouro, seu dia da semana é o sábado e, é sincretizada com diversas Nossas Senhoras. Cultuamos no batuque do RS várias qualidades de Oxum entre elas a Pandá, Demum e Docô. No altar de Oxum, além das quartinhas, pratos, vasilhas com água e axés, costuma haver flores, perfumes, leques e até bonecas. É a figura da juventude eterna. Com seu jeito de criança inconseqüente que julga naturalmente merecer todos os cuidados e mimos.
| Orixá |
Iemanjá
A Rainha das Águas é famosa em todo o Brasil pelos cerimoniais a ela dedicados nas praias por ocasião da passagem do ano. Boa parte dos brasileiros lembra-se de Yemanjá quando acontece a passagem do ano: é uma tradição ofertar presentes ao mar, a morada da deusa, e desse ritual participam pessoas que inclusive não têm maior ligação com a religião afro-brasileira.
Orixá feminino de origem iorubá. É uma das figuras mais conhecidas nos cultos brasileiros, já que suas festas anuais sempre movimentam um grande número de iniciados e simpatizantes tanto no batuque, candomblé e umbanda.
Na África, a origem de Yemanjá é um rio que vai desembocar no mar e que o formaria. É a mãe de quase todos os orixás criados originalmente na cultura iorubá.
Apesar de os preceitos tradicionais relacionarem tanto Oxum como Yemanjá à função da maternidade, pode estabelecer-se uma distinção nesses conceitos. Oxum é a mãe no sentido de fecundação, gestação e criação do bebê, enquanto este não aprende nenhuma língua, enquanto seus mecanismos de personalidade não estão definidos; Yemanjá, por sua vez, é mãe daí por diante, é a função de maternidade enquanto educação. É a mãe do jovem e do adulto, a figura materna que acompanha um ser humano toda a vida. Em todas as lendas Yemanjá nunca surge lidando com crianças, e sim com adultos, com os quais não hesita usar os típicos truques associados ás mães possessivas para manter os filhos consigo.
A cor de Yemanjá é o azul, o dia dedicado a ela no batuque é a sexta-feira, é sincretizada com Nossa senhora dos Navegantes. Ela é padroeira tradicional dos marinheiros, estendo-se essa proteção a praticamente todos os seres viventes, já que é a grande mãe do astral.
| Orixá |
Oxalá
É o orixá mais querido e respeitado do panteão afro-brasileiro. O branco, símbolo tradicional da pureza é a cor de tudo que esteja ligado a Oxalá, o responsável, segundo a mitologia iorubana, pela criação e administração do mundo. Rege os demais orixás e, por conseguinte, os homens. Acima dele só Olorum, o deus supremo iorubá.
Oxalá é a figura paternal, calmo e sereno nos momentos mais difíceis; uma dignidade distante e certa tendência à centralização também fazem parte de sua imagem típica.
Segundo a maior parte dos ítans, ele é pai de todos os orixás. Filho direto de Olorum ou Olodumare, Oxalá representa o céu, princípio de tudo que, ao tocar o mar, na representação simbólica de um ato sexual, teria criado todos os outros orixás para que cuidassem dos seres da terra, os homens, cercados pelos céus e pelo mar de todos os lados.
Vários nomes são ligados a Oxalá. Na Nigéria prevalece o nome Obatalá. Em Oko, Orixaakô; em Ejigbo, recebe o nome de Oguinhã. Em todos estes locais, porém, é inquestionável seu posto de supremacia.
Existem diversos tipos de Oxalá, como acontece com todos orixás africanos, mas neste caso há um certo destaque para duas de suas formas, justamente Oxalá mais novo e o Oxalá mais velho.
Oxalá sempre é o último a ser reverenciado em todas cerimônias dedicadas aos orixás. Sua cor é o branco, seu dia da semana no batuque é o domingo. Oxalá velho é sincretizado com Divino Espírito Santo e Nosso Senhor do Bom Fim, e o novo com Menino Jesus de Praga.
| Orixá |
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