Numerosos autores puseram em evidência o papel dos Estados Unidos no
financiamento do terrorismo internacional desde a guerra do
Afeganistão contra os Soviéticos,. No entanto, até à atualidade,
tratava-se sempre de ações secretas, nunca assumidas na altura por
Washington. Um passo decisivo foi franqueado com a Síria: O Congresso
votou o financiamento e armamento de duas organizações representando a
Al-Qaida. Aquilo que era até aqui um segredo de polichinelo tornou- se
agora a política oficial do «país da liberdade»: o terrorismo.
sábado, 12 de outubro de 2019
quinta-feira, 10 de outubro de 2019
Estados Unidos, principal financiador mundial do terrorismo
Estados Unidos, principal financiador mundial do terrorismo
26 set 2019 | Financiamento da Jihad Islâmica · Governo americano
Rede Voltaire | Damasco (Síria)
A primeira semana da Conferência de paz de Genebra 2
terá sido plena de fatos com saliência. Infelizmente, o público
ocidental não recebeu nenhuma informação a respeito, vítima da
censura que o oprime.
É com efeito o principal paradoxo desta guerra : as imagens são o
inverso da realidade. Segundo os media internacionais o conflito opõe,
de um lado os Estados reunidos em torno de Washington e de Riad que
pretendem aplicar a democracia e conduzir a luta mundial contra o
terrorismo, do outro a Síria e os seus aliados russos, inibidos pela
pressão de serem difamados como ditaduras manipulando o terrorismo.Se toda a gente sabe que a Arábia Saudita não é uma democracia, mas sim uma monarquia absoluta, a tirania de uma família e de uma seita sobre todo um povo, os Estados Unidos gozam da imagem de uma democracia e mais ainda de serem o « país da liberdade ».
Ora, a principal informação da semana foi censurada no conjunto dos Estados membros da Otan : o Congresso norte-americano reuniu-se secretamente para votar o financiamento e o armamento dos « rebeldes na Síria », até a 30 de setembro de 2014. Sim, leram bem. O Congresso tem sessões secretas que a imprensa não está autorizada a noticiar. É por tal que a informação, originalmente publicada pela agência britânica Reuters [1], foi escrupulosamente ignorada por toda a imprensa impressa e audio-visual dos Estados Unidos, e da maior parte dos media na Europa ocidental e no Golfo. Apenas os habitantes do « resto do mundo » tiveram a possibilidade de conhecer a verdade.
Ora a liberdade de expressão e o direito dos cidadãos à informação são, no entanto, pré-requisitos da democracia. Eles são mais respeitados na Síria e na Rússia que no Ocidente.
Como ninguém pôde ler a lei adotada pelo Congresso, ignora-se o que ela estipula exatamente. No entanto, é claro que os « rebeldes » em questão não buscam derrubar o Estado sírio —eles renunciaram a tal—, mas sim « sangrá-lo ». É por isso que eles não se comportam como soldados (de um exército regular), mas mais como terroristas. Leram bem mais uma vez : os Estados Unidos, aparentemente vítimas da Al-Qaida no 11 de Setembro de 2001 e, após isso, líderes da « guerra global contra o terrorismo », financiam o principal foco de terrorismo internacional onde agem duas organizações oficialmente subordinadas à Al-Qaida (a Frente al-Nosra e o Emirado islâmico do Iraque e do Levante). Não se trata mais, aqui, de uma manobra obscura dos serviços secretos, mas de uma lei plenamente assumida, mesmo se foi adotada à porta fechada de modo a não contradizer a propaganda oficial.
Por outro lado vê-se mal como a imprensa ocidental, que afirma desde há 13 anos que a Al-Qaida é a autora dos atentados do 11-Setembro e ignora a destituição do presidente George W. Bush nesse dia pelos militares, poderia explicar esta decisão ao seu público. Efetivamente o procedimento norte-americano de « Continuidade do governo » (CoG) é ele, também, protegido pela censura. De tal modo que os Ocidentais nunca tiveram conhecimento que, nesse 11 de Setembro, o poder foi transferido dos civis para os militares, das 10h da manhã até à noite, que durante esse dia os Estados Unidos foram dirigidos por uma autoridade secreta, em violação das suas leis e da sua constituição.
Durante a Guerra fria a CIA financiou o escritor George Orwell, enquanto ele imaginava a ditadura do futuro. Washington cria, assim, acordar as consciências para o perigo soviético. Mas, na realidade, nunca a URSS se pareceu com o pesadelo de « 1984 », enquanto os Estados Unidos se tornaram a incarnação disso.
O discurso anual de Barack Obama sobre o estado da União transformou-se, assim, num excepcional exercício de mentira. Diante dos 538 membros do Congresso, aplaudindo-o de pé, o presidente declarou : « Uma coisa não mudará : a nossa determinação para que os terroristas não lancem outros ataques contra o nosso país ». E ainda : « Na Síria apoiaremos a oposição que rejeita o programa das redes terroristas ».
Ora, quando a delegação síria em Genebra 2 submeteu, aquela que é suposta representar a sua « oposição », uma moção, exclusivamente baseada nas resoluções 1267 e 1373 do Conselho de segurança, condenando o terrorismo, aquela rejeitou-o sem provocar a menor observação de Washington. E não é para menos : o terrorismo significa os Estados Unidos, e a delegação da « oposição » recebe as suas ordens diretamente do embaixador Robert S. Ford, presente no local.
Robert S. Ford antigo assistente de John Negroponte no Iraque. No início dos anos 80 Negroponte atacou a revolução nicaraguense alistando milhares de mercenários que, misturados com alguns colaboradores locais, formaram os « Contras ». O Tribunal internacional de Justiça, quer dizer o tribunal interno das Nações Unidas, condenou Washington por esta ingerência não declarada. Depois, nos anos 2000, Negroponte e Ford recriaram o mesmo cenário no Iraque. Desta vez, tratava-se de aniquilar a resistência nacionalista usando o ataque pela Al-Qaida.
Enquanto em Genebra os Sírios e a delegação da « oposição » discutiam, em Washington o presidente prosseguia o seu exercício de hipocrisia, e lançava ao Congresso que o aplaudia mecanicamente : « Nós lutamos contra o terrorismo não sómente com a ajuda das inteligência e das operações militares, mas também ao permanecer fieis aos ideais da nossa Constituição e dando nisso o exemplo ao mundo (…) E, nós, continuaremos a trabalhar com a comunidade internacional, para fazer surgir o futuro que o povo sírio merece – um futuro sem ditadura, sem terror e sem medo ».
A guerra fabricada pela Otan e pelo CCG na Síria, fez já mais de 130.000 mortos — segundo as estatísticas do MI6 difundidas pelo Observatório sírio dos Direitos do homem—, da qual os carrascos atribuem a responsabilidade ao povo que lhes ousa resistir e ao seu presidente, Bachar el-Assad.
Tradução
Alva
Alva
Fonte
Al-Watan (Síria)
Al-Watan (Síria)
1] “Congress secretly approves U.S. weapons flow to ’moderate’ Syrian rebels” (em inglês- « Congresso aprova secretamente fornecimento de armas dos E.U. para os rebeldes Sírios ’moderados’ »-ndT), por Mark Hosenball, Reuters, 27 de janeiro de 2014.
Cultura Grega
Cultura Grega
A cultura grega
foi imensamente rica. Teve muita influência no resto do mundo
ocidental. O uso intenso de mármore nas obras, o desenvolvimento das
sensibilidades e da estética o uma arquitetura harmoniosa foram
características das artes gregas. A arquitetura tinha aspectos
monumentais, como mostram o Paternon de Atenas e grande estátua de Zeus e Olímpia.
O teatro era muito apreciado na Grécia Antiga.
As apresentações duravam oito horas diárias, e se estendiam por dois ou
três dias seguidos. Periodicamente, eram realizados concursos de peças.
Esses torneios chegavam a reunir de 15 a 20 mil pessoas. A construção
de locais para exibição das peças estavam muito adiantadas. O teatro de
epidauro, por exemplo, tem uma acústica tão boa que um assistente
sentado na última fila da arquibancada consegue ouvir até os sons mais
baixos, como o crepitar de uma chama no palco. (Veja mais em Teatro Grego).A história começou a ser estudada como ciência pelos gregos. Heródotos, natural da Ásia menor, escreveu o primeiro livro da história com fundamentos científicos e baseado em pesquisa. Tucídides, de Atenas, um militar, redigiu um eficiente relato da Guerra de Peloponeso.
Xenofonte preparou as Helênicas, uma história dos gregos até o século IV a.C.
A filosofia foi o grande legado do pensamento grego. Inicialmente os gregos tentaram explicar os fenômenos da natureza com justificativas mitológicas, ou seja, atribuíam os acontecimentos a atos dos deuses, heróis e semi-deuses. Os pensadores dos primeiros tempos são chamados de pré-socráticos, isto é, os que vieram antes de Sócrates. Junto com Platão e Aristóteles, Sócrates foi um dos maiores filósofos gregos.
Com desenvolvimento da cultura e maior disponibilidade de bens materiais, os filósofos passaram a buscar explicações racionais e organizadas para os acontecimentos. Sócrates, que viveu de 470 a 399 a.C, foi o primeiro a proceder dessa forma. Ele abalou tanto a sociedade de seu tempo que foi forcado pelas autoridades a suicidar-se, bebendo um preparado de uma planta chamada Cicuta. Os filósofos que viveram depois são chamados de Póssocráticos.
Os gregos explicavam as origem das coisas por meio de mitos. Sua religião era Antropomórfica, ou seja, seus deuses tinha forma humana. A religião grega era uma fusão de divindades locais e orientais.
Posteriormente, os romanos tomaram emprestadas essas divindades e mudaram seus nomes gregos para os nomes latinos.
Para os gregos, esses deuses viviam no monte Olimpo e tinha sentimentos e paixões como os seres humanos. Era, porem, imortais. Os semideuses ou heróis estavam entre os deuses e os homens e eram filho de Deuses com humanos. Tinha natureza meio humana e meio divina e uma maior forca física e inteligência do que os humanos. Entre eles, estavam Hércules, que representava a forca e foi responsável pelos lendários doze trabalhos.
Entre os principais deuses estavam Zeus, o rei dos deuses do Olimpo. Ele seria chamado mais tarde de Júpiter pelos romanos.
Outros deuses importantes eram Hera, mulher de Zeus e Atena, sua filha e protetora de Atenas, das artes e do saber; Apolo, deus da luz; Artemísia, deusa da caça; Dionísio, deus do vinho; Hermes, protetor do comércio e Afrodite, deusa do amor e da beleza. O mar, muito importante, era representado por Posseidon . Os gregos acreditavam que as terras boiavam sobre o corpo desses deus e se ele quisesse poderia acabar com o mundo de um momento para a outro. Pã era o deus dos pastores.
Veja também:
Roma e Grécia Antiga
Roma e Grécia Antiga
Se da Grécia Antiga adotamos os conceitos políticos como monarquia, tirania, democracia, hegemonia e conceitos filosóficos como antropocentrismo, idealismo e racionalismo, da Roma Antiga adotamos o conceito de cidadania e justiça, a língua latina e suas derivações e o cristianismo.
Roma Antiga
A cidade de Roma, situada entre colinas e em local estratégico para a comunicação, foi o berço da civilização romana. Com o tempo, os romanos iniciaram sua expansão por todo o Mediterrâneo, que chamaram de mare nostrum (“mar nosso’’).As origens de Roma
Por volta do II milênio a.C., a península Itálica, situada no sul da Europa e avançando pelo mar Mediterrâneo, começou a ser habitada por diferentes povos, dentre eles os latinos.Esses povos ocuparam uma planície próxima ao rio Tibre, onde fundaram aldeias e à qual deram o nome de Lácio. Aos poucos, eles foram se agrupando em volta de seu povoado mais importante, Roma, que se tornou uma das maiores cidades da Antiguidade.
A divisão da história romana
A civilização romana se estendeu desde a fundação da cidade, em 753 a.C, até o fim do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C.A história política da Roma Antiga divide-se em três fases:
- Monarquia Romana: período que durou até 509 a.C., quando ocorreu a expulsão dos etruscos;
- República Romana: até o ano 27 a.C;
- Império Romano: que terminou em 476 d.C.
Sociedade Romana
Os descendentes dos primeiros habitantes da península itálica eram os senhores das terras e ficaram conhecidos como patrícios.Populações latinas também se dirigiram para aquele sítio e foram bem recebidas pelos antigos habitantes, que precisavam de mais braços naquele local. Estes foram nomeados clientes e podiam se misturar às famílias mais tradicionais por meio do casamento.
Ainda existiam homens na condição de escravos, obtidos em campanhas militares dos latinos contra outras populações. Aqueles que eram capturados tornavam-se escravos em Roma. Contudo, a maior parte do trabalho, na monarquia, não era escravo, pois era desempenhado pelos homens livres e pobres, os plebeus.
O Direito romano
A legislação romana e seu sistema judiciário eram complexos. Para se ter uma ideia dessa complexidade, podemos assinalar a divisão do Direito romano em três divisões.- Jus naturale: afirmava os direitos naturais do homem que deveriam ser observados pelo Estado,
- Jus civile: assinalava a existência dos direitos de cidadania, ou seja, os direitos constituídos no seio da sociedade humana em suas variadas relações, aí se encontrava a vida política.
- Jus gentium: correspondia ao reconhecimento das especificidades dos povos abrigados pelo império romano, garantindo as tradições e as comemorações que marcavam identidades no interior da unidade romana.
O latim
Sem dúvida alguma, a língua romana foi uma peça importante de seu imperialismo. Povos submetidos deveriam, para participar da vida política, aprender a língua romana. Assim, o latim foi elemento de romanização do Império.Adiante, com as invasões bárbaras, o latim permaneceu como referência de língua sagrada, adotado pela Igreja Católica, e também misturado às línguas germânicas dos grupos invasores. O resultado foi a formação de línguas chamadas de neolatinas faladas até hoje, como o português, o espanhol, o francês e o italiano moderno.
Literatura
A literatura romana foi muito desenvolvida, com a produção de textos poéticos e em prosa, mas os discursos políticos são os mais impressionantes desse universo literário.Tito Lívio, Ovídio, Virgílio, Horácio, Cícero, Sêneca, o imperador Marco Aurélio são alguns dos nomes importantes do mundo intelectual romano. História, poesia, sátiras, filosofia e política foram campos de grande produção literária.
Religião
No campo religioso, antes da adoção do monoteísmo cristão, os romanos eram politeístas e seus deuses foram tomados dos gregos, latinizando-se os nomes. Além desses deuses, havia os protetores domésticos e o culto aos ancestrais.Arquitetura
Na arquitetura, a influência grega também esteve presente. Entretanto, o espírito prático dos romanos destacou-se na construção de estradas, esgotos, aquedutos, estádios, colunas e arcos do triunfo.Grécia Antiga
A sociedade grega se fixou na península Balcânica, região que apresenta um relevo montanhoso, o que favoreceu a formação de comunidades independentes umas das outras nos aspectos político, militar e econômico.Em comum havia a língua, a religião, os usos e costumes. A cultura grega foi o elemento de união e de identificação do antigo povo grego. A confraternização geral entre os gregos era realizada nas festividades religiosas, que também envolviam competições esportivas e literárias.
Origem
Os primeiros habitantes da Grécia foram os pelágios, ou pelasgos, que ocupavam o litoral e estavam organizados em comunidades. Eles acabaram assimilados por povos indo-europeus que invadiram a península Balcânica a partir de 2000 a.C, episódio que originou a formação do povo grego.A divisão da história grega
Tradicionalmente, a história política da Grécia Antiga é dividida em cinco períodos, conforme podemos ver abaixo:- Período Pré-Homérico: Do século XX ao século XII a.C. – Civilização creto-micênica
- Período Homérico: Do século XII ao século VIII a.C. – Sistema gentílico
- Período Arcaico: Do século VIII ao século V a.C. – Surgimento das Cidades-Estado como Esparta e Atenas.
- Período Clássico: Do século V ao século IV a. C. – Guerras de hegemonia
- Período Helenístico: Do século IV ao século III a. C. – Domínio macedônico e intensos contatos com o Oriente
Sociedade grega
A sociedade grega estava dividida em cidadãos e não-cidadãos.Os cidadãos, entre os quais havia pessoas muito ricas e outras mais humildes, desfrutavam de todos os direitos políticos, participavam da vida pública e eram obrigados a pagar impostos. Em Atenas, elevavam-se à categoria de cidadãos apenas os homens adultos filhos de país atenienses. Em outras cidades, como Esparta, por exemplo, existia uma nobreza que tinha autoridade social e política.
- Os estrangeiros, considerados livres, dedicavam-se principalmente ao comércio e ao artesanato. Pagavam impostos e faziam parte do exército, mas não possuíam terras nem casas.
- Os escravos eram propriedade de uma família, constituindo importante força de trabalho no serviço doméstico e na agricultura. Por vezes eram prisioneiros de guerra ou filhos de escravos.
Religião
Os gregos eram politeístas e adeptos do antropomorfismo, isto é, seus deuses eram representados sob a forma humana em sua absoluta perfeição.De acordo com a mitologia, os deuses possuíam todas as qualidades e defeitos dos mortais e, por serem deuses, essas virtudes e defeitos eram também em proporções divinas. Os deuses eram guerreiros violentos e vingativos, sujeitos ao ciúme, à inveja, à soberba, ao amor e ao ódio.
A trindade máxima era composta por Zeus, senhor da Terra e do céu, Poseidon, senhor dos mares e dos ventos, e Hades, senhor do mundo inferior e dos mortos.
O Monte Olimpo era considerado a morada dos deuses sob a presidência de Zeus, o deus mais importante, o deus dos deuses.
Arquitetura
O estilo arquitetônico grego, pela sua harmonia, composição simétrica e elegância, tem servido de modelo e de inspiração, atravessando tempo e distâncias.- O estilo jônico apresenta a coluna canelada, e o capitel levemente trabalhado.
- O estilo coríntio apresenta o capitel mais ornamentado.
- O estilo dórico se caracterizou por apresentar colunas simples e sóbrias com capitel liso.
Escultura
Os gregos alcançaram a perfeição, demonstrando grande conhecimento da anatomia humana e animal.As esculturas também eram utilizadas para adornar os templos. Fídias, amigo de Péricles, foi o escultor mais famoso, responsável pelas obras da Acrópole ateniense.
Pintura
Foi muito utilizada para decorar cerâmicas e retratava cenas religiosas, desportivas, militares e cotidianas.Teatro
Os teatros eram auditórios ao ar livre e o público se sentava em bancos de pedra. Os gregos eram incentivados a frequentar o teatro, considerado parte essencial de sua educação.Os gregos criaram dois gêneros: a tragédia e a comédia.
A comédia satirizava a política e os costumes da época. As peças eram encenadas por atores que utilizavam máscaras que identificavam o personagem como velho ou moço, homem ou mulher, feliz ou triste.
Diferentes máscaras permitiam ao ator interpretar vários papéis na peça.
Filosofia
No início, os mitos explicavam a origem do mundo e a realidade à sua volta, portanto tudo era consequência da vontade e do capricho dos deuses.Com o tempo, os gregos passaram a buscar explicações racionais para esses acontecimentos na tentativa de compreender e explicar as coisas ao seu redor, nascendo, assim, a filosofia, isto é, o “amor ao saber”.
O apogeu da filosofia grega deu-se com Sócrates, Platão e Aristóteles.
Bibliografia:
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma: vida pública e vida privada. São Paulo: Contexto, 2011.
Por: Wilson Teixeira Moutinho
Comunismo
Comunismo
Sistema social, político e econômico desenvolvido teoricamente por Karl Marx, e proposto pelos partidos comunistas como etapa posterior ao socialismo. Tem como ideal a primazia do interesse comum da sociedade sobre o de indivíduos isolados.
Conceitos a partir do pensamento dos Marxistas e do próprio governo comunista:
Comunismo marxista
O Manifesto Comunista, escrito em 1848 pelos pensadores alemães Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895), afirma que o comunismo seria o estágio final da organização político-econômica humana.Para chegar ao comunismo, os marxistas preveem um estágio intermediário de organização, o socialismo, que instala uma ditadura do proletariado para garantir a transição.
Essa ditadura promove a destruição completa da burguesia, abole as classes sociais e desenvolve as forças de produção de modo que cada indivíduo dê sua contribuição segundo sua capacidade e receba segundo suas necessidades.
Para os marxistas, a construção de uma situação de abundância permitiria a supressão dos salários e a extinção total do Estado.
Governos comunistas
Em 1917, a Revolução Russa instala no poder os defensores do comunismo. Sob a liderança do russo Vladimir Lenin (1870-1924), é estabelecida a ditadura do proletariado e o Partido Comunista controla o governo com o objetivo de fazer a transição entre o capitalismo e o socialismo.Os princípios e métodos adotados são conhecidos como leninismo. Com a morte de Lenin, assume o político Josef Stalin (1879-1953).
Ele suprime a oposição, promove a coletivização da terra, a industrialização acelerada, o planejamento centralizado e controla os partidos comunistas de todo o mundo. Sua política é chamada de stalinismo.
Após a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), comunistas tomam o poder nos países do Leste Europeu libertados do nazismo pelo Exército soviético. Em 1949, os comunistas liderados por Mao Tsé-tung (1893-1976) tomam o poder na China.
O sistema se espalha por vários países do sudeste asiático e da África e em Cuba. Na década de 80, os governos chinês e soviético passam a adotar alguns princípios capitalistas, como a permissão para pequenas propriedades privadas.
Com a queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989, a dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e a formação da CEI (Comunidade de Estados Independentes), em 1991, os governos comunistas entram em crise. (Veja mais em: Fim da União Soviética e a CEI).
Por: Marina Pascon Capelas
Socialismo Científico – Marx e Engels
Socialismo Científico – Marx e Engels
Eles analisaram e criticaram o capitalismo, propondo uma nova forma de organização político-econômica da sociedade, pois consideravam que esse sistema de produção criava profundas injustiças sociais e que não bastava reformá-lo para alcançar a igualdade entre os homens. Seus principais pontos de análise eram:
- O capitalismo é uma forma de produção histórica e social específica de uma época. Sua origem pode ser estabelecida e o seu fim histórico pode ser previsto.
- A morte desse modo de produção vai ocorrer quando a classe operária, por meio de um processo revolucionário, alcançar o poder econômico e político (socialização dos meios de produção), instaurando uma “ditadura” do proletariado.
- Em sua fase de maturidade, o capitalismo apresentará uma tendência à concentração do capital, com a consequente e progressiva eliminação da concorrência, gerando monopólios.
- O sistema capitalista assenta-se na propriedade privada e na exploração do trabalho. A miséria dos trabalhadores é proporcional à concentração monopolista do capital.
Fase socialista | Fase comunista |
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“A cada um de acordo com seu trabalho.” | “A cada um de acordo com suas necessidades.” |
Na fase comunista, o Estado desapareceria e o sistema político-econômico seria mundial. Novos valores culturais e sociais surgiriam, e o trabalho seria remunerado segundo as necessidades de cada um, criando uma sociedade igualitária, sem classes sociais e sem fronteiras.
A teoria do socialismo científico foi baseada na filosofia alemã, a partir da qual Marx concebeu o materialismo dialético, no socialismo utópico francês, que fundamentou as suas bases humanistas, e na economia política inglesa, que deu subsídios para a análise crítica do capitalismo.
Mais tarde, durante o século XX, o sistema socialista de produção, com diferentes formas de organização, passou a ser praticado em muitos países, chegando a envolver uma elevada parcela da população mundial. Ainda hoje, mesmo após o desaparecimento de muitos países socialistas, algumas nações ainda mantêm sistemas político-econômicos que se afirmam socialistas.
Há, porém, muita controvérsia sobre esse assunto, pois alguns estudiosos asseguram que o verdadeiro socialismo proposto por Marx jamais foi implantado. Outros destacam que não importa se o socialismo existiu ou não durante o século XX.
]O que importa, verdadeiramente, é que as condições econômicas e sociais na qual vive hoje a maior parte da população do mundo mostram claramente que o sistema capitalista não resolveu os problemas humanos básicos, cabendo, portanto, uma discussão sobre a sua reformulação e/ou sua eliminação e substituição por uma nova forma de organização da sociedade. Para os que acreditam nisso, o socialismo é ainda uma proposta a ser pensada e colocada em prática.
Por: Renan Bardine
Teoria Marxista – Marxismo
Teoria Marxista – Marxismo
Eles escreveram em parceria o Manifesto Comunista (1848) e A ideologia alemã. Algumas das obras de Marx foram: O 18 Brumário de Luís Bonaparte, Contribuição à crítica da economia política, e a mais importante que foi O Capital. Já Engels escreveu Anti-Duhring, A dialética da natureza, A origem da família, da propriedade privada e do Estado e outras.
Essa doutrina se compõe de uma teoria científica, o materialismo histórico, e de uma teoria filosófica, o materialismo dialético. Segundo o materialismo, o mundo material é anterior ao espírito e este deriva daquele. Marx chama de infra-estrutura a estrutura material da sociedade, sua base econômica, que consiste nas formas pelas quais os homens produzem os bens necessários à sua vida.
A superestrutura corresponde à estrutura jurídico-política e a estrutura ideológica. A posição do marxismo, é que a infra-estrutura determina a superestrutura, mas ao tomar conhecimento das contradições, o homem pode agir ativamente sobre aquilo que o determina. As manifestações da superestrutura passam a ser determinadas pelas alterações da infra-estrutura decorrentes da passagem econômica do sistema feudal para o capitalista. O movimento dialético da história se faz por um motor, que é a luta de classes. Essa luta acontece porque as classes tem interesses antagônicos. No modo de produção capitalista essa relação de antagonismo se dá porque o capitalista detém o capital e o operário não possui nada, tendo que vender a sua força de trabalho.
Outro conceito que Marx constrói é o da alienação. O trabalhador quando vende a sua força de trabalho se torna estranho ao produto que concebeu. Essa perda do produto causa outras perdas para o trabalhador, como a separação da concepção e execução do trabalho, e ainda com o avanço tecnológico, ele fica sujeito ao ritmo da linha de montagem, não tendo controle sobre o seu ritmo normal de trabalho. Para que o trabalhador não se revolte, o capitalismo usa de mecanismos de introdução de ideologia na cabeça das pessoas, para que estas se conformem com a situação de desigualdade.
O Socialismo
Para Karl Marx, a classe operária, organizada em um partido revolucionário, deverá destruir o Estado burguês e organizar um novo Estado capaz de acabar com a propriedade privada nos meios de produção. Esse novo Estado, que ele chama de ditadura do proletariado, deverá liquidar a classe burguesa no mundo inteiro. Essa primeira fase é chamada de socialismo, precisa de um aparelho estatal burocrático, um aparelho repressivo e um aparelho jurídico. É nessa fase que se dará a luta contra a antiga classe dominante, para se evitar a contra-revolução. O princípio do socialismo é: “De cada um, segundo sua capacidade, a cada um segundo seu trabalho”.A segunda fase, é chamada de comunismo, e se define pelo fim da luta de classes e consequentemente o fim do Estado. Haveria um desenvolvimento prodigioso das forças produtivas, que levaria a uma era de abundância, ao fim da divisão do trabalho em trabalho material e intelectual, e a ausência de contraste entre cidade e campo e entre indústria e agricultura. O princípio do comunismo é: “De cada um, segundo sua capacidade, a cada um, segundo suas necessidades”. Com a passagem para o comunismo, a luta de classes não mais seria entre dominantes e dominados, e sim entre as forças progressistas e as forças conservadoras.
Correntes marxistas contemporâneas e as aplicações do método marxista
Lênin ( 1870 – 1924 ), teórico do marxismo, cujo verdadeiro nome era Vladimir Ilitch Ulianov, foi também um revolucionário. Quando os socialistas revolucionários, liderados pelos mencheviques, derrubaram os o czarismo em março de 1917, Lênin se encontrava exilado na Suíça. Retornando à Rússia, liderou a facção dos bolcheviques, que tomou o poder em outubro do mesmo ano. O seu propósito era restabelecer a verdadeira concepção de Marx e Engels, deformada pela Segunda Internacional ( 1889 – 1914 ), a partir da qual alemães e franceses apoiaram a guerra imperialista de 1914.Ele também rompeu com o teórico alemão Kautsky, acusando-o de oportunismo e de adotar posições não revolucionárias, além de imprimir interpretações positivistas e não dialéticas ao pensamento marxista. Propunha a quebra do Estado burguês pela violência e instaurar a ditadura do proletariado, e foi contra os anarquistas que achavam necessário abolir o Estado imediatamente. Sob o seu comando, a Rússia se tornou União Soviética, onde acabou com a propriedade privada, planificou a economia, fez reformas agrárias, nacionalizou bancos e fábricas.
Leon Trótski (1879 – 1940) foi companheiro de Lênin nas lutas de 1917, e defendia revolução permanente, que significa o prolongamento da luta de classes em nível nacional e internacional, que gerará a guerra civil interna e a guerra revolucionária externa. Trótski foi muito perseguido pelo seu maior inimigo, Stálin, e refugiou-se no México, onde foi assassinado por um stalinista.
Joseph Stálin (1879 – 1953), foi o sucessor de Lênin no poder da URSS e fortaleceu o Estado ao ponto de transformá-lo num regime totalitário. Imprimiu ao socialismo um caráter fortemente nacionalista, fortaleceu a polícia e o exército e desenvolveu o culto à personalidade. Esteve menos preocupado com a teoria e mais com a formulação de máximas de ação. Após sua morte, Kruchev assumiu o poder e promoveu o processo de desestalinização.
Rosa Luxemburg (1871 – 1919), natural da Polônia, ajudou na formação da Liga Espartaquinista e fundou o Partido Comunista Alemão. Defendia a tese da espontaneidade das massas e criticava o partido único, cuja consequência é o governo ditadorial de uma minoria. Alertou severamente sobre os perigos da burocracia, que poderia levar à supressão da democracia.
Antônio Gramsci (1891 – 1937) foi um dos mais importantes teóricos italianos, preso durante catorze anos pela ditadura fascista. Mesmo no cárcere, onde ficou até a morte, escreveu muito, enfatizando a crítica ao dogmatismo do marxismo oficial, que ao petrificar a teoria, impedia a prática revolucionária.
Autoria: Cristiane Rubão
Materialismo Dialético
Materialismo Dialético
A dialética hegeliana era a dialética do idealismo (doutrina filosófica que nega a realidade individual das coisas distintas do “eu” e só lhes admite a ideia), e a dialética do materialismo é posição filosófica que considera a matéria como a única realidade e que nega a existência da alma, de outra vida e de Deus. Ambas sustentam que realidade e pensamento são a mesma coisa: as leis do pensamento são as leis da realidade. A realidade é contraditória, mas a contradição supera-se na síntese que é a “verdade” dos momentos superados. Hegel considerava ontologicamente (do grego onto + logos; parte da metafísica, que estuda o ser em geral e suas propriedades transcendentais ) a contradição (antítese) e a superação (síntese); Marx considerava historicamente como contradição de classes vinculada a certo tipo de organização social. Hegel apresentava uma filosofia que procurava demonstrar a perfeição do que existia (divinização da estrutura vigente); Marx apresentava uma filosofia revolucionária que procurava demonstrar as contradições internas da sociedade de classes e as exigências de superação.
Feuerbach pretendia trazer a religião do céu para a Terra. Ao invés de haver Deus criado o homem à sua imagem e semelhança, foi o homem quem criou Deus à sua imagem. Seu objetivo era conservar intactos os valores morais em uma religião da humanidade, na qual o homem seria Deus para o homem.
Adotando a dialética hegeliana, Marx, rejeita, como Feuerbach, o idealismo, mas, ao contrário, não procura preservar os valores do cristianismo. Se Hegel tinha identificado, no dizer de Radbruch, o ser e o deve-ser (o Sein e o Sollen) encarando a realidade como um desenvolvimento da razão e vendo no deve-ser o aspecto determinante e no ser o aspecto determinado dessa unidade.
Marx acusou Feuerbach, afirmando que seu humanismo e sua dialética eram estáticas: o homem de Feuerbach não tem dimensões, está fora da sociedade e da história, é pura abstração. É indispensável segundo Marx, compreender a realidade histórica em suas contradições, para tentar superá-las dialeticamente. A dialética apregoa os seguintes princípios: tudo relaciona-se (Lei da ação recíproca e da conexão universal); tudo se transforma (lei da transformação universal e do desenvolvimento incessante); as mudanças qualitativas são consequências de revoluções quantitativas; a contradição é interna, mas os contrários se unem num momento posterior: a luta dos contrários é o motor do pensamento e da realidade; a materialidade do mundo; a anterioridade da matéria em relação à consciência; a vida espiritual da sociedade como reflexo da vida material.
O materialismo dialético é uma constante no pensamento do marxismo-leninismo (surgido como superação do capitalismo, socialismo, ultrapassando os ensinamentos pioneiros de Feuerbach).
Estoicismo
Estoicismo
O estoicismo pode ser dividido em três períodos: antigo, médio e romano. No antigo destacaram-se Zenão de Cítio (c. 335-263 a.C), Cleanto de Assos (c. 331-232 a.C.) e Crisipo de Solis (c. 280-207 a.C.). No médio, Panécio de Rodes (c. 185-109 a.C.) e Posidônio de Apameia (c. 135-51 a.C). Os nomes mais importantes da época romana foram Sêneca de Córdoba (c. 4-65), Epiteto de Hierápolis (c. 55-135) e Marco Aurélio (c. 121-180).
A lógica estoica
Ao lado do Organon, de Aristóteles, a lógica estoica é uma das contribuições de grande interesse no desenvolvimento da lógica contemporânea. A diferença é que, para Aristóteles, trata-se mais de uma lógica de termos, ao passo que os estoicos desenvolvem uma lógica proposicional, baseada não tanto em nomes, mas no modo de dizê-los nas proposições.Eles diferenciavam o signo ou significante (semainon), a coisa significada (semainómenon), e o significado (lekton) ou aquilo que se diz. O significante e a coisa são materiais, mas o significado é imaterial, algo entre a realidade das coisas e a realidade das palavras.
A ética: eudaimonia
A ética estoica estabelece a felicidade ou eudaimonia como princípio fundamental.Esse ponto marca uma importante diferença entre estoicismo e epicurismo. Enquanto este último afirma o sentido da vida, aceitando exclusivamente as condições do “aqui e agora”, o estoicismo defende uma identificação com um logos que reside além da natureza humana. A concordância é feita envolvendo o indivíduo em uma harmonia universal.
A felicidade, assim, é estabelecida em níveis mais teóricos do que a concreta projeção nos limites do próprio corpo, como os epicuristas pretendiam. Ser feliz é, pois, ser virtuoso e entender o momento supremo do homem na adequação com o logos, a razão universal, isso proporciona autonomia. Quem a consegue é sábio. O homem independente entende o além das coisas e contrapõe-se ao ignorante.
A física estoica
Uma das ideias centrais do estoicismo é a unidade do real. A natureza e a razão são uma só coisa. O desenvolvimento da vida e da natureza está cheio de racionalidade e coerência, mas somente é real o que tem corpo, mesmo que haja um pneuma ou sopro universal que tudo preenche e que pode identificar-se com a divindade.Períodos e nomes:
Estoicismo antigo
- Zenão de Cítio (c. 335-263 a.C.)
- Cleanto de Assos (c. 331-232 a.C.)
- Crisipo de Solis (c. 280-207 a.C.)
Estoicismo médio
- Panécio de Rodes (c. 185-109 a.C.)
- Posidônio de Apameia (c. 135-51 a.C.)
Estoicismo romano
- Sêneca de Córdoba (c. 4-65 d.C.)
- Epiteto de Hierápolis (c. 50-135 d.C.)
- Marco Aurélio (c. 121-180 d.C.)
Immanuel Kant
Immanuel Kant
Biografia
Immanuel Kant nasceu em Königsberg, no ano de 1724. Königsberg, então, era uma cidade da Prússia Oriental que, a partir de 1871, integrou o Império Alemão. Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), essa região foi dominada pela União Soviética e atualmente pertence à Rússia.Kant viveu solteiro e passou a maior parte de sua vida em sua cidade natal, onde se formou em filosofia e foi professor e reitor. Mantinha hábitos interessantes, como o de passear sempre no mesmo horário, a ponto de as pessoas acertarem seus relógios a partir de seus passeios.
Entre as obras mais importantes de Kant, destacam-se Crítica da razão pura, Princípios fundamentais da metafísica dos costumes, Crítica da razão prática e Crítica do juízo.
A filosofia de Kant
Não seria exagero afirmar que a importância de Kant para a filosofia universal é semelhante à de Platão. Sua filosofia tem como característica duas fases: a pré-crítica (1755-1780) e a crítica (1781-1800). Na fase pré-crítica, é marcante sua afinidade com o pensamento metafísico e racionalista predominante na pré-Alemanha. Mas, após a leitura de Hume, Kant “despertou de seu sono dogmático”, iniciando a fase crítica de sua obra. Por isso, a filosofia kantiana é conhecida como criticismo.- Como se pode conhecer?
- Como agir?
- O que esperar?
- O que é o homem?
Enquanto Copérnico colocou o Sol no centro do universo (teoria heliocêntrica), em oposição aos gregos e aos medievais que afirmavam ser a Terra o centro do universo, enquanto o Sol se movimentava em torno dela – teoria geocêntrica – Kant colocou a razão no centro de suas análises, partindo do pressuposto de que era necessário perceber o que ela é, o que ela pode ou não conhecer, quais são os seus limites, quais são as suas relações com a experiência, e assim por diante. Não se trata de conhecer o mundo e as coisas que existem nele, seja por meio da razão, seja por meio da experiência: trata-se, primeiro, de conhecer a própria razão.
Em Kant, a dualidade “racionalismo-empirismo” é superada por uma harmonia entre os sentidos e a razão, a fim de que possamos conhecer melhor nós mesmos e o mundo. Ele afirma que não somos capazes de conhecer inteiramente os objetivos reais e que o nosso conhecimento sobre esses objetos reais é fruto do que somos capazes de pensar sobre eles. Nosso conhecimento é limitado pelas noções de espaço e de tempo inerentes à nossa razão e às quais estamos presos.
E há determinadas coisas que os seres humanos não podem conhecer de fato, no sentido filosófico. Um exemplo disso é Deus. Ao contrário de Descartes, que afirmava a existência de Deus por meio da razão, Kant afirma ser impossível essa afirmação, uma vez que a concepção de Deus está fora dos limites racionais.
Mas Kant não nega e existência de Deus (aliás, ele era bastante religioso). Sua preocupação é demonstrar que essa não deve ser uma preocupação da filosofia, já que esta deve limitar-se ao que realmente possa ser conhecido por meio de uma combinação da razão com os sentidos.
A filosofia kantiana acaba sendo uma terceira via, enquanto resultado de uma síntese entre o racionalismo cartesiano e o empirismo britânico, sobretudo o de Hume.
Para Kant, o “ser em si” não existe, ou seja, não existe um mundo independente do sujeito. O objeto a ser conhecido só existe em função de um sujeito que o conhece. Voltando à comparação feita por vários autores entre Copérnico e Kant, enquanto o primeiro eliminou a crença do homem de que a Terra era o centro do universo, deixando o homem reduzido diante da imensidão universal, o segundo libertou o homem do universo ao qual se encontrava preso e deu a esse mesmo homem uma nova direção: o próprio homem. Assim, deu início também a uma nova concepção de metafísica.
Por: Wilson Teixeira Moutinho
Nietzsche
Nietzsche
O alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) formou-se como filólogo clássico em Bonn. Chegou à filosofia por meio da leitura de Arthur Schopenhauer, o que, com a admiração por Richard Wagner e a paixão pelo mundo grego, determinou, em boa parte, seus primeiros escritos.
A obra de Nietzsche supôs um ponto de inflexão na história da filosofia, uma vez que deu lugar ao desenvolvimento de uma corrente de pensamento que teve uma enorme importância no século XX. Algumas de suas obras mais decisivas são A origem da tragédia (1872), A gaia ciência (1882 e 1887),
Aforismos para a afirmação da vida
Friedrich Nietzsche (1844-1900), como Bento de Espinosa (1632-1677) – de quem foi leitor entusiasmado e com cujo sistema rompeu, posteriormente faz de sua filosofia uma afirmação da vida, da vontade de viver.Suas críticas à tradição não se limitaram, porém, ao conteúdo da filosofia que produziu. Elas também se apresentam no aspecto formal dessa produção.
Nietzsche não elaborou um sistema filosófico no sentido tradicional do termo. Seus textos, de reconhecido valor literário, são, em parte, fragmentados. Pode-se dizer que Nietzsche fala por aforismos, sem a preocupação de elaborar conceitos e encadeá-los. Mas esses fragmentos compõem uma unidade, uma filosofia de novo tipo, liberada das amarras do encadeamento de razões.
Natureza e valores para Nietzsche
Estudioso da física, da química e principalmente da biologia, Friedrich Nietzsche se baseia nelas para compreender o homem, seu comportamento, suas ações. Interessa-lhe o ser humano partícipe da natureza, submetido a suas forças e a suas leis, componente do mundo. Assim, não é de um homem abstrato ou idealizado que ele fala, mas do homem real.Esse homem real, desde o nascimento, é submetido a valores – o elemento formador da cultura. Os valores da cultura europeia, expressos no cristianismo, no socialismo e no igualitarismo democrático, compõem uma moral que precisa ser superada. Essa superação, por sua vez, não pode se dar na esfera limitada pelas noções de bem e de mal – para Nietzsche, manifestações de uma “vitalidade descendente”; deve ir além dessa esfera, alcançando a “vitalidade ascendente”, identificada com a vontade de viver ou vontade de potência.
O ideal do super-homem
Superar os valores significa também superar o homem submetido a eles. Preso à suposta objetividade da ciência e ao ressentimento moral cristão, o homem está sob o domínio da “moral do escravo“, em que se prezam os valores que Nietzsche denomina “inferiores”: humildade, bondade, piedade, satisfação, amor ao próximo.Esses valores são falsos e, ao contrário do que se acredita, controlam o homem em vez de libertá-lo.
A liberdade pressupõe o abandono da condição de escravo. É preciso tornar-se senhor, tomar-se potência. E isso implica a adoção de novos valores: a personalidade criadora no lugar da objetividade, a virtu em vez da bondade, o orgulho substituindo a humildade, o risco e não a satisfação, o amor ao distante e não o amor ao próximo.
O homem-senhor, o homem-potência, é o que Nietzsche chama “super-homem”: aquele capaz de assumir riscos, ser criativo, orgulhar-se de si, amar o distante e ter a virtu renascentista. A moral do super-homem, assim, é a negação da moral do escravo.
Ele tem a moral do senhor, isto é, a vontade de potência, que abole a culpa e o castigo, que afirma e dá sentido à vida.
Nietzsche e a morte de Deus
Ao proceder à transvaloração dos valores, Nietzsche os entende como “humanos, demasiado humanos“. Isso significa que é o homem que deve dar sentido à própria vida. Até porque, afirma o filósofo, divindades não existem. A vida é aqui. E agora.“Deus está morto”
“Deus está morto! Deus permanece morto! E quem o matou fomos nós!”, escreve Nietzsche em A gaia ciência, § 125. E se, em seguida, pergunta “como haveremos de nos consolar” – pressupondo luto no final do parágrafo glorifica o ato, qualificando-o como o “mais grandioso” de todos os tempos, aquele que prenuncia um futuro melhor, “e, quem quer que nasça depois de nós, passará a fazer parte, mercê deste ato, de uma história superior a toda a história até hoje!”.Ao anunciar a morte de Deus, Friedrich Nietzsche (1844-1900), na verdade, afirma a morte da metafísica, noção filosófica da qual o cristianismo se apossou e que postula a existência de outro mundo além deste, um mundo suprassensível que seria a origem, a referência e a finalidade de tudo aquilo que vive na Terra. A religião, ao prometer nele a redenção, segundo Nietzsche, manipula os fracos, impondo-lhes a resignação e a renúncia.
Em relação à filosofia, a afirmação da existência desse suposto mundo suprassensível, inacessível aos sentidos, desqualifica os sentidos, privilegiando a pretensa superioridade da razão. A esse procedimento racional, lógico, abstrato, Nietzsche opõe a criatividade afirmativa, a multiplicidade da vida, a vontade de potência.
O eterno retorno
A doutrina do eterno retorno, explica Scarlett Marton em Nietzsche, a transvaloração dos valores, insere-se no contexto da cosmologia nietzscheana. Para Nietzsche, só há um mundo: este. E ele é eterno e infinito. Todavia, as forças que o compõem são finitas. Como o tempo é infinito, só duas possibilidades se abrem: “ou o mundo atingiria um estado de equilíbrio durável ou os estados por que ele passasse se repetiriam”, escreve Scarlett.No sistema do filósofo, porém, a força é dinâmica: busca tomar-se ainda mais forte a cada instante. Por isso, não pode haver equilíbrio nem estabilidade. O que há é o combate incessante, com a vontade de potência impulsionando a força ao domínio sobre as demais. Diante desse quadro, resta a alternativa da repetição.
‘Todos os dados são conhecidos: finitas são as forças, finito é o número de combinações entre elas, mas o mundo é eterno. Daí se segue que tudo já existiu e tudo tomará a existir. Se o número dos estados por que passa o mundo é finito e se o tempo é infinito, todos os estados que hão de ocorrer no futuro já ocorreram no passado.”
Scarlett Marton. Nietzsche, a transvaloração dos valores, p. 56.
Ao homem — que pela doutrina do eterno retorno está condenado a viver repetidas vezes, “sem razão ou objetivo” — não cabe reclamar desse destino, mas aceitá-lo e amá-lo. Nietzsche chama essa aceitação de amor fati (amor
ao destino), pelo qual o ser humano, ciente de que não há poder
transcendente que o ampare, dá sentido à própria vida. Isso implica amar
cada momento como ele se apresenta, “eternizando” o presente.É desse modo que o homem supera as antigas oposições metafísicas (essência/aparência, sensível/inteligível, mutável/permanente) e se toma consciente de estar integrado ao cosmo. Esse processo o conduz à criação de novos valores, ascendentes, e ao fazer isso, nas palavras de Scarlett, “ele intervém num momento qualquer do processo circular [o eterno retorno], que é o mundo, e assim recria o passado e transforma o futuro”
Por: Paulo Magno da Costa Torres
Jihad
Jihad
Também se costuma falar de jihad de modo mais geral para referir-se à “guerra santa”, e há quem chegue a crer que todos os muçulmanos estejam dispostos a atacar seus vizinhos para que mudem de religião e abracem o islã, como um caso extremo de proselitismo.
- O primeiro é o esforço no autoaperfeiçoamento, que para muitos muçulmanos é a jihad mais importante, e consiste em lutar contra as tendências negativas para ser cada dia melhor diante de Alá;
- Outro é o esforço militar contra os não muçulmanos, quando se trata de defender o território povoado por muçulmanos contra os ataques inimigos, ou no momento de abrir para o islã uma região que rechaça o convite pacífico para que se una a ele;
- Também existe o esforço contra os muçulmanos para combater os que não agem de modo correto, buscando que mudem de atitude.
“Dize aos incrédulos que, no caso de se arrependerem, ser-lhes-á perdoado o passado.Alguns grupos terroristas islâmicos utilizam a religião segundo seus interesses e distorcem o significado de jihad, com a finalidade de justificar suas ações, que têm como resultado o assassinato indiscriminado e a dor de muita gente. Consideram que quem morre realizando um ato terrorista é mártir do islã e irá diretamente para o paraíso.
Por outra, caso persistam (…). Combatei-os até terminar a intriga e prevalecer totalmente a religião de Alá.” (Corão 8, 38-39)
“Combatei aqueles que não creem em Alá e no dia do Juízo Final, nem se abstêm do que Alá e seu mensageiro proibiram, e nem professam a verdadeira religião daqueles que receberam o Livro, até que paguem, de bom grado a jizya [tributo].” (Corão 9, 29)
“Matai os idólatras, onde quer que os acheis; capturai-os, acossai-os e espreitai-os; porém, caso se arrependam, observem a oração e paguem o zakat [esmola], abri-lhes o caminho. Sabei que Alá é indulgente, misericordioso”. (Corão 9, 5)
Essa convicção converte o terrorismo desses grupos em algo terrivelmente perigoso, porque seus membros são suicidas e não têm medo de perder a vida, já que esperam uma recompensa extraordinária após a morte.
Por: Paulo Magno da Costa Torres
Islamismo
Islamismo
A partir de então, Maomé começou a pregar em Meca, afirmando ser Alá o único Deus. Mesmo com uma grande oposição no início, que levou à migração de grande parte de seus seguidores para a cidade de Medina, Maomé conseguiu convencer a maioria da população da Arábia a seguir a religião islâmica.
A expansão do islã foi rápida e intensa, tendo alcançado, além do Oriente Médio e outras regiões da Ásia, também o norte da África e a Península Ibérica, onde se localizam Portugal e Espanha.
Em 2015, de acordo com a Pew Research Center, foram computados cerca de 1,8 bilhão de muçulmanos no mundo, sendo, assim, a segunda maior religião.
- acreditar na existência de somente um Deus, Alá, e em seu profeta Maomé;
- orar cinco vezes ao dia;
- praticar a caridade, doando parte de sua riqueza para uso social;
- fazer jejum no período do Ramadan, nono mês do ciclo lunar, no qual se deve ficar um mês sem comer ou beber nada durante o dia;
- ir a Meca pelo menos uma vez na vida
Grupos
Xiitas (Shiat Ali ) – Partidários de Ali, que segundo os xiitas, deveria ter sido o primeiro sucessor (califa), por ser parente do Profeta Maomé (Mohammad). Na hierarquia política os xiitas determinam que o líder da nação deve ser um descendente do profeta Maomé. São maioria no Irã e numerosos no Iraque, e Afeganistão.Sunitas – Representam 90% dos muçulmanos. Para eles a liderança cabia sempre a quem foi eleito, desde que apresente capacidade.
Principais lideranças:
Califas – Foram eles os primeiros líderes do Islã e governaram até 1918, quando terminou o Império Otomano. A princípio governavam com força e sabedoria, e viviam de forma simples. Com o crescimento do Império, seus poderes tornaram-se maiores e então eles passaram a viver como reis.Imam – Líder religioso, pessoa que conduz as orações na mesquia ou a nação.
Shaikh – Pessoa que tem alto conhecimento sobre qualquer área do saber, ou uma pessoa que alcança uma idade avançada.
Fundamentação Doutrinária
DogmasO foco principal do Islam é o Monoteísmo (a concepção do Deus único) e a revelação d´Ele ao profeta Maomé (Mohammad).
“Não há deus senão Alá ( Deus), e Maomé é seu Profeta.”Os muçulmanos seguem um conjunto de cinco obrigações religiosas, chamado de “Os cinco Pilares”: credo, oração,zacat(caridade, jejum e a peregrinação à Caaba que fica na cidade de Meca (Makkah).
Livro Sagrado
O livro sagrado dos muçulmanos é o Corão ou Alcorão, escrito na língua árabe, e que contém as revelações de Deus a Maomé. O primeiro Corão foi compilado por volta de 650 EC (Era Comum).
Este livro maravilhoso do ponto de vista dos ensinamentos e do seu estilo literário, é um conjunto de 114 capítulos (suras), que se organizam da seguinte forma: os textos mais longos vêm primeiro, seguidos pelos mais curtos. Exceção à regra, é a sura 1, que inicia o Corão. Denominado “Al Fatiha” (a abertura), este capítulo inicial louva Alá e pede Sua orientação.
Para os muçulmanos, o Corão contém as palavras exatas de Deus, que conforme eram reveladas a Maomé, este as recitava e seus seguidores as escreviam. Algumas histórias são de profetas do Velho e do Novo Testamento da Bíblia.
As leis do Corão dividem as ações humanas em vários grupos:
- Fard – o que deve ser feito.
- Mandub – ações encorajadas e recompensadas por Deus.
- Mubah – ações nem punidas, nem recompensadas, pois o Corão nada fala sobre elas.
- Makruh – atos desencorajados, mas não punidos.
- Haram – ações ilegítimas e puníveis por lei.
- Sunna – Palavra que significa “caminho”ou “lei”. São as palavras e atos do profeta. É a explicação prática do conteúdo do Corão através dos ditos, atos e afirmações do profeta Maomé.
- Hadith – Dizeres e relatos das ações do profeta, que foram compilados, para servir de exemplo para a geração futura. Duas das mais confiáveis coleções são a do imã Bukhari e a do imã Muslim.
Templos
Mesquitas – São os templos muçulmanos. A maioria possui planta retangular. Um arco na parede, denominado “mihrab”, indica a direção de Kaaba. À sua direita, geralmente com três degraus, está o “mimbar”, de onde o imã fala. Em grandes mesquitas do Oriente Médio, oficiais ficam sobre uma plataforma denominada “dakka”; ao lado há o “kursi”, estante sobre a qual é apoiado o Corão.Kaaba – É o centro físico da fé islâmica. Todas as orações são feitas em sua direção. Primeiro santuário construído por Ibrahim para adorar o Deus Único, a Kaaba está localizada na cidade de Meca (Makkah). Estrutura oca em forma de cubo, com a pedra negra encravada no lado oriental, constitui o início e o fim do Hajj – peregrinação à cidade de Meca (Makkah).
Por: Márcia Torres
Os números do islamismo, a religião que mais cresce no mundo
Os números do islamismo, a religião que mais cresce no mundo
Até o fim do século, muçulmanos irão superar os cristãos como o maior grupo religioso do planeta, mostra pesquisa
Por Gabriela Ruic
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6 mar 2017, 06h00
É o que mostra uma pesquisa conduzida pelo Pew Research Center, centro de pesquisas baseado nos Estados Unidos e dedicado ao estudo de diversos temas de impacto regional e global. O estudo é parte de uma análise maior sobre o assunto, publicada em 2015, mas que foi atualizada na última semana.
Segundo a pesquisa, o islamismo cresce em um ritmo mais rápido que outras religiões por conta da combinação de dois fatores: taxa de fertilidade, que é a estimativa da quantidade de filhos que uma mulher tem até o fim do seu período fértil, e o fato de esse grupo religioso ser é “mais novo” que outros.
Globalmente, mulheres muçulmanas tem cerca de 3,1 filhos ante 2,3 das mulheres de outras religiões. Além disso, os seguidores do islamismo são até sete anos mais jovens que outros grupos. Em 2010, a média de idade de uma pessoa muçulmana era de 23 anos.
Muçulmanos no mundo
A análise conduzida pelo centro de pesquisa trouxe dados interessantes. Há hoje no mundo 1,6 bilhão de pessoas que se designam muçulmanas. Embora o senso comum considere que a maioria dos seguidores dessa religião estejam no norte da África ou no Oriente Médio, apenas 20% deles encontram-se nesses lugares.A maioria dos muçulmanos (62%) está na região Ásia-Pacífico. O maior país muçulmano é a Indonésia. Pelo menos nos dias atuais: em 2050, calcula o estudo, o país com a maior comunidade islâmica do mundo será a Índia, que hoje tem como maior grupo religioso o hindu.
Muçulmanos nos EUA (e na Europa)
Hoje, em solo americano, esse grupo corresponde a 1% dos americanos e 63% dessas pessoas eram imigrantes. Em 2050, no entanto a expectativa é a de que o islamismo se torne a segunda maior religião dos EUA, representando 2,1% da população do país. Já na Europa, a projeção da análise para esse mesmo ano estima que 10% da população da Europa se identificará como muçulmana.Muçulmanos x extremismo
A pesquisa avaliou ainda a percepção que os fiéis do islamismo têm da ação de grupos terroristas e do extremismo religioso de forma geral.No Líbano, por exemplo, 100% dos entrevistados disseram enxergar organizações como o Estado Islâmico com reprovação. Na Jordânia, o percentual foi de 94%. Apenas na Nigéria, que é lar do grupo extremista Boko Haram, é que há uma quantidade considerável de pessoas favoráveis a esses grupos (14%).
A maioria dos muçulmanos consultados pela pesquisa disseram ainda condenar ataques suicidas e quaisquer outras formas de violência contra civis “em nome do Islã”. Nos Estados Unidos, 86% dos entrevistados consideram esses atos como injustificáveis.
Em países de maioria muçulmana, há ainda a preocupação das ameaças representadas pelo extremismo islâmico. Na Nigéria, 68% dos entrevistados se manifestaram dessa forma. No Líbano, esse percentual foi de 67%.
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