Os números do islamismo, a religião que mais cresce no mundo
Até o fim do século, muçulmanos irão superar os cristãos como o maior grupo religioso do planeta, mostra pesquisa
É o que mostra uma pesquisa conduzida pelo Pew Research Center, centro de pesquisas baseado nos Estados Unidos e dedicado ao estudo de diversos temas de impacto regional e global. O estudo é parte de uma análise maior sobre o assunto, publicada em 2015, mas que foi atualizada na última semana.
Segundo a pesquisa, o islamismo cresce em um ritmo mais rápido que outras religiões por conta da combinação de dois fatores: taxa de fertilidade, que é a estimativa da quantidade de filhos que uma mulher tem até o fim do seu período fértil, e o fato de esse grupo religioso ser é “mais novo” que outros.
Globalmente, mulheres muçulmanas tem cerca de 3,1 filhos ante 2,3 das mulheres de outras religiões. Além disso, os seguidores do islamismo são até sete anos mais jovens que outros grupos. Em 2010, a média de idade de uma pessoa muçulmana era de 23 anos.
Muçulmanos no mundo
A análise conduzida pelo centro de pesquisa trouxe dados interessantes. Há hoje no mundo 1,6 bilhão de pessoas que se designam muçulmanas. Embora o senso comum considere que a maioria dos seguidores dessa religião estejam no norte da África ou no Oriente Médio, apenas 20% deles encontram-se nesses lugares.A maioria dos muçulmanos (62%) está na região Ásia-Pacífico. O maior país muçulmano é a Indonésia. Pelo menos nos dias atuais: em 2050, calcula o estudo, o país com a maior comunidade islâmica do mundo será a Índia, que hoje tem como maior grupo religioso o hindu.
Muçulmanos nos EUA (e na Europa)
Hoje, em solo americano, esse grupo corresponde a 1% dos americanos e 63% dessas pessoas eram imigrantes. Em 2050, no entanto a expectativa é a de que o islamismo se torne a segunda maior religião dos EUA, representando 2,1% da população do país. Já na Europa, a projeção da análise para esse mesmo ano estima que 10% da população da Europa se identificará como muçulmana.Muçulmanos x extremismo
A pesquisa avaliou ainda a percepção que os fiéis do islamismo têm da ação de grupos terroristas e do extremismo religioso de forma geral.No Líbano, por exemplo, 100% dos entrevistados disseram enxergar organizações como o Estado Islâmico com reprovação. Na Jordânia, o percentual foi de 94%. Apenas na Nigéria, que é lar do grupo extremista Boko Haram, é que há uma quantidade considerável de pessoas favoráveis a esses grupos (14%).
A maioria dos muçulmanos consultados pela pesquisa disseram ainda condenar ataques suicidas e quaisquer outras formas de violência contra civis “em nome do Islã”. Nos Estados Unidos, 86% dos entrevistados consideram esses atos como injustificáveis.
Em países de maioria muçulmana, há ainda a preocupação das ameaças representadas pelo extremismo islâmico. Na Nigéria, 68% dos entrevistados se manifestaram dessa forma. No Líbano, esse percentual foi de 67%.
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