quinta-feira, 28 de julho de 2011

Por que as mulheres são importantes...

Ter ou Nao ter namorado - Carlos Drummond de Andrade

JOSÉ - Carlos Drummond interpretado por Paulo Diniz

La Jolla Symphony: Tchaikovsky's Fifth

Mahler: Symphony No. 2 (Resurrection)

Beethoven: Symphony No. 9; Handel: Organ Concerto

Beethoven - sesta sinfonia - la "Pastorale"

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Mapa da Corrupção: Antonio Carlos Magalhães ('ACM')


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mobilização
Baianos vão às ruas contra a corrupção e pela instalação da CPI da Bahiatursa Já

Entidades sindicais, partidos e movimentos sociais participaram de protesto pela instalação da CPI da Bahiatursa. Dia 6/12/2005, em Salvador.

Uma grande passeata tomou conta das ruas centrais de Salvador, ontem à tarde (6/12), em repúdio à corrupção na Bahia e exigindo a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar o desvio de recursos públicos envolvendo a Bahiatursa, empresa de turismo subordinada à Secretaria de Cultura e Turismo da Bahia (SCT), a agência de publicidade Propeg e a ONG Oficina das Artes. Os recursos envolvidos (R$ 101 milhões) somam quase o dobro dos R$ 55 milhões movimentados por Marcos Valério no chamado esquema do "mensalão". Do Diário Vermelho, 7/12/2005.

escândalo bahiatursa I
O monopólio do silêncio

Atenção, silêncio na platéia. Câmera... luz... ação! Entra ACM Neto no ar, para todo o Brasil, uma vez por hora nas TVs Globo e Globonews. Na edição do JORNAL NACIONAL de quinta (3/11), o bloco era quase todo dele. Microfones, câmeras, holofotes: o homem está sendo perseguido! O show, afinal, não pode parar. Longe dos holofotes, a vida real. Enquanto a mídia faz escândalo pelos R$ 55 milhões do “valerioduto” e supostos grampos em gabinetes, um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) da Bahia aponta uma movimentação, entre 2003 e abril de 2005, de R$ 101 milhões em uma conta bancária não registrada no sistema de controle do Erário baiano. Por Gustavo Barreto, 4/11/2005..[+]

escândalo bahiatursa II
Oposição cobra CPI no Legislativo baiano para investigar corrupção do PFL

Os deputados de oposição ao governo carlista da Bahia voltaram a cobrar enfaticamente, nesta terça (1º/11), a imediata instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembléia Legislativa, para apurar os indícios de irregularidades nas contas da Empresa de Turismo da Bahia SA – Bahiatursa, apontados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). O pedido de CPI foi formulado pelo deputado Álvaro Gomes (PCdoB), no dia 20 de setembro, mas até hoje os deputados da bancada governista emperram sua tramitação e nenhum andamento foi dado ao assunto. Do Diário Vermelho, 4/11/2005.

grupo acm
Conta fantasma de R$ 101 milhões, pagamentos irregulares e suspeita de caixa 2

A turma do PFL engrossa a voz no Congresso Nacional e faz ouvidos moucos às denúncias de maracutaia na Terrinha. Nem uma única palavra, por exemplo, sobre um esquema semelhante ao duto de Marcos Valério Fernandes montado na Bahia e descoberto, este ano, por um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Uma conta fantasma de R$ 101 milhões, pagamentos irregulares e suspeita de caixa 2 rondam o terreiro de ACM. Da revista Carta Capital, 9/10/2005, pág. 24 a 29. Imagem: Novae.

Denúncia contra ACM é arquivada pelo Supremo

O STF (Supremo Tribunal Federal) arquivou ontem, por 9 votos contra 2, a denúncia criminal contra o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) no caso dos grampos telefônicos da Secretaria de Segurança Pública da Bahia. A denúncia -que geraria uma ação penal- foi oferecida pelo procurador-geral da República, Claudio Fonteles, em setembro de 2003, com base em inquérito da Polícia Federal. Ele acusou ACM de formação de quadrilha e escuta telefônica ilegal.

A maioria dos ministros do STF acolheu argumento do advogado José Gerardo Grossi de que Fonteles não poderia ter denunciado ACM, porque o seu antecessor, Geraldo Brindeiro, tinha arquivado essa investigação. A reabertura do caso dependeria do surgimento de um fato novo, o que não teria ocorrido. Em 2003, o STF arquivou outra denúncia contra ele, relativa à suposta violação do sigilo do painel eletrônico do Senado..—.Folha de S. Paulo, 29/4/2004

Juiz federal acata denúncia contra ACM no caso dos grampos

O juiz Cristiano Miranda de Santana da Vara Federal da capital baiana acatou ontem a denúncia formulada pelo procurador da República na Bahia Édson Abdon contra o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), o ex-governador Otto Alencar (atual secretário da Indústria e Comércio da Bahia), a ex-secretária de segurança pública Kátia Alves, o deputado federal Paulo Magalhães (PFL-BA), o delegado Waldir Barbosa e o assessor Alan Rodrigues.

Do grupo denunciado pelo procurador apenas o senador César Borges (PFL-BA) escapou da ação, pois o juiz achou que não havia provas suficientes para incriminá-lo. Todos são acusados por Abdon de participação no escândalo das escutas telefônicas ilegais, ocorrido no ano passado, em que desafetos de ACM tiveram os telefones grampeados supostamente pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia. O líder do PT na Câmara Nélson Pelegrino, o deputado federal Geddel Vieira Lima e o ex-deputado Benito Gama, todos inimigos políticos de Magalhães faziam parte do grupo de "grampeados".

A decisão do juiz Santana de aceitar a denúncia de Abdon resultará na abertura de um processo criminal contra e ACM e os outros acusados, mas não há prazo para a decisão final do juiz e mesmo assim ainda caberá recurso dos envolvidos. Todos negam participação no episódio. Há dez dias o procurador-geral da República Cláudio Fonteles também pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de um processo contra ACM por causa do caso dos grampos. Ele adotou postura contrária ao ex-procurador Geraldo Brindeiro que havia mandado arquivar o caso..—.Tribuna da Imprensa, 11/10/2003

ACM é acusado de mais um crime no Supremo Tribunal

O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) poderá responder a um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto crime de supressão de documentos no episódio envolvendo a violação do painel do Senado durante a sessão em que foi cassado o ex-senador Luiz Estevão em 2000. Em parecer encaminhado na segunda-feira ao STF, o procurador-geral da República, Cláudio Lemos Fonteles, sugeriu que o Tribunal arquive a acusação contra ACM pelo suposto crime de violação de sigilo funcional. Segundo Fonteles, como o senador tem 75 anos, deve ser beneficiado por uma regra que prevê a redução pela metade do prazo de prescrição de atos supostamente praticados por quem tinha menos de 21 ou mais de 70 anos na data do fato. Por esse entendimento, o suposto crime prescreveu no início do ano.

A assessoria da Procuradoria havia informado na segunda-feira que Fonteles era a favor do arquivamento do inquérito contra ACM. No entanto, na terça-feira, a Procuradoria esclareceu que de acordo com a interpretação de Fonteles o suposto crime de supressão de documentos ainda não prescreveu em relação a ACM e pode ser analisado pelo STF. Como não têm 70 anos, o deputado federal José Roberto Arruda (PFL-DF) e a funcionária pública Regina Célia Borges, suspeitos de participar da violação do painel, poderão responder pelos supostos crimes de violação de sigilo funcional e supressão de documentos. Fonteles sugeriu ao STF que receba denúncia contra os dois..—.A Tarde, 7/8/2003

ACM deve escapar de processo

O procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, recomendou ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento do processo contra o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) no caso da violação do painel do Senado. O procurador, no entanto, manteve a recomendação de processo contra o hoje deputado federal José Roberto Arruda (PFL-DF), na época senador, e Regina Célia Borges, servidora do Prodasen (Processamento de Dados do Senado) que ajudou os parlamentares na violação. A recomendação de Fonteles baseou-se no fato de que, tendo mais de 75 anos, o crime, de quebra de sigilo funcional, já prescreveu para Antonio Carlos. O prazo seria de quatro anos mas, devido à idade do senador, cai pela metade. Como o caso aconteceu em fevereiro de 2001, o prazo já expirou.

A violação do painel do Senado aconteceu durante a votação da cassação do então senador Luiz Estevão (PMDB-DF). Antonio Carlos e Arruda, com a ajuda de Regina Célia, tiraram, depois da votação, uma lista dos senadores que votaram contra ou a favor da cassação, apesar de a votação ser secreta. O caso foi levado à Comissão de Ética do Senado e os dois senadores renunciaram para evitar a cassação. Regina foi afastada do Prodasen..—.Diário de S. Paulo, 5 de agosto, 2003



Pizza!
Foto: Giorgio se surpreende ao saber de arquivamento.
Plenário do Senado vota pelo arquivamento de processo contra ACM
O plenário do Senado aprovou há pouco, por 49 votos a favor, 25 contra e duas abstenções, o arquivamento definitivo do pedido de abertura do processo de cassação do mandato do senador Antonio Carlos Magalhães. Com a decisão do plenário de referendar a remessa do processo para o Supremo Tribunal Federal, o líder do PT, Tião Viana, anunciou que apresentará nesta quarta-feira um requerimento pedindo a extinção do Conselho de Ética do Senado. [Cristiana Lôbo, GloboNews.com, 6/5/2003]


Relator pede cassação de ACM por escuta ilegal

O senador Geraldo Mesquita (PSB-AC) recomendou ontem, no Conselho de Conselho de Ética do Senado, abertura de processo de cassação do mandato do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), por quebra de decoro parlamentar. Mesquita é o relator da sindicância do Conselho sobre denúncias de participação do senador baiano no esquema de escuta ilegal de telefones de autoridades da Bahia. Entre os deputados que tiveram o celular grampeado estão o líder do PT na Câmara, Nelson Pellegrino (BA), e o primeiro-secretário da Casa, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA).

Em seu relatório, o senador Mesquita declara-se "convencido da gravidade do ato praticado" por ACM ao divulgar informações "sabidamente obtidas mediante a prática de um crime". O relator disse que a única providência em relação a um parlamentar que falta com o decoro "é a abertura do processo de cassação". Ele destacou ainda que ACM renunciou ao mandato, na última legislatura, acusado de não impedir a violação do painel eletrônico do Senado na ocasião da votação da cassação do senador Luiz Estevão (DF-sem partido)..—.Informes, 22/4/2003

segunda-feira, 25 de julho de 2011

JOHANN SEBASTIAN BACH
http://youtu.be/_FXoyr_FyFw
CIDADE DE SINTRA - PORTUGAL


UM SONETO DE FERREIRA GULLAR - João Filho PDF Imprimir E-mail
Dom, 24 de Julho de 2011 11:47



5

Prometi-me possuí-la muito embora
ela me redimisse ou me cegasse.
Busquei-a na catástrofe da aurora,
e na fonte e no muro onde sua face,


entre a alucinação e a paz sonora
da água e do musgo, solitária nasce.
Mas sempre que me acerco vai-se embora
como se me temesse ou me odiasse.


Assim persigo-a, lúcido e demente.
Se por detrás da tarde transparente
seus pés vislumbro, logo nos desvãos


das nuvens fogem, luminosos e ágeis!
Vocabulário e corpo — deuses frágeis —
eu colho a ausência que me queima as mãos.



O soneto acima está no livro A luta corporal, cuja primeira edição é de 1954 e, segundo Manuel Bandeira, figura entre os mais belos da Língua Portuguesa, incluído por ele em uma antologia de sonetos. Difícil discordar. O tema metalinguístico deste soneto não se prende àquele vazio tautológico, que é, penso, falta de assunto crônico de uma parte da poesia brasileira do século XX e início do XXI.


O poema que reflete sobre a própria poesia — e todas as variações caleidoscópicas nesse sentido — quando ocupa um lugar eminente no fazer literário de um país ou época, não é porque os outros assuntos se esgotaram ou são menores e desimportantes — em arte assunto não se esgota, tampouco há assunto desimportante, muda-se a perspectiva, o modelo etc., não estamos falando de hierarquias, então... —, mas, sim, porque a arte pela arte, isto é, o esteticismo, contaminou mais do que devia a cabeça e o espírito dos artífices. Ou é, como aponta Mario Vieira de Mello em Desenvolvimento e cultura, parte intrínseca da índole tupiniquim e que influencia nossa visão de mundo? Esteticismo é entrar em um pseudolabirinto autocriado. Um narciso feio se afogando sem espelho, as espirais no vácuo, não apenas fechado em si mesmo, mas estéril, como se o texto omitisse o mundo. Coisa que não ocorre com esse soneto.


A promessa da posse da linguagem poética parece não se realizar, mas o sujeito poético é compensado pelo fracasso, apesar da cegueira conjunta; a perseguição bipolar entre lucidez e loucura, aquele triz de captura sempre escapando; essa angústia consolada por nova abordagem linguística, contudo, a essência da linguagem jamais é aprisionada. De modo geral, essa busca do poeta denuncia um problema clássico em filosofia, que é a teoria do conhecimento. Como conhecer o objeto? Como captá-lo em sua essência, já que ele é incapturável por excelência? Em poesia, muitas vezes, essa sensação é de uma plenitude angustiada e frustrante. Para a experiência humana toda plenitude é provisória, ela existe, mas somente acontece num átimo. Faço uma ponte, apenas como ilustração, com um trecho d’O prólogo de Le vrai Le vain, de Bruno Tolentino, que está no livro O mundo como idéia: [...] E às vezes/pareceu-me que esse exercício/pousava seguro no vento/para além de todo artifício,/com modos de cume ou de febre. É, praticamente, a mesma temática do soneto de Ferreira Gullar, os dois poetas se deparam com a impossibilidade de encarcerar o sopro das Musas, pois para o poeta carioca pareceu que a linguagem poética se realizava de modo tão intenso e real como algo possível de ser tocado, como se dissesse: “eis aqui a forma ocupando lugar no espaço e que lhes ofereço materialmente”; apesar de ele não negar a base instável desse pouso (vento), e a sensibilidade traiçoeira dos momentos extremados (cume, febre) no momento em que o evento ocorreu. Tão pleno que prescindiria até mesmo do código linguístico utilizado [...] para além de todo artifício [...]. Esse impasse não é típico somente da poesia, mas é próprio da criação artística.


No verso do soneto de Gullar [...]embora/ela me redimisse[...] o vocábulo redimir, remir também possibilita a conotação de adquirir novamente, daí a leitura de consolo, compensação, que fiz. A caça acossada, a linguagem, redime o eu lírico com novas visitas, mas são visitas cegas. Ver não vendo, ter não tendo. Por mais concreta e materialista que seja a temática da poesia brasileira do século XX e início do XXI, quase sempre imanente, a linguagem poética ou não, é uma construção do espírito humano calcada essencialmente no invisível. O que é o símbolo, signo e seus congêneres senão abstrações encarnadas?


As metáforas com teor surrealizante — [...] catástrofe da aurora [...]; seus pés vislumbro,/ logo nos desvão/das nuvens fogem [...]; colho a ausência que me queima as mãos — conferem ao poema uma finesse imagética formidável, e, juntamente com a fluidez propiciada pelo enjambement, quebra o que poderia soar como um soneto clássico. Clássico não no sentido dado pelos historiadores e teóricos da literatura, mas no de anacronismo engessado, como alguém sonetar hoje à moda de Camões e crer que ao emular o mestre tornar-se-á atemporal. É necessário um cuidado redobrado ao fazer uso das formas fixas nos tempos atuais, pois se corre o perigo do natimortismo. Fenômeno comum em uma parte das letras brasileiras. Obviedades necessárias: forma não é rigidez, apesar de fixar limites, forma é liberdade. Como único exemplo penso em Abgar Renault e nos seus Sonetos antigos, de 1923, não se deixa afetar pelo natimortismo, mesmo tendo utilizado uma grafia aproximada da época do bardo português.


Nos dois quartetos desse soneto decassílabo, mas utilizando também o verso sáfico (mais exatamente no 6ª, 12ª e 14ª) há uma sensualidade feminina — o gênero é claro no primeiro verso: possuí-la — e nos remete à posse amorosa da mulher amada. Assim, podemos lê-lo também como um poema de amor, intelectual, é verdade, porém a dona, a fêmea, a amada é a linguagem. O objeto do desejo é percebido, descrito, até mesmo desfrutado, mas impossível de ser aprisionado.


O poeta trabalha com imagens representando o abstrato: aurora, água, e contrapõe com outras, digamos, mais concretas: fonte, muro. Esse dualismo é coroado exemplarmente no par de imagens do 13º verso [...] Vocabulário e corpo [...] e somente neste penúltimo verso o poeta nomeia claramente seu tema, na belíssima antítese final. Não obstante a imaterialidade da caça do poeta, ele limita-se ao campo da imanência, não verticaliza nada, seu espaço de ação é horizontal, pois transcender é estar fora, passar além.


O produto dessa colheita é nada, mas é um nada ardente. Negativo? Talvez. A beleza se realiza também por essa via.

Extraído de: Espaço Vital  - 19 de Julho de 2011

Juíza casa com outra mulher

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É o primeiro caso no Brasil em que uma magistrada assume sua relação homoafetiva. Sônia Maria Mazzetto Moroso, da 1ª Vara Criminal de Itajaí (SC), casou com a servidora municipal Lilian Regina Terres.
A juíza Sônia Maria Mazzetto Moroso, titular da 1ª Vara Criminal de Itajaí (SC) assinou no sábado (16) o documento que a torna casada com Lilian Regina Terres, servidora pública municipal. Esta é a primeira união civil homoafetiva registrada em Santa Catarina, após a decisão do STF.
A primeira do Brasil ocorreu em Goiânia (GO), no dia 9 de maio, entre Liorcino Mendes e Odílio Torres. Até agora, ninguém da magistratura brasileira tinha antes, assumido publicamente esse tipo de relacionamento.
É a primeira pelo menos no Estado de Santa Catarina e eu sou a primeira juíza brasileira a assumir, comemorou Sônia.
Ela e Lilian já tinham um relacionamento estável antes da união oficial. Elas se uniram no dia 29 de maio do ano passado, numa cerimônia abençoada pela religião umbandista.
O juiz Roberto Ramos Alvim, da Vara de Família da comarca, autorizou o casamento civil das duas mulheres. O ato foi, então, celebrado no Cartório Heusi.
Familiares e amigos delas acompanharam a cerimônia. Rafaello, filho da juíza Sônia, também estava presente e ansioso pela união. O meu filho me chama de mãe e se dirige à Lilian como mamusca, conta Sônia.
Com o casamento, Lilian e Sônia decidiram acrescentar os sobrenomes uma da outra, ficando Sônia Maria Mazzetto Moroso Terres e Lilian Regina Terres Moroso