Clarice Lispector
Os dois mais murmuravam que conversavam: havia pouco iniciara-se o namoro e ambos andavam tontos, era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme.
- Está bem, acredito que sou a sua primeira namorada, fico feliz com isso. Mas me diga a verdade, só a verdade: você nunca beijou uma mulher antes de me beijar? Ele foi simples:
- Sim, já beijei antes uma mulher.
- Quem era ela? perguntou com dor.
Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer.
O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir - era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.
E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! como deixava a garganta seca.
E nem sombra de água. O jeito era juntar saliva, e foi o que fez. Depois de reunida na boca ardente engolia-a lentamente, outra vez e mais outra. Era morna, porém, a saliva, e não tirava a sede. Uma sede enorme maior do que ele próprio, que lhe tomava agora o corpo todo.
A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio dia tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.
E se fechasse as narinas e respirasse um pouco menos daquele vento de deserto? Tentou por instantes, mas logo sufocava. O jeito era mesmo esperar, esperar. Talvez minutos apenas, enquanto sua sede era de anos.
Não sabia como e por que, mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada, penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.
O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos estava... o chafariz de onde brotava num filete a água sonhada. O ônibus parou, todos estavam com sede, mas ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.
De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente ao orifício de onde jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga. Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos.
Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água. Lembrou-se de que realmente ao primeiro gole sentira nos lábios um contato gélido, mais frio do que a água.
E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.
Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia intrigado: mas não é de uma mulher que sai o líquido vivificador, o líquido germinador da vida... Olhou a estátua nua.
Ele a havia beijado.
Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva. Deu um passo para trás ou para frente, nem sabia mais o que fazia. Perturbado, atônito, percebeu que uma parte de seu corpo, sempre antes relaxada, estava agora com uma tensão agressiva, e isso nunca lhe tinha acontecido.
Estava de pé, docemente agressivo, sozinho no meio dos outros, de coração batendo fundo, espaçado, sentindo o mundo se transformar. A vida era inteiramente nova, era outra, descoberta com sobressalto. Perplexo, num equilíbrio frágil.
Até que, vinda da profundeza de seu ser, jorrou de uma fonte oculta nele a verdade. Que logo o encheu de susto e logo também de um orgulho antes jamais sentido: ele...
Ele se tornara homem.
sábado, 11 de agosto de 2012
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Guarda Compartilhada é o Melhor para a Criança
Guarda Compartilhada é o Melhor para a Criança
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- Escrito por Denise Maria Perissini da Silva | Publicado em Terça, 07 Agosto 2012 13:38
Desde 2008, vivemos sob a égide da Lei no 11.698, que trata da Guarda Compartilhada. A Guarda Compartilhada é uma modalidade de guarda de filhos menores de 18 (dezoito) anos completos não emancipados, ou maiores incapacidados enquanto durar a incapacidade, que vem crescendo nos últimos tempos, como a maneira mais evoluída e equilibrada de manter os vínculos parentais com os filhos após o rompimento conjugal (separação, divórcio, dissolução de união estável). A Guarda Compartilhada está prevista na Lei no 11.698, de 13 de junho de 2008.
Em outras palavras, é o meio pelo qual os pais separados, divorciados ou com dissolução de união estável realizada, permanecem com as obrigações e deveres na educação dos filhos e nos cuidados necessários ao desenvolvimento deles em todas as áreas, tais como, emocional, psicológica, dentre outras, não podendo nenhum dos pais se eximir de suas responsabilidades e, muito menos, não permitir que um dos pais não possa exercer esse dever para com a vida do filho e, por fim, permitir que permaneça a convivência dos pais com o filho, mesmo após a dissolução do casamento ou da união estável. É um regime que rege a relação dos pais separados com os filhos pós-processo de separação, onde os dois vão gerir a vida do filho.
Requer uma co-responsabilização de ambos os genitores acerca de todas as decisões e eventos referentes aos filhos: os pais conhecem, discutem, decidem e participam em igualdade de condições exatamente da mesma maneira como faziam quando estavam unidos conjugalmente, de forma de nenhum deles ficará relegado a um papel secundário, como mero provedor de pensão ou limitado a visitas de fim de semana. Não há, por exemplo, omissão de informações escolares ou médicas, nem acerca de festinhas ou viagens. Uma vez que ambos os pais já faziam isso enquanto estavam juntos, a Guarda Compartilhada respeita esse princípio, e por isso não há motivos para que a situação seja diferente agora que estão separados.
É claro que, por ser a modalidade mais evoluída de guarda, exige um elevado grau de responsabilidade de ambos os pais para deixarem seus ressentimentos pessoais de lado, e buscarem o genuíno interesse dos filhos – não há espaço para egoísmo ou narcisismos, nem para animosidades frequentes mas de pequena monta, que só prejudicam o entendimento e fomentam a discórdia. Mesmo que haja divergências entre os pais – o que é extremamente comum -, isso deve ficar em segundo plano quando o assunto se refere aos interesses do(s) filho(s) menor(es) ou equiparado(s).
Contudo, segundo SOUZA (2009), dada a complexidade do ser humano, seria por demais simplista pretender estabelecer uma fórmula matemática na qual pais casados = filhos centrados, e pais separados = filhos desajustados; ou, guarda unilateral = filhos problemáticos, e guarda compartilhada = filhos equilibrados. Na verdade, o ponto crucial da estabilidade emocional das crianças está no nível de entendimento de seus pais, estejam eles separados ou não. Ninguém duvida de que mesmo os pais que vivem juntos, mas em constante conflito, estão fazendo muito mal à saúde psicológica de seus filhos. Por isso, devem ser observadas outras variáveis que podem influir nessas situações. De qualquer forma, não é simples, portanto, afirmar em que medida a separação pode afetar a saúde psicológica dos filhos, mas é incontroverso o mal que os conflitos lhes causam. As doutrinas de Saúde Mental e de Direito de Família são unânimes em apontar os malefícios causados pelos desentendimentos parentais na psique de seus filhos: os conflitos, o estado de tensão que o conflito gera, a discórdia familiar, a instabilidade que se lhe atrela, a insegurança que causa, e as incertezas que planta na mente do filho, que vê desabar diante de seus olhos os referenciais em que até então se ancorava.
Porém, torna-se um equívoco pensar-se que a Guarda Compartilhada só pode ser concedida quando os pais “se entendem”. Quando não há entendimento entre os pais, nenhum sistema de guarda "funciona bem”. Note-se que, mesmo sob a guarda única da mãe, a criança continuará a ter pai e a ser cuidada por ele eventualmente, nos dias e horários de “visita”.
Se há um vínculo afetivo normal entre pai e filho, a criança passará a ter menos convívio com seu pai do que gostaria e do que seria adequado para sua boa formação psicológica e, mesmo assim, perceberá o conflito entre uma mãe que “manda” e um pai transformado em “visitante” – enfraquecido e esvaziado em seu papel de pai. A criança perceberá que há desequilíbrio e injustiça na relação entre os pais, causando o distanciamento de um deles, com sofrimento para a criança e para o genitor a quem a Justiça impõe uma redução do convívio com os filhos.
Nesses casos, frequentemente ocorre do não-guardião e sua prole se desvincularem afetivamente, ante o distanciamento imposto e a artificialidade da relação entre “visitante” e filhos, com graves prejuízos para a formação da personalidade das crianças. Por outro lado, se o não-guardião não desistir dos filhos, o conflito se perpetuará e será percebido pelas crianças. Inclusive porque o desequilíbrio de poder estabelecido pela guarda única permite ao guardião desvalorizar o outro genitor, em muitos casos impingindo a alienação parental aos filhos, “ensinando-os” que o não- guardião é menos importante ou não os ama.
Para proteger total e artificialmente a criança do conflito entre seus pais, somente afastando-a totalmente do não-guardião, como se ele tivesse “morrido”. A partir daí, qualquer pessoa que tenha interesse na destruição dos vínculos afetivos da criança com aquele pai/mãe pode acabar manipulando-a emocionalmente, sem escrúpulos ou limites, inclusive com o perigo de induzi-la a formular falsas acusações de agressão física ou sexual contra aquele(a) genitor(a): instaura-se aí a nociva Alienação Parental.
A Alienação Parental, tipificada pela Lei no 12.318/2010, consiste em atos de qualquer pessoa que tenha a criança sob sua guarda ou vigilância, objetivando o afastamento do pai/mãe-alvo, através de manipulação emocional, mensagens difamatórias, omitindo informações médicas e/ou escolares relevantes, ou até formulando falsas acusações contra o outro.
E é aí onde reside o principal problema dos litígios judiciais: alienadores “sabem” (ou pensam que sabem) que os juízes não concedem a Guarda Compartilhada no litígio, então acirram o litígio, fomentam as divergências, e manipulam emocionalmente a criança, mas com isso estão prejudicando seu desenvolvimento afetivo, social, sexual e até cognitivo (há diversos problemas escolares decorrentes dos conflitos emocionais das crianças durante a separação tumultuada dos pais: desde queda de rendimento escolar, indisciplina, drogas e vandalismo na escola, até aquele aluno “perfeito” demais, que estuda tanto para não terem que lidar com os problemas domésticos).
Porém, esta crença se tornou desatualizada, além de perigosamente equivocada: recentemente o Superior Tribunal de Justiça (STJ) proferiu decisão no Recurso Especial no 1.251.000 - MG (2011/0084897-5), que estabeleceu um novo paradigma, no qual reafirmou que a regra geral deve ser a guarda compartilhada, inclusive com o compartilhamento da custódia física do filho. A Ministra Nancy Andrighi afirma no sentido de que "reputa-se como princípios inafastáveis a adoção da guarda compartilhada como regra, e a custódia física conjunta como sua efetiva expressão".
A guarda compartilhada induz à pacificação do conflito porque, com o tempo, os ânimos “esfriam” e os genitores percebem que não adianta confrontar alguém de poder igual. O equilíbrio de poder torna mais conveniente o entendimento entre as partes para ambos.
A Guarda Compartilhada não significa exatamente “visitação livre”. É claro que, na Guarda Compartilhada, não se fala mais em “visita com hora marcada”, em finais de semana alternados, pior ainda estipulados por um terceiro – o Juiz. Mas é claro que os pais precisam conversar e debater muito acerca dos horários de convívio (detesto a palavra “visita”!!!), conforme a idade da criança, suas necessidades, sua rotina e suas atividades.
A convivência, na Guarda Compartilhada, baseia-se na necessidade de preservação dos vínculos da criança com ambos os pais, e estes devem acompanhar ativamente os acontecimentos do filho. A partir daí estabelece-se a intimidade entre o pai e o filho para que se crie um ambiente psicologicamente saudável. A criança, por sua vez, a partir desta convivência, formará sua própria opinião a respeito do pai, de forma autêntica, e não influenciado pelos comentários e sentimentos da mãe.
Na Guarda Compartilhada, não há espaço para sabotagens aos contatos, como acontece com a guarda monoparental, chantageando-se em troca de pagamento da pensão alimentícia que eventualmente esteja atrasada, ou pior ainda, exigir a interrupção alegando-se acusações de abuso sexual, geralmente de forma leviana e improcedente!
Para DOLTO (1989), quando os pais assumem o divórcio de maneira responsável, isso se torna um fator de amadurecimento para todos: os pais conseguem lidar melhor com seus sentimentos pessoais (ao invés de projetá-los no ex-cônjuge), e os filhos conseguem, apesar das provações, conservar sua afeição pelo pai e pela mãe – um avanço na direção do amadurecimento social e da autonomia (p.100), pois aprendem a ser mais flexíveis (por serem obrigados a encarar duas realidades diferentes, a do pai e da mãe), e realistas sem projetar ressentimentos nem idealizar os pais, e por isso mais preparados para lidar com as mudanças sem se desestruturarem.
Por isso, é fundamental que a criança possa permanecer o maior tempo possível com as presenças efetivas de ambos os pais, situação esta desrespeitada no sistema de visitas tradicional, mas respeitada na Guarda Compartilhada.
Fonte: Guarda Compartilhada é o Melhor para a Criança - Psicologia Jurídica - Atuação - Psicologado Artigos http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-juridica/guarda-compartilhada-e-o-melhor-para-a-crianca?utm_source=e-goi&utm_medium=email&utm_term=Guarda%20Compartilhada%20%E9%20o%20Melhor%20para%20a%20Crian%E7a&utm_campaign=Psicologado#ixzz235l8xAHL
domingo, 5 de agosto de 2012
Espiritismo - Mensagens e Preces
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Federações Espíritas
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Albert Einstein(1879-1955)....................................Deus é...
“A opinião comum de que sou ateu repousa sobre grave erro. Quem a pretende deduzir de minhas teorias científicas não as entendeu.
Creio em um Deus pessoal e posso dizer que, nunca, em minha vida, cedi a uma ideologia atéia.
Não há oposição entre a ciência e a religião. Apenas há cientistas atrasados, que professam ideias que datam de 1880.
Aos dezoito anos, eu já considerava as teorias sobre o evolucionismo mecanicista e casualista como irremediavelmente antiquadas. No interior do átomo não reinam a harmonia e a regularidade que estes cientistas costumam pressupor. Nele se depreendem apenas leis prováveis, formuladas na base de estatísticas reformáveis. Ora, essa indeterminação, no plano da matéria, abre lugar à intervenção de uma causa, que produza o equilíbrio e a harmonia dessas reações dessemelhantes e contraditórias da matéria.
Há, porém, várias maneiras de se representar Deus.
- Alguns o representam como o Deus mecânico, que intervém no mundo para modificar as leis da natureza e o curso dos acontecimentos. Querem pô-lo a seu serviço, por meio de fórmulas mágicas. É o Deus de certos primitivos, antigos ou modernos.
- Outros o representam como o Deus jurídico, legislador e agente policial da moralidade, que impõe o medo e estabelece distâncias.
* * * * *
“A mais bela e profunda emoção que se pode experimentar é a sensação do místico. Este é o semeador da verdadeira ciência. Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não mais possa devanear e ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto.
Saber que realmente existe aquilo que é impenetrável a nós, e que se manifesta como a mais alta das sabedorias e a mais radiosa das belezas, que as nossas faculdades embotadas só podem entender em suas formas mais primitivas, esse conhecimento, esse sentimento está no centro mesmo da verdadeira religiosidade.
A experiência cósmica religiosa é a mais forte e a mais nobre fonte de pesquisa científica.
Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos. Essa convicção, profundamente emocional na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível universo, é a ideias que faço de Deus.”
ALBERT EINSTEIN (1879-1955)
(colaboração de: Ronney Robson d'Avila Mendes )
Tudo que move é uma obra de um Espírito Perfeitíssimo
A mente de Deus cria sem cessar, e a mente_humana, por sua vez, é co-criadora, preservando ou torpedeando as células da organização_física, tanto quanto delicados equipamentos psíquicos. A saúde, desse modo, além de decorrer dos compromissos cármicos em pauta, resulta das ondas mentais elaboradas e mantidas. Sendo cada célula portadora de uma “consciência individual”, ela vibra ao ritmo da consciência do ser, que lhe oferece as energias que lhe dão vida ou que lhe produzem desarmonia.
(Ver: Homeostase e Epigenética)
JOANNA DE ÂNGELIS - Psicografado por Divaldo Pereira Franco
Homeostase
O corpo_humano é composto de vários sistemas e órgãos, cada um consistindo de milhões de células. Estas células necessitam de condições relativamente estáveis para funcionar efetivamente e contribuir para a sobrevivência do corpo como um todo. A manutenção de condições estáveis para suas células é uma função essencial do corpo humano, a qual os fisiologistas chamam de homeostase.
A homeostase (homeo = igual; stasis = ficar parado) é uma condição na qual o meio interno do corpo permanece dentro de certos limites fisiológicos. O meio interno refere-se ao fluido entre as células, chamado de líquido intersticial (intercelular). (Ver: Sistema linfático)
Um organismo é dito em homeostase quando seu meio interno contém:
A homeostase (homeo = igual; stasis = ficar parado) é uma condição na qual o meio interno do corpo permanece dentro de certos limites fisiológicos. O meio interno refere-se ao fluido entre as células, chamado de líquido intersticial (intercelular). (Ver: Sistema linfático)
Um organismo é dito em homeostase quando seu meio interno contém:
- a concentração apropriada de substâncias químicas,
- mantém a temperatura
- e a pressão adequadas.
Quando a homeostase é perturbada, pode resultar a doença. Se os fluidos corporais não forem trazidos de volta à homeostase, pode ocorrer a morte.
Estresse e Homeostase
A homeostase pode ser perturbada pelo estresse, que é qualquer estímulo que cria um desequilíbrio no meio interno.
- O estresse pode originar-se no meio externo na forma de estímulos tais como o calor, o frio ou falta de oxigênio.
- Ou o estresse pode originar-se dentro do corpo na forma de estímulos como pressão sanguínea alta, tumores ou pensamentos desagradáveis.
- A maioria dos estresses é leve e rotineira.
- O estresse extremo pode ser causado por envenenamento, superexposição a temperaturas extremas e intervenções cirúrgicas.
Felizmente, o corpo apresenta muitos mecanismos de regulação (homeostática) que podem trazer o meio interno de volta ao equilíbrio. Cada estrutura corporal, do nível celular ao sistêmico, tenta manter o meio interno dentro dos limites fisiológicos normais.
Os mecanismos homeostáticos do corpo estão sob o controle dos sistemas nervoso e endócrino.
Os mecanismos homeostáticos do corpo estão sob o controle dos sistemas nervoso e endócrino.
- O sistema nervoso regula a homeostase pela detecção dos desequilíbrios do corpo, e pelo envio de mensagens (impulsos nervosos) aos órgãos apropriados para combater o estresse.
- O sistema endócrino é um grupo de glândulas que secretam mensageiros químicos, chamados de hormônios, na corrente sanguínea.
Enquanto os impulsos nervosos coordenam a homeostase rapidamente, os hormônios atuam de forma mais lenta.
Paulo N. Rocha Jr
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
terça-feira, 31 de julho de 2012
SUFICIENTE PARA VOCÊ!
SUFICIENTE PARA VOCÊ!
(autor desconhecido)
Há pouco tempo, estava no aeroporto e vi mãe e filha se despedindo.
Quando anunciaram a partida, elas se abraçaram e a mãe disse:
- Eu te amo. Desejo o suficiente para você.
A filha respondeu:
- Mãe, nossa vida juntas tem sido mais do que suficiente. O seu amor é tudo de que sempre precisei. Eu também desejo o suficiente para você.
Elas se beijaram e a filha partiu.
A mãe passou por mim e se encostou na parede.
Pude ver que ela queria, e precisava, chorar.
Tentei não me intrometer nesse momento, mas ela se dirigiu a mim, perguntando:
- Você já se despediu de alguém sabendo que seria para sempre?
- Já - respondi. - Me desculpe pela pergunta, mas por que foi um adeus para sempre?
- Estou velha e ela vive tão longe daqui. Tenho desafios à minha frente a verdade é que a próxima viagem dela para cá será para o meu funeral.
- Quando estavam se despedindo, ouvi a senhora dizer 'Desejo o suficiente para você'. Posso saber o que isso significa?
Ela começou a sorrir.
- É um desejo que tem sido passado de geração para geração em minha família. Meus pais costumavam dizer isso para todo mundo.
Ela parou por um instante e olhou para o alto como se estivesse tentando se lembrar em detalhes e sorriu mais ainda.
- Quando dissemos 'Desejo o suficiente para você', estávamos desejando uma vida cheia de coisas boas o suficiente para que a pessoa se ampare nelas.
Então, virando-se para mim, disse, como se estivesse recitando:
- Desejo a você sol o suficiente para que continue a ter essa atitude radiante.
- Desejo a você chuva o suficiente para que possa apreciar mais o sol..
- Desejo a você felicidade o suficiente para que mantenha o seu espírito alegre.
- Desejo a você dor o suficiente para que as menores alegrias na vida pareçam muito maiores.
- Desejo a você que ganhe o suficiente para satisfazer os seus desejos materiais.
- Desejo a você perdas o suficiente para apreciar tudo que possui.
- Desejo a você 'alôs' em número suficiente para que chegue ao adeus final.
Ela começou então a soluçar e se afastou.
sexta-feira, 27 de julho de 2012
ELECTROCONVULSIVOTERAPIA
A literatura médica actual confirma que a ECT é um procedimento seguro e eficaz, para o qual continuam a existir indicações precisas.
O que é a ECT?
A ECT é uma forma de tratamento somático no qual o doente, sob o efeito de uma anestesia geral, será exposto a uma corrente eléctrica que
passará pelo seu cérebro, causando uma convulsão. Esta terapia foi desenvolvida nos anos 30 e tornou-se numa terapêutica indolor, segura e
eficaz para várias doenças psiquiátricas.
Como se administra a ECT?
Ser-lhe-á dado um anestésico para o adormecer, seguido por um relaxante muscular. A administração de breves correntes eléctricas, através de
eléctrodos colocados no seu couro cabeludo, estimulará o seu cérebro. A estimulação do cérebro causará uma resposta muscular, de breve
duração, modificada pela utilização de relaxante muscular. Não sentirá nada, porque estará a dormir. Quando acordar, estará na sala de recobro
(sala de recuperação), sob a vigilância do pessoal de enfermagem.
A corrente eléctrica poderá ser aplicada de duas formas:
» Unilateralmente, ou
» Bilateralmente, sendo a decisão tomada após reunião conjunta entre si e o seu médico.
Quais são os benefícios da ECT?
A ECT é geralmente eficaz nos casos refractários a outros tratamentos. Isto é, 50-70% dos doentes cuja medicação é ineficaz, respondem de
forma positiva à ECT. Muitos doentes deprimidos têm problemas de memória sendo que, após o alívio da sintomatologia que pode ocorrer com a
ECT, a memória pode melhorar. A melhoria é gradual, podendo-se notar mais apetite, seguido de mais energia e, por fim, sensação de bem-estar.
Quem necessita de ECT?
A ECT é usada, sobretudo, na Depressão. Está reservada para aquelas situações em que a medicação não apresenta resultados, podendo ser a
primeira escolha em doentes debilitados ou idosos, nos quais a medicação pode ser mais um problema. Se o doente respondeu bem à ECT, no
passado, pode ser a sua primeira escolha. Também se utiliza na mania, esquizofrenia e na doença de Parkinson, entre outras.
A ECT pode ser o método mais seguro (por exemplo, em grávidas e idosos) e o método mais rápido (melhoria em duas semanas do
humor ou delírio)
Quantos tratamentos são necessários?
Geralmente, pessoas com problemas psiquiátricos agudos recebem 6-8 tratamentos (em média), 2-3 vezes por semana. Ocasionalmente, podem
ser necessários mais tratamentos para ser alcançado um máximo benefício.
Como funciona a ECT?
A literatura actual sugere que a ECT possibilita alterações químicas no cérebro.
Que acontece antes do primeiro tratamento?
O seu médico explicar-lhe-á o procedimento e vai pedir que assine um consentimento informado.
Recomendamos que escreva todas as perguntas que queira ver respondidas, quer pelo médico, anestesista ou enfermeiro.
Deve-se ter em atenção:
» Retire verniz das unhas e maquilhagem.
» Não coma ou beba após a meia-noite, incluindo doces, pastilha elástica ou água.
» Será necessário remover as dentaduras antes da anestesia.
» Será necessário remover as lentes de contacto e óculos.
» Ser-lhe-á pedido para esvaziar a bexiga cerca de 15 minutos antes do seu tratamento.
» Não deverá conduzir nas próximas 24 horas.
» Não deverá beber álcool durante 24 horas.
» Não deverá viajar sozinho durante o resto do dia.
Quais são os 5 efeitos laterais mais comuns?
» Rigidez Muscular causada pela medicação para relaxamento muscular. Aliviada através de um banho quente, realizando exercícios moderados
(por exemplo, caminhada) e deve informar o médico ou a enfermeira, caso necessite medicação analgésica.
» Confusão devida aos efeitos da anestesia ou tratamento. Pode não saber dizer a data ou a hora, mas este efeito é temporário.
» Perda de memória é comummente causada pela ECT, pelo que quaisquer decisões importantes devem ser adiadas. Deve manter um diário,
escrever datas e horas importantes (antes e depois do tratamento), ter um calendário (anotando os dias) e procurar auxílio na sua reorientação.
» Dores de cabeça podem ser causadas pelo tratamento, pela anestesia ou pelo jejum. Pode aliviar estas dores: através da comida, com
medicação analgésica, exercícios de relaxamento, técnicas de distracção, descanso em quarto escuro e/ou pano húmido sobre a fonte.
» Enjoos têm origem na anestesia ou jejum de sólidos ou líquidos, e melhoram após alimentação e/ou medicação.
Factos e Mitos
» Mito: a ECT é uma forma de tratamento arcaica e bárbara.
Facto: A ECT, realizada actualmente, é segura e eficaz.
» Mito: A ECT leva a perda de memória permanente.
Facto: A perda de memória pode ocorrer em vários graus, durando dias a meses. Geralmente não é permanente.
» Mito: A ECT é menos eficaz que outras terapêuticas.
Facto: A ECT é tanto ou mais eficaz que a medicação.
Onde pode informar-se mais sobre a ECT?
American Psychiatric Association (www.psych.org)
Royal College of Psychiatrists (www.rcpsych.ac.uk)
Este documento pretende complementar a informação dada pelo seu médico.
O que é a ECT?
A ECT é uma forma de tratamento somático no qual o doente, sob o efeito de uma anestesia geral, será exposto a uma corrente eléctrica que
passará pelo seu cérebro, causando uma convulsão. Esta terapia foi desenvolvida nos anos 30 e tornou-se numa terapêutica indolor, segura e
eficaz para várias doenças psiquiátricas.
Como se administra a ECT?
Ser-lhe-á dado um anestésico para o adormecer, seguido por um relaxante muscular. A administração de breves correntes eléctricas, através de
eléctrodos colocados no seu couro cabeludo, estimulará o seu cérebro. A estimulação do cérebro causará uma resposta muscular, de breve
duração, modificada pela utilização de relaxante muscular. Não sentirá nada, porque estará a dormir. Quando acordar, estará na sala de recobro
(sala de recuperação), sob a vigilância do pessoal de enfermagem.
A corrente eléctrica poderá ser aplicada de duas formas:
» Unilateralmente, ou
» Bilateralmente, sendo a decisão tomada após reunião conjunta entre si e o seu médico.
Quais são os benefícios da ECT?
A ECT é geralmente eficaz nos casos refractários a outros tratamentos. Isto é, 50-70% dos doentes cuja medicação é ineficaz, respondem de
forma positiva à ECT. Muitos doentes deprimidos têm problemas de memória sendo que, após o alívio da sintomatologia que pode ocorrer com a
ECT, a memória pode melhorar. A melhoria é gradual, podendo-se notar mais apetite, seguido de mais energia e, por fim, sensação de bem-estar.
Quem necessita de ECT?
A ECT é usada, sobretudo, na Depressão. Está reservada para aquelas situações em que a medicação não apresenta resultados, podendo ser a
primeira escolha em doentes debilitados ou idosos, nos quais a medicação pode ser mais um problema. Se o doente respondeu bem à ECT, no
passado, pode ser a sua primeira escolha. Também se utiliza na mania, esquizofrenia e na doença de Parkinson, entre outras.
A ECT pode ser o método mais seguro (por exemplo, em grávidas e idosos) e o método mais rápido (melhoria em duas semanas do
humor ou delírio)
Quantos tratamentos são necessários?
Geralmente, pessoas com problemas psiquiátricos agudos recebem 6-8 tratamentos (em média), 2-3 vezes por semana. Ocasionalmente, podem
ser necessários mais tratamentos para ser alcançado um máximo benefício.
Como funciona a ECT?
A literatura actual sugere que a ECT possibilita alterações químicas no cérebro.
Que acontece antes do primeiro tratamento?
O seu médico explicar-lhe-á o procedimento e vai pedir que assine um consentimento informado.
Recomendamos que escreva todas as perguntas que queira ver respondidas, quer pelo médico, anestesista ou enfermeiro.
Deve-se ter em atenção:
» Retire verniz das unhas e maquilhagem.
» Não coma ou beba após a meia-noite, incluindo doces, pastilha elástica ou água.
» Será necessário remover as dentaduras antes da anestesia.
» Será necessário remover as lentes de contacto e óculos.
» Ser-lhe-á pedido para esvaziar a bexiga cerca de 15 minutos antes do seu tratamento.
» Não deverá conduzir nas próximas 24 horas.
» Não deverá beber álcool durante 24 horas.
» Não deverá viajar sozinho durante o resto do dia.
Quais são os 5 efeitos laterais mais comuns?
» Rigidez Muscular causada pela medicação para relaxamento muscular. Aliviada através de um banho quente, realizando exercícios moderados
(por exemplo, caminhada) e deve informar o médico ou a enfermeira, caso necessite medicação analgésica.
» Confusão devida aos efeitos da anestesia ou tratamento. Pode não saber dizer a data ou a hora, mas este efeito é temporário.
» Perda de memória é comummente causada pela ECT, pelo que quaisquer decisões importantes devem ser adiadas. Deve manter um diário,
escrever datas e horas importantes (antes e depois do tratamento), ter um calendário (anotando os dias) e procurar auxílio na sua reorientação.
» Dores de cabeça podem ser causadas pelo tratamento, pela anestesia ou pelo jejum. Pode aliviar estas dores: através da comida, com
medicação analgésica, exercícios de relaxamento, técnicas de distracção, descanso em quarto escuro e/ou pano húmido sobre a fonte.
» Enjoos têm origem na anestesia ou jejum de sólidos ou líquidos, e melhoram após alimentação e/ou medicação.
Factos e Mitos
» Mito: a ECT é uma forma de tratamento arcaica e bárbara.
Facto: A ECT, realizada actualmente, é segura e eficaz.
» Mito: A ECT leva a perda de memória permanente.
Facto: A perda de memória pode ocorrer em vários graus, durando dias a meses. Geralmente não é permanente.
» Mito: A ECT é menos eficaz que outras terapêuticas.
Facto: A ECT é tanto ou mais eficaz que a medicação.
Onde pode informar-se mais sobre a ECT?
American Psychiatric Association (www.psych.org)
Royal College of Psychiatrists (www.rcpsych.ac.uk)
Este documento pretende complementar a informação dada pelo seu médico.
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