domingo, 3 de dezembro de 2017

Síndrome de Borderline - O que é e principais características



Síndrome de Borderline - O que é e principais características





A Síndrome de Borderline, também chamada de transtorno de personalidade limítrofe, é caracterizada pelas mudanças súbitas de humor, medo de ser abandonado pelos amigos e comportamentos impulsivos, como gastar dinheiro descontroladamente ou comer compulsivamente, por exemplo.
Geralmente, as pessoas com Síndrome de Borderline têm momentos em que estão estáveis, que alternam com surtos psicóticos, manifestando comportamentos descontrolados. Esses sintomas começam a se manifestar na adolescência e se tornam mais frequentes no início da vida adulta.
Por vezes, este síndrome é confundida com doenças como esquizofrenia ou doença bipolar, mas a duração e intensidade das emoções é diferente, sendo fundamental ser avaliado por um psiquiatra para saber o diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado.
Síndrome de Borderline - O que é e principais características

Sintomas da Síndrome de Borderline

Os sintomas mais comuns da Síndrome de Borderline podem ser:
  • Alterações do humor ao longo do dia, variando entre momentos de euforia e de profunda tristeza;
  • Sentimentos de raiva, desespero e pânico;
  • Irritabilidade e ansiedade que pode provocar agressividade;
  • Medo de ser abandonado por amigos e familiares;
  • Impulsividade e dependência por jogos, gasto de dinheiro descontrolado, consumo exagerado de comida, uso de substâncias e, em alguns casos, não cumprindo regras ou leis;
  • Baixa autoestima;
  • Sensação de solidão e de vazio interior.
Os portadores deste transtorno têm medo que as as emoções fujam do seu controle, demonstrando tendência para se tornarem irracionais em situações de maior estresse e criando uma grande dependência dos outros para conseguirem estar estáveis.
Em alguns casos mais graves, pode ocorrer automutilação e até suicídio, devido à enorme sensação de mal-estar interior. Conheça mais detalhes sobre os sintomas em: Saiba se é síndrome de borderline.

Diagnóstico da Síndrome de Borderline

O diagnóstico deste transtorno é feito através da descrição do comportamento relato pelo paciente e observadas por um psicólogo ou psiquiatra.
Além disso, é importante fazer exames fisiológicos, como hemograma e sorologia, para a exclusão de outras doenças, pois as suas características são semelhantes a outras doenças, como depressão ou esquizofrenia, por exemplo.
Experimente fazer o teste para saber se tem esta síndrome:

Saiba qual o seu risco de desenvolver borderline

Começar o teste
Imagem ilustrativa do questionário
Imagem ilustrativa da questão
Eu quase sempre me sinto "vazio".
  • Concordo Totalmente
  • Concordo
  • Nem concordo nem discordo
  • Discordo
  • Discordo Totalmente
Imagem ilustrativa da questão
Faço frequentemente uma das seguintes atividades: dirijo perigosamente, faço sexo inseguro, abuso do álcool ou uso drogas.
  • Concordo Totalmente
  • Concordo
  • Nem concordo nem discordo
  • Discordo
  • Discordo Totalmente
Imagem ilustrativa da questão
Às vezes, quando estou estressada(o) – especialmente quando alguém me abandona - fico muito paranóica(o).
  • Concordo Totalmente
  • Concordo
  • Nem concordo nem discordo
  • Discordo
  • Discordo Totalmente
Imagem ilustrativa da questão
Muitas vezes espero demais das pessoas.
  • Concordo Totalmente
  • Concordo
  • Nem concordo nem discordo
  • Discordo
  • Discordo Totalmente
Imagem ilustrativa da questão
Às vezes fico irada(o), extremamente sarcástica(o) e amarga(o), e sinto que tenho muita dificuldade em controlar essa raiva.
  • Concordo Totalmente
  • Concordo
  • Nem concordo nem discordo
  • Discordo
  • Discordo Totalmente
Imagem ilustrativa da questão
Tenho comportamentos de auto-mutilação, auto-agressão, ou pensamentos suicida que ameaçam a minha vida.
  • Concordo Totalmente
  • Concordo
  • Nem concordo nem discordo
  • Discordo
  • Discordo Totalmente
Imagem ilustrativa da questão
Meus objetivos podem mudar a qualquer momento, e também a forma como me vejo e vejo os outros.
  • Concordo Totalmente
  • Concordo
  • Nem concordo nem discordo
  • Discordo
  • Discordo Totalmente
Imagem ilustrativa da questão
Tenho medo que os outros me abandonem ou me deixem, então faço esforços frenéticos para evitar esse abandono.
  • Concordo Totalmente
  • Concordo
  • Nem concordo nem discordo
  • Discordo
  • Discordo Totalmente
Imagem ilustrativa da questão
Meu humor muda completamente de uma hora para outra.
  • Concordo Totalmente
  • Concordo
  • Nem concordo nem discordo
  • Discordo
  • Discordo Totalmente
Imagem ilustrativa da questão
O meu ponto de vista sobre os outros, especialmente aqueles que são importantes para mim, pode mudar a qualquer momento.
  • Concordo Totalmente
  • Concordo
  • Nem concordo nem discordo
  • Discordo
  • Discordo Totalmente
Imagem ilustrativa da questão
Eu diria que a maioria dos meus relacionamentos amorosos têm sido muito intensos, mas não muito estáveis.
  • Concordo Totalmente
  • Concordo
  • Nem concordo nem discordo
  • Discordo
  • Discordo Totalmente
Imagem ilustrativa da questão
Atualmente tenho problemas na vida que me impedem de ir à escola, trabalhar ou estar com meus amigos.
  • Concordo Totalmente
  • Concordo
  • Nem concordo nem discordo
  • Discordo
  • Discordo Totalmente

Causas da Síndrome de Borderline

O transtorno de personalidade limítrofe​ pode ocorrer devido a predisposição genética, no entanto, experiencias emocionais fortes enquanto criança, como enfrentar uma doença ou morte e situações de abuso sexual ou de negligência podem levar ao desenvolvimento desta síndrome.

Tratamento da Síndrome de Borderline

O tratamento do Síndrome de Borderline é realizado com o uso de medicamentos anti-depressivos, estabilizadores de humor e calmantes indicados pelo psiquiatra.
Além do tratamento com remédios, é necessário manter acompanhamento psicológico para realizar psicoterapia e ajudar o individuo a controlar suas emoções negativas, como saber enfrentar momentos de maior estresse. Conheça algumas técnicas que podem ajudar em: 4 passos para controlar as emoções negativas.
Este tratamento é fundamental para o paciente se manter controlado, mas requer paciência e força de vontade do indivíduo.

Saiba quais doenças podem ter causas emocionais




Saiba quais doenças podem ter causas emocionais







As doenças psicossomáticas são aquelas causadas ou agravadas por distúrbios emocionais ou sentimentos como raiva, ansiedade, angústia, medo ou desejo de vingança, pois estes estados mentais são capazes de interferir no metabolismo e na dinâmica do corpo, podendo produzir sintomas ou, até, influenciar no surgimento e piora de doenças reais como gastrite, alterações digestivas e pressão alta. 
Assim, uma pessoa com doença psicossomática é aquela que tem queixas físicas, como dor, diarréia, tremores e falta de ar, que não são completamente explicadas somente por doenças orgânicas, já que as análises médicas são sempre normais.
Esta situação também é chamada de transtorno de somatização, e é comum em pessoas ansiosas e depressivas que não procuram tratamento psiquiátrico ou psicológico corretos, geralmente, com psicoterapia e medicamentos antidepressivos. 
Dor no peito pode ser causada por ansiedade
Dor no peito pode ser causada por ansiedade

Doenças psicossomáticas mais comuns

Cada pessoa pode manifestar fisicamente as suas tensões emocionais em diferentes órgãos, podendo simular ou piorar muitas doenças. Os principais exemplos são:
  1. Estômago: dor e queimação no estômago, sensação de enjoo, piora de gastrites e úlceras gástricas;
  2. Intestino: diarréia, prisão de ventre, piora de doenças inflamatórias intestinais e síndrome do intestino irritável;
  3. Garganta: sensação de nó na garganta, irritações mais fáceis constantes na garganta e amígdalas;
  4. Imunidade: recorrências de gripes e resfriados, e piora de doenças relacionadas à imunidade como lupus, artrite, hipotireoidismo e diabetes;
  5. Pulmões: sensações de falta de ar e recorrência de crises de asma e bronquites;
  6. Músculos e articulações: tensão e dores musculares, e surgimento mais fácil de fibromialgia e tendinites;
  7. Coração e circulação: sensação de dores no peito, que pode, até, ser confundida com infarto, e surgimento ou piora da pressão alta;
  8. Rins e bexiga: sensação de dor para urinar, mais fácil surgimento de infecção urinária de repetição;
  9. Pele: recorrência de dermatites, acne, queda de cabelo, vitiligo, psoríase e reativação da herpes;
  10. Região íntima: piora da impotência e diminuição do desejo sexual, dificuldade para engravidar e alterações do ciclo menstrual;
  11. Cérebro: crises de dor de cabeça, enxaqueca, e depressão.
Isto acontece porque o sistema nervoso tem forte influência sobre a regulação e a harmonia do funcionamento do corpo, interferindo na liberação de hormônios, controle dos batimentos cardíacos e a percepção da dor por exemplo. Desta forma, sabe-se que a somatização é uma manifestação de conflitos e angústias psicológicos por meio de sintomas corporais.

Como confirmar 

O diagnóstico de uma doença psicossomática deve ser feito por um psiquiatra, mas um clínico geral ou outro especialista podem apontar esta possibilidade, porque excluem a presença de outras doenças através do exame físico e de laboratório.
A presença dos principais sintomas ajudam a identificar o problema, e são coração acelerado, tremores, boca seca, sensação de falta de ar e de nó na garganta, e podem ser mais ou menos intensos de acordo com piora ou melhora do estado emocional de cada pessoa.
Saiba quais doenças podem ter causas emocionais

O que causa a doença psicossomática

Existem diversas situações que facilitam o desenvolvimento da somatização, como depressão, ansiedade e estresse. As pessoas mais afetas são as que sofrem situações como:
  • Desgaste profissional e carga horária de trabalho exagerada afetam, principalmente, pessoas que trabalham com o público como professores, vendedores e profissionais de saúde, mas estudantes e desempregados também podem sofrer com estas complicações;
  • Trauma na infância ou após acontecimentos marcantes, além de conflitos de família são algumas situações que podem deixar a pessoa com medo e desmotivada para seguir em frente; 
  • Situações de violência psicológica e de desmotivação, como acontece nos casos de violência doméstica e bullying;
  • Muita ansiedade e tristeza em pessoas que não compartilham ou conversam sobre seus problemas.
Não procurar tratamento para estas situações, por dificuldade em buscar ajuda ou por achar que é uma situação normal, pode agravar os sintomas ou causar doenças físicas.

Como é feito o tratamento

O tratamento para estas doenças pode envolver o uso de medicamentos como analgésicos, anti-inflamatórios e anti-histamínicos para aliviar seus sintomas, no entanto, é importante o acompanhamento de um psicólogo ou psiquiatra, para aprender a controlar as emoções, e tratar a verdadeira causa do problema.
Antidepressivos, como sertralina ou fluoxetina, e ansiolíticos, como clonazepam, por exemplo, prescritos pelo psiquiatra, ajudam a acalmar e diminuir a ansiedade, e sessões de psicoterapia são importantes para ajudar na resolução de conflitos internos.
Algumas medidas simples e naturais também podem ajudar a lidar com os problemas emocionais, como tomar chás calmantes de camomila e valeriana, tirar férias para descansar a mente e procurar resolver um problema de cada vez. Fazer algum tipo de exercício físico como caminhada, corrida, yoga ou pilates também pode ajudar a liberar endorfinas na corrente sanguínea promovendo o bem-estar.
Saiba mais dicas para controlar a ansiedade.

Como é feita a cirurgia de ponte de safena


Como é feita a cirurgia de ponte de safena






A ponte de safena, também conhecida por cirurgia de revascularização do miocárdio, é realizada em casos em que há a obstrução dos vasos do coração, que são as coronárias, situação que pode levar ao infarto.
Assim, é retirada uma parte da veia safena, localizada na perna, para criar uma ponte por cima dos vasos do coração e tornar possível a passagem sanguínea. 
Esta cirurgia é indicada em casos nos quais a realização de angioplastia com stent, que é uma pequena rede que ajuda a dilatar o vaso sanguíneo, não seria suficiente para impedir o risco de infarto e garantir o funcionamento do coração.
Como é feita a cirurgia de ponte de safena

Como é feita a cirurgia

A cirurgia para ponte de safena é delicada e dura em média 5 horas. As etapas da cirurgia para ponte de safena são:
  1. Anestesia geral com necessidade de um tubo na traqueia para facilitar a respiração;
  2. Retirada de parte da veia safena, na perna;
  3. É feito um corte no tórax, para ter acesso às artérias do coração;
  4. O médico examina as artérias obstruídas, definindo os locais para fazer as pontes;
  5. A veia safena é costurada no local necessário;
  6. O tórax é fechado, com suturas especiais para aproximar o esterno;
  7. No final da cirurgia, o tubo na traqueia é mantido durante as primeiras horas de recuperação.
Após a cirurgia, o paciente fica na UTI durante 2 a 3 dias, sendo transferido, em seguida, para o quarto do hospital, onde continuará tomando analgésicos para evitar as dores e possíveis desconfortos no peito. Nessa fase deverá iniciar a fisioterapia através exercícios leves, caminhadas e exercícios respiratórios.
Apesar de a ponte safena ser a primeira opção para a revascularização do coração, existem outros vasos do corpo que podem ser usados para este fim, principalmente as artérias mamarias, que são vasos localizados no tórax, sendo assim, um procedimento chamado de ponte mamária.

Como é a recuperação

A recuperação desta cirurgia é um pouco lenta e somente após cerca de 90 dias é que a pessoa poderá voltar à sua rotina diária.
No pós operatório, geralmente após 2 dias da cirurgia, a cicatriz já não precisa de curativos sendo apenas importante mantê-la limpa e livre de secreções. Até 4 semanas após a cirurgia, não se deve dirigir, nem carregar peso com mais de 10 kg. 
É importante tomar as medicações recomendadas pelo cardiologista e comparecer à consulta do pós-operatório, marcada no hospital. Além disto, após a recuperação, é importante seguir com um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada e realização de atividades físicas, para garantir um bom funcionamento do coração e evitar novas obstruções na circulação das coronárias. Veja quais são os passos para manter o coração saudável.

Riscos da ponte de safena

Como é uma cirurgia longa e complexa, pois é necessário abrir o tórax e interferir no funcionamento do coração, a cirurgia da ponte safena oferece alguns riscos, como infecção, sangramento ou um infarto durante o procedimento, mas isto é mais comum em pessoas que já tem uma saúde comprometida, com insuficiência renal, outras doenças cardíacas, ou quando a cirurgia é realizada de urgência.
Entretanto, os riscos são minimizados quando o paciente respeita todas as orientações médicas que podem incluir o controle da alimentação e o uso ou a suspensão de determinados medicamentos antes da cirurgia e, além disto, os benefícios da cirurgia costumam compensar o risco de ter um infarto e prejudicar ainda mais a saúde.

Maria Bethânia - Não Mexe Comigo

Demis Roussos - Shadows (Legendado em Português)

CULTO AOS EGUNGUNS



Este Video mostra a força de um espírito materializado no Culto aos Egungun (ancestrais).
O Culto à Egun ou Egungun veio da África junto com os Orixás trazidos pelos escravos. Era um culto muito fechado, secreto mesmo, mais que o dos Orixás por cultuarem os mortos.

O Egun é a morte que volta à terra em forma espiritual e visível aos olhos dos vivos. Ele "nasce" através de ritos que sua comunidade elabora e pelas mãos dos ojé (sacerdotes) munidos de um instrumento invocatório, um bastão chamado ixan, que, quando tocado na terra por três vezes e acompanhado de palavras e gestos rituais, faz com que a "morte se torne vida", e o Egungun ancestral individualizado está de novo "vivo". 

Egungun

A primeira referência do Culto de Egun no Brasil segundo Juana Elbein dos Santos foram duas linhas escritas por Nina Rodrigues, refere-se a 1896, mas existem evidências de terreiros de Egun fundados por africanos no começo do século XIX.

A aparição dos Eguns é cercada de total mistério, diferente do culto aos Orixás, em que o transe acontece durante as cerimônias públicas, perante olhares profanos, fiéis e iniciados. O Egungun simplesmente surge no salão, causando impacto visual e usando a surpresa como rito.

Apresenta-se com uma forma corporal humana totalmente recoberta por uma roupa de tiras multicoloridas, que caem da parte superior da cabeça formando uma grande massa de panos, da qual não se vê nenhum vestígio do que é ou de quem está sob a roupa. Fala com uma voz gutural inumana, rouca, ou às vezes aguda, metálica e estridente — característica de Egun, chamada de séégí ou sé, e que está relacionada com a voz do macaco marrom, chamado ijimerê na Nigéria .

Nas casas de Egungun a hierarquia é patriarcal, só homens podem ser iniciados no cargo de Ojé ou Babá Ojé como são chamados, essa hierarquia é muito rígida, apesar de existirem cargos femininos para outras funções, uma mulher jamais será iniciada para esse cargo.

Masculinos: Alapini (Sacerdote Supremo, Chefe dos alagbás), Alagbá (Chefe de um terreiro), Atokun (guia de Egum), Ojê agbá (ojê ancião), Ojê (iniciado com ritos completos), Amuixan (iniciado com ritos incompletos), Alagbê (tocador de atabaque). Alguns oiê dos ojê agbá: Baxorun, Ojê ladê, Exorun, Faboun, Ojé labi, Alaran, Ojenira, Akere, Ogogo, Olopondá.

Femininos: Iyalode (responde pelo grupo feminino perante os homens), Iyá egbé (cabeça de todas as mulheres), Iyá monde (comanda as ató e fala com os Babá), Iyá erelu (cabeça das cantadoras), erelu (cantadora), Iyá agan (recruta e ensina as ató), ató (adoradora de Egun). Outros oiê: Iyale alabá, Iyá kekere, Iyá monyoyó, Iyá elemaxó, Iyá moro.

Os terreiros de Candomblé possuem um local apropriado de adoração do espirito de seus mortos ilustres, esse local é denominado de Ilê ibo aku, casa de adoração aos mortos, enfim todos iniciados no culto aos Orixás.

Os Esa são considerados os ancestrais coletivos dos afro-brasileiros. Seu culto se refere à comunidade em geral. O que destaca o Esa é o fato dele ter-se destacado em vida por servir a comunidade e de continuar atuando em outro plano, contribuindo para o bom desenvolvimento do destino dos fiéis e da casa. O Ilê ibo aku onde são assentados e cultuados os Esa é afastado do templo onde são cultuados os Orixás.


https://youtu.be/ZQGqJKWhEmM

quinta-feira, 30 de novembro de 2017







O Jardim da Praça Padre Mateus


(evangelista da silva)

Era um jardim de arquitetura francesa e cheio de flores...
Tinha um arco apoteótico a receber os românticos ...
Os Tupinambás remanescentes e os mestiçados em paixão...
Assim todos a ele acorriam para respirar àquela praça...


E lá, na antiga praça onde um barracão em lama fétida...
Recebia o seu povo para comprar alimentos contaminados
Em meio a uma podridão factual e administrativa dos anos 60...
Não era um jardim... era um barracão lambido de merda...


Hoje, acordo com saudade a recordar-me de uma noite...
Fazia-se madrugada e lá estava eu e Ery músico trompetista.
Naquela noite fazíamos uma seresta ao som Haydiniano
Casado com um romantismo sem igual em noite de seresta...


Ery, embora desarrumada a mente... se nos convencia a gente
A se lhe declinar à alma e vislumbrar o som inquietante do seu
Amável Trumpet que fizera Kito – o violonista clássico inquieto...
Lá do sobrado de sua casa vir a contemplar a musicalidade do


Imortal poeta da música esquecido em mais uma madrugada
No jardim da praça dos Paiaiás... Era noite bela, e azul, e iluminada...
A lua boiava por todo o jardim ontem esplêndido e hoje morto...
Desfeito e projetado para uma espécie de Cracolândia da Praça...


Da Praça do Padre Mateus Vieira de Azevedo tortuosa e nua...
Assim fizeram do nosso jardim dos amores e encontros, - terrores...
Ao modificarem a sua arquitetura e edificando barracas de cachaça...
Hoje, todas às vezes que passo na praça, recordo-me aquele jardim.


A planta poeticamente em versos traçada por um arquiteto francês...
Aqui fora presenteada pelo eminente filho desta amada terra, -
Dr. Gorgônio José de Araújo Neto que, por certo, é capaz de ao recordar...
Tremer e chorar ao presenciar o crime praticado por um tal prefeito.


Dentre os vários crimes perpetrados pelo forasteirismo animal...
A destruição do nosso patrimônio de beleza sem igual se foi...
Restando a estupidez e aberração de uma obra cuspida com lama...
Para satisfazer a cupidez do forasteirismo cruel, covarde e antipoético...


Santo Antônio de Jesus, 10 de setembro de 2015, às 2h 42min


Salutis com Dr.Cícero Coimbra. A vitamina D no autismo e nas doenças aut...

Café com Saúde | Saída para a Zika

J. Rubens




J. Rubens!...


Se foi!...
um amigo,
quando amigo
já não se há!...
eis que chega ela,
a infame e sacana desonra!...
a morte...
esta inimiga inseparável
tragou o meu único e terno amigo...
e ele sumiu no vão do infinito
sem ao menos dizer-me adeus!...
inexplicavelmente não houve tempo...
soube depois...
e neste vazio que se nos separa à vida
ele sumiu eternamente...
e como o éter diluiu-se no ar!...
que desgraça é a morte!...
sabe de uma coisa?...
sinto sede de ser ateu...
mas como se me explicar tudo, - Deus!...
se ao menos sei lá quem sou?...
é morrer no esquecimento dos meus desenganos!...
Ah, morrer...
é a pior das sinfonias...
ouço Beethoven a 9ª
e ela se me desperta para a Valsa do Adeus!...
e no barco da morte viajo no tempo
perdido nesta triste agonia...
é Zé...
Santo Antônio de Jesus não há mais...
você partiu daqui à senda do infinito...
que irônica é a vida...
sem tempo de se nos despedir!...
quem sabe, um dia, talvez
encontrar-nos-emos para sorver
quem sabe...
a última cerveja!...
meu amigo...
Adeus!...

(evangelista da silva)

Salvador - Terra de Negros e Negras


Largo da Palma


Tarde de sábado...
O silêncio mistura-se ao passado
Que ainda vive na simplicidade dos casarios
A mais pura e doce harmonia...
A preguiça das ladeiras...
O acanhamento das calçadas...
Tudo são marcas de outrora...
Por essas ladeiras negros subiram e desceram como burros maltratados...
No vai-e-vem de sofrer e cansaço, pisando nessas pedras em pés descalços,
Brotaram calos e mais calos - nos pés e alma. Doce injustiça...
Observe em sua volta. E observe com carinho...
De um lado, Roma ergue-se envergonhada;
D'outro, o Instituto de Letras caindo aos pedaços - entrega-se a velhice em desespero...
Além, lá no alto, lá em baixo, puteiros desmoronam-se em prantos...
É a antítese da vida: humanos abandonados; desamor, luxúrias, encantos, injustiça e desencantos...
Aqui, no barzinho da esquina, tudo se confunde:
Samba, cachaça, Roma, bichas, capitalistas, senhoras e Putas...

Rosa Adry

 


Rosa Adry


Tu és para mim uma prece!...
Oro curvado aos teus pés
E rogo-te em nome do Amor
Que embala o nosso viver,
A eterna fidelidade de Amar!...

E nesta amplitude de querer e possuir,
Triste e desesperado,
Ajoelho-me apaixonado,
Clamando o teu corpo - alucinado prazer...
Envolvido no calor da tua boca e desejo.

E neste bailar das nossas vidas,
Aninhado ao teu lindo e alucinante corpo,
Oh doce Nina!... Aninha!... Nininha do céu...
Rosa Adry dos dias meus...
Vem, bela e formosa Menina/Mulher!...

A ti, suplico exaustivamente
O silêncio de minha dor,
E o desespero da minha paixão...
E nesta Tempestade de Amor e Tudo, e Nada,
Desmaio e morro sobre o teu corpo e encanto, minha Doce Amada...

E enquanto tu celebras a tua alegria
Em saudosa sinfonia de Aniversário de Natalício,
Eu, morto e esquecido, vou rasgando um papel
Mofado e amarelado: "um contrato de casamento",
Para construir uma união estável onde possamos Viver e Amar.

Serena, brava, ousada e cheirosa é a minha Menina...
Beijo-te e degluto a saliva para me alimentar...
Desta forma, Minha Nininha, vivemos a transição
De um mundo tortuoso e cheio de indiferença,
Para mergulharmos no oceano de vida, Amor e Amar...

Ladeira de Sant'Ana




Ladeira de Sant'Ana


(evangelista da silva)



Todos os dias, ao retornar da escola, 
Passo por uma ladeira
Que tem uma igreja,
Que tem uma funerária.

Na igreja - o homem morre,
Na funerária - compram-lhe o esquife...
E nos cemitérios do Brasil enterram-lhe
Para sempre...


O que é isto – A hermenêutica jurídica?



A hermenêutica, enquanto problema teórico autônomo, é algo que se põe no contexto do renascimento e ganha fôlego com a reforma protestante e a questão da recepção do direito romano.[1] Por óbvio, isso não significa que a filosofia não conhecesse problemas envolvendo a compreensão e a interpretação antes desse marco temporal. Na verdade, questões elementares para o tratamento atual do problema da interpretação, tais quais as relações entre todo e parte que presidem a lógica do círculo hermenêutico, possui um desenvolvimento ligado às regras da retórica[2] e podem ter seus rudimentos encontrados já em Aristóteles e em seu Peri hermeneias.[3]Todavia, a palavra posta assim, como título de livro e com uma intenção metodológica mais ou menos precisa, só aparece em 1654 com o teólogo J. Dannhauer.[4] Desde então, distingue-se entre uma hermenêutica sacra(arte de interpretar as Sagradas Escrituras),  uma hermenêutica juris (que cuida da arte de interpretar corretamente os textos jurídicos), e uma hermenêutica profana (também chamada de filológica, considerada a arte de interpretar os textos clássicos da literatura).
Nesse contexto - é conveniente destacar - a aproximação entre um âmbito e outro tinha lugar em face do caráter normativo comum a todos (pensemos, na hermenêutica teológica, na pregação e, na hermenêutica jurídica, na solução dos casos jurídicos) e na correlata conclusão de que não importava tematizar a hermenêutica como simples arte; mais do que isso, fazia-se necessário alcançar a correção da compreensão.
Essa intencionalidade corretiva, todavia, não estava preocupada com a dificuldade de compreender uma tradição e os mal-entendidos que ela pode produzir na mente do intérprete, mas, antes, preocupava-se em trazer para a superfície um contexto cultural de origens esquecidas, possibilitando-lhe uma nova compreensão. Com afirma Hans-Georg Gadamer, a hermenêutica, neste contexto, buscava alcançar uma nova compreensão daquilo que se havia corrompido, por distorção ou mau uso, nos âmbitos de suas especialidades: a Bíblia, pela tradição magisterial da Igreja, que a reforma pretendia superar; os clássicos da literatura, corrompidos pelo latim bárbaro da escolástica e que os humanistas queriam salvar a partir de um retorno ao classicismo; o direito romano, pela jurisprudência regionalista, que o direito científico das universidades – mais tarde tema da chamada “recepção” – pretendia compreender de forma mais correta por meio de seus métodos e análises.[5]
Essas hermenêuticas especiais, contudo, não se constituem almejando algum objetivo filosófico. Ao contrário, são fortemente fragmentárias, seus objetivos são, no mais das vezes, didáticos, de apoio das disciplinas principais do conhecimento teológico, humanístico ou jurídico, e suas metodologias fundamentais eram extraídas das antigas gramática e retórica.
Muito do que ainda se afirma sobre a hermenêutica em muitos círculos jurídicos continua vinculado, ainda que de forma inconsciente, a esse modelo “clássico”, por assim dizer. Com efeito, no pensamento jurídico brasileiro em específico, a tradição criada a partir do livro de Carlos Maximiliano, Hermenêutica e Aplicação do Direito[6], posiciona-se dessa maneira, considerando a hermenêutica como mera disciplina acessória, de auxílio na interpretação dos textos jurídicos.
Nalguns casos, continua-se a falar em métodos ou estratégias interpretativas completamente anacrônicos, como é o caso do chamado “método gramatical”, que até poderia fazer algum sentido em uma época na qual pouquíssimas pessoas eram letradas e conheciam as regras formais da língua, mas que não possui nenhuma relevância substancial em um contexto em que o conhecimento da estrutura sintática da língua não está restrita (ou não deveria estar...), digamos assim, a um “monastério de sábios”.
A hermenêutica mais contemporânea, todavia, representa algo maior do que simplesmente um repositório de métodos para auxiliar o intérprete em sua tarefa de compreensão do direito. Trata-se de verdadeira filosofia e, portanto, não de uma disciplina acessória, mas sim fundante e, em termos gadamerianos, vinculadas à própria existência e sua vinculação com a linguagem.
Assim, e encurtando uma história que é longa, a hermenêutica atingirá pela primeira vez o status de filosofia somente na modernidade, mais especificamente no romantismo alemão, com F. Schleiermacher. Esse autor – por sinal também teólogo – estabeleceu as bases para se pensar a hermenêutica enquanto teoria universal do compreender e do interpretar, desvencilhando-a daqueles saberes dogmáticos que a impulsionaram no contexto do século XVII.
Schleiermacher pensou essa universalidade da hermenêutica em uma perspectiva formal, do método único. Vale dizer: independentemente da região do conhecimento a que se esteja vinculado, o método para evitar o mal-entendido é sempre o mesmo.
Nesse contexto, o sentido normativo básico de sua hermenêutica passa a ser o seguinte: compreender, de modo a afastar os mal-entendidos, significa a “repetição da produção originária de ideias, com base na congenialidade dos espíritos”. [7] Ou seja, para compreender corretamente um texto o intérprete precisa reduzir a distância temporal que o separa de seu objeto, afastar seus pré-conceitos, e desenvolver uma experiência que equipare o seu espírito com o daquele que criou o texto.
 É interessante pontuar, também, que em Schleiermacher uma exploração da estrutura circular da compreensão posta na relação parte-todo e todo-parte, ou seja, compreende-se melhor a parte na medida em que se projeta um sentido mais adequado do todo e, por outro lado, compreende-se melhor o todo na medida em que se esclarece o sentido da parte, aplicada à reconstrução da subjetividade do autor – dimensão subjetiva – e também do texto – dimensão objetiva. No desenrolar desse procedimento, os pré-juízos ou pré-conceitos são nocivos para a correta compreensão e o intérprete, para atingi-la, deve deles se livrar.  
Anote-se: a compreensão representa uma comunhão de subjetividades (ou uma congenialidade): a do intérprete com a do autor do texto.
Esse caráter fundante desempenhado pela subjetividade, que levará a hermenêutica Schleiermacheriana a ser nomeada como psicologicista, continuará presente em outro importante autor para a hermenêutica e para as ciências humanas que é Wilhem Dilthey. Do ponto de vista filosófico, é possível afirmar que, em alguma medida, Dilthey levou adiante o projeto hermenêutico de Schleiermacher. Com efeito, embora a hermenêutica em Dilthey acabe retornando para um papel de disciplina auxiliar – que oferece subsídios para a fundamentação sistemática das ciências do espírito – alguns elementos fortes em Schleiermacher, como é o caso do psicologismo do processo de reconstrução das subjetividades, reaparecem em Dilthey naquilo que pode ser nomeado como “doutrina do gênio”.[8]
A hermenêutica filosófica, proposta pelo mais influente filósofo do ambiente hermenêutico que é Hans-Georg Gadamer, é algo bastante distinto daquilo que se projeta em Schleiermacher e Dilthey. Em primeiro lugar, a universalidade da hermenêutica ancora-se na linguagem e sua dimensão existencial e não em uma perspectiva formal-metodológica.
Por outro lado, a subjetividade cede o lugar de protagonista para a tradição e para uma consciência que se sabe produto dos efeitos da história. Por fim, a carga pré-compreensiva de pré-conceitos, bem como a distância temporal que separa texto e intérprete não são obstáculos a serem superados, mas, sim, aliados deste na empreitada interpretativa.
Todos esses elementos geram um quadro que permite pensar o problema hermenêutico fora do polo da subjetividade, abrindo caminho para uma série de filosofias que compartilham esse pressuposto e que podemos nomear como “paradigma da intersubjetividade”.
Na visão de Gadamer, destacam-se: a reabilitação da autoridade da tradição; a valorização dos pré-conceitos para o acontecimento da compreensão; e a distância temporal como fator determinante para o desenvolvimento de horizontes interpretativos mais adequados.
A isso, soma-se uma preocupação com a objetividade da interpretação e da necessidade de valorização da “alteridade do texto”, para que este último não seja sufocado pelos pré-conceitos que o intérprete inevitavelmente traz consigo. Vale dizer, embora seja impossível o intérprete atingir a compreensão de um texto despido de seus pré-juízos, aquele que deseja compreender corretamente um texto deve, no desenvolvimento do círculo da compreensão (círculo hermenêutico) suspender seus pre-conceitos/pré-juízos permitindo que o texto “lhe diga algo”.
Há que se ter presente, portanto, que a hermenêutica contemporânea, principalmente aquela que nos vem de Gadamer, é antitética à subjetividade assujeitadora do mundo e abre o problema da interpretação, inclusive aquela que se ocupa do material jurídico, para os caminhos da intersubjetividade. Esse aspecto é paradigmático e o teor dessa descoberta é tão importante que espalha efeitos para outros grandes filósofos contemporâneos, tais quais Karl-Otto Apel e Jürgen Habermas.
Trata-se, como bem diz Franca D’Agostini, da recuperação do conceito de participação no interior do qual a “razão” humana é pensada como parte de uma racionalidade que pertence sobretudo ao ser, e não à autoconsciência.[9]
Quando nos movemos no mundo do sentido, compreendendo e interpretando, não o fazemos a partir de nossa consciência apartada do mundo. Movemo-nos, desde sempre, naquilo que, a partir de Herbert Schnädelbach, podemos chamar de a priori compartilhado.[10] Os sentidos, portanto, não dependem da consciência de quem compreende ou interpreta (no caso do direito, o exemplo privilegiado é o do julgador), mas, sim, de sua inserção em um mundo repleto de significados compartilhados intersubjetivamente.
 
[1] Para uma análise aprofundada da relação entre hermenêutica e modernidade, consultar STRECK, Lenio Luiz. Hermenêutica Jurídica e(m) Crise. 11 ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2013, em especial o capítulo 10.
[2] Cf. GRONDIN, Jean. Qué es la hermenéutica. Barcelona: Herder, 2008, Kindle Edition, pos. 93.
[3] Nesse sentido, Cf. HEIDEGGER, Martin. Ontologia – Hermenêutica da Faticidade. Petrópolis: Vozes, 2012, pp. 17-18.
[4] Cf. GADAMER, Hans-George. Verdade e Método II. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 2004, p. 113.
[5] Cf. GADAMER, Hans-George. Verdade e Método II. op., cit., p. 115.
[6] MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e Aplicação do Direito. 19 ed., Rio de Janeiro: Forense, 2002.
[7] GADAMER, Hans-George. Verdade e Método II. op., cit., p. 119.
[8] Cf. STEIN, Ernildo. Racionalidade e Existência: o Ambiente Hermenêutico e as Ciências Humanas. 2 ed. Ijuí: Unijuí, 2008, p. 49. Explicando a referida doutrina, Stein pontifica: “Os gênios, segundo Dilthey, têm a capacidade de, no universo singular da obra literária, por exemplo, apanhar sua universalidade; de, no universo singular dos fatos históricos, apanhar o elemento universal; eles produzem necessidade e verdade dos fatos humanos mediante uma aplicação da própria genialidade; os outros é que precisam de método, de lógica e de epistemologia. Ora, como a ciência é feita para os medíocres, para os menos dotados, na concepção de Dilthey, e a maioria da humanidade é medíocre e menos dotada, então temos de fornecer recursos para a humanidade, e este é o ideal da Escola Histórica. A ciência é dos medíocres, a ciência como um conjunto de procedimentos que faz com que também os medíocres cheguem à universalidade”.
[9] Cf. D’AGOSTINI, Franca. Analíticos e Continentais. São Leopoldo: Unisinos, 2003, p. 146. A autora se refere a Gadamer como uma referência privilegiada no interior desse paradigma da intersubjetividade. Embora seja errado pensar em Gadamer como fundador desse movimento (que remonta, na verdade, ao Husserl da crise das ciências europeias e de alguns de seus discípulos, como o sociólogo Alfred Schütz), é indiscutível que, de uma forma ou de outra, a obra gadameriana causou impacto em influentes filósofos contemporâneos como é o caso de Apel e Habermas. Sem embargo das profundas divergências que podem ser observadas entre estes dois autores, é fato que suas filosofias confluem no sentido de afirmar que “o sujeito individual, cartesiano, é agora dissipado (...). O que resta é a dimensão da intersubjetividade linguística, comunicativa”. Idem, pp. 146-147.
[10] STRECK, Lenio Luiz. Verdade e Consenso. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 2011, em especial o pósfácio.