domingo, 4 de novembro de 2018

Nióbio Minério Brasileiro

QUARTA-FEIRA, 10 DE ABRIL DE 2013

'Monopólio' brasileiro do nióbio gera cobiça mundial, controvérsia e mitos

Com 98% das reservas, Brasil não tem política específica para o mineral. Exportações cresceram 110% em 10 anos

Darlan AlvarengaDo G1, em São Paulo


Um metal raro no mundo, mas abundante no Brasil, considerado fundamental para a indústria de alta tecnologia e cuja demanda tem aumentado nos últimos anos, tem sido objeto de controvérsia e de uma série de suspeitas e informações desencontradas que se multiplicam na internet – alimentando teorias conspiratórias e mitos sobre a dimensão da sua importância para a economia mundial e do seu potencial para elevar o Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Trata-se do nióbio, elemento químico usado como liga na produção de aços especiais e um dos metais mais resistentes à corrosão e a temperaturas extremas. Quando adicionado na proporção de gramas por tonelada de aço, confere maior tenacidade e leveza. O nióbio é atualmente empregado em automóveis, turbinas de avião, gasodutos, em tomógrafos de ressonância magnética, na indústria aeroespacial, bélica e nuclear, além de outras inúmeras aplicações como lentes óticas, lâmpadas de alta intensidade, bens eletrônicos e até piercings.
Abaixo, o G1 explica a polêmica sobre o mineral, em reportagem produzida por sugestão de leitores (se você também quer sugerir uma reportagem, entre em contato pela páginahttp://falecomog1.com.br/.)
Arte Nióbio - anglo american (Foto: Editoria de Arte/G1)
O mineral existe no solo de diversos países, mas 98% das reservas conhecidas no mundo estão no Brasil. O país responde atualmente por mais de 90% do volume do metal comercializado no planeta, seguido pelo Canadá e Austrália. No país, as reservas são da ordem de 842.460.000 toneladas e as maiores jazidas se encontram nos estados de Minas Gerais (75% do total), Amazonas (21%) e em Goiás (3%).
Segundo relatório do Plano Nacional de Mineração 2030, o Brasil explora atualmente 55 substâncias minerais, respondendo por mais de 4% da produção global, e é líder mundial apenas na produção do nióbio. No caso do ferro e do manganês, por exemplo, em que o país também ocupa posição de destaque, a participação na produção global não ultrapassa os 20%.
Tal vantagem competitiva em relação ao nióbio desperta cobiça e preocupação por parte das grandes siderúrgicas e maiores potências econômicas, que costumam incluir o nióbio nas listas de metais com oferta crítica ou ameaçada. É isso também que alimenta teorias de que o Brasil vende seu nióbio “a preço de banana”; que as reservas nacionais estão sendo “dilapidadas”; e que o país está “perdendo bilhões” ao não controlar o preço do produto.
A chamada “questão do nióbio” não é um assunto novo. Um dos seus porta-vozes mais ilustres foi o deputado federal Enéas Carneiro, morto em 2007, que alardeava que só a riqueza do mineral seria o suficiente para lastrear toda a riqueza do país. O nióbio já chegou a ser relacionado até com o mensalão, após o empresário Marcos Valério afirmar na CPI dos Correios, em 2005, que o Banco Rural conversou com José Dirceu sobre a exploração de uma mina de nióbio na Amazônia.
Em 2010, um documento secreto do Departamento de Estado americano, vazado pelo site WikiLeaks, incluiu as minas brasileiras de nióbio na lista de locais cujos recursos e infraestrutura são considerados estratégicos e imprescindíveis aos EUA . Mais recentemente, o nióbio voltou a ganhar os holofotes em razão da venda bilionária de uma fatia da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), maior produtora mundial de nióbio, para companhias asiáticas. Em 2011, um grupo de empresas chinesas, japonesas e sul coreana fechou a compra de 30% do capital da mineradora com sede em Araxá (MG) por US$ 4 bilhões.
Independente do debate muitas vezes ideológico por trás da questão e dos mitos que cercam o mineral (veja quadro abaixo), o fato é que o quase ‘monopólio’ da oferta ainda não resultou numa política específica para o nióbio no Brasil ou programa voltado para o desenvolvimento de uma cadeia industrial que vise agregar valor a este insumo que praticamente só o país oferece.
Nióbio - mitos e fatos (Foto: Editoria de Arte / G1)
mitos nióbio 1 (Foto: Editoria de Arte/G1)
FATO: Trata-se de um mineral nobre e encontrado em poucos países, mas o preço está muito distante do valor do ouro. Segundo estatísticas oficiais, a liga ferro-nióbio foi comercializada em 2012 pelo preço médio de US$ 26.500 a tonelada. Já cotação média da onça do ouro (31,10 gramas) foi de US$ 1.718.
mitos nióbio 2 (Foto: Editoria de Arte/G1)
FATO: O Brasil é o maior produtor mundial, respondendo por mais de 90% da oferta, seguido pelo Canadá e Austrália. O país detém mais de 98% das reservas conhecidas de nióbio no mundo, mas o mineral também é encontrado em países como Egito, Congo, Groelândia, Rússia, Finlândia e Estados Unidos.
mitos nióbio 3 (Foto: Editoria de Arte/G1)
FATO: Sua utilização garante alta performance em setores relacionados à siderurgia, sobretudo na produção de aços de alta resistência. Hoje, o nióbio já pode ser considerado um insumo essencial para indústria aeroespacial, de óleo e gás, naval e automotiva. Mas não se trata de uma fonte de energia primária ou de alto nível de consumo como o petróleo.
mitos nióbio 4 (Foto: Editoria de Arte/G1)
FATO: O metal possui uma série de vantagens competitivas na produção de aços mais leves e ligas especiais. Quando adicionado na proporção de gramas por tonelada, confere maior resistência ao aço. Hoje é empregado em automóveis, turbinas de avião, gasodutos, tomógrafos entre outras aplicações. O nióbio possui, entretanto, concorrentes equivalentes como o vanádio, o tântalo e o titânio.
mitos nióbio 5 (Foto: Editoria de Arte/G1)
FATO: O quase monopólio brasileiro da produção desperta a cobiça e a preocupação de outros países, pois ninguém gosta de depender de um único fornecedor. Documento do Departamento de Estado americano, vazado em 2010 pelo WikiLeaks, inclui as minas brasileiras na lista de locais considerados estratégicos para a sobrevivência dos EUA. Em 2011, um grupo de companhias chinesas, japonesas e sul coreanas adquiriram por US$ 4 bilhões 30% do capital da brasileira CBMM.
mitos nióbio 6 (Foto: Editoria de Arte/G1)
FATO: O preço médio de exportação de ferro-nióbio subiu de US$ 13 o quilo em 2001 para US$ 32 em 2008. Em 2012, a média ficou em US$ 26,5 o quilo. Como os preços não são negociados em bolsas e como as produtoras possuem subsidiárias em outros países, existem suspeitas não comprovadas de subfaturamento. Segundo as empresas e especialistas, uma grande alta no preço poderia incentivar a substituição do nióbio por produtos concorrentes e até uma corrida pela abertura de novas minas.
mitos nióbio 7 (Foto: Editoria de Arte/G1)
FATO: Somente a CBMM, em Araxá, explora jazidas com durabilidade estimada em mais de 200 anos, considerando a demanda atual. As reservas conhecidas no país são da ordem de 842.460.000 toneladas e, segundo o governo, não existe previsão de início de produção em outras áreas do país com reservas lavráveis conhecidas como Amazonas e Rondônia.
mitos nióbio 8 (Foto: Editoria de Arte/G1)
FATO: apesar do nióbio ser encontrado em regiões de fronteira, onde ocorrem pequenos garimpos, em razão das difíceis condições de produção e transporte para os países consumidores o governo considera infundadas as suspeitas de contrabando.
mitos nióbio 9 (Foto: Editoria de Arte/G1)
FATO: O fato de possuir mais de 98% das reservas conhecidas deve garantir ao Brasil por muitos anos praticamente o monopólio da oferta, mas, apesar do crescimento da intensidade de uso do nióbio e das inúmeras possibilidades de aplicações, a relevância e valorização do mineral ainda não se compara ao ouro ou ao petróleo.
mitos nióbio (Foto: Editoria de Arte/G1)
FATO: O governo não prevê qualquer abordagem específica para o nióbio dentro das discussões sobre o novo marco regulatório da mineração. A oferta de nióbio está praticamente toda nas mãos das duas gigantes privadas que operam no país, sem a articulação de uma política de desenvolvimento de um parque industrial nacional consumidor de nióbio. Por outro lado, as exportações de ferro-nióbio contribuem para o superávit da balança e o metal é hoje o 3º item mais importante da pauta mineral de exportação.

Governo nega que riqueza seja negligenciada
Embora seja enquadrado pelo governo federal como um mineral estratégico, o Ministério de Minas e Energia (MME) informa que não há previsão de “uma abordagem específica para o nióbio” dentro das discussões sobre o novo Marco Regulatório da Mineração, que deverá ser encaminhado em breve para o Congresso Nacional.
O Brasil detém praticamente todo o nióbio do planeta, mas este potencial é desaproveitado"
Monica Bruckmann, professora do Departamento de Ciência Política da UFRJ
“O Brasil detém praticamente todo o nióbio do planeta, mas este potencial é desaproveitado”, afirma a pesquisadora Monica Bruckmann, professora do Departamento de Ciência Política da UFRJ e assessoria da Secretaria-Geral da Unasul (União de Nações Sul-Americanas). “O que se esperaria é que o Brasil tivesse uma estratégia muito bem definida por se tratar de uma matéria-prima fundamental para as indústrias de tecnologia de ponta e que pode ser vista como uma fortaleza para a produção de energias limpas e para o próprio desenvolvimento industrial do país”, emenda.
Para o pesquisador Roberto Galery, professor da faculdade de engenharia de minas da UFMG, o Brasil deveria usar o nióbio como um trunfo para atrair mais investimentos e transferência de tecnologia. “Se o Brasil parasse de produzir ou vender nióbio hoje, isso geraria certamente um caos”, afirma.
O governo rechaça, entretanto, as críticas de que o país estaria negligenciando esta riqueza. “O atual nível de produção de nióbio no Brasil somente foi viável devido aos investimentos no desenvolvimento de tecnologia nacional de produção e na estrutura do mercado para o uso desse metal”, afirmou o MME, em resposta encaminhada ao G1.
“Consideramos que o país tem aproveitado adequadamente o nióbio extraído do seu subsolo, se considerarmos que o minério é convertido em ferro-liga e exportado com um maior valor agregado, por outro lado, na medida em que o parque siderúrgico brasileiro se desenvolver, a utilização de nióbio para a produção de aço poderá aumentar”, acrescentou o ministério.
Desde a década de 70, não há comercialização do minério bruto ou do concentrado de nióbio (pirocloro) no mercado interno ou externo. O metal é vendido, sobretudo, na forma da liga ferro-nióbio (FeNb STD, com 66% de teor de nióbio e 30% de ferro), obtida a partir de diversas etapas de processamento. Segundo o governo, as exportações de ferro-liga de nióbio atingiram em 2012 aproximadamente 71 mil toneladas, no valor de US$ 1,8 bilhões.
Somente dois produtores no Brasil
Toda a produção brasileira de nióbio está concentrada nas mãos de duas empresas: a CBMM, controlada pelo grupo Moreira Salles – fundadores do Unibanco – e a Mineração Catalão de Goiás, controlada pela britânica Anglo American.
Vista aérea das instalações da CBMM, em Araxá, e da Anglo, em Catalão (Foto: Divulgação )Vista aérea das instalações da CBMM, em Araxá, e
da Anglo American, em Catalão (Foto: Divulgação )
A CBMM é a empresa líder do mercado de nióbio, respondendo por cerca de 80% da produção mundial. Em seguida, estão a canadense Iamgold, com participação de cerca de 10%, e a Anglo American, com 8%, que só possui operação de nióbio no Brasil.
O comércio global de nióbio se deve em grande parte aos esforços e pioneirismo destas companhias no processamento do mineral. “Com as descobertas de significativas reservas de pirocloro no Brasil e no Canadá, e com a sua viabilidade técnica, principalmente pelos esforços tecnológicos e comerciais da CBMM, houve uma transformação radical nos aspectos de preços e disponibilidade dessa matéria-prima para a obtenção de nióbio, o que foi fundamental para a conquista do mercado mundial pelo Brasil”, afirma o ministério.
A CBMM informa estar presente hoje em todos os países produtores de aço, com destaque para a China, Japão, Estados Unidos, Coreia, Índia, Alemanha, Rússia e Inglaterra. “O programa de desenvolvimento de mercado da CBMM tem 50 anos. Nesse período, a companhia adquiriu legitimidade para desenvolver tecnologia do nióbio com os usuários finais e clientes diretos”, afirmou a empresa em mensagem enviada ao G1.
Em 2012, a companhia informou ter registrado lucro líquido de R$ 1,454 bilhão, uma alta de 18% na comparação com o ano anterior, segundo balanço publicado em jornais de Minas Gerais. O mercado internacional foi responsável por 95% do faturamento total da empresa no ano passado, quando o montante chegou a R$ 3,898 bilhões.
Procurada pelo G1, a empresa não atendeu ao pedido de entrevista com um porta-voz e de visita às suas instalações, se limitando a responder a perguntas encaminhadas por e-mail. 
“A CBMM comercializa produtos de nióbio acabados e, portanto, não é exclusivamente mineradora. A etapa de mineração é a primeira de 15 etapas em seus processos produtivos que contam com tecnologia própria totalmente desenvolvida por ela no Brasil. O desenvolvimento tecnológico de processos, produtos e aplicações da CBMM é reconhecido internacionalmente. A empresa possui mais de 100 projetos com clientes e usuários finais", informou a companhia.
nióbio gráfico (Foto: Editoria de Arte/G1)
Crescimento da demanda por nióbio
Segundo o diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Marcelo Tunes, o aumento da demanda se deve, sobretudo, à conquista de novos clientes no mundo. “Essas empresas sempre tiveram um comportamento no sentido de criar mercados e nos últimos 10 anos atuaram fortemente na Europa e na China”, afirma o especialista.
Tunes explica que o nióbio possui concorrentes no mercado de insumos para ligas especiais como o tântalo, o vanádio e titânio, e que a farta oferta brasileira é o que vem garantindo a o aumento do consumo e da penetração do nióbio na indústria mundial. “O fato do nióbio ser praticamente um monopólio traz uma limitação de mercado, pois ninguém gosta de ficar na mão de um único produtor. Mas o mundo hoje já está mais confiante que tenha suprimento garantido”, afirma.
A demanda mundial por nióbio tem crescido nos últimos anos a uma taxa de 10% ao ano. O maior salto ocorreu a partir de 2004, puxado principalmente pelo aumento do apetite chinês por aço.
As estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que o volume de ferro-nióbio exportado cresceu 110% em 10 anos, passando de 33.688 toneladas em 2003 para 70.948 em 2012. O maior pico foi registrado em 2008, quando as vendas somaram 72.771 toneladas.
3º mineral mais exportado
Segundo o Ibram, o nióbio respondeu por 4,68% das exportações minerais brasileiras em 2012. O nióbio tem sido nos últimos anos o 3º item mais importante da pauta mineral de exportação, ficando atrás apenas do minério de ferro e do ouro, cujas exportações no ano passado somaram, respectivamente, US$ 30,9 bilhões (80,06%) e US$ 2,3 bilhões (6,06%).
Em 2012, a produção total de nióbio no país foi de 61 mil toneladas – mas em 2007 chegou a quase 82 mil toneladas. O Ibram prevê que até 2015 a produção anual chegará a 100 mil toneladas.
A Anglo American estima um crescimento de 6% ao ano no mercado de nióbio. Já a CBMM afirma que o objetivo da companhia é aumentar a demanda em 50% até 2020.
Embora o consumo de ferro-nióbio esteja diretamente relacionado ao mercado siderúrgico, a demanda pelo produto tem crescido a um ritmo superior ao da produção de aço. Levantamento do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) mostra que entre 2002 e 2007 a taxa média de crescimento do consumo de ferro-nióbio foi de 15% ao ano, ao passo que o crescimento médio da indústria siderúrgica foi de 2% ao ano.
“A intensidade do uso vem crescendo na siderurgia o que faz com que o aumento da demanda por nióbio seja muito mais pronunciado”, afirma Ruben Fernandes, presidente da unidade de negócios Nióbio e Fosfato da Anglo American.
Nióbio é extraído a céu aberto na mina da Anglo American em Catalão (GO) (Foto: Divulgação)Nióbio é extraído a céu aberto na mina da Anglo American em Catalão (GO) (Foto: Divulgação)
Preocupação com a sustentabilidade abre mercados
As empresas apostam numa maior adesão ao produto no mundo, especialmente devido à demanda por matérias-primas mais eficientes e à preocupação com a sustentabilidade. O ferro-nióbio pode ajudar, por exemplo, a produzir estruturas e veículos mais leves, que consomem menos energia e combustível.
A indústria chinesa, por exemplo, é um dos setores que ainda usam aço com uma porção pequena de nióbio, diferentemente do que já ocorre em mercados como EUA, Europa e Japão, onde as siderúrgicas costumam fazer adições de 80 a 100 gramas do minério por tonelada de aço. Na China, esse índice de uso é de cerca de 25 gramas por tonelada de aço.
“A China e diversos outros países começam a enxergar os benefícios do uso do nióbio em obras de infraestrutura, para a construção de estruturas mais leves, que não se degradam no tempo e com um impacto ambiental menos intenso”, diz o executivo da Anglo American.
Consideramos que o país tem aproveitado adequadamente o nióbio extraído do seu subsolo, se considerarmos que o minério é convertido em ferro-liga e exportado com um maior valor agregado, por outro lado, na medida em que o parque siderúrgico brasileiro se desenvolver, a utilização de nióbio para a produção de aço poderá aumentar"
Ministério de Minas e Energia
As empresas que atuam no Brasil afirmam possuir capacidades instaladas para atender ao atual ritmo de crescimento da demanda mundial. A CBMM avalia que suas reservas em Araxá são suficientes para garantir a produção de nióbio por mais de 200 anos.
A Anglo estima em 40 anos o tempo de vida útil de suas jazidas e anunciou neste ano que irá investir US$ 325 milhões até 2016 na ampliação da capacidade de produção da sua planta em Catalão (GO), com o objetivo de elevar a produção anual do patamar de 4.400 toneladas de nióbio para 6.500 toneladas.
Política de preços
É diante desta perspectiva de aumento da demanda mundial e de concentração de mercado que os críticos do atual modelo de exploração do nióbio cobram uma maior atuação do governo federal, defendendo o controle do preço de comercialização do produto e em alguns casos até mesmo a estatização da produção.
“Quem consome nióbio são empresas transnacionais superespecializadas. É de se imaginar, portanto, que exista uma enorme pressão de fora para ter um produto que eles precisam a um preço acessível”, avalia o pesquisador Roberto Galery, professor da faculdade de engenharia de minas da UFMG.
Para Adriano Benayon, economista e autor do livro “Globalização versus Desenvolvimento”, com a produção restrita a dois grupos econômicos no Brasil é “evidente” que o interesse é exportar o nióbio do Brasil “ao menor preço possível”.
Pelos cálculos do pesquisador, autor de vários dos artigos sobre nióbio que circulam na internet, o Brasil poderia ganhar até 50 vezes mais o que recebe atualmente com as exportações de ferro-nióbio, caso ditasse o preço do produto no mercado mundial e aumentasse o consumo interno do mineral.
“A nacionalização impõe-se, porque ao Brasil importa valorizar o produto externamente e investir, com os recursos da exportação valorizada, em empresas para produzir com crescente incorporação de tecnologia e crescente valor agregado bens que elevem a qualidade dos empregos e o quantum da renda nacional”, argumenta Benayon.
'Não há uma diretriz política para estatização, diz ministério
Questionado pelo G1 sobre o tema, o MME afirmou que “não há uma diretriz política para estatização de minas de qualquer bem mineral”.
Metal é comercializado na forma de liga ferro-nióbio, obtida a partir de diversas etapas de processamento (Foto: CBMM/Divulgação)Metal retirado do solo e é comercializado na forma
de liga ferro-nióbio (Foto: CBMM/Divulgação)
“Quanto às vendas de reservas, considerado aqui como futuras aquisições, as mesmas são estabelecidas entre empresas privadas, sem a intervenção direta do governo federal”, acrescentou o ministério.
As estatísticas oficiais apontam para uma relativa estabilidade nos preços do nióbio nos últimos anos. O último grande salto ocorreu em 2007, quando o preço médio de exportação da liga ferro-nióbio subiu de US$ 13 para US$ 22 o quilo, chegando a US$ 33 em 2008, devido, principalmente, ao aumento da demanda. Em 2012, o preço médio ficou em cerca de US$ 27 o quilo, segundo dados do MDIC.
Como os preços são negociados diretamente entre o comprador e o vendedor, e não em bolsas, os valores de cada venda acabam sendo confidenciais, o que costuma levantar suspeitas de subfaturamento.
“Para saber o preço efetivo e os ganhos reais das empresas que controlam o mercado, precisar-se-ia confrontar não os preços de importação, mas sim os preços de venda no mercado desses países [compradores], praticados pelas empresas importadoras do mesmo grupo das exportadoras”, diz Benayon.
Segundo as empresas, tais suspeitas não têm fundamento. “Nossa carteira de pedidos vai diretamente para o cliente final. Não vendemos para nenhuma das subsidiárias da Anglo, vendemos para as siderúrgicas que aplicam o nióbio nos seus aços. Não temos nenhuma operação de venda de nióbio fora do Brasil”, afirma Fernandes, da Anglo American. “Apesar de não estar listado em bolsa, o preço do nióbio obedece a clássica lei de oferta e demanda”, emenda.
Margem de lucro alta
Os números e valores da receita da comercialização de nióbio informados nos balanços da Anglo American e da Iamgold – ambas de capital aberto – apontam que o preço médio do quilo de ferro-nióbio chegou a US$ 40 em 2012.
Não há nada insubstituível no mundo, o que há é economicidade no processo. Se o preço do nióbio brasileiro for elevado, outras jazidas no mundo todo entrarão em produção. Foi isso o que aconteceu recentemente com as terras raras na China"
Elmer Salomão, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM)
Segundo a Anglo American, a divisão de nióbio respondeu por uma receita de US$ 173 milhões em 2012 e gerou para a companhia um lucro operacional de US$ 81 milhões. Embora a exploração de nióbio tenha gerado uma margem de lucro superior a 40%, o mineral respondeu por apenas uma fração dos ganhos totais da companhia, que possui um amplo portifólio e registrou lucro global de US$ 6,2 bilhões no ano passado.
Já a canadense Iamgold reportou ter obtido em 2012 uma receita de US$ 190,5 milhões com a exploração de nióbio e uma margem de lucro de US$ 15 por quilo de nióbio vendido.
“O nióbio é bem competitivo, está bem posicionado, mas a rentabilidade depende muito do teor de nióbio contido no concentrado que é retirado da mina. O teor do nosso concorrente é muito maior. Já o dos novos projetos que estão sendo estudados no mundo tem teor muito menor”, explica o executivo da Anglo.
Atualmente estão sendo desenvolvidos novos projetos de exploração de nióbio no Canadá, no Quênia e em Nebrasca, nos Estados Unidos, que hoje importa 100% do nióbio que consome.
No Brasil, embora existam reservas conhecidas na região de fronteira e em áreas de reservas indígenas no Amazonas e em Roraima, o governo informa que não existe previsão de produção em novas minas ou novas concessões. “O nióbio de São Gabriel da Cachoeira (AM) carece ainda de tecnologia para permitir a sua extração com viabilidade econômica”, informou o ministério.
Consequências de uma eventual intervenção 
O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM), Elmer Prata Salomão, alerta que uma eventual intervenção governamental na oferta ou no preço do nióbio representaria um grande tiro pela culatra.
Segundo Salomão, o fator determinante para o 'monopólio' brasileiro no nióbio é o custo de produção "praticamente imbatível". "Não há nada insubstituível no mundo, o que há é economicidade no processo. Se o preço do nióbio brasileiro for elevado, outras jazidas no mundo todo entrarão em produção. Foi isso o que aconteceu recentemente com as terras raras na China”, diz o especialista.
Anglo anunciou investimentos de US$ 325 milhões para ampliar vida útil de mina em Catalão (Foto: Anglo American/Divulgação)Anglo anunciou investimentos de US$ 325 milhões
para ampliar produção em Catalão
(Foto: Divulgação)
Ele lembra que o gigante asiático anunciou em 2011 uma redução de mais de 10% no volume de exportação de terras raras com o objetivo de atrair mais indústrias de tecnologia como fabricantes de tela de LCD para o país. “A China resolveu contingenciar e elevar o preço de terras raras e o que acontece é que já existem quase 50 projetos na área em fase de pesquisa e desenvolvimento no mundo”, afirma.
O diretor do Ibram também acredita que a elevação do preço do nióbio estimularia a busca por produtos substitutos. “A ambição de ganhar mais acaba sempre facilitando a entrada de concorrentes”, afirma Tunes. Ele explica que o nióbio apresenta hoje melhor vantagem em relação aos outros elementos químicos não apenas por suas propriedades, mas também por ser um metal com oferta abundante.
Nióbio gerou R$ 5,29 milhões em royalties em 2012
Segundo o governo, o controle da produção e venda de nióbio é feito atualmente pelo DNPM. O governo informa, entretanto, que o órgão não possui a competência de fiscalizar a produção e comercialização do ferro-liga de nióbio.
Segundo o DNPM, a exploração de nióbio garantiu em 2012 um recolhimento de CFEM (Compensação Financeira sobre a Exploração Mineral) de R$ 5,29 milhões – valor que foi distribuído entre União e estados e municípios produtores.
Pela legislação atual, a CFEM varia de 0,2% até 3% e incide sobre o valor do faturamento líquido obtido por ocasião da venda do produto mineral. No caso de minerais como o nióbio a alíquota é de 2%. O DNPM explica que como no caso do nióbio não ocorre a venda do mineral bruto, é considerado como valor para efeito do cálculo da CFEM a soma das despesas diretas e indiretas ocorridas antes da transformação da matéria-prima em ferro-nióbio. Ou seja, o valor arrecadado com a CFEM pouco reflete a valorização do ferro-nióbio no mercado mundial.
A China e diversos outros países começam a enxergar os benefícios do uso do nióbio em obras de infraestrutura, para a construção de estruturas mais leves, que não se degradam no tempo e com um impacto ambiental menos intenso"
Ruben Fernandes, Anglo American Brasil
A revisão das alíquotas dos royalties da mineração está entre os pontos que devem ser abordados pelo novo Código de Mineração, em discussão no governo. Está prevista a criação da Agência Nacional de Mineração, substituindo o DNPM, e Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM), de forma a regulamentar os leilões de áreas públicas, nos mesmo moldes utilizados para o petróleo.
Embora não esteja prevista uma abordagem específica para o nióbio no novo marco regulatório, o MME reconhece que a legislação mineral vigente ainda “não possui instrumentos necessários para uma abordagem específica para minerais estratégicos”.
“O governo federal avalia que o país já possui a tecnologia necessária para a produção de ferro-nióbio, porém, é necessário que se avalie a capacidade de o parque industrial brasileiro possuir os demais fatores necessários para transferência de tecnologia de produção de manufaturados que contenham nióbio”, acrescentou o ministério.
Para Salomão, da ABPM, o setor mineral tem contribuído para os investimentos no país e para o superávit da balança comercial e não deve utilizado como combustível ideológico para políticas intervencionistas.
“Se o Brasil não está aproveitando hoje suas riquezas minerais como deveria é porque não tem uma política industrial nesse sentido”, afirma. “O que não podemos fazer é guardar toneladas de minério sem saber se no futuro isso será tecnologicamente utilizado ou não. Somos obrigados a aproveitar os nossos recursos minerais justamente devido à revolução tecnológica. A idade da pedra não acabou por causa da pedra, mas porque a pedra foi substituída por outra coisa”, conclui.

4 comentários:

Anônimo disse...
=E O IDH interno e o PIB interno e a qualidade padrão de vida poder aquisitivo do povo brasileiro???????era e ou é para ser MIL VEZES MELHOR que o da NORUEGA CANADÁ EUA JAPÃO-etc-independentemente de PARTIDOS POLÍTICOS e ou de qual POLÍTICO FOR-pois se caso tivesse e ou tenha a tal TRANSPARENCIA DEMOCRÁTICA IMPARCIAL DE DIA ÁS CLARAS REAL NÍTIDA ONLI NE-etc -mas em todos os sentidos e em tudo que tenha ÚM ÚNICO CENTAVINHO PÚBLICO mesclado e ou não com BILHÕES de DINHEI RO PARTICULAR-etc-mas em razão daquele ÚM ÚNICO CENTAVINHO PÚBLICO-etc-tem-ou teria que ter SIM TRANSPARENCIA 100%-etc-
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-e assim dificultando ao máximo possível todos os tipos de CORRUPÇÕES-DESVIOS-EXTRAVIOS-EXTORSÕES-etc-SONEGAÇÕES-FISCA IS-etc -aonde tudo e todos são contra mas a CPMF era o IMPOSTO MAIS DEMOCRÁTICO E TRANSPARENTE POSSÍVEL-etc-mas os gran des SONEGADORES MILIONÁRIOS BRASILEIROS são contra e o povo por não saber de nada entra na ONDA-etc-
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-pois o BRASIL absurdamente vende até mesmo os seus BOVINOS-etc-VIVOS-saindo do BRASIL de CAMINHÕES e indo de NAVIOS até os países ÁRABES MUÇULMANOS-etc-nestas viagens sendo sacrificados os BOVINOS e como também MATANDO DIZIMANDO a ECONO MIA INTERNA-IDH-PIB-do-POVO EMPREGO EMPRESÁRIOS-etc-BRASILEIROS-ETC-pois-por isto do outro lado o BRASIL só vende as suas pró prias TERRAS RARAS-e-os seus NIÓBIOS-TANTALOS-e-todos os seus MINÉRIOS-PEDRAS-PRECIOSAS-FAUNAS-FLORAS-ANIMAIS-ÁGUAS-etc-etc-mas-sem-nunca-jamais agregando e ou dando valor e vendem tudo mas sempre mas de forma BRUTAS ORIGINAIS MATÉRIAS PRIMAS ORIGINAIS-VIRGENS-in-naturas-etc-
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-o BRASIL do SÉCULO-XXI-continua agindo como PORTUGAL dos séculos anteriores quando vinha para o BRASIL pegar na mão grande o PAU BRASIL quase o extinguindo e como OURO DIAMANTES MATAS-etc-e vendia baratinho aos outros países os quais REVENDIA MIL VE ZES MAIS CAROS em PRODUTOS FINAIS-como CADEIRAS MÓVEIS JÓIAS-etc-ao próprio PORTUGAL aonde PORTUGAL sempre ficava no VERMELHO e tinha que vir mais e mais vezes VORAZMENTE ao BRASIL sacrificando sempre os LUSOS BRASILEIROS que aqui viviam e por isso que veio a LUTA pela INDEPENDENCIA-etc-mas e daqui prá frente???
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isto é sempre é só ir ali e só CAVAR CAVAR CAVAR FURAR FURAR FURAR PLANTAR PLANTAR PLANTAR CRIAR CRIAR CRIAR-etc-e vender tudo BRUTALMENTE-etc-sem AGREGAR VALOR DAR VALOR-etc-e o pior é que no BRASIL tudo isto só vai á favor de 01, 02 pessoas e de todos os povo populaçõ es mas principalmente da INGLATERRA e dos EUA através das famílias REAL INGLESA e das famílias ameri canas ROTHSCHILD’s e RO CKFELLER’s-etc-aonde tudo acaba beneficiando todos os seus internos povo populações
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-e no BRASIL tudo acaba só beneficiando só 01 02 pessoas-etc-ás-quais-na MÃO GRANDE mesmo na CARA DURA se dizem serem DO NAS das tais PROPRIEDADES como no caso do NIÓBIO e TANTALO BRASILEIRO aonde o BRASIL detém mais de 70%-98%-das tais RE SERVAS MUNDIAIS mas mesmo assim isto tudo só beneficie só 01 02 pessoas brasileiras ao contrário acontece com o NIÓBIO TANTALO CANADENSE o qual o CANADÁ detém só menos de 02% mas faz com que este menos de 02% beneficie 100% tudo e todos que vivem moram trabalham lá no CANADÁ-etc
Marilda Oliveira disse...
E hoje 5/2014 nobre patriota anônimo, o Brasil está sofrendo o maior crime já existente em sua história. A Doação de 50% do Território Nacional. O povo inerte e as autoridades no desvio dos juros da dívida (que dívida é esta) transferem seus bilhões para a suíça e que se lasque o povo. Veja o que os governos nos últimos 29 anos fizeram com o Brasil: http://mudancaedivergencia.blogspot.com.br/2014/05/o-brasil-corre-o-risco-de-perder-metade.html
HORIOSVALDO DA SILVA disse...
PARABÉNS-Á-TODOS-ELES-mas-1000%-ao contrário dos BILIONÁRIOS MILIONÁ RIOS dos países primeirississimos-mundos(((Dinamarca-Eua-Canadá-Austrália-etc)))-a maioria dos BILIONÁRIOS MILIONÁRIOS dos paíes quintos terceiros mundos(((BRASIL-AMÉRICALATINA-ÁFRICA-CORÉIADONORTE)))-são=ricos=geralmente por serem-AMIGOS-DO-REI-DO-PODER-e terem acessos ilimitados á coisas totalmente vedadas proibidas inacessiveis mas á todos os seus outros internos cidadões-locais-como-JUROS-BAIXISSIMOS-QUASE-ZERO-DO-BNDES-TESOURONACIONAL-BANCOCENTRALDOBRASIL-etc
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e á todos os tipos de INFORMAÇÕES-PRIVILEGIADISSISSIMAS-etc-e á localmente á só eles terem-MONOPÓLIO-OLIGOPÓLIO-RESERVAS-DE-MERCADO-CARTÉIS-etc-e como também-só eles tiveram e tem-a-tal-ALFABETIZAÇÃO-EDUCAÇÃO-FINANCEIRA-ECONOMICA-com-enfase-no-empreendedorismos-etc-e-então-ter principalmente no-INICIO-de-suas-fortunas-envolvimento direto ou indiretamente com-DINHEIROPÚBLICO-IMPOSTOMETROS-RIQUEZAS-RECURSOS-NATURAIS-etc-e o pior-ainda -tudo-sem-nenhuma-transparencia-etc
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pois-tudo nas suas fortunas pessoais-tudo-ali sempre foi e é ainda tudo=OBSCURO-OCULTO-ESOTÉRICO-SIGILO-DE-ESTADO-SEGREDO-DE-ESTADO-etc-apesar que a maior parte tudo está em nome de LARANJAS FAMILIARES PARENTES AMIGAS AMANTES CARGOS DE CONFIANÇAS aqui no BRASIL no EXTERIOR nos PARAÍSOSFISCAIS-nas-DiTADURAS LATINAS AFRICANAS-etc
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mas por quê???será que o país todo corre algum tipo de perigo se tudo deles principalmente aonde é envolvido dinheiro público-riquezas-recursos-naturais-etc-forem-TRANSPARENTE-DEMOCRACIA-PARTICIPATIVA-etc???será???
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por isto que tudo deles-é SEGREDO DE ESTADO SIGILO DE ESTADO-etc-mas aonde é envolvido direto ou indiretamente úm único centavinho público dos trilhões anuais dos IMPOSTOMETROS TESOURO NACIONAL BNDES BANCO CENTRAL DO BRASIL BANCO DO BRASIL CEF e como das trilonárias anuais RIQUEZAS RECURSOS NATURAIS etc-PRÉ-SAL-NIÓBIO-TANTALO-TITANIO-BAUXITAS-URANIO-CÉZIO-OURO-DIAMANTES-etc-ÁGUAS-SUPERFICIES-SUBTERRANEAS-MATAS-FLORESTAS-etc-etc
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apesar que tudo isto na verdade pertence mas á todos os seus internos cidadões povo populações-países-quintos-terceiros-mundos-e não á políticos profissionais e ou aos seus amigos do rei do poder os tais empresários...a...b...c...
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https://fbexternal-a.akamaihd.net/safe_image.php?d=AQDe7nfCrXG0cNst&w=342&h=394&url=https%3A%2F%2Ffbcdn-sphotos-h-a.akamaihd.net%2Fhphotos-ak-xtp1%2Fv%2Ft1.0-9%2Fs720x720%2F11141250_1631671190407825_7946111104594274727_n.jpg%3Foh%3Db396b089869e9a0e3a778d5521d34481%26oe%3D565A49A9%26__gda__%3D1443931788_5de5c43636cb86ab2a8b0fd00cec8998
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https://scontent-mia1-1.xx.fbcdn.net/hphotos-xtp1/v/t1.0-9/p75x225/11698667_1631680690406875_3315452462355074634_n.jpg?oh=02cc11eb8ff707e48cf6b7ca19170cfb&oe=56129DE9
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HORIOSVALDO DA SILVA disse...
PARABÉNS-Á-TODOS-ELES-mas-1000%-ao contrário dos BILIONÁRIOS MILIONÁ RIOS dos países primeirississimos-mundos(((Dinamarca-Eua-Canadá-Austrália-etc)))-a maioria dos BILIONÁRIOS MILIONÁRIOS dos paíes quintos terceiros mundos(((BRASIL-AMÉRICALATINA-ÁFRICA-CORÉIADONORTE)))-são=ricos=geralmente por serem-AMIGOS-DO-REI-DO-PODER-e terem acessos ilimitados á coisas totalmente vedadas proibidas inacessiveis mas á todos os seus outros internos cidadões-locais-como-JUROS-BAIXISSIMOS-QUASE-ZERO-DO-BNDES-TESOURONACIONAL-BANCOCENTRALDOBRASIL-etc
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e á todos os tipos de INFORMAÇÕES-PRIVILEGIADISSISSIMAS-etc-e á localmente á só eles terem-MONOPÓLIO-OLIGOPÓLIO-RESERVAS-DE-MERCADO-CARTÉIS-etc-e como também-só eles tiveram e tem-a-tal-ALFABETIZAÇÃO-EDUCAÇÃO-FINANCEIRA-ECONOMICA-com-enfase-no-empreendedorismos-etc-e-então-ter principalmente no-INICIO-de-suas-fortunas-envolvimento direto ou indiretamente com-DINHEIROPÚBLICO-IMPOSTOMETROS-RIQUEZAS-RECURSOS-NATURAIS-etc-e o pior-ainda -tudo-sem-nenhuma-transparencia-etc
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pois-tudo nas suas fortunas pessoais-tudo-ali sempre foi e é ainda tudo=OBSCURO-OCULTO-ESOTÉRICO-SIGILO-DE-ESTADO-SEGREDO-DE-ESTADO-etc-apesar que a maior parte tudo está em nome de LARANJAS FAMILIARES PARENTES AMIGAS AMANTES CARGOS DE CONFIANÇAS aqui no BRASIL no EXTERIOR nos PARAÍSOSFISCAIS-nas-DiTADURAS LATINAS AFRICANAS-etc
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mas por quê???será que o país todo corre algum tipo de perigo se tudo deles principalmente aonde é envolvido dinheiro público-riquezas-recursos-naturais-etc-forem-TRANSPARENTE-DEMOCRACIA-PARTICIPATIVA-etc???será???
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por isto que tudo deles-é SEGREDO DE ESTADO SIGILO DE ESTADO-etc-mas aonde é envolvido direto ou indiretamente úm único centavinho público dos trilhões anuais dos IMPOSTOMETROS TESOURO NACIONAL BNDES BANCO CENTRAL DO BRASIL BANCO DO BRASIL CEF e como das trilonárias anuais RIQUEZAS RECURSOS NATURAIS etc-PRÉ-SAL-NIÓBIO-TANTALO-TITANIO-BAUXITAS-URANIO-CÉZIO-OURO-DIAMANTES-etc-ÁGUAS-SUPERFICIES-SUBTERRANEAS-MATAS-FLORESTAS-etc-etc
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apesar que tudo isto na verdade pertence mas á todos os seus internos cidadões povo populações-países-quintos-terceiros-mundos-e não á políticos profissionais e ou aos seus amigos do rei do poder os tais empresários...a...b...c...
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sábado, 3 de novembro de 2018

Estado Islâmico – Uma farsa mundial?


Estado Islâmico – Uma farsa mundial? Avalie este título

Grupo extremista é questionado sobre sua representação. Islãs não concordam que grupo represente a fé dos fiéis.

A farsa globalista: 26 coisas que talvez que você não saiba sobre o Estado Islâmico. (Foto: Reprodução)
A farsa globalista: 26 coisas que talvez que você não saiba sobre o Estado Islâmico. (Foto: Reprodução)
Grupo terrorista de maior evidência no mundo atualmente, o autodenominado Estado Islâmico, fundado por Abu Bakr al-Baghdadi, um iraquiano que se autoproclamou califa, por se achar descendente direto do profeta Maomé, e tentar implantar um califado em uma área entre o Iraque e a Síria, tem disseminado um pânico mundial contra árabes e muçulmanos.
Entende-se por califado uma espécie de monarquia islâmica, onde o califa, líder supremo, segue as leis do islamismo na linha do profeta Maomé. Contudo, nenhum país reconheceu a legitimidade desse Estado, e os próprios muçulmanos condenam a forma como o grupo interpreta o Alcorão.
O mundo, de uma forma geral, por falta de conhecimento, tem atribuído ao islamismo os atos extremos praticados pelo Estado Islâmico, o que não é verdade.

O Alcorão em um de seus trechos afirma:

“Aquele que tira a vida de uma pessoa, é como se tivesse tirado a vida de toda a humanidade. E aquele que salva uma vida, é como se tivesse salvado toda a humanidade”.
Criou-se um sentimento de islamofobia e arabofobia não justificado por conta dos ataques que o Estado Islâmico vem promovendo em diversas partes. Acredita-se que haja uma guerra de muçulmanos e árabes contra o ocidente.

Maiores vítimas do Estado Islâmico

Ao contrário do que muitos pensam, as maiores vítimas desse grupo extremista são árabes e muçulmanos, chegando a 80% das vítimas do E.I. Atentados provocados em países como Inglaterra e França, por exemplo, chamam muita atenção da mídia mundial, mas, na sua insana guerra para implantar um califado, mais de 230 mil árabes e muçulmanos morreram e milhões ficaram desabrigados.
Patrimônios históricos do mundo árabe também foram destruídos por eles. Como os exemplos abaixo:
As ruínas da cidade histórica de Palmira, na Síria, Patrimônio Histórico da Humanidade, onde destruíram o Templo de Baalshamin, com mais de 1900 anos de história. O Mosteiro de Mar Elian, em al Qaryatain, na Síria, com mais de 1500 anos. As ruínas da cidade histórica de Apameia, na Síria, construída 300 anos a.C. Dura Europos, nas margens do rio Eufrates, entre a Síria e o Iraque. Suas ruínas contam de 247 a.C. As ruínas da cidade de Mari, na Síria, que teve como época de maior prosperidade entre 3000 a.C e 1600 a.C. vem sendo saqueada constantemente pelo E.I. Destruição de esculturas da cidade de Hatra, que foi considerada um crime pela UNESCO.
Quando da tomada de Mossul, no Iraque, em 2014, muitas esculturas da cidade assíria de Nínive foram destruídas. Não foram só locais históricos de outras civilizações ou cristãos que foram destruídos pelo Estado Islâmico, a Mesquita do profeta Yunus, ou Jonas, no Iraque, foi destruída.
Jonas que é um profeta bíblico, também é um profeta para os muçulmanos.
Em 2015 destruíram o Mausoléu de Imam Dur, em Samarra, no Iraque, uma obra de arte da arquitetura islâmica de época medieval.
Por fim, destruíram a Mesquita de Al-Nuri [VIDEO], em Mossul. Mesquita que tinha um Minarete inclinado e teve sua construção terminada em 1172, sua foto está estampada nas notas de 10.000 dinares iraquianos. Essa mesquita tinha um valor emblemático para o próprio Estado Islâmico, foi lá que seu líder Abu Bakr al-Baghdadi, fez sua única aparição pública.
O exército iraquiano, que vem combatendo incansavelmente o Estado Islâmico, é composto em sua maioria por muçulmanos, o que demonstra que é uma guerra contra o terror e não de muçulmanos contra o mundo.
Vale lembrar que as forças iraquianas, neste domingo (3), infligiram ao E.I. uma grande derrota, ao retomar quase que totalmente a emblemática cidade de Mossul.
Por fim, acredito que o Estado Islâmico não é um Estado e tampouco é Islâmico

Um assassino do Estado Islâmico concedeu uma entrevista para um documentário da BBC News com o título de “Síria: A Guerra Mundial”.

    O PLANETA AZUL É TOTALMENTE UM "ESTADO ISLÂMICO", - QUEM NÃO MATA?!!



'Um assassino do Estado Islâmico matei mais de 100 e não tenho remorso': 

Khaled foi preso e torturado pelo regime de Bashar al-Asad e quando ficou livre decidiu se vingar.





O mundo inteiro tem acompanhado a guerra na Síria. Ela já dura longos sete anos. O presidente sírio Bashar Al-Assad e seu governo precisam continuar combatendo grupos do Estado Islâmico e grupos rebeldes ao mesmo tempo. No norte do país a cidade de Raqqa tem se tornado um grande palco de batalhas chaves entre diversas dessas facções.
Um assassino do Estado Islâmico concedeu uma entrevista para um documentário da BBC News com o título de “Síria: A Guerra Mundial”. No documentário ele foi apresentado sob o nome fictício de Khaled, que no passado participou de inúmeras manifestações pacíficas, porém foi parar dentro da espiral desse grande conflito violento e se “converteu” ao Estado Islâmico e se tornou um grande assassino.
A BBC transmitiu recentemente o documentário no qual ele aparece falando sobre tudo que já fez. Como muitos dos seus trechos no seriado contém descrições de cenas de tortura, a produção do seriado decidiu usar nomes fictícios para que assim as identidades dos envolvidos ficassem protegidas.
Khaled contou que não foi por sentir o cheiro da poeira dos escombros de Raqqa misturados com o cheiro da morte que fizeram com que ele decidisse se tornar um grande assassino. Ele revelou que tomou essa decisão depois de ter recebido um convite especial.
O rapaz relatou que fazia parte de um grupo formado por seis homens, que receberam ordens de se apresentar no aeródromo em Aleppo, região noroeste do país Sírio. Nesse local um treinador da França estaria lá para que assim pudesse mostrar para todos eles como manusear corretamente rifles de alta precisão, silenciadores e pistolas.
Para aprenderem a matar de forma metódica eles usavam os próprios prisioneiros como vítimas.
Khaled contou que os alvos do grupo dele era acertar soldados do regime que estavam detidos pelo governo. Para isso, os detentos eram colocados em lugares difíceis de se acertar ee por isso era necessário um sniper para atingi-los. Outra hora eles soltavam um grupo de preso e ordenavam que eles acertassem determinado detento sem que os demais fossem atingidos. No treinamento ele também aprender a seguir pessoas sem ser notado, a se aproximar de alvos mais complexos e até mesmo comprar informações com as pessoas.

Sentimento de “liberdade”

Quando o rapaz deixou a prisão ele mal podia se mexer e então ele decidiu pegar armas contra o governo sírio. Segundo ele, foi com sua influência que mais 35 soldados também desertaram e entraram na guerra contra o governo.
Khaled relatou como torturava e matava suas vítimas. A BBC ele afirmou que mais de 100 pessoas e que não tem nenhum remorso. Ele finaliza suas revelações ao dizer que deixou de ser um combatente e um assassino no exato momento em que conseguiu deixar a Síria e então se tornou novamente um civil.
Ele contou que mesmo tendo assassinado 100 pessoas consegue se olhar no espelho e se vê como um príncipe, disse que dorme bem a noite, porque todos a quem ele matou, mereciam morrer.

Burburinho nas redes sociais

Nas redes sociais as declarações do rapaz deu o que falar. As pessoas não conseguem acreditar que ele possa ter confessado ter cometido o assassinato de mais de 100 pessoas e ao mesmo tempo afirmar que dorme tranquilamente como se suas ações fossem atitudes de um herói dignas de reconhecimento. Outras pessoas se posicionaram a favor do rapaz dizendo que cada um tem sua crença e possivelmente ele teria agido de acordo com aquilo que julga ser.

Estado Islâmico cria lei para matar todas as crianças com deficiências físicas e mentais

Notícias

Estado Islâmico cria lei para matar todas as crianças com deficiências físicas e mentais 

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Nesse ano, cerca de 38 crianças com Síndrome de Down foram encontradas mortas por sufocamento ou injeção letal.

EI criou lei para matar crianças especiais
EI criou lei para matar crianças especiais
Mais um capítulo do longo filme de terror do Estado Islâmico foi divulgado. Dessa vez, os extremistas criaram uma 'lei' que autoriza o assassinato de crianças portadoras de Síndrome de Down e outras deficiências físicas e/ou mentais.
Essa 'lei' vale para todos os territórios dominados pelo Estado Islâmico, como parte da Síria e Iraque. Desde que a lei foi criada pelos terroristas, cerca de 38 crianças foram encontradas mortas através de sufocamento ou aplicação de uma injeção letal. Mães estão desesperadas após a criação dessa lei e a crise de refugiados que possuem entes com necessidades especiais aumenta.
A lei, de criação do juiz islâmico Abu Said Aliazrawi, foi descoberta por acaso quando o grupo de ativistas iraquianos Mosul Eye monitorava o aumento de crianças mortas pelo grupo.
Percebendo o alto número de crianças portadoras de alguma deficiência que eram encontradas mortas, o grupo investigou e teve a surpresa de descobrir a existência da cruel lei. Segundo o seu criador, a mesma é baseada na Shari´a, lei islâmica que os terroristas pretendem aplicar em todo o mundo até 2030.
Comparação com o nazismo
A mais nova prática de crueldade do Estado Islâmico está sendo comparada com o terrível nazismo da segunda guerra mundial, onde cerca de cinco mil crianças com alguma necessidade especial foram assassinadas. Na época, portadores de deficiência eram considerados como seres insignificantes, que só traziam gastos para o Estado e, assim como os judeus, eram executados pelo simples fato de existirem.
Exército do terror
Estima-se que o Estado Islâmico tenha hoje um exército de cerca de 31 mil combatentes, sendo dezesseis mil provenientes da Síria e Iraque e quinze mil de estrangeiros de diferentes partes do mundo.
Desde que proclamaram o califado em junho do ano passado, estima-se que cerca de sete mil pessoas tenham sido mortas, entretanto, grupos ativistas acreditam que esse número pode ser assustadoramente maior, uma vez que muitas das atrocidades cometidas em áreas dominadas pelos terroristas não são conhecidas pelo mundo.