sábado, 10 de julho de 2021
sexta-feira, 9 de julho de 2021
quinta-feira, 8 de julho de 2021
quarta-feira, 7 de julho de 2021
sexta-feira, 2 de julho de 2021
O Tempo e O Vento
O Tempo e O Vento
[evangelhista da silva]
É infinitamente infinito o tempo
eu é que passei finitamente
sem olhar para trás.
Que adormece em mim, comigo,
são cicatrizes nuas
e saudades.
Quando se me curvo e olho
vejo os meus passos
apagados.
Os meus pés e mãos cheios de lama
e tudo que eu fui e sou
é ter vivido em vão.
Santo Antônio de Jesus, 02 de julho de 2021, às 20h15min
quarta-feira, 30 de junho de 2021
INSTANTES
INSTANTES
Se eu pudesse viver novamente minha vida, Na próxima,
trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão
perfeito, relaxaria mais, Seria mais tolo ainda do que
tenho sido, Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico, correria mais riscos, viajaria mais,
contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas,
nadaria mais rios. Iria a lugares onde nunca fui, tomaria
mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e
menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e
produtivamente cada minuto da vida: claro que tive momentos
de alegria. Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter
somente bons momentos. Porque, se não sabem, disso é feita
avida, só de momentos; não perca o agora. Eu era um desses
que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de
água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas; se voltasse
a viver viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no
começo da primavera e continuaria assim até o fim do
outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais
amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra
vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que
estou morrendo.
(Poema de Nadine Stair atribuído a Jorge Luís Borges)
domingo, 27 de junho de 2021
A Indústria da Guerra
[evangelhista da silva]
Viver é a maior das insanidades
intelectuais alimentam-se
de mortes e guerras.
É um negócio que dá prazer
sede, sangue e patentes
dinheiro e nada.
Matam-se ardentemente em chamas
é preciso armarem-se sempre
amarem-se, - nuca, jamais.
Santo Antônio de Jesus, 27 de junho de 2021, às 24h13min.
quinta-feira, 24 de junho de 2021
quarta-feira, 23 de junho de 2021
Guerra do Vietnã: o conflito mais emblemático da Guerra Fria
Conflito que durou dezesseis anos (1959-1975) e considerado um dos mais violentos pós Segunda Guerra Mundial, a Guerra do Vietnã destaca-se como o conflito mais emblemático do período da Guerra Fria e marca um dos capítulos mais humilhantes da história militar norte-americana.
A partir de que evento começou o conflito, em que momento entram as principais potências mundiais da época, como se deu o desdobramento da guerra civil, e a relação atual entre países são algumas das questões tratadas nesse post.
Antecedentes do conflito
Para muitos historiadores, a guerra do Vietnã não é mais do que um desdobramento da guerra da Indochina, conflito que aconteceu entre 1946-1954. As tropas vietnamitas, que integravam a grande maioria do exército na Indochina, tinham como principal objetivo o fim do processo colonial francês na região e declararam independência de Laos, Camboja e Vietnã.
A região da Indochina, que ficou sob o poder francês desde o período colonial no século XIX, foi invadida e ocupada durante a segunda guerra mundial pelo Japão. Devido a esse acontecimento, crescia internamente no Vietnã os movimentos de emancipação, e surgia então a Liga Revolucionária para a Independência do Vietnã, movimento de caráter comunista que ficou conhecido como Vietminh.
O principal objetivo do Vietminh era garantir a expulsão dos japoneses na região. Para isso, utilizou o apoio dos Estados Unidos e da China. Os Estados Unidos passam a apoiar o Vietminh porque agora a preocupação era conter o avanço ideológico chinês na região. Como a área de atuação dos Vietmin era no norte do país e com a vitória na guerra, os comunistas vietnamitas apossaram-se desse território, e a parte sul do país continuou a ser dominada pelos franceses.
Contudo, as tensões entre o norte e o sul começaram a surgir principalmente pelo fato de que os franceses tinham interesse em retomar sua antiga colônia por completo. Esse objetivo levou a França a atacar o Vietnã do norte em 1946, um conflito que ficou conhecido como Incidente de Haiphong, que marcou o início da guerra entre vietnamitas e franceses.
A partir de 1949, após a Revolução Chinesa, os vietnamitas passaram a receber apoio efetivo da China (agora como uma nação comunista) e da União Soviética. A França, por sua vez, passa a ter o apoio dos Estados Unidos, que agora passa a preocupar-se com o avanço comunista capitaneado pela China na região.
Em 1950 a França abandonou o território, devido à falta de conhecimento do terreno no Vietnã, e também por estar recebendo forte pressão interna para o fim da guerra. No total, estima-se que dois mil franceses morreram na guerra. O cessar-fogo aconteceu oficialmente durante a conferência de Genebrapela União Soviética, e o Vietnã do Sul, apoiado pelos Estados Unidos da América.
Na conferência de Genebra, tanto Vietnã do Norte quanto Vietnã do Sul, ambos com características ditatoriais e amplamente denunciados por violações a direitos humanos, comprometeram-se em realizar eleições livres em 1955 e assim finalizar o processo de reunificação do país asiático.
No entanto, em 1955 o Vietinã se viu a participar das eleições, afirmando que o Vietnã do norte não teria condições necessárias para realizar um processo eleitoral livre. O governo do Vietnã do norte, entre 1954-1959, passa a realizar ataques ao Vietnã do Sul, por meio de guerrilheiros infiltrados, dando início à guerra civil. tnã do Sul recus em 1954, onde além de marcar o fim do domínio colonial francês, definiu-se a independência e Laos e Camboja.
A partir da convenção de Genebra em 1954, o país dividiu-se em duas entidades distintas, o Vietnã do norte, apoiado e financiado
O conflito que foi a maior derrota dos Estados Unidos em uma guerra
O Exército do norte era composto pela Frente Nacional de Libertação, conhecidos como o Vietcongues e apoiados pela China (estima-se que cerca de 170 mil soldados chineses auxiliaram no combate aéreo).
Já o exército do sul era composto por tropas norte-americanas auxiliadas por tropas da Coréia do Sul, Tailândia, Filipinas, Austrália e Nova Zelândia.
Apesar da guerra ter durado dezesseis anos, os EUA apenas entraram efetivamente nos últimos oito anos de conflito. De início, o país norte-americano fornecia armamentos e enviava conselheiros de guerra para o Vietnã do sul. No entanto, com a morte de John F. Kennedy, Lyndon Johnson assume em 1964 e começa a enviar tropas para o país asiático, motivado pela incapacidade do governo sul-vietnamita de combater as tropas comunistas.
Os americanos entraram efetivamente na guerra a partir do incidente do golfe de Tonquim: em agosto de 1964, o navio USS Maddox foi atacado duas vezes por torpedeiros norte-vietnamitas. Apesar da marinha americana até o dia de hoje não comprovar o ataque, o incidente serviu como estopim para os Estados Unidos.
Uma das estratégias utilizadas pelos Estados Unidos na guerra foi o uso de bombas incendiárias como o napalm, e armas químicas como o agente laranja, específicas para a destruição de plantas e vilas. O uso dessas armas geraram sequelas que duram até os dias atuais, várias crianças nasceram com deficiências físicas e as plantações não conseguiram se restabelecer.
Outra característica marcante nesse conflito foi a forte presença da mídia, a guerra do Vietnã moldou como é feito o jornalismo de guerra até os dias atuais, e assim, imagens de violência e horror logo correram o mundo, o que gerou uma forte pressão interna nos Estados Unidos para colocar encerrar o conflito.
Entre agosto de 1964 e janeiro de 1973, os Estados Unidos enfrentaram além de forte pressão popular, um total de 58 mil baixas no seu exército. Assim, o então presidente Richard Nixon é pressionado a fazer algo para encerrar essa batalha asiática que parece não ter mais fim.
Assim, em 27 de janeiro de 1973, o governo americano anuncia um cessar-fogo. Com a saída dos Estados Unidos, o Vietnã do Norte em dois anos consegue ocupar a capital do Vietnã do Sul, Saigon, instaurando assim a unificação do país sob um novo governo comunista em 1976.
A retirada de tropas dos Estados Unidos caracteriza a pior derrota do país em uma guerra durante toda a sua história, onde houve entre 1,5 e 3 milhões de mortes, 58 mil no lado americano e mais de um milhão de vietnamitas entre soldados e civis .
A relação Vietnã – Estados Unidos na atualidade
Nos primeiros doze anos após a guerra, estima-se que cerca de um milhão de vietnamitas do sul refugiaram-se em solo americano. No entanto, uma relação comercial e diplomática só é normalizada a partir de 2001, quando os dois países firmaram acordos comerciais.
A reaproximação com os EUA também coloca o Vietnã de volta ao sistema internacional. Em 2007, o país consegue sua entrada na Organização Mundial do Comércio. Atualmente, Estados Unidos e Vietnã agem em conjunto para impedir a expansão chinesa na região do sul da Ásia.
A Guerra do Vietnã no cinema
O conflito no Vietnã é um tema bastante retratado no cinema hollywoodiano, especialmente durante os anos 80.
Além do famoso Forrest Gump, protagonizado por Tom Hanks, outros dois filmes um pouco menos popularizados no Brasil acompanham a jornada de soldados americanos no Vietnã: Platoon (1979) e Apocalypse Now (1986), dirigidos por Oliver Stone e Francis Coppola, respectivamente. Os filmes proporcionam uma leitura crítica acerca do que foi o conflito e, especialmente, dos efeitos psicológicos dessa experiência para os soldados. Abaixo, você pode conferir o trailer de Apocalipse Now
domingo, 20 de junho de 2021
Gildásio de Almeida Souza
Gildásio de Almeida Souza
Bahia, 28/12/2014, aos 08 min de domingo.
Renan Lima
Antes de tudo, Pernambucano. Bacharel em Relações Internacionais e Pós-Graduado em Ciências Políticas pelo Centro Universitário ASCES-UNITA. Atualmente desenvolve pesquisas sobre acompanhamento político.