domingo, 19 de julho de 2020

Caetano Veloso - Reconvexo

O "Adeus" de Teresa



Castro Alves

A vez primeira que eu fitei Teresa,
Como as plantas que arrasta a correnteza,
A valsa nos levou nos giros seus
E amamos juntos E depois na sala
"Adeus" eu disse-lhe a tremer com a fala

E ela, corando, murmurou-me: "adeus."

Uma noite entreabriu-se um reposteiro. . .
E da alcova saía um cavaleiro
Inda beijando uma mulher sem véus
Era eu Era a pálida Teresa!
"Adeus" lhe disse conservando-a presa

E ela entre beijos murmurou-me: "adeus!"

Passaram tempos séculos de delírio
Prazeres divinais gozos do Empíreo
... Mas um dia volvi aos lares meus.
Partindo eu disse - "Voltarei! descansa!. . . "
Ela, chorando mais que uma criança,

Ela em soluços murmurou-me: "adeus!"

Quando voltei era o palácio em festa!
E a voz dela e de um homem lá na orquestra
Preenchiam de amor o azul dos céus.
Entrei! Ela me olhou branca surpresa!
Foi a última vez que eu vi Teresa!

E ela arquejando murmurou-me: "adeus!"

Dos10 conflitos mais preocupantes em 2020, três são na África. Saiba por quê:




Dos 10 conflitos mais preocupantes em 2020, três são na África. Saiba por quê:



05/02/2020 08h 42min
O aumento da violência no Sahel fez a região que abrange 10 países africanos, mais ao norte do continente, entrar para a lista dos locais onde acontecem os 10 mais preocupantes conflitos em 2020, segundo o Armed Conflict Location & Event Data Project (ACLED). A violência política foi mais difundida na região ao longo do ano passado, quando foram registrados mais de 2.100 situações como explosões, protestos que terminaram em confusão, conflitos armados e violência contra civis. Número bem maior do que o de 2018 (quase 1.300). Desde 2014, esta situação se agrava. Só no ano passado, esses episódios deixaram mais de 5.360 mortos.
O aumento da violência no Sahel fez a região que abrange 10 países africanos, mais ao norte do continente, entrar para a lista dos locais onde acontecem os 10 mais preocupantes conflitos em 2020, segundo o Armed Conflict Location & Event Data Project (ACLED). A violência política foi mais difundida na região ao longo do ano passado, quando foram registrados mais de 2.100 situações como explosões, protestos que terminaram em confusão, conflitos armados e violência contra civis. Número bem maior do que o de 2018 (quase 1.300). Desde 2014, esta situação se agrava. Só no ano passado, esses episódios deixaram mais de 5.360 mortos.
Segundo o relatório do ACLED, os ataques de vários grupos islâmicos locais e globais, com objetivos diversos, e a fraca resposta das forças de segurança contribuíram para o cenário de instabilidade, que deixa essa região da África mais vulnerável que em 2018. O Boko Haram, que antes era uma preocupação só para o governo da Nigéria, agora é uma ameaça regional. O norte dos Camarões é assolado pela violência transfronteiriça. Chade vem experimentando tentativas de insurgência em vários espaços descoordenados. Tillaberi, no Níger, virou uma região praticamente fantasma depois que moradores se viram obrigados a deixar suas casas nos últimos meses para fugir dos conflitos entre as forças de segurança do país e os militantes do Estado Islâmico. Burkina Faso vem registrando conflitos em todas as suas regiões, enquanto grupos do Mali continuam com plano de invasão ao sul. As taxas de violência no Mali, Burkina Faso e Níger dobraram em 2019 em comparação com 2018.
O desdobramento de tropas no Sahel nos últimos anos tem tomado uma forma relativamente diferenciada na opinião de  Gustavo de Carvalho, o único brasileiro entre os pesquisadores do Institute for Security Studies. O especialista em operações de paz não vê com surpresa o envio de mais tropas francesas à África, o que considera uma confirmação do interesse direto da França na região. "Isso leva o país a engajar de forma mais próxima ao G5 Sahel, coalização de países da região autorizada tanto pelas Nações Unidas como pela União Africana", completou. O G5 Sahel tem tido dificuldades em controlar a situação de segurança da região.
O governo francês atendeu ao pedido de líderes africanos da região do Sahel e vai mandar mais 600 soldados para a África, específicamente no sul do Saara. O objetivo é reforçar a luta contra militantes islâmicos. O anúncio foi feito no domingo pela ministra da Defesa francesa, Florence Parly. Governantes africanos começaram 2020 reunidos com o presidente francês, Emmanuel Macron, pedindo apoio para combater o avanço do terrorismo nesta parte do continente.
A França já tem 4.500 militares operando na região. A ideia é que parte desses novos soldados vá, principalmente, para a área entre o Mali, Burkina Faso e Niger. Outra parte se juntaria às forças do G5 no Sahel, que é uma região com mais de 5 mil km de extensão.
O professor de Relações Internacionais da PUC-Rio, Márcio Scalercio, diz que acredita na solidariedade francesa, mas também reforça que o país tem seus próprios interesses. "Há empresas e organizações do país na velha África Equatorial francesa. E boa parte dos suprimentos de energia nuclear vem do Mali. Além do mais, se aquele pedaço da África se desestabilizar completamente a crise dos refugiados vai se agravar na Europa", disse.
"De certa forma, espera-se que debates a cerca do Sahel aumentem em importância nos próximos meses, liderados pela França mas também apoiados por Niger, membro do G5, que recentemente entrou no Conselho de Seguranca para um mandato temporário de 2 anos", completou o pesquisador sênior do ISS.
Somália
Outros dois conflitos africanos entraram para a lista dos 10 mais preocupantes do mundo em 2020. Um deles acontece na Somália, onde há um grande risco do grupo terrorista al-Shabaab se fortalecer e acabar dominando um governo enfraquecido.
A Somália declarou , no último domingo, estado de emergência por conta da tempestade de gafanhotos que assola o país e compromete sua já fragilizada segurança alimentar. Mas, em se tratando de segurança, esta é só mais uma batalha que o governo somali precisa enfrentar para proteger o seu povo. E em breve vai contar com menos forças para isso. É que o comando da missão de paz da União Africana (AMISOM) decidiu retirar mil homens da tropa no país.
Será o segundo corte desde que o aumento do número de ataques do grupo terrorista al-Shabaab passou a preocupar, segundo a imprensa local. A União Africana disse que a retirada dos mil militares será concluída até o dia 28 de fevereiro.
A Somália foi alvo de um grande ataque do al-Shabaab no fim de dezembro. Uma explosão matou mais de 90 pessoas e fez o número de feridos passar de cem na capital Mogadíscio. O atentado virou notícia internacional, mas há anos ações terroristas como esta fazem parte da rotina do povo somali.
Os Estados Unidos continuam apoiando o país na luta contra o grupo. O ACLED registrou 72 ataques aéreos realizados por forças americanas no ano passado. Um aumento de 24% em relação a 2018 (58 ataques) e de 200% quando comparado aos ataques em 2016 (24 ataques). Semanas atrás o continente também foi surpreendido pela notícia da ideia dos EUA de diminuir a presença militar americana na África. Foram mais de 2.300 conflitos armados na Somália em 2019, que deixaram 4.030 mortos.
A potencial redução de tropas já vinha sendo discutida pela União Africana. "A pressão financeira e capacidade logística têm sido os grandes determinantes de tal decisão, já que existe uma situação de estabilidade muito tênue no país", acrescentou Gustavo de Carvalho.
Ainda de acordo com o pesquisador sênior do ISS, a grande questão será a capacidade do Governo Federal da Somália em atuar no vazio deixado pelas tropas e componentes policiais da AMISOM e da habilidade da UA em continuar atuando como um facilidador crível no processo de estabilização.
"Caso haja um aumento de violência, países da região como Quênia ou Etiópia continuarão interessados em manter estabilidade, e já vimos no passado intervenções dos dois países na Somália, mesmo fora do contexto da União Africana", acrescentou.
Etiópia com Nobel, mas sem paz
O país governado pelo vencedor do Nobel da Paz do ano passado, o primeiro-ministro Abiy Ahmed, parece não viver uma realidade muito pacífica. O homenageado foi reconhecido por ter colocado fim a um longo conflito com a vizinha Eritréia, mas também alvo de críticas por parte da opinião pública africana por não ter contido conflitos internos etíopes.
O professor Márcio Scalercio se disse surpreso ao ver o país nesta lista. "A Situação da Etiópia é grave. Sabia que havia problemas entre muçulmanos e cristãos, mas pelo que o relatório diz é um cenário bem mais complicado", afirmou.
A violência política na Etiópia mudou da resistência contra o regime para conflitos étnicos, incluindo tumultos e confrontos instigados por milícias étnicas. Resultado: ao longo de 2019 houve brigas em universidades que terminaram em mortes até grandes conflitos armados. Foram quase 300 registrados no ano passado, entre explosões, manifestações e protestos que desencadearam em violência. Aproximadamente 680 pessoas morreram nestes episódios.
A complexa busca pela paz na África
Este ano será desafiador para a União Africana, que começou 2020 com o objetivo de silenciar armas no continente. O pesquisador sênior do ISS, Gustavo de Carvalho, diz que este é um processo importante, mas que deve ser visto com cautela, pois provavelmente não trará resultados a curto prazo.
"Certamente não será um processo simples ou rápido, mas pode ajudar no desenvolvimento de políticas públicas mais eficientes no que diz respeito à prevenção de conflitos e manutenção da paz no continente", concluiu o especialista em operações de paz, Gustavo de Carvalho.
México
O professor da PUC-Rio se disse surpreso também com a inclusão do México nesta lista. Houve protestos e episódios de violência política em praticamente todo o país, principalmente nas províncias mais ao sul. A segurança do país vem se deteriorando e o crime ligado ao narcotráfico preocupa cada vez mais. Foram registrados mais de 31.000 homicídios nos últimos 12 meses e o governo acabou de divulgar dados indicando que mais de 60.000 pessoas desapareceram desde 2006.
Assassinatos de jornalistas e funcionários do governo, decapitações, desaparecimentos e cadáveres enforcados publicamente vêm sendo manchetes no México. Os vários ataques particularmente brutais levam a crer que os cartéis estão adotando cada vez mais técnicas insurgentes.
"Fica mais difícil gerenciar a segurança com a pulverização dos cartéis. Mas ainda mais preocupante é que essa fragmentação aconteceu por conta de uma política do Estado, quando o presidente anterior objetivou prender os líderes dos cartéis e acabou favorecendo a fragmentação. É preocupante porque tem implicações com os EUA. Ainda mais com o Trump querendo declarar os cartéis mexicanos como organizações terroristas", analisou Márcio Scalercio.
Iêmen
A escala de destruição atingiu níveis sem precedentes no país, há cinco anos em conflito. Estima-se que mais de 100.000 pessoas tenham morrido, alvos diretos da violência, incluindo mais de 12.000 civis mortos em ataques direcionados. O ACLED registrou mais de 23.000 mortes em 2019 diretamente ligados - uma queda de 25% no total de mortes relatadas em 2018, mas ainda o segundo ano mais mortal desde o início dos conflitos. Enquanto os diferentes lados iemenitas da guerra não chegarem a um acordo entre si, a violência física continuará, segundo o relatório.
"A situação do Iêmen está se tornando pulverizada quase como foi na guerra civil da Síria", comparou o professor de Relações Internacionais, que admitiu não ter se surpreendido ao ver este país na lista do ACLED.
Índia
O governo do Partido do Povo Indiano (BJP, sigla em inglês), do atual primeiro-ministro, Narendra Modi, se vê em um cenário complexo de discórdia política envolvendo conflitos nacionais e internacionais de longa data. Internacionalmente, a tensão entre a Índia e o Paquistão sobre a região disputada da Caxemira aumentou em 2019, quando a relação política volátil entre os dois países foi testada por ataques militantes e violência transfronteiriça frequente ao longo da Linha de Controle. Aproximadamente 1520 pessoas morreram no ano passado em mais de 23.500 conflitos armados no país, principalmente protestos que desencadearam para violência.
A crescente instabilidade exige este ano uma reavaliação de políticas por parte do governo indiano para combater a proliferação de descontentamentos e conflitos em todo o país. Resta saber se o BJP no poder estará disposto ou será capaz de adotar uma abordagem mais pluralista para enfrentar os desafios acumulados de governança.
Irã
O mundo ficou apreensivo diante da escalada de tensão entre Irã e Estados Unidos no início do ano, resultado da morte do general iraniano Qasem Soleimani. Sanções americanas prejudicam a economia do país, já em dificuldades. Dos quase 2.500 conflitos armados registrados no ano passado pelo ACLED, quase todos foram protestos que geraram tumulto, causando mais de 400 mortes.
Afeganistão
Já são quase duas décadas de tensões no país desde a invasão americana, em 2001. O clima de tensão só aumenta. A violência já é registrada em todas as 34 províncias. O país começou 2020 sob o risco de crescimento da violência contra civis, alvos de ataques de forças de segurança e do Taliban. Sinais de que os EUA retirarão tropas do país (diminuindo de 13 mil para 8,6 mil) não serviram ainda para se ter esperança em um futuro próximo de paz. Os mais de 13,6 mil conflitos armados em 2019 terminaram com quase 42 mil pessoas mortas.
"Mais cedo ou mais tarde - tenho impressão que mais cedo do que tarde - a OTAN vai sair do Afeganistão. E minha previsão é que o Talibã retomará o poder lá, e vai dizer que ganhou da OTAN", completou o professor.
Líbano
Embora 85% das manifestações registradas no ano passado tenham sido pacíficas, há o risco de que os protestos se intensifiquem e cheguem ao cenário de violência organizada. Uma onda de insatisfação tomou conta do país no ano passado e fez o povo ir às ruas contra impostos sobre gasolina, tabaco e até ligações pelo whatsapp. Aumentaram em outubro, contra o governo, por causa da economia estagnada e o desemprego. Resta saber como as tensões entre grupos aliados dos EUA e do Irã se refletirão entre vários partidos políticos do Líbano - particularmente com o importante aliado do Irã, o Hezbollah.
Estados Unidos
"Os EUA sofreram mais assassinatos em massa em 2019 do que em qualquer ano registrado" segundo um estudo realizado pela Associated Press, USA Today e Northeastern University que contabilizou 41 ataques que resultaram em 211 mortes. De acordo com as estatísticas mais recentes do FBI, os crimes violentos de ódio atingiram o nível mais alto em 16 anos em 2018, enquanto no mesmo ano um banco de dados que rastreia a violência perpetrada pelas agências policiais relatou que "a brutalidade da polícia americana está piorando".
O relatório aponta poucos conflitos em território americano, em comparação com outros países, porém preocupantemente letais. O ACLED também registrou 16 casos envolvendo força excessiva da polícia, mais da metade deles contra minorias raciais e étnicas. E também mais de 21 crimes de ódio contra grupos minoritários, incluindo sete ataques contra membros da comunidade LGBTQ +, principalmente mulheres trans. Ao todo, o ECLAD contabilizou em três meses do ano passado quase 3.200 episódios que terminaram de forma violenta nos EUA (a maioria protestos), com quase 50 mortes registradas.
"Essa polarização política nos EUA já está radicalizando há algum tempo, desde o governo do Bush Filho. Preocupante também é o aumento de milícias regionais lá. Tenho impressão que essa campanha eleitoral americana pode ter momentos de violência bastante significativos", analisou Márcio Scalercio, que ainda ressaltou que não se enfrenta problemas como o crime organizado, que tem negócios com outros países, sem cooperação internacional. "Não adianta tentar derrotar os cartéis mexicanos militarmente se eles continuam recebendo matéria-prima da droga. Isso os dá condições financeiras de regar o braço indispensável para o crime organizado funcional, que é o suborno de agentes públicos", completou.
Além do mais, a decisão do presidente Donald Trump de assassinar, em janeiro, o comandante militar iraniano Qasem Soleimani aumentou imediatamente o risco de ataques a militares e cidadãos americanos.
O ACLED listou, basicamente, locais onde a violência tem sido consequência de protestos e extremismo. Ainda de acordo com o professor de Relações Internacionais, Marcio Scalércio, existe em várias partes do mundo um movimento de descontentamento em relação a como o processo político e social está se estruturando desde o final dos anos 90. E ele não acha que esses movimentos vão parar logo. "Vamos ter ainda mais manifestações de massa no mundo e não acho isso necessariamente ruim", disse, exaltando a liberdade de expressão mas, ao mesmo tempo, se demonstrando receoso de que essas manifestações possam desencadear para um cenário de violência, inclusive por parte do apara

Geraldo Azevedo | Você se lembra

HAUSER - Adagio (Albinoni)

A mais linda canção russa

Consórcio de imprensa aponta 78.871 mortes por covid-19 no Brasil

 
 
19/07/2020 16h10 

São Paulo - O Brasil registrou 1.389 novos casos de covid-19 desde as 20 horas do sábado, 18. A soma de casos chega a 2.076.635, segundo levantamento realizado pelo consórcio formado pelo jornal O Estado de S. Paulo, G1, O Globo, Extra, Folha de S.Paulo e UOL .

O total de mortos está em 78.871, com 54 novos óbitos registrados desde as 20 horas do sábado.

Os dados são de levantamento feito pelos veículos de comunicação junto às secretarias estaduais de Saúde.

Geraldo Azevedo - Cravo Vermelho [Maravilinda]

Como lidar com a morte e o luto durante a pandemia de Covid-19

Como lidar com a morte e o luto durante a pandemia de Covid-19

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Alceu Valença - La Belle de Jour / Girassol (Ao Vivo)

sábado, 18 de julho de 2020

Madredeus - a andorinha da primavera . não muito distante . alma (letra)

Fado português - Belíssimo!...

TABACARIA - Álvaro de Campos



                                                         Fernando Pessoa, poeta português.


(Álvaro de Campos)


TABACARIA 

 

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa,
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas —
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas —,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistámos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordámos e ele é opaco,
Levantámo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folhas de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, sem rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.
(Tu, que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno — não concebo bem o quê —,
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)
Vivi, estudei, amei, e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente.
Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-te como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.
Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olhou-o com o desconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, e eu deixarei versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, e os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.
Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.
(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o: é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.

15-1-1928
Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. Lisboa: Ática, 1944 (imp. 1993).
 - 252.
1ª publ. in Presença, nº 39. Coimbra: Jul. 1933.

Portugal - Lisboa



Quem tem quatro dias inteiros em Lisboa consegue conhecer o básico sem pressa. Um bom jeito de se guiar na cidade é explorando um bairro por vez, de preferência a pé – mas é bom estar ciente do sobe-desce, já que a capital se espalha entre sete colinas à beira do Rio Tejo.
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Amsterdam - Bela

16 países mais baratos para viajar e se divertir gastando pouco

16 países mais baratos para viajar e se divertir gastando pouco

 

Escrito por Bruno Mendes
 
 
Programar uma viagem irresistível talvez seja um plano de 10 entre 10 pessoas. Infelizmente o fator grana atrapalha certos anseios, mas você sabia que existem alguns países baratos para viajar?
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Isso aí. Se você pretende organizar aquelas férias dos sonhos em lugares lindos e não quer pagar caro por isso, destacamos uma lista com alguns destinos bem interessantes. Não levamos em consideração os preços das passagens aéreas, pois costumam variar a depender do local, época do ano, etc. Porém, o custo médio com hospedagem, transporte e alimentação nestes lugares são bem acessíveis.

16 países mais baratos para viajar pelo mundo

Esqueça essa ideia de que só viaja quem tem muito dinheiro sobrando. Confira essa lista com 16 países incríveis onde as despesas básicas locais são pequenas e, portanto, caberão no seu orçamento.
Se por ventura achar que a passagem aérea para alguns desses países está muito cara, que tal ficar de olhos nas promoções sazonais ou até usar milhas?

16. Indonésia

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O país insular famoso entre mochileiros conta com praias de águas cristalinas e formações rochosas praticamente inéditas. Válido para o turista que quer conhecer gente nova, tomar uns drinks e curtir uma farra e também para quem deseja relaxar em um repertório paisagístico de cartão postal.
O que acha de aproveitar Sumatra, Bali, Java, Comodo e muitas outras ilhas por um custo médio de aproximadamente 160 Reais diários? Não é mau negócio!

15. Polônia

É possível conhecer alguns dos melhores exemplares da Europa clássica sem gastar muito. A viagem para a Polônia será uma grata surpresa, caso este seja seu proposito, afinal o país contempla construções centenárias preservadas, belos parques urbanos e o bucólico charme europeu está presente em cada via.
Gastando menos que na França ou Inglaterra, você vivenciará ótimos momentos em Cracóvia, Varsóvia, Poznań, Lublin e em outras cidades. A alimentação não é tão barata quanto em outros exemplos desta lista, mas levando em conta que o gasto médio em hospedagem será entre R$20 e R$30, fica tranquilo que no final do passeio o saldo será positivo.

14. Honduras

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Pouco lembrada por brasileiros, Honduras tem muitos encantos e o gasto médio em hospedagem, transporte e alimentação fica em torno de R$150 por dia.
Considerado o maior sítio arqueológico da civilização Maia, o país é cercado por florestas tropicais, montanhas suntuosas e tem uma gastronomia de primeira. Por que não conhecer esse lugar menos badalado, mas surpreendente em vários quesitos?
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13. Hungria

Quase um “labo b” de alto nível do velho continente, o leste europeu é conhecido por ter países deslumbrantes e baratos para se visitar. A Hungria por muito tempo se mantém na lista dos destinos econômicos e reserva ótimas surpresas para o visitante que curte apreciar monumentos históricos imponentes e belas paisagens.
Não deixe de conhecer o famoso sistema de termas do país – piscinas e saunas que são herança do passado romano – o castelo de Buda e tantos outros pontos turísticos pelas distintas cidades. O preço médio da diária é de R$140.

12. Romênia

Pertencente ao grupo de países pouco visitados por brasileiros, a Romênia possui uma população receptiva, alegre e belas cidades. Entre tantas maravilhas naturais, ruas charmosas repletas de bares, restaurantes, cafeterias e monumentos, um dos pontos turísticos mais reverenciado no país é o Castelo do Conde Drácula.
Vale visitar mais este belo país da Europa, que tem ótimas opções de lazer e o gasto médio diário fica entre R$125 e R$135.

11. Laos

Situado entre o Vietnã e a Tailândia, o Laos é uma dessas pérolas escondidas no planeta que merecem ser descobertas, principalmente por aquele viajante mais interessado por lugares que fogem do comum.
Encontre elefantes usados como transporte, exuberantes monumentos budistas e uma natureza que mescla florestas e montanhas com perfeição. Em média por um pouco mais de R$120 por dia você poderá sentir toda a energia desse local mágico.

10. Nepal

O Nepal é o destino certo para o turista que ama montanhismo. Só por lá existem 8 dois 14 picos mais altos do planeta, incluindo o Monte Everest. Mas caso você não tenha coragem ou interesse por tanta aventura, pode continuar com os planos de viagem, pois há muitos lugares bacanas.
Há muitos espaços legais para trilhas, paisagens de tirar o fôlego, templos budistas e uma história viva, que harmoniza perfeitamente com tanta beleza. Por um pouco mais de 100 reais por dia, será viável bancar os gastos básicos nesse país encantador e barato.

9. Vietnã

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Antigamente associado às atrocidades bélicas, o Vietnã é hoje um dos países mais interessantes para o viajante que ama recantos rústicos e atividades em meio à natureza. Templos milenares, praias isoladas e paradisíacas e paisagens indescritíveis atraem todos os anos mochileiros de várias partes do mundo.
O melhor de tudo? O preço. Nas cidades vietnamitas gasta-se muito pouco com alimentação e hospedagem. Exemplo: é possível fazer uma refeição completa por menos de R$10 e ficar hospedado em bons hotéis pagando um pouco mais de R$20. Que tal?

8. Colômbia

Semelhante ao Brasil em vários aspectos culturais, a Colômbia é um país que não pode ficar de fora dessa lista. É evidente que há pontos turísticos que estão na moda ou aqueles mais sofisticados, mas por Cali, Medellin, Barranquilla e na encantadora Santa Marta as atividades podem ser custeadas sem apertos.
Por cerca de R$112 diários é possível saborear o tempero latino, garantir estadia em bom hotel e curtir as belas praias, a animação noturna e muitas opções culturais.

7. Marrocos

As imponentes montanhas e o deserto africano estão entre os principais atrativos do Marrocos, mais um país recomendado ao viajante que deseja viajar para outro país e não passar por perrengues financeiros.
Além da gama de belezas naturais, Marrocos possui lindas mesquitas, comércio forte e tradicional e cidades como Marrakech e Casablanca são museus a céu aberto que trazem mostras de um passado rico e instigante. O gasto médio da hospedagem varia entre R$15 e R$55 e – acredite se quiser – em alguns estabelecimentos dá para comer por menos de R$2.

6. Peru

Mesmo que não seja tão barato conhecer Machu Picchu ou ir a alguns restaurantes mais sofisticados de Lima, o turismo pelo Peru oferece condições econômicas acessíveis ao viajante mais econômico.
Conheça as distintas atrações de Lima e Cusco, visite o parque nacional de Huaraz e surpreenda-se com um país belíssimo e acolhedor sem abrir a carteira de maneira exagerada. Para se ter uma ideia, a viagem de Arequipa a Cusco (são 500 quilômetros) custa em torno de R$35.

5. Sri Lanka

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Segue mais uma indicação aos amantes daqueles destinos roots, com cara de aventura e contemplação. Localizado ao sul da Índia, o Sri Lanka conta com magníficas representações da religião budista, (não perca a oportunidade de conhecer o Buda gigante de Kekirawa) praias paradisíacas e muita beleza natural.
O custo do visitante com alimentação, hospedagem e transporte é baixo. Em alguns casos é possível pagar R$2 de deslocamento. Não é um país recheado de atrações, mas nas cidades de Colombo, Gally, Cande ou outras, o visitante encontrará uma atmosfera peculiar e graciosa. Precisa de mais?

4. Bulgária

No leste europeu o viajante poderá aproveitar o dia inteiro na Bulgária, um belo país que a cada ano recebe mais turistas de todo o mundo. Passear pela clássica capital Sofia, ir a Plovdiv, Burgas, Bargas, tirar fotos em lindas praias. Diversão não falta!
O país é cercado por museus, igrejas e centros culturais de imenso requinte arquitetônico e tem vida noturna super elogiada. Melhor ainda: em média o visitante poderá gastar entre R$65 e R$95 por dia com hotel e alimentação.

3. Egito

Um passeio indescritível entre o passado e o presente. Aí está uma maneira de descrever a experiência que é viajar para o Egito, o país das relíquias milenares, das pirâmides, mas que também abraça a modernidade. São muitas as casas noturnas, restaurantes de primeira e regiões para fazer compras.
Por aproximadamente R$70 por dia você poderá fazer bons passeios pelo país das mesquitas e do Rio Nilo. O custo em transporte pode chegar a R$1 em algumas regiões.

2. Myanmar


Myanmar é uma louvável indicação entre as menos óbvias. O país do sudeste asiático tem cultura rica e sua história, marcada por conflitos e instabilidades políticas por diferentes séculos, se faz presente entre os monumentos históricos de cidades como Yangon, Bagan e Mandalay. Visita imperdível: o pagode Shwedagonpaya em Yagon. A suntuosa estrutura é um símbolo local e, portanto, é um destes pontos turísticos obrigatórios. No país o custo médio fica em torno de R$63. Justíssimo!

1. Bolívia: o país mais barato do mundo

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Por um pouco mais de R$50 diários – em média – dá para se alimentar e se deslocar de um canto para outro pela Bolívia tranquilamente. Não é por menos que o país vizinho é hoje o mais barato do mundo para viajar e um dos dos paraísos para mochileiros que prezam por simplicidade, diversão e, é claro, aquele toque aventuresco.
Lugares como o Salar do Uyuni, Lago Titicaca e diferentes pontos de Sucre e La Paz tornarão seus dias na Bolívia especiais. A população boliviana é muito receptiva e as opções de culinárias são boas. Pode programar a viagem!

Queen - Bohemian Rhapsody - Radio Ga Ga - Live Aid (Tradução) - HQ

Coração - Bomba Atômica da Vida (evangelhista da silva)



Coração - Bomba Atômica da Vida

(evangelhista da silva)


O coração, este falso sentimental ditador,
Dá ordens a quem pensa, e controla a vida de quem ama.

O coração pulsa a vida afirmando a morte.

E tudo começa pelo coração
Ainda que o cérebro sinalize a não aceitação da vida,

É nele, no coração, que existe o comando do passo e compasso.

O cérebro desistindo, o coração insiste;
O coração desistindo, o cérebro diz adeus - não!
E, neste presente momento, é que os anjos se encontram

No afago da vida, após a sentenciada
Desistência do corpo físico de viver.

O coração, amigo, nada sente; todavia,
Impõe ao cérebro o seu capricho.
A existência depende não de quem sente,
Mas, infelizmente, de quem manda sentir.

É a vida!

Ladeira de Sant'Ana (evangelhista da silva)

Ladeira de Sant'Ana


Todos os dias, ao retornar da escola,
Passo por uma ladeira
Que tem uma igreja,
Que tem uma funerária.

Na igreja - o homem morre,
Na funerária - compram-lhe o esquife.
E nos cemitérios do Brasil enterram-lhe
Para sempre.


Salvador, 1989.

Turismo na Suíça: dicas para brasileiros, cidades turísticas e curiosidades


Turismo na Suíça: dicas para brasileiros, cidades turísticas e curiosidades 

Chris standing up holding his daughter Elva Europa
Fazer turismo na Suíça te apresenta a um país charmoso, sofisticado e organizado, mas isso não é novidade, né?
Com inúmeros atrativos, a viagem facilmente se torna uma experiência inesquecível, capaz de encantar a qualquer um!
Então, para você conhecer um pouco mais desse país, apresentamos aqui algumas curiosidades e informações úteis sobre o turismo na Suíça. Vamos lá?

Turismo na Suíça: cultura, diversão e belezas naturais

Turismo na Suíça viagem
É nesse pequeno pedaço da Europa que foram criadas algumas das principais marcas de relógio do mundo, bem como o canivete suíço, com suas diversas funcionalidades.
E não podemos nos esquecer, é claro, dos maravilhosos chocolates e queijos, tradicionais dessa região.
Com a bela paisagem dos Alpes e cidades encantadoras, esse país é um ótimo destino para planejar um mochilão!

Clima na Suíça

Clima na Suíça
Fonte: Unsplash
O clima na Suíça passa por mudanças bem mais drásticas entre as quatro estações do ano do que estamos acostumados a ver no Brasil.
O frio do inverno é o mais impactante, ainda mais nas regiões montanhosas, de altitude elevada.
Em geral, você pode esperar encontrar uma média de 10ºC ao longo do ano, mas atente-se à época do ano de sua viagem para poder levar roupas adequadas!

Turismo na Suíça no Verão

Para quem vem do Brasil, mesmo esse período ainda pode ser percebido como bem ameno, mas a diferença não é tão grande.
Então se as chuvas não te atrapalharem, é uma boa hora pra viajar, ainda mais por cair nas férias de Junho!
Se quiser algo mais intermediário, a primavera te recebe com temperaturas um pouco mais baixas, menos chuvas e preços mais em conta!

Turismo na Suíça no Inverno

Acontecendo no fim do ano, coincidindo com muitas festividades, como ano novo e natal, o turismo no inverno na Suíça também é popular.
A experiência é maravilhosa, mas se decidir por esta época, espere temperaturas abaixo de zero e muita neve!
Se não quiser encarar um frio tão grande, o outono é outro período intermediário, assim como a primavera, com preços mais baixos e temperaturas bem menos extremas.

Seguro viagem para Suíça

Seguro viagem para Suíça
Cuidado pra não enfrentar problemas de adaptação nos ares suíços. Muitos turistas subestimam essa diferença e acabam tendo problemas de saúde!
Conhecer bem seu destino e ouvir muitas recomendações ajuda a prevenir isso. Mas sabe qual garantia você pode levar, para este e muitos outros obstáculos?
A resposta é o seguro de viagem para a Suíça, que te ajuda a se recuperar de extravios de bagagem, acidentes e doenças repentinas, atrasos no voo e muito mais.
Tudo pra não de deixar cair nas mãos do prejuízo e perder a qualidade da sua viagem por causa disso!
Conte com o Seguros Promo pra te oferecer os melhores planos, das seguradoras mais confiáveis do mercado!
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GTA 67 EUROMAX GTA 67 EUROMAX Assistência médica USD 67.000 Bagagem extraviada USD 1.200 (COMPLEMENTAR) R$ 25/dia*
Intermac EURO 40 (Exceto EUA) Intermac EURO 40 (Exceto EUA) Assistência médica EUR 40.000 Bagagem extraviada EUR 500 (SUPLEMENTAR) R$ 19/dia*
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Turismo na Suíça para brasileiros: dicas, documentos, visto

Turismo na Suíça
Fonte: PxHere
Antes de viajar, pegue seu papel e caneta e comece a fazer alguns planos. Anote os pontos turísticos que pretende visitar.
E também o que precisará levar para cada destino para não ser pego de surpresa e dar falta de algo importante!
Isso inclui os documentos essenciais para ter uma entrada e saída tranquila na Europa.
Aqui vão alguns itens pra te ajudar nessa tarefa:

Precisa de visto para entrar na Suíça?

Para turismo na Suíça não é preciso ter um visto, a não ser que a viagem dure mais do que 90 dias.
Sendo integrante do Tratado de Schengen, a Suíça exige alguns documentos para comprovar sua situação como turista em boas condições financeiras.
Mas se você chegar na Europa por meio de outro país componente deste acordo e depois viajar para a Suíça, você só vai precisar de um documento com foto, nada mais!

Documentos necessários para entrar na Suíça

É necessário ter o seu passaporte atualizado. Com validade de no mínimo 6 meses para além da data de retorno.
Você também precisa comprovar sua estadia, normalmente por meio de reserva em hotel ou uma carta-convite dos seus anfitriões.
E também seus recursos financeiros, que devem ser suficientes para a estadia e retorno.
Se for por motivos acadêmicos, requer uma carta de comprovação da instituição. E de uma forma ou de outra, precisa ter contratado um seguro de viagem!
Isso mesmo, o seguro internacional não é apenas muito recomendado, mas obrigatório! Nesse caso, com uma cobertura médica de no mínimo 30 mil euros.

Língua, moeda e fuso horário

Apesar de algumas exigências, como a da cobertura do seguro, serem feitas em euros, a moeda utilizada é o franco suíço.
Quanto à linguagem, a dominante é o alemão, principalmente o dialeto suíço desta língua. Predomina na região central e norte do país.
O francês e o italiano são muito falados nas fronteiras com os respectivos países! Então se estiver mais ao sul, pode esperar mais italianos, e mais franceses ao oeste.
O fuso horário é apenas um, conhecido como Hora Central Europeia, ou UTC+1, enquanto o brasil se encontra entre os fusos UTC-5 e UTC-2.
Ou seja, quem sai do Brasil pode ver uma diferença de 3 a 6 horas, dependendo de qual for sua origem. Em São Paulo, essa diferença é de 4 horas.
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Turismo na Suíça: 7 bonitas cidades turísticas

Vamos agora a alguns dos pontos que concentram muito a atenção de turistas.
Esses sete destinos são certamente encantadores e cheios de pontos interessantes para compras, práticas esportivas, passeios em família…
Trace seu trajeto baseado nos que mais te interessarem!

Berna

Turismo na Suíça
Fonte: Pexels
Sabe o que te aguarda na capital suíça? Dentre outras atrações, o centro histórico é demarcado pela UNESCO como patrimônio.
Cada traço cultural é preservado como herança histórica! Por isso não vão faltar museus incríveis, sobre todo tipo de tema.
Os parques também vão te deixar de queixo caído. Imagina só fazer um passeio por essa mistura de sofisticação e tradição?

Genebra

Genebra
Ao extremo oeste, próximo da fronteira com a França, está a segunda maior cidade suíça, Genebra. Sede da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Cruz Vermelha.
Essa cidade, sem dúvida, é a mais internacional da Suíça, devido à presença de variadas nacionalidades. E o povo local costuma ser muito receptivo com os estrangeiros.
Além disso, há muita beleza natural por lá, além da gastronomia de alta qualidade e das boas oportunidades de compra. Com destaque para a importante indústria relojoeira.

Interlaken

Turismo na Suíça Interlaken
Fonte: Pixabay
Próximo de Berna, em direção ao sudeste, Interlaken é predominantemente alemã, assim como as outras cidades que ficam nessa região central.
Seu nome significa literalmente “entre lagos”, por se situar numa conexão entre os lagos Thunersee e Brienzersee.
Ir pra curtir o visual já é uma ótima pedida! As montanhas e lagos complementam o panorama.

Zurique

Zurique
A maior das cidades suíças é Zurique, ou Zurich. O lugar impressiona a todos por sua beleza, limpeza e organização. Oferece uma vida noturna agitada, com cerca de 50 museus.
Seu transporte público é eficiente e extremamente pontual. Sem contar seus belos lagos e, como ocorre por todo o país, os Alpes em seu entorno.
E a partir dela, é bem rápido dar uma passada em Zug e em Lucerna! Dá pra ir de trem e até mesmo de ônibus, táxi ou carro, sem demorar mais de uma hora de ida.

Zug

Zug
Essa cidade concentra a sede de muitas empresas, adquirindo um grande valor econômico.
Como se não bastasse, sua história e cultura se acumulam por mais de 700 anos, desde sua fundação. Um de seus marcos iniciais é a Torre Zyt, com 52 metros de altura.
A vista do topo é fenomenal, ainda mais se pegar o horário do pôr do sol, com os raios vermelhos e alaranjados caindo sobre o centro histórico da cidade.

Lucerna

Turismo na Suíça Lucerna
Fonte: Pexels
Assim como muitas cidades que você poderá visitar em seu roteiro de turismo na Suíça, Lucerna possui ares medievais e uma aparência rústica.
E ao mesmo tempo, é bem viva e movimentada! Seus edifícios frequentemente contêm exposições artísticas e atrações culturais interessantes.
Não deixe de visitar alguns pontos como a Torre da Capela, a Kapellbrücke. A vista é incrível, por dentro e por fora desses lugares!

São Moritz

São Moritz
St. Moritz, ou mesmo São Maurício, é uma cidade que teve seu crescimento muito associado a esportes como o alpinismo.
O ambiente montanhoso e rodeado por pinheiros é de se encantar. Quem quer praticar ski está no lugar certo.
E enquanto Genebra se encontra próximo da fronteira francesa, São Moritz fica bem perto da Itália, não muito distante de Milão.

Afinal, qual a cidade mais bonita da Suíça?

Olha, tomar essa decisão é certamente uma tarefa árdua, decidir qual das cidades da Suíça é a mais bonita.
Esse país inteiro, se desenvolvendo ao longo dos séculos e preservando seus traços históricos marcantes, chama muita atenção. Principalmente de quem vem de fora.
Mas alguns destinos certamente entram na lista com facilidade, como Lucerna, Genebra, Zurique e a capital, Berna.
Por que não viaja e tira suas próprias conclusões? As fotos nem sempre fazem juz à real beleza de cada destino, vale a pena conferir ao vivo.

Turismo na Suíça: conheça 8 curiosidades

Turismo na Suíça
Fonte: Pexels
O próximo passo para seu planejamento de viagem é conhecer algumas dicas gerais sobre esse incrível destino.
Tome nota sobre o que achar útil e interessante para sua próxima viagem!

1. Há 4 idiomas oficiais no país

Talvez você já tenha se perguntado qual língua é falada na Suíça. A grande é verdade é que há 4 idiomas oficiais no país.
São eles: o alemão (falado por mais de 60% da população), o francês, o italiano e o romanche (um dialeto raro, que lembra o português).
Vale lembrar que o alemão falado pelos suíços não é exatamente igual aos dos alemães, que, muitas vezes, encontram dificuldades em usar a língua nesse país.
Mas fique tranquilo: se você sabe falar inglês, já vai conseguir se virar bem por lá.

2. Existem mais de 400 tipos de queijo na Suíça

Os queijos suíços são mundialmente conhecidos por sua qualidade, e entre os mais famosos estão o Gruyère e o Emmental.
Mas você sabia que existem mais de 400 tipos? Pois é! São tantas opções, o que não falta são pratos e receitas à base de queijo.
Uma delas, facilmente encontrada em restaurantes, é a raclete, que consiste, em raspar o queijo aquecido e colocá-lo sobre batatas. Outra opção clássica é o fondue, grande conhecido, aqui no Brasil.

3. A Suíça faz fronteira com 5 países

Apesar de pequena, a Suíça tem uma ótima localização, permitindo acesso fácil a várias outras regiões europeias.
Isso porque ela faz fronteira com 5 países: Áustria, Liechtenstein, França, Itália e Alemanha.
Assim, dependendo de onde estiver, você poderá atravessar uma rua ou lago, fazer compras na França e voltar em pouco tempo!

4. O clima suíço é moderado

Com as estações do ano bem definidas, as temperaturas na Suíça não costumam ser nem muito baixas nem muito altas.
A primavera é a fase com muitas flores, e também de mais chuva, com temperatura média de 18º C.
No verão, o período mais quente, os termômetros marcam em torno de 21º C e, em alguns poucos dias, pode chegar aos 30º.
Já no outono, as paisagens ficam lindas com a mudança da cor das folhas, e o frio dá as caras, podendo fazer até 3º C.
No inverno o frio é mais intenso, mas não espere neve com tanta frequência: a temperatura costuma chegar a abaixo de -2º C.

5. A moeda local não é o Euro

A Suíça não faz parte da União Europeia, por isso, sua moeda oficial é o Franco Suíço, que tem uma cotação um pouco abaixo do Euro.
Mesmo assim, muitos estabelecimentos aceitam o Euro e, para quem faz turismo na Suíça, não há muita dificuldade em trocar moedas nas cidades.

6. A Suíça é a fantástica fábrica de chocolates

Suíça e chocolate são praticamente sinônimos e essa associação faz sentido. Afinal, foi na terra dos alpes que surgiram algumas das marcas de chocolates que o mundo inteiro ama.
Nomes como Toblerone, Lindt e Milka, famosos até aqui no Brasil, começaram suas histórias na Suíça.
Mas a grande atração relacionada ao saboroso doce, sem dúvidas, é a visita à fábrica da Cailler, fundada em 1819 e a responsável por criar o chocolate em versão barra.
Atualmente, a Cailler pertence à Nestlé — empresa também de origem suíça — e a sede está localizada na Vila de Broc, a cerca de 180 km de Zurique.
Durante o passeio, os visitantes conhecerão a história do chocolate, como é produzido e também como era feito o marketing e divulgação desse doce amado.
E como não poderia ser diferente, a melhor parte fica para o final: a degustação à vontade. Na última sala você pode provar quantos chocolates quiser ou aguentar!
Por fim, se quiser levar para casa tem uma lojinha com os produtos da marca. Porém, quem não desejar comprar nada por ali, por todos os supermercados da Suíça há muitas opções de chocolates, geralmente, com preços bastante convidativos.

7. O país tem pouco mais de 100 cidades

Como já dissemos, a Suíça é pequena, com pouco mais de 100 cidades. Pra se ter uma ideia, só o estado de São Paulo tem mais de 600 municípios.
Mas visitar cada uma delas é muito proveitoso. E melhor ainda, como o transporte é de ótima qualidade e as distâncias são curtas, não é difícil montar um roteiro pelo país inteiro!
A partir de Zurique ou Genebra, há várias opções para viagens de um dia, como a charmosa Chamonix (na França), muito procurada por interessados em esquiar, e de onde se avista o famoso Mont Blanc, a mais alta montanha dos Alpes e da Europa.
Outra opção é Vevey, onde está a sede mundial da Nestlé, e onde viveu Charlie Chaplin — a propósito, há até um museu dedicado ao artista. Ainda, para quem gosta de música, ocorre por lá um divertido festival de jazz, durante o verão.

8. A Suíça não tem sistema de saúde pública

Isso mesmo. Por lá, todos os cidadãos são obrigados por lei a ter um plano de saúde desde o nascimento.
Além disso, se alguém de qualquer parte do mundo passar a viver no país, precisará providenciar a assinatura de um convênio médico em até três meses.
Isso porque toda a rede assistencial é oferecida de forma privada. A propósito, se você vai a turismo na Suíça, saiba que precisará contratar um seguro saúde por dois motivos.
Primeiro, por não haver nenhum tipo de atendimento gratuito — nem no caso de emergências.
Segundo, porque o país é signatário do Acordo de Schengen, que determina uma série de exigências dos turistas.
E, então? Se deliciar com chocolates, curtir um friozinho, experimentar bons vinhos e queijos. Parece ser incrível, não é?

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