por GUIMARÃES ORTEGA - ferpaortega@terra.com.br
Quando John Lennon disse
a celebre frase “o sonho acabou”, referia-se ao sonho de uma juventude que, com
suas atitudes irreverentes, suas músicas, suas ideias e uma filosofia que
preconizava “faça amor, não faça guerra”, tentou mudar o mundo. Pode não ter
conseguido naquele momento, mas a semente foi lançada e a cultura da paz e do
amor se espalhou por todo o universo. Se o sonho acabou ou não, somente a
história poderá dizer. O que se sabe é que o mundo nunca mais foi o mesmo depois
da geração dos anos 1960.
O festival de Woodstock aconteceu no auge do movimento Hippie, em agosto de 1969, numa fazenda nos arredores de Nova Iorque. Foram três dias de muita música, muita droga, sexo e total liberdade. Cerca de 500 mil jovens curtiram o corpo, a mente, longe dos males da civilização. O LSD (acido lisérgico) era a droga reinante, e encheu o universo jovem de sonhos, fantasias e esperanças. Mas a melhor droga mesmo era a música.
O movimento Hippie nasceu na Califórnia (EUA), e a partir daí se alastrou por todo o mundo. O termo Hippie foi utilizado pela primeira vez em 1965 por um jornal de São Francisco, para designar jovens que se reuniam em festivais de rock e blues, usavam flores nos cabelos longos e roupas coloridas, falavam de igualdade e liberdade e curtiam LSD. Deriva da palavra “hipster”, que quer dizer “criadores de tendência”, ou ainda “pessoas que se envolvem com a cultura negra” (foi utilizada na década de 1940 para designar músicos negros de jazz) e servia para se referir de modo negativo e pejorativo aos jovens da época que circulavam por North Beach, na Califórnia. Os Hippies adotaram um estilo de vida comunitário em pequenas vilas ao redor de São Francisco, e saiam como nômades viajando por todo o país. Desenvolveram o movimento considerado como a contracultura dos anos 1960, negando o nacionalismo e atuando contra a guerra do Vietnã. Praticavam religiões como o hinduísmo, o budismo, culturas nativas norte-americanas advindas dos índios, e eram radicalmente contra o modo de vida da classe media americana. Para os Hippies, os valores sociais tradicionais não tinha legitimidade. Vestiam-se de forma diferente, amavam as flores, curtiam drogas, o sexo livre e tinham uma verdadeira paixão pela musica, principalmente o blues e o rock. O grande sonho dos Hippies era a busca pela paz e pela liberdade, além de terem no amor livre uma de suas maiores bandeiras.
Em 1970 o movimento sofre um grande golpe na Califórnia ao ocupar um terreno e transformar em um parque popular. Em um confronto com a polícia, um jovem morreu e muitos ficaram feridos. Em um show da banda Rolling Stones, em um confronto com a gang Hell, s Angels, encarregados da segurança do evento, morrem mais quatro jovens. Com a morte de Jimmy Hendrix e Janis Joplin e a dissolução dos Beatles, aliado à repressão social e policial, o movimento começa a se esconder. Evitam a publicidade e buscam as comunidades longe dos grandes centros, vivendo como andarilhos e vendendo seus artesanatos para sobreviver. E surge o mito de que o movimento acabou e se tornou parte da sociedade estabelecida, o que não é verdadeiro. O que aconteceu é que a sociedade em todo o mundo passou a adotar inconscientemente o estilo e a cultura hippie, embora com restrições e muito pouco da essência. É a semente que começa a germinar.
No Brasil o movimento Hippie seguiu uma linha parecida ao americano, com os jovens buscando a vida livre e desprovida de regras. Viviam como nômades com suas mochilas e barracas, e acabaram sendo muito discriminados, pois o país vivia um regime de exceção comandado pelos militares. O movimento tomou corpo no início da década de 1970 e se expandiu em todo o país, tendo inclusive se ramificado por toda a América Latina. Era praticamente regra na cultura Hippie Tupiniquim sair sem rumo, viajando pelos países Andinos. Seus ídolos inicialmente foram os Mutantes, o grupo da Tropicália, Raul Seixas e os Novos Baianos, que chegaram a fundar uma comunidade em uma fazenda em Petrópolis.
Em meados dos anos 1970 o movimento perde força, e os Hippies começam a se acomodar em comunidades, tais como Arembepe e Troncoso na Bahia, além de Pirenópolis no estado de Goiás e ainda Milho Verde, em Minas Gerais. Passam a viver de forma alternativa, porém em harmonia com a sociedade estabelecida. Hoje ainda continuam nas comunidades, e existem alguns jovens e muitos nem tão jovens assim vivendo nas ruas vendendo artesanato. Resta saber se ainda prevalece a ideologia Hippie que chacoalhou o mundo nos anos 1960, ou apenas buscam um modo alternativo de vida.
O sonho não acabou. Ele ainda persiste dentro das pessoas, e continua a abrir caminho para os jovens que buscam uma sociedade livre e justa. Enquanto existir alguém que lute pela liberdade, pela igualdade e pela fraternidade, que busque a paz e a justiça entre os homens, teremos a realização do sonho. Que em verdade não se realiza, apenas cumpre etapas. O sonho não é uma estrutura a ser atingida. É sim uma verdade a ser defendida, um objetivo a ser perseguido eternamente.
O sonho não acabou, e a semente plantada pelos Hippies nos anos 1960 germinou e está repleta de frutos. Neste mundo absurdo e cruel, ainda resta sonhar.
O festival de Woodstock aconteceu no auge do movimento Hippie, em agosto de 1969, numa fazenda nos arredores de Nova Iorque. Foram três dias de muita música, muita droga, sexo e total liberdade. Cerca de 500 mil jovens curtiram o corpo, a mente, longe dos males da civilização. O LSD (acido lisérgico) era a droga reinante, e encheu o universo jovem de sonhos, fantasias e esperanças. Mas a melhor droga mesmo era a música.
O movimento Hippie nasceu na Califórnia (EUA), e a partir daí se alastrou por todo o mundo. O termo Hippie foi utilizado pela primeira vez em 1965 por um jornal de São Francisco, para designar jovens que se reuniam em festivais de rock e blues, usavam flores nos cabelos longos e roupas coloridas, falavam de igualdade e liberdade e curtiam LSD. Deriva da palavra “hipster”, que quer dizer “criadores de tendência”, ou ainda “pessoas que se envolvem com a cultura negra” (foi utilizada na década de 1940 para designar músicos negros de jazz) e servia para se referir de modo negativo e pejorativo aos jovens da época que circulavam por North Beach, na Califórnia. Os Hippies adotaram um estilo de vida comunitário em pequenas vilas ao redor de São Francisco, e saiam como nômades viajando por todo o país. Desenvolveram o movimento considerado como a contracultura dos anos 1960, negando o nacionalismo e atuando contra a guerra do Vietnã. Praticavam religiões como o hinduísmo, o budismo, culturas nativas norte-americanas advindas dos índios, e eram radicalmente contra o modo de vida da classe media americana. Para os Hippies, os valores sociais tradicionais não tinha legitimidade. Vestiam-se de forma diferente, amavam as flores, curtiam drogas, o sexo livre e tinham uma verdadeira paixão pela musica, principalmente o blues e o rock. O grande sonho dos Hippies era a busca pela paz e pela liberdade, além de terem no amor livre uma de suas maiores bandeiras.
Em 1970 o movimento sofre um grande golpe na Califórnia ao ocupar um terreno e transformar em um parque popular. Em um confronto com a polícia, um jovem morreu e muitos ficaram feridos. Em um show da banda Rolling Stones, em um confronto com a gang Hell, s Angels, encarregados da segurança do evento, morrem mais quatro jovens. Com a morte de Jimmy Hendrix e Janis Joplin e a dissolução dos Beatles, aliado à repressão social e policial, o movimento começa a se esconder. Evitam a publicidade e buscam as comunidades longe dos grandes centros, vivendo como andarilhos e vendendo seus artesanatos para sobreviver. E surge o mito de que o movimento acabou e se tornou parte da sociedade estabelecida, o que não é verdadeiro. O que aconteceu é que a sociedade em todo o mundo passou a adotar inconscientemente o estilo e a cultura hippie, embora com restrições e muito pouco da essência. É a semente que começa a germinar.
No Brasil o movimento Hippie seguiu uma linha parecida ao americano, com os jovens buscando a vida livre e desprovida de regras. Viviam como nômades com suas mochilas e barracas, e acabaram sendo muito discriminados, pois o país vivia um regime de exceção comandado pelos militares. O movimento tomou corpo no início da década de 1970 e se expandiu em todo o país, tendo inclusive se ramificado por toda a América Latina. Era praticamente regra na cultura Hippie Tupiniquim sair sem rumo, viajando pelos países Andinos. Seus ídolos inicialmente foram os Mutantes, o grupo da Tropicália, Raul Seixas e os Novos Baianos, que chegaram a fundar uma comunidade em uma fazenda em Petrópolis.
Em meados dos anos 1970 o movimento perde força, e os Hippies começam a se acomodar em comunidades, tais como Arembepe e Troncoso na Bahia, além de Pirenópolis no estado de Goiás e ainda Milho Verde, em Minas Gerais. Passam a viver de forma alternativa, porém em harmonia com a sociedade estabelecida. Hoje ainda continuam nas comunidades, e existem alguns jovens e muitos nem tão jovens assim vivendo nas ruas vendendo artesanato. Resta saber se ainda prevalece a ideologia Hippie que chacoalhou o mundo nos anos 1960, ou apenas buscam um modo alternativo de vida.
O sonho não acabou. Ele ainda persiste dentro das pessoas, e continua a abrir caminho para os jovens que buscam uma sociedade livre e justa. Enquanto existir alguém que lute pela liberdade, pela igualdade e pela fraternidade, que busque a paz e a justiça entre os homens, teremos a realização do sonho. Que em verdade não se realiza, apenas cumpre etapas. O sonho não é uma estrutura a ser atingida. É sim uma verdade a ser defendida, um objetivo a ser perseguido eternamente.
O sonho não acabou, e a semente plantada pelos Hippies nos anos 1960 germinou e está repleta de frutos. Neste mundo absurdo e cruel, ainda resta sonhar.