quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Noam Chomsky: se queremos mudar o mundo, vamos entendê-lo

[Noam Chomsky - La Jornada] O aspecto mais digno de entusiasmo do movimento Ocupa Wall Street é a construção de vínculos que estão se formando em toda parte. Karl Marx disse: a tarefa não é somente entender o mundo, mas transformá-lo. Uma variante que convém ter em conta é que, se queremos com mais força mudar o mundo, vamos entendê-lo. Isso não significa escutar uma palestra ou ler um livro, embora essas coisas às vezes ajudem. Aprende-se a participar. Aprende-se com os demais. Aprende-se com as pessoas com quem se quer organizar. O artigo é de Noam Chomsky. Dar uma conferência Howard Zinn é uma experiência agridoce para mim. Lamento que ele não esteja aqui para tomar parte e revigorar um movimento que foi o sonho de sua vida. Com efeito, ele pôs boa parte de seus ensinamentos nisso. Se os laços e associações que se estão estabelecendo nesses acontecimentos notáveis puderem se sustentar durante o longo e difícil período que os espera – a vitória nunca chega logo -, os protestos do Ocupar Wall Street poderão representar um momento significativo na história estadunidense. Nunca tinha se visto nada como o movimento Ocupa Wall Street, nem em tamanho nem em caráter. Nem aqui nem em parte alguma do mundo. As vanguardas do movimento estão tratando de criar comunidades cooperativas que bem poderiam ser a base de organizações permanentes, de que se necessita para superar os obstáculos vindouros e a reação contra o que já está se produzindo. Que o movimento Ocupem não tenha precedentes é algo que parece apropriado, pois esta é uma era sem precedentes, não só nestes momentos, mas desde os anos 70. Os anos 70 foram uma época decisiva para os Estados Unidos. Desde a sua origem este país teve uma sociedade em desenvolvimento, não sempre no melhor sentido, mas com um avanço geral em direção da industrialização e da riqueza. Mesmo em períodos mais sombrios, a expectativa era que o progresso teria de continuar. Eu tenho idade o suficiente para recordar da Grande Depressão. De meados dos anos 30, quando a situação objetivamente era muito mais dura que hoje, e o espírito bastante diferente. Estava-se organizando um movimento de trabalhadores militantes – com o Congresso de Organizações Industriais (CIO) e outros – e os trabalhadores organizavam greves e operações padrão a ponto de quase tomarem as fábricas e as comandarem por si mesmos. Devido às pressões populares foi aprovada a legislação do New Deal. A sensação que prevalecia era que sairíamos daqueles tempos difíceis. Agora há uma sensação de desesperança e às vezes desespero. Isto é algo bastante novo em nossa história. Nos anos 30, os trabalhadores poderiam prever que os empregos iriam voltar. Agora, os trabalhadores da indústria, com um desemprego praticamente no mesmo nível que durante a Grande Depressão, sabem que, se as políticas atuais persistirem, esses empregos terão desaparecido para sempre. Essa mudança na perspectiva estadunidense evoluiu a partir dos anos 70. Numa mudança de direção, vários séculos de industrialização converteram-se numa desindustrialização. Claro, a manufatura seguiu, mas no exterior; algo muito lucrativo para as empresas mas nocivo para a força de trabalho. A economia centrou-se nas finanças. As instituições financeiras se expandiram enormemente. Acelerou-se o círculo vicioso entre finanças e política. A riqueza passou a se concentrar cada vez mais no setor financeiro. Os políticos, confrontados com os altos custos das campanhas eleitorais, afundaram profundamente nos bolsos de quem os apoia com dinheiro. E, por sua vez, os políticos os favoreciam, com políticas favoráveis a Wall Street: desregulação, transferências fiscais, relaxamento das regras da administração corporativas, o que intensificou o círculo vicioso. O colapso era inevitável. Em 2008, o governo mais uma vez resgatou as empresas de Wall Street que eram supostamente grande demais para quebrarem, com dirigentes grandes demais para serem encarcerados. Agora, para 10% de 1% da população que mais se beneficiou das políticas recentes ao longo de todos esses anos de cobiça e enganação, tudo vai muito bem. Em 2005, o Citigroup – que certamente foi objeto em ocasiões repetidas de resgates do governo – viu o luxo como uma oportunidade de crescimento. O banco distribuiu um folheto para investidores no qual os convidava a investirem seu dinheiro em algo chamado de índice de plutonomia, que identificava as ações das companhias que atendessem ao mercado de luxo. Líderes religiosos, principalmente da comunidade de negros, cruzaram a ponte do Brooklyn no último domingo com lonas e tendas para entregá-las aos membros do movimento Ocupar Wall Street que estão acampados no coração econômico da cidade de Nova York. O mundo está dividido em dois blocos: a plutocracia e o resto, resumiu. Estados Unidos, Grã Bretanha e Canadá são as plutocracias-chave: as economias impulsionadas pelo luxo. Quanto aos não ricos, às vezes se lhe chamam de precariado: o proletariado que leva uma existência precária na periferia da sociedade. Essa periferia, no entanto, converteu-se numa proporção substancial da população dos Estados Unidos e de outros países. Assim, temos a plutocracia e o precariado: o 1% e os 99%, como se vê no movimento Ocupem. Não são cifras literais mas sim, é a imagem exata. A mudança história na confiança popular no futuro é um reflexo de tendências que poderão ser irreversíveis. Os protestos do movimento Ocupem são a primeira reação popular importante que poderão mudar essa dinâmica. Eu me detive nos assuntos internos. Mas há dois acontecimentos perigosos na arena internacional que ofuscam todos os demais. Pela primeira vez na história há ameaças reais à sobrevivência da espécie humana. Desde 1945 temos armas nucleares e parece um milagre que tenhamos sobrevivido. Mas as políticas do governo Barack Obama estão fomentando uma escalada. A outra ameaça, claro, é a catástrofe ambiental. Por fim, praticamente todos os países do mundo estão tomando medidas para fazer algo a respeito. Mas os Estados Unidos estão regredindo. Um sistema de propaganda reconhecido abertamente pela comunidade empresarial declara que a mudança climática é um engano dos setores liberais. Por que teríamos de dar atenção a esses cientistas? Se essa intransigência no país mais rico do mundo continuar, não poderemos evitar a catástrofe. Deve fazer-se algo, de uma maneira disciplinada e sustentável. E logo. Não será fácil avançar. É inevitável que haja dificuldades e fracassos. Mas a menos que o processo estão ocorrendo aqui e em outras partes do país e de todo o mundo continue crescendo e se converta numa força importante da sociedade e da política, as possibilidades de um futuro decente são exíguas. Não se pode lançar iniciativas significativas sem uma ampla e ativa base popular. É necessário sair por todo o país e fazer as pessoas entenderem do que se trata o movimento Ocupar Wall Street, o que cada um pode fazer e que consequências teria não fazer nada. Organizar uma base assim implica educação e ativismo. Educar as pessoas não significa dizer em que acreditar; significa aprender dela e com ela. Karl Marx disse: a tarefa não é somente entender o mundo, mas transformá-lo. Uma variante que convém ter em conta é que, se queremos com mais força mudar o mundo, vamos entendê-lo. Isso não significa escutar uma palestra ou ler um livro, embora essas coisas às vezes ajudem. Aprende-se a participar. Aprende-se com os demais. Aprende-se com as pessoas com quem se quer organizar. Todos temos de alcançar conhecimentos e experiências para formular e implementar ideias. O aspecto mais digno de entusiasmo do movimento Ocupar Wall Street é a construção de vínculos que estão se formando em toda parte. Esses laços podem se manter e expandir, e o movimento poderá dedicar-se a campanhas destinadas a porem a sociedade numa trajetória mais humana. Fonte: Carta Maior (*) Este artigo é uma adaptação de uma fala de Noam Chomsky no acampamento Occupy Boston, na praça Dewey, em 22 de outubro. Ele falou numa atividade de uma série de Conferências em Memória de Howard Zinn, celebrada pela Universidade Livre do Ocupar Boston. Zinn foi historiador, ativista e autor de A People’s History of the United States.) Noam Chomsky é professor emérito de Linguística e Filosofia do Instituto Tecnológico de Massachusetts, em Cambridge, Massachusetts. É o maior linguista do século e um dos últimos anarquistas sérios do planeta. Tradução: Katarina Peixoto

AVC: diagnóstico rápido e preciso são fundamentais no controle da doença

AVC: diagnóstico rápido e preciso são fundamentais no controle da doença Publicado em 26/11/2012 O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é responsável por uma média anual de 340 mil casos e 100 mil mortes, tornando-se a doença que mais mata no Brasil, segundo estatísticas do Datasus. Somente na Bahia, em 2009, atingiu fatalmente mais de 6.300 pessoas. Hoje, aproximadamente 1 milhão e 900 mil brasileiros vivem com sequelas da doença, sendo que 70% não retornam ao trabalho e de 30 a 50% ficam dependentes. Conhecido popularmente como derrame, o AVC acontece devido a uma interrupção súbita de sangue para uma área do cérebro e se caracteriza por sinais e sintomas muitas vezes devastadores. O paciente pode apresentar fraqueza em um dos lados do corpo, dificuldade para andar ou falar, boca torta, visão dupla e dor de cabeça intensa acompanhada de vômitos. Nos casos graves, o indivíduo pode perder a consciência e entrar em estado de coma de imediato. O surgimento desses sintomas exige que o paciente procure um serviço médico de emergência, pois o atendimento deve ser o mais rápido possível, visto que as primeiras horas são cruciais para o correto tratamento. De acordo com o neurologista Pedro Antonio Pereira, apesar do AVC ser uma doença devastadora, existe prevenção e tratamento na fase aguda. “Atitudes como não fumar e controlar a pressão arterial, o diabetes melitus e os níveis de colesterol estão entre as medidas que podem ser tomadas para evitar o AVC. Quanto ao tratamento, há medicações que tornam possível a desobstrução do vaso ocluído, restabelecendo o fluxo sanguíneo normal do paciente com AVC isquêmico, evitando morte e sequelas”, afirmou. Para melhor atender aos pacientes vítimas de problemas neurológicos, o Hospital Santa Izabel possui uma Unidade de Terapia Intensiva Neurológica (Utin) com equipamentos de monitorização e profissionais neurointensivistas especializados. “É um marco em Salvador, pois possuímos profissionais de alto gabarito e neurologistas de plantão 24 horas”, disse Jamary Oliveira Filho, chefe da Utin. Segundo ele, esse diferencial garante o reconhecimento precoce da lesão neurológica, permitindo ao profissional atuar no tratamento antes de se estabelecer a sequela definitiva e reduzir a mortalidade.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

(Letra de Bob Dylan na voz de Pete Seeger)

José Manuel Cruz Cebola Jovem Para Sempre Que Deus te abençoe e te acompanhe sempre, Que seus desejos se tornem realidade, Que você sempre faça para os outros E deixe que os outros façam por você. Que você construa uma escada para as estrelas E suba cada degrau, Que você fique jovem para sempre, Jovem para sempre, jovem para sempre, Que você fique jovem para sempre. Que você cresça para ser justo, Que você cresça para ser verdadeiro, Que você sempre saiba a verdade E veja as luzes ao seu redor. Que você seja sempre corajoso, Fique em pé e seja forte, Que você fique jovem para sempre, Jovem para sempre, jovem para sempre, Que você fique jovem para sempre. Que suas mãos estejam sempre ocupadas Que seus pés sejam sempre rápidos Que você tenha uma base forte Quando os ventos das mudanças voltarem. Que o seu coração seja sempre feliz, Que sua canção seja sempre cantada, Que você fique jovem para sempre, Jovem para sempre, jovem para sempre, Que você fique jovem para sempre. (Letra de Bob Dylan na voz de Pete Seeger)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

SAUDAÇÕES AOS ORIXÁS E ENTIDADES

SAUDAÇÕES AOS ORIXÁS E ENTIDADES Oxalá - Epa epa Babá! (yorubá) Epa epa(exclamação de surpresa, grande admiração pela honrosa presença); Babá (pai) Omulu/Obaluaie - Atoto! (yorubá) Atoto (Silêncio) – Silêncio! Ele está entre nós! Oxóssi - Okê arô! (yorubá) Okê (monte); arô (título honroso dado aos caçadores) – Salve o grande Caçador! Oxum - Ora iê iê ô ! (yorubá) Salve a Senhora da bondade! Ogum - Patakori Ogun! (yorubá) ou ainda, Ogunhê! (brado que representa o força de Ogun) pàtàki (principal); ori (cabeça) – Muita honra em ter o mais importante dignitário do Ser Supremo em minha cabeça! Yemanjá - Odô-fe-iaba! (yorubá) ou ainda, Odô iá! Odô (rio); fe (amada); iyàagba (senhora) – Amada Senhora do Rio (das águas) ! Xangô - Kawô Kabiecile! (yorubá) Ká (permita-nos); wô (olhar para); Ka biyê si (Sua Alteza Real); le (complemento de cumprimento a um chefe) – Permita-nos olhar para Vossa Alteza Real! Iansã - Eparrê Oiá! (yorubá) Eparrê (saudação a um dos raios do Orixá da decisão); Oyá (nome por que é conhecida Iansã) – Saudação aos majestosos ventos de Oyá! Ibêji - Oni Beijada! (yorubá) ou ainda, Beji, Beijada! Ele é dois! Nanã - Saluba Nanã! (yorubá) Salve a Senhora Mãe de todas as Mães Ossaim - Euê-ô! Euê-ô! Euê-ô! (yorubá) Ewe (folhas); O (sufixo para cumprimentos (salve) – “Salve as folhas!” ,ou melhor “Salve o Senhor das folhas!” Preto Velho - Adorei as Almas! Caboclo - Okê, Caboclo! “Salve o Grande Caboclo” Boiadeiro - Xetro marrumbaxetro! Xetruá! Significação desconhecida. Figuração onomatopéica. Exú - Laroyê exú! (yorubá) ou ainda, Exú é mojubá! “Saudação amiga à Exú” ; móju (viver à noite) bá (armar emboscada) - “Exú gosta de viver a noite, sempre capaz de armar emboscadas”. Crianças - Oni, beijada! “Ele é dois!” , saudação igual a dos orixás Ibeji. Ciganos - Arriba! Malandros - Salve a Malandragem ! ou ainda, Acosta! Malandro! A.D.

EXCLUSIVO:Como Brasília perdeu uma prostituta !!!

SEGUNDA-FEIRA, 11 DE FEVEREIRO DE 2013 ESPAÇO DO LEITOR Vierinha.......por email A educadora Dagmar Garroux preparou uma de suas alunas para ser prostituta. Mas não qualquer prostituta - seria treinada para circular pelos bastidores de Brasília. Além de etiqueta, aprenderia a falar bem português e se viraria no inglês ou espanhol. Com aulas de artes, história e atualidades, ela conseguiria manter uma conversa em recepções. “O treino funcionou”, orgulha-se Dagmar. Funcionou tão bem que Brasília perdeu uma prostituta. A menina, estimulada com a chance de ser prostituta em Brasília, morava na favela do Parque Santo Antônio, localizada no chamado “triângulo da morte”, na zona sul da cidade de São Paulo. No “triângulo” existe o cemitério São Luiz, que, conta-se, é o lugar onde estariam enterrados mais adolescentes por metro quadrado no mundo. Dagmar criou, ali, um centro educacional batizado de Casa do Zezinho - o nome é inspirado na poesia “E agora, José?”, de Carlos Drummond de Andrade. Uma das freqüentadoras da casa era a menina, que começou a vender o corpo, na fronteira da adolescência, agenciada por um rapaz mais velho da escola pública em que estudava. Dividiam pela metade o valor de cada programa (R$ 10). A garota não gostou da intromissão da educadora. “Não se mete, não. - Você nunca pensou em se vender para ganhar dinheiro?”, perguntou, agressiva. Ela era conhecida pela violência, metia-se em brigas. Quase sempre andava com uma faca. Dagmar suspeitou de que corria o risco de perder a aluna, desfeito o já frágil laço afetivo. Decidiu entrar no jogo. Disse que nunca quis vender o corpo. Mas, se quisesse, não iria aceitar mixaria. “Eu iria cobrar no mínimo R$ 1.000. Isso no começo, depois aumentaria o preço.” A aluna arregalou os olhos e ouviu a improvável proposta: “Por que você não se prepara para ser puta em Brasília? Você ganha dinheiro e se aposenta”. Com aquele corpo e a bagagem intelectual, acrescentou, certamente iria surgir um marido rico. No dia seguinte, a garota voltou, animada com a proposta. “Topo”, disse. Dagmar ponderou que ela deveria, então, se preparar. Para começo de conversa, deveria se cuidar para que aumentasse a disputa dos clientes. Precisaria, assim, parar imediatamente de estragar seu corpo com os homens da favela. “- Você quer chegar a Brasília com a mercadoria velha?” Dagmar convenceu-a de que, além do corpo atraente, precisaria mostrar cultura e saber falar. Um tanto a contragosto, mas de olho nas recompensas futuras, aceitou as aulas. Com as aulas, vieram reflexões sobre autonomia e responsabilidade; a auto-estima era trabalhada em projetos de arte e comunicação. Certo dia, ela fez um comentário sobre os dentes de Dagmar. “Parece que você tem uma boca de cavalo.” E brincou: “Se eu fosse dentista, eu consertaria a sua boca”. O apoio explicou por que, embora sem intenção, a menina apresentasse melhor desempenho escolar. A trajetória teve momentos de crise: como já não faturava com a prostituição, a garota passou tambem a vender drogas. Dagmar voltou a argumentar que, se fosse mesmo vender drogas, deveria se tornar chefe e, aí, precisaria continuar os estudos para entender contabilidade. O inglês seria útil para transações internacionais. Como era inteligente, a menina prosperava cada vez mais rapidamente na escola. À medida que ficava mais velha, prestava mais atenção no que acontecia em sua comunidade com quem se envolvia com as drogas e a prostituição - bem ao seu lado estava o pedagógico cemitério São Luiz. Ela chegou a concluir o ensino médio e suspeitou que talvez pudesse prosseguir. Por motivos óbvios, não posso revelar o nome da aluna: “Ainda sinto muita vergonha”, justifica. Fez um cursinho pré-vestibular gratuito e entrou na USP. Formou-se em odontologia - e agora vive consertando bocas. PS: A ex-futura-prostituta de Brasília é um dos casos que passaram pela Casa do Zezinho, uma experiência relatada agora pelo educador Celso Antunes no livro “A Pedagogia do Cuidado”, a ser lançado neste mês. Ele detalha o que existe de teorias pedagógicas por trás dos exemplos. Se os gestores municipais agora eleitos quiserem fazer cidades melhores, terão de aprender as magias que podem ser feitas quando existirem bons educadores, mesmo num “triângulo da morte”. É mais uma ilustração do que sempre digo: educar é ensinar o encanto da possibilidade. Um dos seus projetos é transformar aquele simbólico cemitério São Luiz, com o recorde de covas de adolescentes, numa galeria de arte, com os muros externos pintados - as obras, claro, serão feitas por adolescentes. Por esse tipo de experiência, Dagmar vai dar aula, na próxima semana, num curso de gestão da Fundação Vanzolini, da Poli.