quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Programa do PT na TV defende Lula e diz que suspeitas são preconceituosas

Programa do PT na TV defende Lula e diz que suspeitas são preconceituosas

Jorge Araújo/Folhapress
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reunião do Conselho Político do PT (Partido dos Trabalhadores), em São Paulo, nesta segunda
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reunião do Conselho Político do PT, em São Paulo
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O programa partidário de 10 minutos que o PT leva ao ar nesta terça-feira (23) na televisão (das 20h30 às 20h40) faz uma defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que as investigações e suspeitas contra ele não passam de preconceito de quem não aceita a sua origem pobre.
A presidente Dilma Rousseff não atendeu ao convite para gravar para o programa e sua imagem aparece apenas uma vez, quando é mencionado o trabalho do partido pela inserção da mulher na política.
A defesa de Lula concentra cerca de um terço dos 10 minutos, tempo em que não é mencionada a suspeita de que o ex-presidente foi beneficiado por empreiteiras por meio de reformas em um tríplex no Guarujá e em um sítio em Atibaia, ambos em São Paulo.
"Os que tentam manchar suas história, Lula, são os mesmos de ontem, os preconceituosos que nunca aceitaram suas ideias e suas origens", narra um locutor, sobre imagens de fotos e recortes de jornal que mostram a trajetória do ex-presidente.
"Mas não vão conseguir", prossegue o locutor. "As ofensas, as acusações, a privacidade invadida, tudo isso passa, Lula, a luta é antiga. E nós vamos vencer novamente, porque você permanece sendo a voz de um país pobre que se fez forte, que se fez novo, isso é o que importa, isso é o que fica. No coração do nosso povo você tem respeito, amor e morada definitiva."
Lula tem uma fala de cerca de 1 minuto em que não aborda diretamente as suspeitas que pesam contra ele. O ex-presidente faz um discurso de superação da crise e de crítica àqueles que apontam o péssimo cenário econômico.
"As pessoas que falam em crise, crise, crise repetem isso todo o dia e ficam minando a confiança do nosso país", diz o ex-presidente, segundo quem os ataques ao PT partem daqueles que se incomodam ao dividir a poltrona do avião com o povo.
"É verdade que erramos, mas acertamos muito mais e podemos melhorar muito mais ainda", acrescenta o petista.
Envolvido no centro das apurações de corrupção na Petrobras, o PT não aborda o assunto diretamente, procurando se defender sem fazer menção ao que motiva a defesa.
"Por que tanto ódio e intolerância contra um partido nesse momento em que o país precisa tanto de união? Erros se corrigem, dificuldades passam", dizem os atores que participam do programa.
Além de uma montagem que busca motivar as pessoas a se engajar na superação da crise econômica, o partido centra críticas na oposição, que estaria tentando ganhar o poder "no tapetão".
"Já tentaram anular o resultado das eleições, pediram para recontar os votos", dizem os atores em determinado trecho do programa. "Queriam ganhar no tapetão, mas não deu certo, quiseram então instalar uma comissão de impeachment na marra, tiveram que mudar o plano, agora atacam e caluniam o presidente Lula."
Além do pedido de impeachment contra presidente Dilma Rousseff no Congresso, o Tribunal Superior Eleitoral analisa processo que pede a cassação do mandato da petista.
O programa foi feito pelo marqueteiro Edson Barbosa. O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que não houve participação de João Santana, cujo decreto de prisão em decorrência das investigações da Operação Lava Jato foi tornado público nesta segunda-feira.
Falcão também disse que Dilma recusou o convite para gravar o programa por possível problema de agenda. O PT afirmou que colocará o programa na internet já nesta segunda-feira (22). 

Melódica e Amável...



 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Cartola - As Rosas não Falam


Morte Encefálica: a verdade sobre o teste da apneia na declaração de morte no Brasil

Morte Encefálica: a verdade sobre o teste da apneia na declaração de morte no Brasil

Assista ao vídeo da TV Cultura no endereço:
O neurologista Celio Levyman, um dos 12 elaboradores dos critérios da morte encefálica no Brasil, então o coordenador da Comissão Técnica de Critérios de Morte Encefálica do CRM e membro da Câmara Técnica Permanente de Morte Encefálica do Conselho Federal de Medicina, portanto autor e subscritor da Resolução CFM 1.480/97, que estabelece o procedimento declaratório de morte encefálica no Brasil, em debate no Programa Opinião, da TV Cultura de São Paulo, do dia 16 de janeiro de 1998, afirma publicamente sobre o teste da apnéia usado para a verificação da morte encefálica:
” O teste da apnéia não é feito com 10 minutos, realmente deixar 10 minutos sem respirar, naturalmente, que o desastre será total, o teste da apnéia é feito com um tempo muito menor. O tempo definido é de dois a três minutos.” (estas são palavras textuais de Celio que você poderá assistir no vídeo acima)
Na resolução 1.480/97, elaborada por ele próprio consta 10 minutos!
A gravação do programa está agora disponível para todos assistirem e tirarem suas próprias conclusões sobre o fato óbvio de que uma personalidade com alta responsabilidade como Levyman, que exerceu uma função pública ao participar da elaboração dos procedimentos declaratórios da morte encefálica, visto que esta Resolução CFM 1480/97 foi decorrente de competência outorgada pela Lei dos Transplantes ao CFM, jamais poderia estar ignorando ou enganando-se quanto ao tempo efetivo previsto naquele Protocolo para duração do tempo do teste (teste da apnéia) de desligar o respirador do paciente traumatizado encefálico severo para verificação da ocorrência da morte que dá condições de retirada de órgãos para transplantes.
Sob o ponto de vista jurídico penal: morte não pode ser declarada com tanta incidência de dúvidas, incertezas ou contradições (?) notórias de parte até mesmo de quem redigiu os seus procedimentos declaratórios constantes na Resolução 1.480/97, ainda mais que esta “morte” foi concebida, na sua origem, pelo Comite Ad Hoc da Harvard Medical School em 1968, sem qualquer indicação bibliográfica, para viabilizar a indústra transplantadora nascente, o que exigia primeiro criar mecanismos para isentar os médicos autores desta declaração prognóstica de responsabilidades criminais e que, também, preservasse a atividade cardiorrespiratória do doador durante a extração dos órgãos, a qual é indispensável para o aproveitamento de órgãos viáveis para transplantes. Tudo com a finalidade de promover a transferência de recursos biológicos da vida de uma pessoa/paciente doadora para outra pessoa/paciente receptora, que aguarda pela “morte” da primeira para poder sobreviver. Logo, é NOTÓRIO o conflito de interesses de vida entre pacientes e seus médicos, dentro da Medicina a partir de 1968, tanto quanto a subordinação de toda a Medicina aos interesses exclusivamente transplantadores, em especial a Neurologia.
Este vídeo foi entregue no ano de 2000 para o Ministério Público Federal — através de Interpelação Judicial a este Órgão, na Justiça Federal do Rio Grande do Sul — por 74 brasileiros, representados pelo advogado que posta esta mensagem, junto com ampla documentação médica e científica, e 40 quesitos neurológicos para esclarecer os erros do procedimento declaratório da morte encefálica. Retida esta apresentação pelo MPF por vários anos, ela finalmente foi entregue ao CFM em 2004 e este órgão não conseguiu enfrentar o contraditório técnico que lhe foi oposto.
Celso Galli Coimbra
OABRS 11352
cgcoimbra@gmail.com
Sobre o mesmo assunto, veja também:
Morte encefálica e transplantes: primeiro debate aberto ao público com presença do CFM:
https://biodireitomedicina.wordpress.com/2011/11/01/morte-encefalica-e-transpl…

Estudo revela intensa atividade cerebral depois de parada cardíaca

Estudo revela intensa atividade cerebral depois de parada cardíaca




O óbvio que vem sendo demonstrado desde meados da década de 90: não estão mortos.  Entretanto, INTENCIONALMENTE, como mortos são tratados para suprir a mina de ouro da medicina transplantadora, que se sobrepões às necessidades de socorro e tratamento dos pacientes traumatizados encefálicos severos.
Celso Galli Coimbra – OABRS 11352
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Descoberta desvenda mistério por trás de relatos de sobreviventes. Experiência de ‘quase morte’ é acompanhada por relatos de visões.


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Depois de analisar as atividades cerebrais de ratos nos segundos seguintes a uma parada cardíaca, cientistas da Universidade deMichigan surpreenderam-se ao constatar uma alta frequência de atividades neurofisiológicas. Nessa fase, a frequência cerebral excede inclusive aquela observada durante o estado de vigília consciente.

A descoberta, publicada esta semana na revista “Proceedings of the National Academyof Sciences” (PNAS), ajuda a elucidar o que de fato ocorre no cérebro durante as chamadas “experiências de quase morte”, frequentemente relatadas por pessoas que já passaram por paradas cardíacas. Até então, presumia-se que o cérebro permanecia praticamente inativo durante essa situação, caracterizada pela parada do coração e pela interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro.

Estudos anteriores já haviam demonstrado que cerca de 20% dos sobreviventes de paradas cardíacas relatam terem experimentado visões e percepções internas durante o período de quase morte. “Essas experiências de quase morte, relatadas em todo o mundo e em várias culturas, são descritas como altamente lúcidas e vívidas, e são percebidas como ‘mais reais do que a realidade’”, afirma o estudo.
Para desvendar como o cérebro se comporta durante esses momentos cruciais, os pesquisadores monitoraram nove ratos que sofreram paradas cardíacas por meio de eletroencefalograma. Os resultados mostraram que a parada cardíaca estimula uma série de eventos cerebrais bem ordenados, detectados pelo exame, que duram pelo menos 30 segundos após a parada do coração. Foram observadas atividades cerebrais semelhantes em ratos que sofreram asfixia.

“Este estudo, feito em animais, é o primeiro a abordar o que acontece ao estado neurofisiológico do cérebro no processo de morte”, diz a principal autora do estudo, Jimo Borjigin. “Ele vai fornecer os fundamentos para futuros estudos com humanos que busquem investigar experiências mentais que ocorrem em morte cerebral, inclusive ver luz durante a parada cardíaca”, diz Jimo.

Ela observa que os resultados confirmaram a previsão de que sinais de atividades conscientes estariam presentes no cérebro durante a parada cardíaca, mas que a grande intensidade das atividades surpreendeu os pesquisadores..

O estudo afirma que a experiência de quase morte representa um paradoxo que desafia a compreensão sobre o cérebro e que já foi invocada, inclusive, como evidência de vida após a morte ou para comprovar uma base não corpórea da consciência humana, com base na crença não comprovada de que o cérebro não poderia ser a fonte de experiências vívidas e lúcidas durante a fase de morte clínica.
“Apresentando evidência de atividade cerebral altamente organizada e de características neurofisiológicas consistentes com o processo consciente na quase morte, nós agora fornecemos um quadro científico para começar a explicar as experiências mentais altamente lúcidas e ‘mais reais do que o real’ reportadas por sobreviventes”, conclui o estudo.

O crime até agora protegido pelas autoridades brasileiras: tráfico de órgãos dentro de hospitais

O crime até agora protegido pelas autoridades brasileiras: tráfico de órgãos dentro de hospitais




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As investigações em torno de tráfico de órgãos em Poços de Caldas (MG) pode desvendar um esquema de mortes e desvio de recursos públicos. Uma vertente das apurações já rendeu sentença de prisão a quatro médicos da cidade, mas ainda tramitam inquéritos sobre desvio de recursos públicos e até de um suposto suicídio que, depois de arquivado pela Polícia Civil, voltou a ser investigado por determinação do Ministério Público Estadual (MPE).
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Segundo o juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro, da 1ª Vara Criminal da comarca, a denúncia que rendeu as condenações aos médicos Alexandre Crispino Zincone, Cláudio Rogério Carneiro Fernandes, João Alberto Goes Brandão e Celso Roberto Frasson Scafi foi um dos resultados de “dezenas de inquéritos” que incluem apurações de mortes de pacientes que viraram doadores de órgãos, desvio de recursos estaduais e federais e cobranças duplicadas de procedimentos médicos, entre outros, em tramitação no MPE e na Polícia Federal.
Além da morte de José Domingos de Carvalho, de 38 anos, morto em 2001, que rendeu as penas entre 8 e 11 anos aos acusados, pelo menos mais duas mortes ocorridas entre 2000 e 2002 também estão sob investigação, incluindo a de Paulo Veronesi Pavesi, de 10. O caso foi parar no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) após um dos promotores pedir a “impronúncia” de suspeitos, o que significa que, na ocasião, o MPE pediu para o processo ser extinto.
Outros médicos condenados por tráfico de órgãos em Taubaté - SP
Médicos condenados por tráfico de órgãos em Taubaté – SP
De acordo com Narciso Castro, a maior parte das ilegalidades investigadas e ainda sob apuração ocorreram na Santa Casa de Poços Caldas. “Aquilo é um sorvedouro de recursos públicos”, dispara o magistrado. “Foram feitas várias auditorias à época, mas nada mudou e é preciso que se façam outras”, acrescenta, lembrando que a PF também instaurou inquérito para investigar a questão.
Suicídio
Além de casos de pacientes declarados mortos na Santa Casa de Poços Caldas, as investigações em torno do caso vão abranger ao menos uma morte ocorrida fora da unidade. Em meio aos inquéritos, o administrador da instituição, Carlos Henrique Marconi, foi encontrado morto quando deveria se dirigir a uma reunião no local. Na ocasião, a Polícia Civil arquivou o inquérito alegando que Marconi cometeu suicídio.
Porém, segundo Narciso Castro, Marconi teria “grampeado” várias reuniões da diretoria da instituição e outra representante do MPE que assumiu o caso pediu a reabertura das investigações. A reportagem entrou em contato com a Santa Casa de Poços de Caldas, mas, segundo a atendente, não havia ninguém da administração da instituição no local que pudesse falar sobre o caso. Até o início da noite desta quinta, não houve retorno dos representantes da unidade. Já a defesa dos médicos condenados informou que já entrou com recurso contra a sentença.