terça-feira, 16 de março de 2021

Costumes (Remasterizada)

Alemanha, França e Itália também suspendem vacina de Oxford; OMS diz que risco de não imunizar é maior [E agora JosÉ?...]

 ANA ESTELA DE SOUSA PINTO E ANA BOTTALLO

·8 minuto de leitura

BRUXELAS, BÉLGICA, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Alemanha, França, Itália, Espanha, Portugal, Irlanda e Holanda se uniram a outros oito países europeus —Dinamarca, Noruega, Islândia, Áustria, Estônia, Lituânia, Letônia, Romênia, Bulgária e Luxemburgo— e um asiático —Indonésia— e suspenderam temporariamente a aplicação de vacinas Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 para se certificarem de que elas não têm ligação com efeitos colaterais mais graves. As suspensões começaram na semana passada, após casos de morte por trombose na Dinamarca e na Áustria, e se ampliaram apesar de recomendações contrárias tanto da OMS (Organização Mundial da Saúde) quanto da EMA (agência regulatória europeia). As duas entidades afirmam que os dados disponíveis até agora não indicam uma proporção de casos maior que a que ocorre na população em geral —de um caso a cada mil indivíduos, aproximadamente. Grupos de especialistas de ambas as organizações se reúnem nesta terça (16), separadamente, para avaliar as informações disponíveis e emitir novas recomendações. Segundo a responsável por vacinas da OMS, Mariângela Simão, os lotes sobre os quais foram relatados problemas foram distribuídos apenas na Europa. Não há suspeitas de problemas com os imunizantes fabricados na Índia —que fornece para o Brasil— e na Coreia do Sul —de onde virão as vacinas da AstraZeneca adquiridas pelo país no consórcio Covax. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirmou que está acompanhando e buscando informações junto às autoridades internacionais sobre possíveis eventos adversos relacionados ao uso da vacina de Oxford. Por meio de sua área internacional, a agência solicitou informações sobre a investigação promovida na Europa. Nas bases nacionais que reúnem os eventos ocorridos com vacinas não há registros de embolismo e trombose associados às vacinas contra a Covid-19, segundo a Anvisa. Nesta segunda (15), a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, afirmou que é esperado que as redes de vigilância acompanhem alertas de efeitos colaterais de medicamentos e vacinas, e que nenhum deles está 100% livre de provocar reações. O fundamental, segundo ela, é comparar o risco de ter uma complicação por causa da vacina com o de adoecer gravemente ou morrer por não ter sido imunizado. “Mais de 300 milhões de pessoas já foram vacinadas no mundo até agora e não há nenhum caso documentado de morte relacionado às vacinas. Por outro lado, 2,6 milhões de pessoas já morreram de Covid-19 desde o começo da pandemia”, afirmou Swaminathan. Esta é a segunda vez neste ano em que diversos países europeus paralisam a administração das vacinas de Oxford/AstraZeneca preventivamente. Em fevereiro, Alemanha e França, entre mais de dez países, bloquearam o uso do produto em idosos, argumentando que faltavam informações sobre seu efeito nessa faixa etária. Os países voltaram atrás no começo de março, após a publicação de dados que indicavam boa proteção da vacina em idosos no Reino Unido, onde ela tem sido usada sem restrições. Mais de 10 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca já foram aplicados pelo governo britânico e outros 7 milhões de doses, na Europa. De acordo com a fabricante, foram relatados até agora 15 casos de trombose venosa profunda (TVP) e 22 eventos de embolia pulmonar, índices "muito menores do que seria esperado que ocorressem naturalmente na população em geral". Phil Bryan, líder de segurança de vacinas da agência regulatória britânica (MHRA), a primeira a aprovar o imunizante em dezembro do ano passado, afirmou que sua equipe está "revisando os relatórios de perto, mas as evidências disponíveis não sugerem que a vacina seja a causa". ​A trombose é uma doença que leva à formação de coágulos geralmente nas veias das pernas ou da pelve. As principais causas são a chamada estase venosa (diminuição do fluxo venoso), lesões na parede da veia (geralmente devido a traumas) e alterações da coagulação do sangue. Segundo Jon Gibbins, diretor do Instituto de Pesquisa Cardiovascular e Metabólica da Universidade de Reading (Reino Unido), a trombose venosa é relativamente comum, afetando de uma a duas pessoas em 1.000. Esse número pode aumentar com a idade e por causa de antecedentes como tabagismo, hipertensão arterial, trauma, câncer, uso de contraceptivos orais e terapias de reposição hormonal. De acordo com Gibbins, a Alemanha está investigando casos de trombose venosa cerebral, um tipo raro de trombose que afeta 5 em 1 milhão de pacientes e causa um acidente vascular cerebral. "Geralmente ocorre em pacientes com plaquetas anormais que podem se tornar hiperativadas em certas circunstâncias." O professor afirmou que as circunstâncias específicas na Alemanha ainda não estão claras, e eles aconselham que qualquer pessoa com dores de cabeça graves e persistentes ou sangramento cutâneo por picada de agulha procure atendimento médico com prioridade. Segundo o Ministério da Saúde da Alemanha, a paralisação foi adotada depois que a autoridade responsável por vacinas no país afirmou que “considera necessárias mais investigações após novos relatos de trombose cerebral em conexão com a vacinação na Alemanha e na Europa”. O ministro da Saúde, Jens Spahn, afirmou que houve sete casos relatados, um “risco muito baixo” em comparação com o 1,6 milhão de doses já aplicadas no país. O presidente francês, Emmanuel Macron, também atribuiu a suspensão a “medidas de precaução”. Na Itália, onde a aplicação da vacina já havia sido retomada, por orientação da EMA, na semana passada, o uso foi de novo interrompido nesta segunda, à espera do comunicado desta terça. Na Espanha, a agência de medicamentos anunciou nesta segunda que pararia a aplicação de vacinas da AstraZeneca por 15 dias, embora não haja registro de casos graves no país. Segundo o órgão, foram administradas mais de 769.415 doses a vacina no país, e o número de eventos relatados era muito menor do que os casos esperados na população. A interrupção, porém, foi decidida depois de um relato de caso de trombose cerebral. De acordo com o presidente do comitê de saúde pública da Associação Britânica de Medicina, Peter English, não é incomum que a introdução de uma nova vacina seja interrompida por relatos de eventos adversos. "É um sinal de que os sistemas de monitoramento de reações adversas estão funcionando; mas, em geral, não indica que as reações estejam sendo causadas pelas vacinas", afirmou. Segundo ele, além de comparar as incidências de casos, é preciso entender se há relação causal entre a vacina e os efeitos adversos. Para a OMS, é preciso tomar cuidado para não causar pânico e criar preconceito indevido na população contra as vacinas. Na Bélgica, por exemplo, país que decidir continuar normalmente com as aplicações do imunizante da AstraZeneca, o governo afirmou que houve cancelamentos de vacinação após novas notícias sobre suspensões. Os números não foram informados. Áustria, Romênia, Bulgária e países bálticos suspenderam a aplicação de um lote específico relacionados à morte de uma enfermeira austríaca, e não de todas as vacinas da AstraZeneca. Esse lote, de 1 milhão de doses, foi enviado a 17 países. No Brasil, o Ministério da Saúde também estima a ocorrência de trombose em uma a cada mil pessoas. Estudo de 2015 do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu estima a incidência de embolia pulmonar, evolução mais grave da trombose, com formação de coágulos no sangue, em 3,9% a 16,6% da população. Relatos de embolia pulmonar e de eventos tromboembólicos em decorrência da Covid-19 já foram reportados. Por isso, pode ser também que esses eventos estejam relacionados à Covid, e não à vacina. Não há relatos, até o momento, de qualquer vacina que cause o fenômeno. “Os distúrbios de coagulação, tanto os que causam derrames quanto os que causam sangramento ou trombocitopenia, um número reduzido de plaquetas no sangue, são muito comuns em pacientes com Covid-19", afirma Stephen Evans, professor de farmacoepidemiologia da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres. Como ainda não há evidência de que as tromboses tenham sido provocadas por vacina, mas já é certeza de que a Covid causa distúrbios de coagulação, "é extremamente provável que o benefício da vacina supere notavelmente qualquer risco de distúrbios de coagulação, até porque ela evita outras consequências da Covid, como a morte". Evans considera “inteiramente razoável" que sejam feitos estudos detalhados sobre as vacinas e as tromboses, mas diz que impedir as pessoas de se imunizarem "parece um passo longe demais" com as informações disponíveis. Para Renato Kfouri, presidente do departamento de imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), por se tratar de vacinas em uso há pouco tempo, é preciso investigar os casos de maneira cuidadosa, mas nunca houve associação de eventos tromboembólicos com vacinas. "É importante lembrar que estamos vacinando muita gente, então muitas pessoas vão sofrer infartos, outros problemas de saúde que teriam de qualquer forma", diz Kfouri. Segundo o pediatra, não há um mecanismo descrito de vacinas alterando a coagulação sanguínea e, consequentemente, aumentando ou favorecendo esse risco. Reações inflamatórias e até doenças associadas a essas inflamações já foram reportadas como eventos adversos às vacinas, e essa poderia ser uma hipótese para a aparente associação, ainda não comprovada, da vacina com a trombose. "Mas o que se imagina é que eventualmente a resposta inflamatória que as vacinas levam para produzir a resposta imunológica possa ter algum grau de agressão ao vaso sanguíneo. Mas isso é teórico. Os fenômenos tromboembólicos se dão por alteração na veia ou artéria, e essas estimativas até hoje não foram demonstradas."

segunda-feira, 15 de março de 2021

Bolsonaro é ameaça maior ao mundo hoje que Assad e Kim Jong-u

Por ALEXANDRE AGUIAR


O presidente Jair Bolsonaro representa hoje um risco maior aos interesses da comunidade internacional que o facínora presidente da Síria Bashar al-Assad e do líder atômico da Coréia do Norte Kim Jong-un.

Diferentemente dos dois tiranos, o primeiro que utiliza armas químicas contra seu próprio povo e o segundo que ameaça o mundo com bombas atômicas e subjuga a sua população com liberdade quase zero e lavagem cerebral maciça, a ameaça de Bolsonaro se dá por algo invisível e somente perceptível nos microscópios.

O Brasil terá um colapso nacional da saúde neste mês de março. Vários Estados já vivem o colapso, incluindo o Rio Grande do Sul. Uma nova cepa muito mais contagiosa e que produz carga viral dez vezes maior que a do vírus original, surgida no Amazonas, está a se espalhar pelo Brasil e levando as redes de saúde privada e pública ao limite ou ao total esgotamento.

O que faz o presidente da República? Mais uma vez boicota e sabota as ações adotadas por governadores e prefeitos com o objetivo de frear a epidemia. Espalha a mentira que os governadores nada fizeram com o dinheiro enviado, aliás mandamento constitucional e não caridade. O Rio Grande do Sul aumentou em 11 meses os seus leitos de UTI no SUS em 126%, fato notável e que poucos lugares do mundo podem dizer ter feito o mesmo.

Bolsonaro causa aglomeração em Fortaleza (CE), em viagem no dia 26 de fevereiro de 2021Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

É muito claro que Bolsonaro trabalha sob a ideia defendida pelo seu conselheiro Osmar Terra, o que errou todas as previsões da epidemia, que o Brasil deve seguir funcionando e que todo mundo deve pegar o vírus para se gerar uma imunidade de rebanho, estratégia que a Suécia adotou e depois voltou atrás sob um saldo trágico.

Uma suposta imunidade de rebanho custaria milhões de mortos e esfacelaria a economia. E, ainda, não há prova alguma que funcione porque a nova variante de Manaus é capaz de driblar a imunidade de quem já teve Covid-19 e provocar nova infecção e matar. E mais variantes vão surgir.

Aí que Jair Bolsonaro é a ameaça maior ao mundo hoje. Nenhum líder no planeta atua para que o vírus circule livremente. Somente o presidente brasileiro. Quanto mais o vírus circula, melhor ambiente ele encontra para mutar e ficar mais perigoso. Quanto mais mutar, maior a ameça para a eficácia das vacinas.

E mutações não se limitam ao local de origem. Espalham-se pelo país e o mundo. A P.1, a nova variante de Manaus, foi primeiro identificada por testes genômicos, acredite, não em São Paulo ou no Rio de Janeiro, mas no Japão. Hoje, a notícia é que a P.1 foi achada em testes de seis pacientes no Reino Unido.

A sequência lógica é simples. Bolsonaro favorece que o vírus circule. Mais circulação traz mais mutações. Mais mutações fazem o vírus mais perigoso. Vírus mudado ameaça as vacinas.

E, em sendo a epidemia a maior crise mundial hoje e as vacinas a maior esperança, o presidente do Brasil é a maior ameaça ao mundo. A loucura de Assad não oferece risco ao morador de Bogotá. Kim não lançará suas bombas e o habitante de Ushuaia pouco está preocupado com seu arsenal. Agora, uma nova cepa ainda mais perigosa é um risco para todos no planeta.

As denúncias até agora têm se concentrado contra Bolsonaro em organismos de direitos humanos, como da Organização das Nações Unidas, mas a gravidade do que ocorre no Brasil e as potenciais ameaças para a comunidade internacional no controle epidêmico já demandam uma resolução do Conselho de Segurança da ONU.


O artigo publicado neste espaço é opinião pessoal e de inteira responsabilidade de seu autor. Por razões de clareza ou espaço poderão ser publicados resumidamente. Artigos podem ser enviados para opiniao@gruposinos.com.br

"Brasil é ameaça para humanidade", diz epidemiologista [ O Brazil é uma ILHA, - ninguém quer saber de todos nós. Somos lixo. (sic)]

 


"Brasil é ameaça para humanidade", diz epidemiologista

Especialista da Fiocruz Amazônia afirma que Brasil perdeu a luta para covid-19 lá atrás, em 2020, e que não há a menor chance de reverter situação catastrófica neste semestre.

    
O total de mortes no país associadas à covid passa de 268 mil

O total de mortes no país associadas à covid passa de 268 mil

A guerra contra a covid-19 foi perdida já em 2020 no Brasil, e o país, onde o vírus se espalha de forma descontrolada, se tornou uma ameaça para a humanidade. O alerta foi feito pelo epidemiologista Jesem Orellana, da Fiocruz Amazônia, em entrevista publicada nesta quarta-feira (10/03) pela agência de notícias francesa AFP.

O Brasil vive o auge da pandemia de covid-19. Na terça-feira, registrou quase 2 mil mortes em menos de 24 horas, um recorde. A ocupação dos leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) destinados a pacientes com a doença já supera os 80% em 20 unidades da federação.

"A luta contra a covid-19 foi perdida em 2020 e não há a menor chance de reverter esta trágica circunstância no primeiro semestre de 2021", disse Orellana à agência francesa. "O melhor que podemos fazer é esperar o milagre da vacinação em massa ou uma mudança radical na gestão da pandemia. Hoje, o Brasil é uma ameaça à humanidade e um laboratório ao ar livre onde a impunidade (…) parece ser a regra".

Preocupação internacional

O alerta de Orellana chega no momento em que o mundo olha com preocupação para a situação no Brasil. Na sexta-feira, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que o avanço da pandemia de covid-19 no país é "muito preocupante" e instou o governo federal a tomar medidas "agressivas". "O Brasil deve levar esta luta muito a sério", disse Ghebreyesus, acrescentando que são fundamentais medidas para interromper a transmissão.

Na mesma linha de Tedros, Mike Ryan, principal especialista em emergências da OMS, disse que "agora não é hora de o Brasil ou qualquer outro lugar relaxar".

"Achamos que já saímos disto. Não saímos", disse Ryan. "Países regredirão para um terceiro e um quarto surto se não tomarmos cuidado. A chegada da vacina traz esperança, mas não devemos achar que o pior já passou. Isso só faz o vírus se espalhar mais", disse.

Na mesma semana, o jornal americano The New York Times, em reportagem, tratou a crise da covid-19 no Brasil como um alerta para o mundo todo. "Nenhuma outra nação que sofreu um surto tão grande ainda está lidando com um número recorde de mortes e um sistema de saúde à beira do colapso. Muitas outras nações duramente atingidas estão, pelo contrário, tomando medidas em direção a uma aparente de normalidade”, escreveu o jornal.

Em entrevista ao jornal inglês The Guardian, também na semana passada, o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis pediu ao mundo que se "pronuncie com veemência sobre os riscos que o Brasil representa” no combate à pandemia.

Temor da variante

Preocupa especialmente especialistas e autoridades no exterior a variante de Manaus. Descoberta no fim de 2020, ela é é chamada de P.1 e está associada ao novo ápice da pandemia no Brasil. Foi devido a ela que inúmeros países restringiram a entrada de viajantes brasileiros.

Mesmo diante desse quadro, o governo de Jair Bolsonaro tem agido para enfraquecer medidas de isolamento impostas por estados e municípios, alegando que isso prejudica a economia. Na semana passada, Bolsonaro afirmou que é preciso parar de "frescura" e "mimimi" em meio à pandemia e perguntou até quando as pessoas "vão ficar chorando?". Ele ainda chamou de "idiotas" as pessoas que vêm pedindo que o governo seja mais ágil na compra de vacinas.

Ao longo da pandemia, Bolsonaro minimizou frequentemente os riscos do coronavírus, além de promover curas sem eficáciae tentar sabotar iniciativas paralelas de vacinação lançadas em resposta à inércia do seu governo na área.

 A campanha de vacinação do Brasil está progredindo lentamente. Cerca de 8,6 milhões de pessoas (4,1% da população) receberam uma primeira dose de vacina, e cerca de 3 milhões receberam uma segunda dose.
     

Na terça-feira, o governo reconheceuque a campanha nacional de imunização contra a covid-19 corre o risco de ser interrompida no Brasil por falta de vacinas. O Ministério da Saúde enviou uma carta ao embaixador da China em Brasília pedindo que ele interceda junto à estatal Sinopharm  para liberar 30 milhões de doses de seu imunizante ao Brasil.

rpr (AFP/ots)

sábado, 13 de março de 2021

As Borboletas



 As Borboletas 


[evangelhista da silva]


Quando criança eu acostumava ir ao quintal

lá havia roseiras perfumadas

e um bando de borboletas

em cores pousava.


Eu, extasiado, obeservava as borboletas

olhava-as insistidamente para elas

que pousavam sobre mim

alegremente.


Quando menino perfumado pelas rosas

amado era pelo uni(verso) e encantos

e quão feliz eu me sentia pelas

borboletas abraçado.




Santo Antônio de Jesus, 13 de março de 2021, às 10h 38min.

segunda-feira, 8 de março de 2021

EUGENIA

 

  • BIOLOGIA
  • GENÉTICA
  • Eugenia

    Lana Magalhães

    A eugenia é a seleção dos seres humanos com base em suas características hereditárias com objetivo de melhorar as gerações futuras.

    O termo foi criado pelo cientista inglês Francis Galton (1822 - 1911), em 1883.

    A palavra eugenia deriva do grego e significa "bom em sua origem ou bem nascido".

    A eugenia defende que raças superiores e de melhores estirpes conseguem prevalecer maneira mais adequada ao ambiente.

    Com isso, busca-se aplicar a teoria da seleção natural de Charles Darwin (1809 - 1882) à espécie humana.

    Histórico

    A prática da eugenia é antiga. Por exemplo, Platão, em "A República", defendia o método como forma de melhorar os seres humanos por meio da permissão seletiva à vida.

    Para o filósofo, a reprodução humana deveria ser controlada e monitorada pelo Estado.

    Antes da Primeira Guerra Mundial, essa teoria recebia apoio irrestrito de políticos e cientistas e compôs a legislação de 30 estados norte-americanos até metade do século 20.

    Os questionamentos só ocorreram ao fim da Segunda Guerra Mundial, em que os nazistas foram acusados de esterilizar 140 mil judeus compulsoriamente e matar 6 milhões nos campos de concentração.

    Estudos

    A eugenia foi objeto de estudo de muitos cientistas e pesadores.

    Como ciência, a eugenia ocupou o centro do debate e das pesquisas científicas no início de 1900. O objetivo era determinar como as características humanas eram herdadas e como influenciavam o meio social.

    Por exemplo, Francis Galton propõe um sistema de casamentos arranjados em que o resultado seria uma raça melhor dotada, uma ação denominada de eugenia positiva.

    Enquanto isso, a eugenia negativa consiste na eliminação do indivíduo inadequado.

    As ideias de perfeição genética se basearam nas teorias de Charles Darwin (1809 - 1882), sobre a origem e evolução das espécies e seleção natural pelo ambiente.

    Os estudos voltaram a ganharam força com a redescoberta dos trabalhos de Gregor Mendel (1822 - 1884), que conseguiu provar a transmissão das características entre as gerações.

    Outro entusiasta da eugenia era o matemático Karl Pearson (1857 - 1936), que criou a biometria e aperfeiçoou os estudos que embasam a estatística em biologia.

    Ele ainda acreditava que as elevadas taxas de natalidade de pessoas pobres era uma ameaça à civilização e, para evitar um colapso, as raças superiores deveriam suplantar as inferiores.

    Saiba mais, leia também:

    Eugenia nazista

    As ideias americanas seduziram os integrantes do Partido Nazista que a partir de 1930 iniciaram o trabalho para eliminar os indivíduos considerados inferiores e se utilizaram da esterilização.

    A higiene racial nazista ultrapassou a prevenção aos nascimentos e embasou a construção dos campos de concentração onde judeus eram eliminados industrialmente.

    Somente durante os julgamentos de Nuremberg a eugenia foi estigmatizada e os EUA retiraram a prática de sua política oficial, mudando nomes de institutos e condenando as atividades de esterilização.

    As leis que apoiavam a eugenia foram revogadas nos EUA a partir de 1973.

    Eugenia no Brasil

    O Brasil foi o primeiro país da América do Sul a adotar as ideias de eugenia.

    Ela baseava-se no racismo e na justificativa do fim à imigração como meio de garantir uma raça superior.

    Com esse pensamento, o Rio de Janeiro sediou em 1929 o Primeiro Congresso de Eugenia do Brasil e a discussão permeou questões biológicas e sociais.

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    Lana Magalhães
    Lana Magalhães
    Licenciada em Ciências Biológicas (2010) e Mestre em Biotecnologia e Recursos Naturais pela Universidade do Estado do Amazonas/UEA (2015). Doutoranda em Biodiversidade e Biotecnologia pela UEA.

    Causas e Efeitos






    Causas e Efeitos


    [evangelista da silva]


    Que mais doi em mim,

    não é não ter abraçado.

    É saber que, muitos que

    não tinham braços,

    Usaram do corpo

    e abraços.


    Santo Antônio de Jesus, 08 de março de 2021, às 19h21min.




    domingo, 7 de março de 2021

    Meditando



    Meditando


    [evangelhista da silva]


    Estou a observar artistas 

    alegres felizes a cantar.


    Ocorre que todos se foram.


    São estrelas que se apagaram

    mas que, certamete, todas brilham

    alegres felizes cantando.


    Infinitamente em outras plagas

    ainda que tristes infelizes cantam.


    Santo Antônio de Jesus, 07 de março de 2021, às 19h.


    quarta-feira, 3 de março de 2021

    O Sorrir







    O Sorrir



    [evangelhista da silva]



    A alegria que em mim existia não sei.

    Sequer encontro em outras pessoas.


    Eu sou o mundo perdido em mim mesmo.

    E nele, a morte sinfônica do amar.



    Santo Antônio de Jesus, 03 de março de 2021, às 20h 44min

    sábado, 20 de fevereiro de 2021

    Ela se Foi



    Ela se Foi



    [evangelhista da Silva]



    O vento da felicidade se foi

    impossível é alcancá-lo. 

                                                                                                                            

    Só nos resta tormento,

    e viver saudades mortas.


    Elas se vão alegres sempre

    se ao menos morressem...


    Valeria a pena.


    Santo Antônio de Jesus, 20 de fevereiro de 2021, às 11h 55min.


    domingo, 14 de fevereiro de 2021

    Ela


     

     Ela

     

     [evangelhista da silva]

     

     

    Imagine só

    você empresta sua vida a mulher

    com direito a possuí-la.

     

    E ela lho devolve 

    desgraçadamente humilhada

    destruída.


    Santo Antônio de Jesus, 14 de fevereiro de 2021, às 20h 11min.

     


    sábado, 13 de fevereiro de 2021

    Pesadelos



     Pesadelos

     

    [evangelhista da silva]

     

    Vivemos momentos de amor e amar. 

                                                                                                              

    Sequer imaginamos que imagens passam.

    E passamos.

     

    A morte seria única neste desenlace.

     

    Se, ainda, construíssemos outras imagens juntos

    Não seria ausência.

     

    Entretanto a luz do querer se apaga.

     

    A mulher tem sido uma estrela cadente,

    Inconsequente, fria e monstruosa.


    E quando as imagens passam resta-nos a dor

    Para sentir  irados com a mente mulher.

     

    Que zomba e ri afirmando que tudo acabou.

     

    Assim passamos.


    Infinitos pesadelos recordam imagens

    Que jamais deveriam desbotar com o tempo.

     

    Com as paixões e sacanagens de uma mulher

    Que merece dor e sofrimento.



    Santo Antônio de Jesus, 13 de fevereiro de 2021, às 20h.

     

    segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

    A Traição e A Vingança


     A Traição e A Vingança

      

    [evangelhista da silva]

     

    O amor adoeceu semeada a dor

    a mágoa cruel ocupa o coração

    desesperado e humilhado diante 

    gargalhadas de quem se ufana. 


    É desastre para a vingança 

    ira atroz deveria ser contida.


    É feminicídio

    a morte do amor.



    Santo Antônio de Jesus, 08/02/2021, às 18h50min.