quinta-feira, 25 de agosto de 2011

J. Rubens!...


Se foi!...
um amigo,
quando amigo
já não se há!...
eis que chega ela,
a infame e sacana desonra!...
a morte...
esta inimiga inseparável
tragou o meu único e terno amigo...
e ele sumiu no vão do infinito
sem ao menos dizer-me adeus!...
inexplicavelmente não houve tempo...
soube depois...
e neste vazio que se nos separa à vida
ele sumiu eternamente...
e como o éter diluiu-se no ar!...
que desgraça é a morte!...
sabe de uma coisa?...
sinto sede de ser ateu...
mas como se me explicar tudo, - Deus!...
se ao menos sei lá quem sou?...
é morrer no esquecimento dos meus desenganos!...
Ah, morrer...
é a pior das sinfonias...
ouço Beethoven a 9ª
e ela se me desperta para a Valsa do Adeus!...
e no barco da morte viajo no tempo
perdido nesta triste agonia...
é Zé...
Santo Antônio de Jesus não há mais...
você partiu daqui à senda do infinito...
que irônica é a vida...
sem tempo de se nos despedir!...
quem sabe, um dia, talvez
encontrar-nos-emos para sorver
quem sabe...
a última cerveja!...
meu amigo...
Adeus!...





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