sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Lewandowski escreve artigo defendendo liberdade de Lula

Lewandowski escreve artigo defendendo liberdade de Lula mesmo depois de condenação no TRF-4. Já pensou se fosse Gilmar?


Leiam um trecho do que o ministro Ricardo Lewandowski do Supremo Tribunal Federal escreveu na Folha de São Paulo para defender seu guru Lula, o criminoso condenado em segunda instância que tenta se livrar da cadeia:

 Daí a relevância da presunção de inocência, concebida pelos constituintes originários no art. 5º, LVII, da Constituição em vigor, com a seguinte dicção: ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença criminal condenatória, o que subentende decisão final dos tribunais superiores.
Afigura-se até compreensível que alguns magistrados queiram flexibilizar essa tradicional garantia para combater a corrupção endêmica que assola o país.
Nem sempre emprestam, todavia, a mesma ênfase a outros problemas igualmente graves, como o inadmissível crescimento da exclusão social, o lamentável avanço do desemprego, o inaceitável sucateamento da saúde pública e o deplorável esfacelamento da educação estatal, para citar apenas alguns exemplos.

Pois é... Ricardo Lewandowski se diz preocupado com o garantismo legal, com a preservação da Constituição Federal. A mesma Constituição que ele rasgou quando participou daquela conspirata junto com Randolfe Rodrigues, Renan Calheiros, Katia Abreu, Ricardo Requião e outros porcos que mantiveram de maneira inconstitucional os direitos de Dilma Rousseff após a cassação de seu mandato de presidente da República. 

O golpista da rota do frango com polenta também diz que "Nem sempre emprestam a mesma ênfase a outros problemas igualmente graves, como o crescimento da exclusão social, o avanço do desemprego, o sucateamento da saúde pública e o deplorável esfacelamento da educação estatal". O que este deplorável senhor não menciona é que só chegamos a este estado de coisas graças ao criminoso que ele defende, mentor intelectual da miséria que assola o país e que é fruto colateral do plano criminoso de poder por ele arquitetado. 

Lewandowski utiliza sua voz como ministro da mais alta corte do país para defender um criminoso, dando a entender que apesar de todos serem iguais perante a lei, alguns são mais iguais que outros. É a justiça dos porcos, como aprendemos com Orwell. Mas ele nunca se manifestou quando os presos não eram petistas: Eduardo Cunha, João Rodrigues, Paulo Maluf... todos foram parar na cadeia por crimes diversos. Ninguém teve o direito a presunção de inocência ou a enfrentar as acusações nas urnas. O curioso é que a indignação seletiva de certos formadores de opinião não se abate sobre a cabeça de um indigente moral como o ministro petista do ABC. Os justiceiros e oportunistas que se contorcem a cada vez que o ministro Gilmar Mendes solta um acusado de corrupção ainda não condenado não se levantam contra um ministro que quer manter fora da cela um condenado em segunda instância. Mesmo os bovinos que caem nesse canto da sereia indignada não saem escrachando esta figura que emporcalha o STF mais do que qualquer outro (talvez se iguale apenas aos ministros Fux, Barroso, Marco Aurélio e Carmén). Você não verá os artistas da Globo, os cantores e falsos intelectuais do Leblon ou mesmo alguns supostos direitistas tão indignados com Lewandowski quanto ficam com Gilmar. Talvez apontar o dedo para os conchavos de outros ministros não renda tantos dividendos no submundo para quem quer apenas ostentar virtudes. 

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