Rússia confirma dados sobre participação da CIA na detenção de 33 cidadãos russos em Minsk
Autoridades do país europeu, presidido por Vladimir Putin, fizeram referência à iniciativa dos EUA no âmbito de rompimento de relações entre Moscou e Minsk, capital da Bielorrússia
Agência Sputnik - O principal objetivo da operação dos EUA para detenção de cidadãos russos na capital de Belarus em 2020 era o rompimento de relações entre Moscou e Minsk, e a Ucrânia foi um instrumento nesta missão, disse aos jornalistas um membro do Serviço Federal de Segurança (FSB, na sigla em russo).
"Isso é indiscutivelmente verdade. A missão dos americanos era conhecida. E naquele momento eles estavam agindo exclusivamente no âmbito desta tarefa geopolítica, ou seja, o rompimento das relações entre Rússia e Belarus. Toda essa operação foi planejada exclusivamente para isso. E se tivesse sido bem-sucedida, nossas relações com Minsk teriam sido muito afetadas e teria sido gasto muito tempo para apresentar esclarecimentos e corrigir as relações", afirmou o representante do FSB.
"Neste caso os ucranianos eram um instrumento. Tecnica e financeiramente era tudo feito pelos americanos [...] Neste caso específico o instrumento era a inteligência militar e a 5ª secção do Departamento de Contraespionagem do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU, na sigla em ucraniano). Era tudo feito por eles", acrescentou.
Fonte do FSB ressaltou também que, tendo levado a cabo uma operação para deter cidadãos russos em Minsk em 2020 usando seus serviços especiais, a Ucrânia cometeu um ato de terrorismo de Estado.
Em julho de 2020, as autoridades bielorrussas informaram sobre a detenção de 33 cidadãos russos. A Comissão de Investigação de Belarus especificou que eles eram suspeitos de organizar distúrbios em massa no país. Ao mesmo tempo, de acordo com os serviços secretos, anteriormente foi recebida uma informação sobre a chegada a Belarus de "mais de 200 militantes para desestabilizar a situação durante o período de campanha eleitoral". As eleições foram realizadas em 9 de agosto.
Segundo declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, pode se dizer com elevado grau de certeza que os russos detidos são funcionários de uma empresa de segurança privada, estavam de passagem no país e se atrasaram para o voo. Peskov disse que os detidos não cometeram atos ilícitos e a Rússia não interferiu nem interfere nos assuntos do país vizinho.
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