Immanuel Kant
 (Königsberg, 22 de abril de 1724 — Königsberg, 12 de fevereiro de 1804)
 foi um filósofo prussiano, geralmente considerado como o último grande 
filósofo dos princípios da era moderna, indiscutivelmente um dos 
pensadores mais influentes. 
Depois
 de um longo período como professor secundário de geografia, começou em 
1755 a carreira universitária ensinandoCiências Naturais. Em 1770 foi 
nomeado professor catedrático da Universidade de Königsberg, cidade da 
qual nunca saiu, levando uma vida monotonamente pontual e só dedicada 
aos estudos filosóficos. Realizou numerosos trabalhos sobre ciência, 
física, matemática, etc.  
Kant
 operou, na epistemologia, uma síntese entre o Racionalismo continental 
(de René Descartes e Gottfried Leibniz, onde impera a forma de 
raciocínio dedutivo), e a tradição empírica inglesa (de David Hume, John
 Locke, ou George Berkeley, que valoriza a indução). 
Kant é famoso sobretudo pela elaboração do denominado idealismo transcendental: todos nós trazemos formas e conceitos a priori
 (aqueles que não vêm da experiência) para a experiência concreta do 
mundo, os quais seriam de outra forma impossíveis de determinar. A 
filosofia da natureza e da natureza humana de Kant é historicamente uma 
das mais determinantes fontes dorelativismo conceptual que dominou a 
vida intelectual do século XX. No entanto, é muito provável que Kant 
rejeitasse o relativismo nas formas contemporâneas, como por exemplo o 
Pós-modernismo. 
Kant
 é também conhecido pela filosofia moral e pela proposta, a primeira 
moderna, de uma teoria da formação do sistema solar, conhecida como a 
hipótese Kant-Laplace. 
  
A menoridade humana
Kant
 define a palavra esclarecimento como a saída do homem de sua 
menoridade. Segundo esse pensador, o homem é responsável por sua saída 
da menoridade. Kant define essa menoridade como a incapacidade do homem 
de fazer uso do seu próprio entendimento. 
A
 permanência do homem na menoridade se deve ao fato de ele não ousar 
pensar. A covardia e a preguiça são as causas que levam os homens a 
permanecerem na menoridade. Um outro motivo é o comodismo. É bastante 
cômodo permanecer na área de conforto. É cômodo que existam pessoas e 
objetos que pensem e façam tudo e tomem decisões em nosso lugar. É mais 
fácil que alguém o faça, do que fazer determinado esforço, pois já 
existem outros que podem fazer por mim. Os homens quando permanecem na 
menoridade, são incapazes de fazer uso das próprias pernas,são incapazes
 de tomar suas próprias decisões e fazer suas próprias escolhas. 
Em seu texto O que é o Iluminismo?, Kant sintetiza seu otimismo iluminista [1]
 em relação à possibilidade de o homem seguir por sua própria razão, sem
 deixar enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias. Nele, 
descreve o processo de ilustração como sendo "a saída do homem de sua 
menoridade", ou seja, um momento em que o ser humano, como uma criança 
que cresce e amadurece, se torna consciente da força e inteligência para
 fundamentar a sua própria maneira de agir, sem a doutrina ou tutela de 
outrem. 
Kant
 afirma que é difícil para o homem sozinho livrar-se dessa menoridade, 
pois ela se apossou dele como uma segunda natureza. Aquele que tentar 
sozinho terá inúmeros impedimentos, pois seus tutores sempre tentarão 
impedir que ele experimente tal liberdade. Para Kant, são poucos aqueles
 que conseguem pelo exercício do próprio espírito libertar-se da 
menoridade. 
  
Vida
Túmulo de Immanuel Kant em Kaliningrado (antigo Königsberg) 
Kant
 nasceu, viveu e morreu em Königsberg (atual Kaliningrado), na altura 
pertencente à Prússia. Foi o quarto dos nove filhos de Johann Georg 
Kant, um artesão fabricante de correias (componente das carroças de 
então) e da mulher Regina. Nascido numa família protestante (Luterana), 
teve uma educação austera numa escola pietista, que frequentou graças à 
intervenção de um pastor. Ele próprio foi um cristão devoto por toda a 
sua vida. 
Passou
 grande parte da juventude como estudante, sólido mas não espetacular, 
preferindo o bilhar ao estudo. Tinha a convicção curiosa de que uma 
pessoa não podia ter uma direcção firme na vida enquanto não atingisse 
os 39 anos. Com essa idade, era apenas um metafísico menor numa 
universidade prussiana, mas foi então que uma breve crise existencial o 
assomou. Pode argumentar-se que teve influência na posterior direcção. 
Kant
 foi um respeitado e competente professor universitário durante quase 
toda a vida, mas nada do que fez antes dos 50 anos lhe garantiria 
qualquer reputação histórica. Viveu uma vida extremamente regulada: o 
passeio que fazia às 15:30 todas as tardes era tão pontual que as 
mulheres domésticas das redondezas podiam acertar os relógios por ele. 
Kant
 nunca deixou a Prússia e raramente saiu da cidade natal. Apesar da 
reputação que ganhou, era considerado uma pessoa muito sociável: recebia
 convidados para jantar com regularidade, insistindo que a companhia era
 boa para a constituição física. 
Por
 volta de 1770, com 46 anos, Kant leu a obra do filósofo escocês David 
Hume. Hume é por muitos considerados um empirista ou um cético, muitos 
autores o consideram um naturalista. 
Kant
 sentiu-se profundamente inquietado. Achava o argumento de Hume 
irrefutável, mas as conclusões inaceitáveis. Durante 10 anos não 
publicou nada e, então, em 1781 publicou o massivo "Crítica da Razão 
Pura", um dos livros mais importantes e influentes da moderna filosofia. 
Neste
 livro, ele desenvolveu a noção de um argumento transcendental para 
mostrar que, em suma, apesar de não podermos saber necessariamente 
verdades sobre o mundo "como ele é em si", estamos forçados a 
percepcionar e a pensar acerca do mundo de certas formas: podemos saber 
com certeza um grande número de coisas sobre "o mundo como ele nos 
aparece". Por exemplo, que cada evento estará causalmente conectado com 
outros, que aparições no espaço e no tempo obedecem a leis da geometria,
 da aritmética, da física, etc. 
Inscrições ao longo da tumba de Kant, dentre elas (...)"O céu estrelado por sobre mim e a lei moral dentro de mim" (…) 
Nos
 cerca de vinte anos seguintes, até a morte em 1804, a produção de Kant 
foi incessante. O seu edifício da filosofia crítica foi completado com 
aCrítica da Razão Prática, que lidava com a moralidade de forma similar 
ao modo como a primeira crítica lidava com o conhecimento; e a Crítica do Julgamento,
 que lidava com os vários usos dos nossos poderes mentais, que não 
conferem conhecimento factual e nem nos obrigam a agir: o julgamento 
estético (do Belo e Sublime) e julgamento teleológico (Construção de 
Coisas Como Tendo "Fins"). Como Kant os entendeu, o julgamento estético e
 teleológico conectam os nossos julgamentos morais e empíricos um ao 
outro, unificando o seu sistema. 
Uma das obras, em particular, atinge hoje em dia grande destaque entre os estudiosos da filosofia moral. A Fundamentação da Metafísica dos Costumes
 é considerada por muitos filósofos a mais importante obra já escrita 
sobre a moral. É nesta obra que o filósofo delimita as funções da ação 
moralmente fundamentada e apresenta conceitos como o "Imperativo 
categórico" e a "Boa vontade". 
Os
 trabalhos de Kant são a sustentação e ponto de início da moderna 
filosofia alemã; como diz Hegel, frutificou com força e riqueza só 
comparáveis à do socratismo na história da filosofia grega. Fichte, 
Hegel, Schelling, Schopenhauer, para indicar apenas os maiores, 
inscrevem-se na linhagem desse pensamento que representa um etapa 
decisiva na história da filosofia e está longe de ter esgotado a sua 
fecundidade.[2] 
Kant
 escreveu alguns ensaios medianamente populares sobre história, política
 e a aplicação da filosofia à vida. Quando morreu, estava a trabalhar 
numa projetada "quarta crítica", por ter chegado à conclusão de que seu 
sistema estava incompleto; este manuscrito foi então publicado como Opus Postumum. Morrera em 12 de fevereiro de 1804 na mesma cidade que nascera e permanecera durante toda sua vida. Encontra-se sepultado noCemitério do Caliningrado, Caliningrado, Kaliningradskaya Oblast' na Rússia.[3] 
  
Filosofia, o "Criticismo"
"Heróis da Paz" Kant esculpido na Estátua equestre. 
O "criticismo" kantiano [4]
 parte na confluência do racionalismo, do empirismo inglês (David Hume) e
 a ciênciafísica-matemática de Isaac Newton. Seu caminho histórico está 
assinalado pelo governo de Frederico II, a independência americana e a 
Revolução Francesa. 
As
 questões de partida do Kantismo são o problema do conhecimento, e a 
ciência, tal como existe. A ciência se arranja de juízos que podem ser 
analíticos e sintéticos. Nos primeiros (o quadrado tem quatro lados e 
quatro ângulos internos), fundados no princípio de identidade, o 
predicado aponta um atributo contido no sujeito. Tais juízos independem 
da experiência, são universais e necessários. Os sintéticos, a 
posteriori resultam da experiência e sobrepõem ao sujeito no predicado 
um atributo que nele não se acha previamente contido (o calor dilata os 
corpos ), sendo, por isso, privados e incertos. 
Uma
 indagação eminente que o levara à sintetização do pensar: Que juízos 
constituem a ciência físico matemática? Caso fossem analíticos, a 
ciência sempre diria o mesmo (e não é assim), e, se fossem sintéticos um
 hábito sem fundamento (o calor dilata os corpos porque costuma 
dilatá-los). Os juízos da ciência devem ser, ao mesmo tempo, a priori, 
quer dizer, universais e necessários, e sintéticos objetivos, fundados 
na experiência. Trata-se pois, de saber como são possíveis os juízos 
sintéticos a priori na matemática e na física, ("Estética 
transcendental" e "Analítica transcendental"), e se são possíveis na 
metafísica ("Dialética transcendental", partes da Crítica da razão 
pura). 
Para
 os juízos sintéticos a priori são admissíveis na matemática porque essa
 ciência se fundamenta no espaço e no tempo, formas a priori da 
sensibilidade, intuições puras e não conceitos de coisas como objetos. O
 espaço é a priori, não deriva da experiência, mas é sua condição de 
possibilidade. Podemos pensar o espaço sem coisas, mas não coisa sem 
espaço. O espaço é o objeto de intuição e não conceito, pois não podemos
 ter intuição do objeto de um conceito (pedra, carro, cavalo, etc.), 
gênero ou espécie. Ora, o espaço não é nem uma coisa nem outra, e só há 
um espaço (o nada, referindo ao espaço). 
Na
 apresentação "transcendental" do espaço, Kant determina as condições 
subjetivas ou transcendentais da objetividade. Se o conhecimento é 
relação, ou relacionamento (do sujeito com o objeto), não, pode conhecer
 as coisas "em si", mas "para nós". 
A
 geometria pura, quando aplicada, coincide totalmente com a experiência,
 porque o espaço é a forma a priori da sensibilidade externa. O tempo é,
 também, a priori. Podemos concebê-lo sem acontecimentos, internos ou 
externos, mas não podemos conceber os acontecimentos fora do tempo. 
Objeto de intuição, não pode ser conceito. Forma vazia, intuição pura, 
torna possíveis por exemplo os juízos sintéticos a priori na aritmética,
 cujas operações (soma, subtração, etc.), ocorrendo sucessivamente, o 
pressupõem. O tempo é, pois, a forma a priori da sensibilidade interna e
 externa. 
Esse
 privilégio explica a compenetração da geometria e da aritmética. A 
geometria analítica (Descartes) permite reduzir as figuras a equações e 
vice-versa. O cálculo infinitesimal (Leibniz) arremata essa 
compenetração definindo a lei de desenvolvimento de um ponto em qualquer
 direção do espaço. A matemática é pois, um conjunto de leis a priori, 
que coincidem com a experiência e a tornam cognoscível. 
As
 condições de possibilidade do conhecimento sensível são, portanto, as 
formas a priori da sensibilidade. Não existe a "coisa em si". Se 
existisse não se poderia a conhecer enquanto tal, e nada se poderia 
dizer a seu respeito. Só é possível conhecer coisas extensas no espaço e
 sucessivas no tempo, enquanto se manifestam, ou aparecem, ou seja, 
"fenômenos, 
Na
 "analítica transcendental", Kant analisa a possibilidade dos juízos 
sintéticos a priori na física. Compreendemos que a natureza é regida por
 leis matemáticas que ordenam com rigor o comportamento das coisas (o 
que permite ciências como engenharia, etc., serem possíveis o 
determinismo com certa regularidade). Não há como saber das coisas com 
apenas percepções sensíveis, impressões. Há um conhecimento a priori da 
natureza. A função principal dos juízos da natureza. Ora, a função 
principal dos juízos é pôr, colocar a realidade e, em seguida, 
determiná-la. As diversas formas do juízo deverão, portanto, conter as 
diversas formas da realidade. 
Essa
 formas estão estudadas desde Aristóteles, que as classifica de acordo 
com a quantidade, a qualidade, a relação e a modalidade. Na "Dedução 
transcendental" das categorias, Kant volta a classificação aristotélica,
 dando-lhe novo sentido. Assim, à quantidade, correspondem a unidade, a 
pluralidade e a totalidade; à qualidade a essência, a negação e a 
limitação; a relação a substância, a causalidade e a ação recíproca; à 
modalidade, a possibilidade, a existência e a necessidade. 
Tais
 categorias são as condições de possibilidade dos juízos sintéticos a 
priori em física. As condições do conhecimento são, enfim, como se acabe
 de ver, as condições prévias da objetividade. A ciência da natureza 
postula a existência de objetos, sua consistência e as relações de causa
 e efeito. Se as categorias universais, particulares e contingentes, 
devem proceder de nós mesmos, de nosso entendimento. 
Em
 tal descoberta consiste a "inversão copernicana", realizada por Kant. 
Não é o objeto que determina o sujeito, mas o sujeito que determina o 
objeto. As categorias são conceitos, todavia, puros, a priori, 
anteriores à experiência e que, por isso, a tornam possível. Em suma, o 
objeto só se torna cognoscível na medida em que o sujeito que determina o
 objeto. Em suma, o objeto só se torna cognoscível na medida em que o 
sujeito cognoscente o reveste das condições de cognoscibilidade.[5] 
Na
 "dialética transcendental", finalmente Kant examina a possibilidade dos
 juízos sintéticos a priori na metafísica. A "coisa em si" (alma, Deus, 
essência do cosmos, etc.), não nos é dada em experiência alguma. Ora, 
como chega a razão a formar esses objetos? Sintetizando além da 
experiência, fazendo a síntese das sínteses, porque aspira ao infinito, 
ao incondicionado, ao absoluto. Nas célebres, "antinomias", Kant mostra 
que a razão pura demonstra, "indiferentemente", a finitude e a 
infinitude do universo, a liberdade e o determinismo, a existência e a 
inexistência de Deus. Ultrapassando os limites da experiência, aplica 
arbitrariamente as categorias e pretende conhecer o incognoscível. A 
metafísica é impossível como ciência, pois não se pode chegar mais, além
 disso. 
Juízo Estético de Kant
Retrato de Immanuel Kant. 
O juízo estético é abordado no livro Crítica da Faculdade do Juízo.
 De acordo com Kant para se ter uma investigação crítica a respeito do 
belo, devemos estar orientados pelo poder de julgar. E a indagação 
básica que move essa investigação crítica a respeito do belo é: existe 
algum valor universal que conceitue o belo e que reivindique que outras 
pessoas, a partir da minha apreciação de uma forma bela da natureza ou 
da arte, confirmem essa posição? Ou então somos obrigados a admitir que 
todo objeto que julgamos como sendo belo é uma valoração subjetiva? 
O
 poder de julgar, pertencendo a todo sujeito, é universal e congraça o 
julgamento estético, especulativo e prático. Portanto a investigação 
crítica que Kant se refere diz respeito às possibilidades e limitações 
das faculdades subjetivas que agem sob princípios formulados e que 
pertencem à essência do pensamento. 
Como
 podemos desnudar o fenômeno que explica o nosso gosto? Se fizermos uma 
experiência com vários indivíduos e o defrontarmos com um objeto de 
arte, observaremos que as impressões causadas serão as mais diversas. 
Então chegaremos à conclusão de que a observação atenta e valorativa 
daquele objeto, somada as diferentes opiniões que foram apresentadas 
pelos indivíduos, nos dá respaldo para afirmar que o gosto tem que ser 
discutido. Para Kant apenas sobre gosto se discute, ao passo que, 
representa uma reivindicação para tornar universal um juízo subjetivo. 
A
 universalidade do juízo estético é detectada por envolver um exercício 
persuasivo de convencimento de outro sujeito que aquela determinada 
forma da natureza ou da arte é bela. E, dessa forma, torna aquele valor 
universal. Os sujeitos têm em comum um princípio de avaliação moral 
livre que determina a avaliação estética e, portanto, julga o belo como 
universal. 
O
 juízo estético está relacionado ao prazer ou desprazer que o objeto 
analisado nos imprime e, como se refere Kant, o belo "é o que agrada 
universalmente, sem relação com qualquer conceito". Essa situação fica 
bem evidente quando visitamos um museu. Digamos que essa experiência 
fosse realizada no Museu do Louvre, em Paris, com o quadro Monalisa. Se 
nos colocarmos como observador, perceberemos que os mais diversos 
comentários serão tecidos a cerca dessa obra tão famosa. 
Detendo-nos
 na análise dos comentários favoráveis notaremos que, ratificando Kant, o
 belo não está arraigado em nenhum conceito. Pois, dos vários indivíduos
 que vão apreciar a obra de Leonardo da Vinci, encontraremos desde 
pessoas especializadas em arte até leigos, como eu ou você, que vão 
empregar cada qual um conceito, de acordo com a percepção, após a 
contemplação da Monalisa. Então isso comprova que não existe uma 
definição exata a cerca do belo, mas sim um sentimento que é universal e
 necessário. 
A paz perpétua
A
 paz perpétua trata que o direito cosmopolítico deve circunscrever-se às
 condições de uma hospitalidade universal. Dessa forma, Kant traz no 
terceiro artigo definitivo de um tratado de paz perpetua, o fato de que 
existe um direito cosmopolitano relacionado com os diferentes modos do 
conflito dos indivíduos intervirem nas relações com outros indivíduos. A
 pessoa que está em seu território, no seu domínio, pode repelir o 
visitante se este interfere em seu domínio. 
No
 entanto, cas0 o visitante mantenha-se pacifico, não seria possível 
hostiliza-lo. Também, não se trata de um direito que obrigatoriamente o 
visitante poderia exigir daquele que o tem assim, mas sim, de um direito
 que persiste em todos os homens, o do direito de apresentar-se na 
sociedade. 
O
 direito de cada um na superfície terrestre pode ser limitada no sentido
 da superfície. Já o indivíduo deve tolerar a presença do outro, sem 
interferir nele, visto que tal direito persiste a toda espécie humana. 
Então, o direito da posse comunitária da superfície terrestre pertence a
 todos aqueles que gozam da condição humana, existindo uma tolerância de
 todos a fim de que se alcance uma convivência plena. 
Veja
 que o ato de hostilidade está presente no ato do direito de 
hospitalidade. Mesmo que o espaço seja limitado, os indivíduos devem se 
comportar pacificamente com o intuito de se alcançar a paz de convívio 
mútuo. O relacionamento entre as pessoas está na construção dos direitos
 de cada um, sendo indispensável para a compreensão do direito 
cosmopolítico de modo a garantir as condições necessárias para termos 
uma hospitalidade universal. 
Por
 fim, a não violação do direito cosmopolitano e o direito público da 
humanidade criará condições para o favorecimento da paz perpetua, 
proporcionando a esperança de uma possível aproximação do estado 
pacífico. 
Crítica e sistema
  
 |  "Só a crítica pode cortar pela raiz o materialismo, ofatalismo, o ateísmo, a incredulidade dos espíritos fortes, o fanatismo e a superstição, que se podem tornar nocivos a todos e, por último, também oidealismo e o cepticismo, que são sobretudo perigosos para as escolas e dificilmente se propagam no público." |   Kant,Crítica da razão pura, B XXXIV.[6] | 
 
Apesar
 de ter adaptado a ideia de uma filosofia crítica, cujo objectivo 
primário era "criticar" as limitações das nossas capacidades 
intelectuais, Kant foi um dos grandes construtores de sistemas, levando a
 cabo a ideia de crítica nos seus estudos da metafísica, ética e 
estética. 
Uma
 citação famosa - "o céu estrelado por sobre mim e a lei moral dentro de
 mim" - é um resumo dos seus esforços: ele pretendia explicar, numa 
teoria sistemática, aquelas duas áreas. Isaac Newton tinha desenvolvido a
 teoria da física sob a qual Kant queria edificar a filosofia. Esta 
teoria envolvia a assunção de forças naturais de que os homens não se 
apercebem, mas que são usadas para explicar o movimento de corpos 
físicos. 
O
 seu interesse na ciência também o levou a propor em 1755 que o sistema 
solar fora criado a partir de uma nuvem de gás na qual os objectos se 
condensaram devido à gravidade. Esta Hipótese Nebular é amplamente 
reconhecida como a primeira teoria moderna da formação do sistema solar e
 é precursora das actuais teorias da formação estelar. 
Metafísica e epistemologia de Kant
Capa da obra Crítica da Razão Pura,1781. 
O livro mais lido e mais influente de Kant é a Crítica da Razão Pura
 (1781). De acordo com o próprio autor, a obra, também conhecida como 
"primeira crítica", é resultado da leitura de Hume e do seu despertar do
 sono dogmático, a saber: Kant se perguntou como são possíveis juízos sintéticos a priori? Para responder a essa pergunta, Kant escreveu esse livro portentoso, de mais de 800 páginas. 
Na
 primeira crítica, Kant vai mostrar que tempo e espaço são formas 
fundamentais de percepção (formas da sensibilidade) que existem como 
ferramentas da mente, mas que só podem ser usadas na experiência. 
Tente imaginar alguma coisa que existe fora do tempo e que não tem extensão no espaço.[5]
 A mente humana não pode produzir tal ideia. Nada pode ser percebido 
excepto através destas formas, e os limites da física são os limites da 
estrutura fundamental da mente. Assim, já vemos que não podemos conhecer
 fora do espaço e do tempo. 
Mas
 além das formas da sensibilidade, Kant vai nos dizer que há também o 
entendimento, que seria uma faculdade da razão. O entendimento nos 
fornece as categorias com as quais podemos operar as sínteses do diverso
 da experiência. 
Assim, como são possíveis juízos sintéticos a priori? São possíveis porque há uma faculdade da razão - o entendimento - que nos fornece categorias a priori - como causa e efeito - que nos permitem emitir juízos sobre o mundo. 
Contudo,
 diz Kant, as categorias são próprias do conhecimento da experiência. 
Elas não podem ser empregadas fora do campo da experiência. Daí porque, 
na filosofia crítica de Kant, não nos é possível conhecer a coisa em si, ou aquilo que não está no campofenomenológico da experiência. 
Na perspectiva de Kant, há, por isso, o conhecimento a priori
 de algumas coisas, uma vez que a mente tem que ter estas categorias, de
 forma a poder compreender a massa sussurrante de experiência crua, 
não-interpretada que se apresenta às nossas consciências. Em segundo 
lugar, ela remove o mundo real (a que Kant chamou o mundo numenal ou 
númeno) da arena da percepção humana. 
Kant
 denominou a filosofia crítica de "idealismo transcendental". Apesar da 
interpretação exacta desta frase ser contenciosa, uma maneira de a 
compreender é através da comparação de Kant, no segundo prefácio à 
"Crítica da Razão Pura", da filosofia crítica com a revolução copernicana na astronomia.
 
 
    |   Até
 aqui, foi assumido que todo o nosso conhecimento deve conformar-se aos 
objectos. Mas todas as nossas tentativas de estender o nosso 
conhecimento de objectos pelo estabelecer de qualquer coisa a priori
 a seu respeito, por meios de conceitos, acabaram, nesta suposição, por 
falhar. Temos pois, por tentativas, que ver se temos ou não mais sucesso
 nas tarefas da metafísica, se supusermos que os objectos devem 
corresponder ao nosso conhecimento. |     | 
 
Tal como Copérnico revolucionou a astronomia ao mudar o ponto de vista, a filosofia crítica de Kant pergunta quais as condições a priori para que o nosso conhecimento do mundo se possa concretizar. 
O
 idealismo transcendental descreve este método de procurar as condições 
da possibilidade do nosso conhecimento do mundo. Mas esse idealismo 
transcendental de Kant deverá ser distinguido de sistemas idealistas, 
como os de Berkeley. Enquanto Kant acha que os fenómenos dependem das 
condições da sensibilidade, espaço e tempo, esta tese não é equivalente à
 dependência-mental no sentido do idealismo de Berkeley. 
Para
 Berkeley, uma coisa é um objecto apenas se puder ser percepcionada. 
Para Kant, a percepção não é o critério da existência dos objectos. 
Antes, as condições de sensibilidade - espaço e tempo - oferecem as 
"condições epistémicas", para usar a frase de Henry Allison, requeridas 
para que conheçamos objectos no mundo dos fenómenos. Kant tinha querido 
discutir os sistemas metafísicos mas descobriu "o escândalo da 
filosofia": não se pode definir os termos correctos para um sistema 
metafísico até que se defina o campo, e não se pode definir o campo até 
que se tenha definido o limite do campo da física - física, no sentido 
de discussão do mundo perceptível. 
Kant
 afirma, em síntese, que não somos capazes de conhecer inteiramente os 
objetivos reais e que o nosso conhecimento sobre os objetos reais é 
apenas fruto do que somos capazes de pensar sobre eles. 
Filosofia Moral
Estátua de Immanuel Kant em Kaliningrado 
Immanuel
 Kant desenvolve a filosofia moral em três obras: Fundamentação da 
Metafísica dos Costumes (1785), Crítica da Razão Prática (1788) e 
Crítica do Julgamento (1790). 
Nesta
 área, Kant é provavelmente mais bem conhecido pela teoria sobre uma 
obrigação moral única e geral, que explica todas as outras obrigações 
morais que temos: o imperativo categórico.
 
 
  ![clip_image006[1] clip_image006[1]](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHZYoOSlMXxG5gzBzdOvBueQ-IYUtYygjPeYJdKwn2eEYvtAhlIP-oe3HfYp_LwxCHOdD8K2sC-aquALocG4Db-bpnnXdTXtx1ENYdpAubN3RKLAWd40I-SGYkNktEk6YeWo8a6wMUuET_/?imgmax=800)  |   Age de tal modo que a máxima da tua ação se possa tornar princípio de uma legislação universal. |   ![clip_image007[1] clip_image007[1]](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUIWgi2pUeUKxQLwcCpA4a8I8JVs1URzT0oWxaH3M6WPbhUMAdBQVTwqsbN6cNgXM-T3cOeNG1KEn4WeDSXoMVR__D9GmfHjoGCt5D08dBA091DSaEwSL_T7WBy4_4E-AoQjrmQIOS9uLy/?imgmax=800)  | 
 
O
 imperativo categórico, em termos gerais, é uma obrigação incondicional,
 ou uma obrigação que temos independentemente da nossa vontade ou 
desejos (em contraste com o imperativo hipotético). 
As
 nossas obrigações morais podem ser resultantes do imperativo 
categórico. O imperativo categórico pode ser formulado em três formas, 
que ele acreditava serem mais ou menos equivalentes (apesar de opinião 
contrária de muitos comentadores): 
§
 A primeira formulação (a fórmula da lei universal) diz: "Age somente em
 concordância com aquela máxima através da qual tu possas ao mesmo tempo
 querer que ela venha a se tornar uma lei universal". 
§
 A segunda fórmula (a fórmula da humanidade) diz: "Age por forma a que 
uses a humanidade, quer na tua pessoa como de qualquer outra, sempre ao 
mesmo tempo como fim, nunca meramente como meio". 
§
 A terceira fórmula (a fórmula da autonomia) é uma síntese das duas 
prévias. Diz que deveremos agir por forma a que possamos pensar de nós 
próprios como leis universais legislativas através das nossas máximas. 
Podemos pensar em nós como tais legisladores autônomos apenas se 
seguirmos as nossas próprias leis.. 
  
Kant e a Revolução Francesa
Estátua de Immanuel Kant na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG. 
Em
 1784, no seu ensaio "Uma resposta à questão: o que é o Iluminismo?", 
Kant visava vários grupos que tinham levado o racionalismo longe de 
mais: os metafísicos que pretendiam tudo compreender acerca de Deus e da
 imortalidade; os cientistas que presumiam nos seus resultados a mais 
profunda e exacta descrição da natureza; os cépticos que diziam que a 
crença em Deus, na liberdade, e na imortalidade, eram irracionais. 
Kant mantinha-se no entanto optimista [7],
 começando por ver na Revolução Francesa uma tentativa de instaurar o 
domínio da razão e da liberdade. Toda a Europa do Iluminismo contemplava
 então fascinada os acontecimentos revolucionários em França. 
A
 Revolução francesa vai no entanto ser um marco de viragem, também na 
filosofia de Kant. Observando a evolução e as realizações práticas, Kant
 volta a reflectir sobre a prometida razão e liberdade. 
No plano religioso, em 1792, Kant, ao escrever a obra Der Sieg des guten Prinzips über das böse und die Gründung eines Reichs Gottes auf Erden
 (A vitória do princípio bom sobre o princípio mau e a constituição de 
um reino de Deus sobre a terra), afirma ainda cheio de optimismo: "A 
passagem gradual da fé eclesiástica ao domínio exclusivo da pura fé 
religiosa constitui a aproximação do reino de Deus".[8] 
Nessa
 obra, o "reino de Deus" anunciado nos Evangelhos recebia como que uma 
nova definição e uma nova presença: a Revolução podia apressar a 
passagem da fé eclesiástica à fé racional; onde chegasse a Revolução a 
"fé eclesiástica" seria superada e substituída pela "fé religiosa", ou 
seja, pela "mera fé racional." 
Em 1795, no livro Das Ende aller Dinge
 ("O fim de todas as coisas"), a perspectiva é já completamente 
diferente. Kant toma agora em consideração a possibilidade de que, a par
 do fim natural de todas as coisas, se verifique também um fim contrário
 à natureza, perverso: 
Se
 acontecesse um dia chegar o cristianismo a não ser mais digno de amor, 
então o pensamento dominante dos homens deveria tomar a forma de 
rejeição e de oposição contra ele; e o anticristo [...] inauguraria o 
seu regime, mesmo que breve, (baseado presumivelmente sobre o medo e o 
egoísmo). Em seguida, porém, visto que o cristianismo, embora destinado a
 ser a religião universal, de facto não teria sido ajudado pelo destino a
 sê-lo, poderia verificar-se, sob o aspecto moral, o fim (perverso) de 
todas as coisas.[9] 
Face
 à violência inaudita da Revolução Francesa, e ao novo tipo de 
autoritarismo que se firmava nas "Luzes" da razão, Kant vai também 
reflectir acerca dos seus conceitos políticos.[10] 
  
Marcos na vida de Kant
1724 - Kant nasce a 22 de abril. 
1740
 - Neste ano, Frederico II torna-se Rei da Prússia. Foi um rei que 
trouxe sinais de tolerância à Prússia, que era uma nação célebre pela 
disciplina militar. Trouxe iluministas (Voltaire, o mais famoso) para a 
corte e continuou a política de encorajamento à imigração que o pai 
tinha seguido. 
1746 - Falecimento do pai de Kant. Kant deixou de ter sustento. Teria de encontrar trabalho como professor particular. 
1748 - 1754 - Kant dá aulas a crianças em pequenas vilas das redondezas. 
1755
 - Publicação do Livro "História natural genérica e teoria dos céus". 
Kant consegue o título de Mestre e o direito a dar aulas na Universidade
 Alberto. Daria aulas como docente privado. Não pago pela Universidade 
mas pelos próprios alunos. Nesse ano, Kant foi influenciado pelo 
desastre que foi o Terramoto de 1755, em Lisboa/Portugal, em parte pelo 
resultado de tentar entender a enormidade do sismo e as consequências, 
publicou três textos distintos sobre o assunto. 
1762
 - Kant lê as recentes publicações de Rousseau, "Emile" (uma obra 
filosófica sobre a educação do indivíduo) e o ensaio "Contrato social". 
1770
 - Kant torna-se professor de Lógica e Metafísica na Universidade, após 
14 anos como docente (pago pelos alunos). Kant lê por volta desta altura
 a obra de David Hume, que o terá despertado do seu "sono dogmático", 
como ele próprio disse. 
1773 - Ironicamente, Frederico II, um protestante, concede refúgio à Ordem dos Jesuítas, banidos pelo Papa. 
1774
 - Auge do movimento romântico chamado "Sturm-und-Drang". Herder publica
 "Também uma filosofia da História para educação da Humanidade". 
1781
 - Kant publica em Maio "Crítica da Razão Pura". A reacção é pouco 
encorajadora. Moses Mendelssohn e Johann Georg Hamann pronunciam-se com 
indecisão. 
Selo de 250 anos de nascimento de Immanuel Kant (1724-1804). 
1783
 - Kant escreve um artigo intitulado "O que é o Iluminismo?" para a 
revista "Berlinischen Monatsschrift", como resposta a uma discussão na 
mesma. Um anónimo tinha escrito que a cerimónia do casamento já não se 
conformava ao espírito dos tempos do iluminismo. Um pastor perguntou na 
resposta, que era então o iluminismo. Kant respondeu com o seu artigo. 
1788 - Publicação de "Crítica da Razão Prática". Morte do amigo Johann Georg Hamann. 
1789
 - Início da Revolução Francesa. Kant pronuncia-se inicialmente de forma
 favorável à Revolução, e sobretudo à secularização resultante, após o 
qual o Rei da Prússia Friedrich Wilhelm II proíbe Kant de se pronunciar 
sobre quaisquer temas religiosos. 
1795 - Publicação do tratado "Para a paz eterna", na qual surge a perspectiva de um cidadão do mundo esclarecido. 
1804
 - Com 80 anos de idade, Kant faleceu em Königsberg, após prolongada 
doença que apresentava sintomas semelhantes à Doença de Alzheimer. Já 
não reconhecia sequer os seus amigos íntimos. 
  
Obras
§ Dissertação sobre a forma e os princípios do mundo sensível e inteligível (1770); 
§ Crítica da Razão Pura (1781); 
§ Prolegômenos para toda metafísica futura que se apresente como ciência (1783); 
§ Fundamentação da Metafísica dos Costumes (1785); 
§ Fundamentos da metafísica da moral (1785); 
§ Primeiros princípios metafísicos da ciência natural (1786); 
§ Crítica da Razão Prática (1788); 
§ Crítica do Julgamento (1790); 
§ A Religião dentro dos limites da mera razão (1793); 
§ A Paz Perpétua (1795); 
§ Doutrina do Direito (1796); 
§ A Metafísica da Moral (1797); 
§ Antropologia do ponto de vista pragmático (1798). 
§ Prolegómenos a Toda a Metafísica Futura; 
  
Referências
1. ↑ "O Iluminismo frente ao Romantismo no marco da subjetividade moderna" de G. Mayos (traduzido por Karine Salgado). 
2. ↑ Vanni Rovighi, Sofia, Introduzione allo studio di Kant, Roma, 1945, Core, Mori 
3. ↑ Immanuel Kant no Find a Grave 
4.
 ↑ "O criticismo kantiano" de G. Mayos. Tradução de Ricardo Henrique 
Carvalho Salgado e João Paulo Medeiros Araújo. Barcelona: EducaciOnline,
 2008. 
5. ↑ a b Crítica da razão pura, Martin Claret/Cassier, Ernst, Kants Leben und lehre, Berlin, 1921. 
6. ↑ KANT, I. Crítica da razão pura.
 4ª ed. Prefácio à tradução portuguesa, introdução e notas: Alexandre 
Fradique MOURUJÃO. Tradução: Manuela Pinto dos SANTOS e Alexandre 
Fradique MOURUJÃO. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1997, p. 30. 
7.
 ↑ "Teoria política de Kant e Herder: Despotismo Esclarecido e 
Legitimidade da Revolução" de Gonçal Mayos (trad. Gustavo Silveira 
Siqueira). 
8. ↑ Emmanuel Kant in Werke IV, coordenado por W. Weischedel, 1956, p. 777. 
9. ↑ Emmanuel Kant, Das Ende aller Dinge, cit. em Werke VI, coordenado por W. Weischedel, 1964, p. 190. 
10. ↑ Sidney Axinn, "Authority, and the French Revolution", Journal of the History of Ideas, Vol. 32, No. 3 (Jul. - Sep., 1971), pp. 423-432. 
  
Bibliografia
§ ALMEIDA, Aires (org.). Dicionário Escolar de Filosofia. [s.l.]: Plátano Editora, 2003. 
§ HEIDEGGER, Martin. Kant und das Problem der Metaphysik. Bonn, 1929. 
§ KANT, Immanuel. Crítica da faculdade do juízo. Tradução de Valério Rohden e António Marques. Rio de Janeiro, RJ: Forense Universitária, 1993. 
§
 MAYOS, Gonçal. "O criticismo kantiano". Tradução de Ricardo Henrique 
Carvalho Salgado e João Paulo Medeiros Araújo. Barcelona: EducaciOnline,
 2008. 
§ Revista de Filosofia, Curitiba, v. 18 n. 21, p. 11-25, jul./dez. 2005. 
§ Revista Lindaraja, Madrid, Anuario de la Sociedad Española de Literatura General y Comparada, n. 8, 1990, pags. 25-29, 1990. 
§ PEREZ, D. O. Kant e o problema da significação. Curitiba: Editora Champagnat, 2008. 
§
 PEREZ, D. O. . Religión, Política y Medicina en Kant: El Conflicto de 
las Proposiciones. Cinta de Moebio. Revista de Epistemologia de Ciencias
 Sociales., v. 28, p. 91-103, 2007. 
§ Politics, Religion and Medicine in Kant 
§
 PEREZ, D. O. . Os significados dos conceitos de hospitalidade em Kant e
 a problemática do estrangeiro. Revista Philosophica (Chile), v. 31, p. 
43-53, 2007. Também em Konvergencias, 2007, nro. 15. 
http://www.philosophica.ucv.cl/n31.htm http://www.konvergencias.net/danieloperez132.pdf 
§
 PEREZ, D. O. A LOUCURA COMO QUESTÃO SEMÂNTICA:UMA INTERPRETAÇÃO 
KANTIANA. Trans/Form/Ação, São Paulo, 32(1): 95-117, 
2009.http://www.scielo.br/pdf/trans/v32n1/07.pdf 
§ TERUEL, P. J. Mente, cerebro y antropología en Kant. Madrid: Tecnos, 2008.