quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Variantes do coronavírus: os perigos das mutações ao combate da pandemia de covid-19

Richard Gray - BBC Future

27/01/2021 09h01

Cada vez que o coronavírus passa de uma pessoa para outra, há pequenas alterações em seu código genético, mas os cientistas estão começando a notar padrões na forma como o vírus está se transformando.

Por mais de três meses, o paciente lutou contra a covid-19. Seu sistema imunológico já estava em péssimo estado quando ele pegou o vírus — em meio a um tratamento para combater um linfoma, tipo de câncer do sangue, que exauriu algumas de suas células imunológicas.

Com ele estava com poucas das defesas habituais do organismo contra infecções, o vírus foi capaz de se espalhar relativamente sem controle pelo seu corpo.

Enquanto os médicos tentavam ajudar o paciente idoso a lutar contra a covid-19, deram a ele plasma sanguíneo coletado de pessoas que já haviam se recuperado da doença. Contidos nesse líquido marrom-leitoso —também conhecido como plasma convalescente —, estavam anticorpos contra o vírus que poderiam ajudar a neutralizá-lo.

Ao longo de 101 dias de tratamento, os médicos do Addenbrookes Hospital em Cambridge, no Reino Unido, coletaram 23 amostras com swab (haste semelhante a cotonete). Cada amostra foi enviada para um laboratório próximo para ser analisada.

Mas quando os virologistas examinaram o material genético do vírus nas amostras, notaram algo surpreendente — o vírus causador da covid-19 estava evoluindo diante de seus olhos.

"Vimos algumas mudanças notáveis — no vírus ao longo desse tempo", diz Ravindra Gupta, especialista em doenças infecciosas do hospital e microbiologista clínico da Universidade de Cambridge, que analisou as amostras do paciente.

"Vimos mutações que pareciam sugerir que o vírus estava dando sinais de adaptação para evitar os anticorpos do tratamento de plasma convalescente. Foi a primeira vez que vimos algo assim acontecendo em uma pessoa em tempo real."

Quase um ano após o início da pandemia de covid-19, a questão das mutações ganhou força. Novas variantes capazes de se espalhar mais rapidamente estão surgindo e levando a questionamentos inevitáveis — sobre até que ponto podem tornar as vacinas recém-aprovadas menos eficazes.

Até o momento, há poucas evidências de que isso possa acontecer, mas os cientistas já estão começando a analisar como o vírus sofrerá mutação no futuro — e se poderão ser capazes de evitar isso.

Vejamos o que eles aprenderam até agora.

cientista analisando material em laboratório, BBC - Jeff Pachoud/Getty Images - Jeff Pachoud/Getty Images
O esforço mundial para testar e sequenciar amostras do vírus da covid-19 está ajudando a revelar novas variantes à medida que surgem
Imagem: Jeff Pachoud/Getty Images

Entre as mutações que Gupta e seus colegas identificaram, estava a eliminação de dois aminoácidos — conhecidos como H69 e V70 — na proteína spike, localizada na parte externa do vírus causador da covid-19. Esta proteína desempenha um papel fundamental na capacidade do coronavírus de infectar as células.

A cápsula oleosa que envolve a maior parte do vírus é cravejada com essas espécies de espinhos (spikes) projetados para fora, fazendo com que pareça uma coroa quando observado por meio de um microscópio eletrônico. É essa aparência que dá nome à família dos coronavírus — corona significa "coroa" em latim.

E os spikes são a principal maneira pela qual a covid-19 reconhece as células que pode infectar, eles ajudam o vírus a penetrá-las.

Quando Gupta e sua equipe examinaram mais de perto a exclusão na proteína spike que haviam identificado, os resultados se mostraram preocupantes.

"Fizemos alguns experimentos de infecção usando vírus artificiais, e eles revelaram que a mutação H69/V70 aumenta a infecciosidade em duas vezes", diz Gupta.

Isso levou os pesquisadores a vasculhar os bancos de dados genéticos internacionais de covid-19. Foi quando descobriram que algo mais alarmante estava acontecendo.

"Queríamos ver o que estava acontecendo em todo o mundo e nos deparamos com esse grande grupo de sequências em expansão [H69 / V70] no Reino Unido", conta o especialista.

"Quando olhamos mais de perto, descobrimos que havia uma nova variante causando um grande surto."

Quando fizeram essa descoberta no início de dezembro do ano passado, especialistas em doenças infecciosas em outras partes da Inglaterra estavam se esforçando para entender o rápido aumento do número de casos em Londres e no sudeste da Inglaterra, apesar do lockdown nacional.

Eles começaram a notar algo estranho nos resultados dos testes de covid-19.

A principal ferramenta de diagnóstico da doença são os testes PCR (sigla para reação em cadeia da polimerase), que buscam traços do material genético do vírus nas amostras coletadas.

Normalmente, ele foca em três partes do vírus para confirmar a presença de uma infecção.

Mas um desses alvos estava ficando cada vez mais negativo em amostras de regiões da Inglaterra onde o número de casos estava em rápida expansão, enquanto os outros dois alvos continuavam a funcionar nos testes.

novo coronavírus, BBC - CDC/Getty Images - CDC/Getty Images
As proteínas spike (em vermelho) ajudam o vírus a entrar nas células, mas também são os alvos dos anticorpos
Imagem: CDC/Getty Images

"Não perdemos casos, mas é incomum ver duas (partes) dos testes funcionando, mas uma terceira não", afirmou Wendy Barclay, virologista do Imperial College London e membro do grupo de conselheiros científicos sobre vírus respiratórios novos e emergentes do Reino Unido ao programa Today, da BBC, em 22 de dezembro.

O fragmento do vírus que esta parte do teste PCR visava era uma sequência da proteína spike. Quando os cientistas investigaram mais a fundo, descobriram que o vírus nessas amostras havia sofrido uma mutação — a mesma H69/V70 identificada por Gupta —, o que significava que o teste PCR, às vezes, não conseguia detectá-lo.

Junto com essa mudança genética, eles também encontraram 16 outras mutações que alteraram as proteínas virais que haviam codificado, incluindo várias na proteína spike. O que eles descobriram foi uma nova linhagem do vírus da covid-19 que sofreu várias mutações em um período de tempo relativamente curto.

E chamaram a nova linhagem de B117 ? a variante britânica da covid-19, também conhecida como VOC 202012/01 no fantástico mundo das nomenclaturas do coronavírus. Ela deixou um rastro por todo o Reino Unido e se espalhou para 50 outros países em meados de janeiro.

O surgimento dessa nova variante — que se estima ser 50%-75% mais transmissível do que a versão original do vírus — junto a outras que estão sendo detectadas agora, como as variantes sul-africana e brasileira, revelou como o coronavírus está sofrendo mutações à medida que a pandemia avança.

Também levantou preocupações sobre como pode continuar mudando no futuro, à medida que tentamos combatê-lo com vacinas.

"Para mim, isso parece um vislumbre do futuro, onde estaremos em uma corrida armamentista contra esse vírus, assim como estamos com a gripe", afirma Michael Worobey, biólogo evolucionista viral da Universidade do Arizona, nos EUA.

A cada ano, a vacina contra a gripe precisa ser atualizada conforme seu vírus sofre mutações e se adapta para driblar a imunidade já presente na população, explica Worobey. Se o coronavírus demonstrar habilidades semelhantes, pode ser que teremos que adotar táticas parecidas para mantê-lo longe, atualizando regularmente as vacinas.

Muitos acreditam que as empresas farmacêuticas já deveriam estar atualizando suas vacinas para atacar as versões mutantes da proteína spike do vírus.

Mas será que os padrões de mutação que os cientistas estão vendo surgir ao redor do mundo podem oferecer uma pista sobre como o vírus continuará a evoluir?

"É difícil especular, mas é interessante que, de repente, parece haver muitas mutações surgindo que podem estar associadas ao escape imunológico ou reconhecimento imunológico", diz Brendan Larsen, estudante de doutorado que trabalha com Worobey.

Recentemente, ele identificou uma nova variante do vírus da covid-19 circulando no Arizona que tem a mutação H69 / V70 observada em várias outras versões do vírus. Embora ainda esteja se espalhando em um nível relativamente baixo lá e em outros estados americanos, isso sugere que essa mutação em particular está ocorrendo de forma independente ao redor do mundo, diz Larsen.

Essa ocorrência repetida da mesma mutação em diferentes variantes dá algumas pistas sobre o que está acontecendo — como o vírus se espalhou por milhões de pessoas, ele pode estar enfrentando pressões evolutivas semelhantes que o estão levando a mudar de maneiras específicas.

vacina, vacinação, pessoa se vacinando, BBC - Joris Verwijst/Getty Images - Joris Verwijst/Getty Images
Existe a preocupação de que, conforme o vírus da covid-19 continue a sofrer mutações, ele possa se adaptar de forma a tornar as vacinas atuais menos eficazes
Imagem: Joris Verwijst/Getty Images

"Por si só, elas provavelmente terão um impacto menor no geral", diz Larson. "Mas, juntas, todas essas mutações diferentes podem tornar mais difícil para o sistema imunológico reconhecer o vírus."

Isso pode fazer com que mais pacientes contraiam a doença duas vezes — e talvez também signifique que as vacinas precisem ser alteradas.

"Mesmo uma quantidade relativamente pequena de escape imunológico pode tornar mais difícil alcançar a imunidade coletiva", acrescenta Worobey.

Pesquisadores em Illinois, nos EUA, também identificaram recentemente outra nova variante, chamada 20C-US, que tem uma série de mutações únicas e específicas que podem alterar a capacidade do vírus de se replicar uma vez dentro das células humanas.

E também apresenta uma mutação perto de uma região da proteína spike que acredita-se ter sido crucial para permitir que o vírus saltasse entre espécies, chegando aos humanos no fim de 2019.

Essa região, conhecida como local de clivagem, permitiu ao vírus sequestrar uma importante enzima que opera no corpo humano. A enzima corta a proteína spike neste ponto, fazendo com que ela se abra e revele sequências ocultas que a ajudam a se ligar mais fortemente às células do trato respiratório humano, entre outras.

De acordo com os cientistas, uma mutação próxima a essa região pode alterar ainda mais esse comportamento.

Os pesquisadores por trás do estudo afirmam que a linhagem 20C-US está se espalhando rapidamente pelos EUA desde junho — e preveem que poderá se tornar em breve a variante dominante do vírus no país.

Recentemente, cientistas da Universidade de Manitoba, em Winnipeg, no Canadá, também identificaram o surgimento de duas variantes que se espalharam pelo mundo e estão associadas a "altas taxas de mortalidade" em comparação com o vírus anterior.

Uma apresenta uma mutação chamada V1176F na proteína spike, que ocorre junto com outra mutação denominada D614G.

A primeira letra dos nomes dessas mutações indica o aminoácido que foi substituído, o número é sua localização na proteína, e a última letra é o novo aminoácido que apareceu naquele local.

A mutação D614G sozinha apareceu relativamente no início da pandemia na Europa e causou um aumento drástico na carga viral compartilhada pelos pacientes infectados, o que ajudou o vírus a se espalhar mais rapidamente.

O acréscimo da mutação V1176F pode alterar esse comportamento ainda mais, dizem os pesquisadores canadenses, e ela apareceu em vários países de forma independente, sugerindo que oferece uma vantagem ao vírus.

A outra variante que eles identificaram apareceu rapidamente na Austrália e carrega a mutação S477N, que parece ter aumentado a capacidade do vírus de se ligar a células humanas.

Os pesquisadores alertam que essas duas novas mutações "podem representar problemas de saúde pública no futuro" se continuarem a se espalhar e proporcionar uma vantagem ao vírus.

Eles acrescentam que a covid-19 parece "estar evoluindo de forma não aleatória, e os hospedeiros humanos modelam as novas variantes com aptidão positiva para poder facilmente se espalhar pela população".

Esses sinais de adaptação do vírus não são totalmente surpreendentes para os cientistas. Na maioria dos vírus e bactérias causadores de doenças, o uso de tratamentos e vacinas faz com que desenvolvam maneiras de escapar deles para que possam continuar a se espalhar.

Aqueles que desenvolvem resistência a um tratamento ou conseguem se esconder do sistema imunológico sobreviverão por mais tempo para se replicar e, assim, disseminar seu material genético.

"Não vejo razão para que esse processo seletivo evolutivo seja diferente em uma pandemia como a de Sars-CoV-2 [o vírus causador da covid-19], em comparação com uma epidemia geograficamente localizada", diz Carolyn Williamson, chefe do departamento de virologia da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, e uma das pesquisadoras que identificou a variante sul-africana de rápida propagação em dezembro.

"Pode-se especular que o vírus sendo exposto a diferentes pressões seletivas em diferentes regiões do mundo, junto a sua rápida disseminação, poderia fazer essas propriedades mais favoráveis ??surgirem mais rapidamente, mas nós realmente não sabemos."

É claro que pode haver outras versões preocupantes da covid-19 circulando em populações onde o sequenciamento genético necessário para detectá-las não é facilmente acessível. Uma das razões pelas quais o Reino Unido identificou a variante B117 logo foi pelo fato de ser líder mundial em testes e sequenciamento.

"Se novas variantes surgirem em um país onde não há muito sequenciamento de genoma, pode ser um problema real", diz Larson.

Um grupo de cientistas chineses usou vírus artificiais para testar mutações na proteína spike que poderiam levar o vírus a se tornar resistente a anticorpos retirados de pacientes que se recuperaram da covid-19.

Eles descobriram cinco mutações que fizeram isso, mas uma em particular — N234Q — aumentou drasticamente o nível de resistência a anticorpos. Mas isso ainda não foi visto em nenhuma das variantes que despertam preocupação circulando ao redor do mundo.

O estudo dele, no entanto, também oferece alguma esperança, uma vez que a identificação dessas mudanças pode ser útil no desenvolvimento de futuras vacinas.

Mas, à medida que os cientistas observarem mudanças no vírus nos próximos meses, eles também estarão perfeitamente cientes das inúmeras tragédias pessoais que estão por trás dos bancos de dados de genomas de vírus e gráficos que mostram sua disseminação. Mais de dois milhões de pessoas perderam a vida em decorrência da covid-19 até agora.

Entre elas, está o homem idoso que tinha um linfoma e foi tratado pelos colegas de Gupta no Addenbrooke

"Ele recebeu um diagnóstico de câncer terminal, mas conseguiu sobreviver por 10 anos até a covid-19 aparecer", diz Gupta.

s Hospital, em Cambridge.


terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Coronavírus - Um Bem Infinito


 

                                Querer nem sempre é poder

 

 

 

 

*Raymundo Evangelhista 

 


Em 1984, quando o vírus da imunodeficiência humana (HIV) foi identificado como responsável pela pandemia da Aids, o secretário de saúde e serviços humanos dos Estados Unidos declarou que uma vacina estaria disponível em dois anos. Hoje, 36 anos depois, ainda não há uma vacina contra o vírus. Assim também será a vacina para combater a patologia do CORONAVÍRUS (COVID-19). Com uma advertência: hoje, morre-se de Aids, praticamente, aquele ou aquela que tem pressa; e por tantas outras ocasiões negligencia confiando em seu parceiro(a) e SEXUA sem medidas que requerem proteção e ou investigação sobre o estado do outro quanto a um exame detalhado sobre possíveis Infecções Sexuais Transmissíveis. Quanto a transar com portadores de COVID-19 nem é preciso copular. Um simples aperto de mão ou afago basta para infectar o outro. Imagine só, tudo que se faz em um momento de sodomia com uma mulher; na cama, na lama ou na grama. Resta-nos aguardar infinitamente uma VACINA para combater o Coronavírus. Deus sabe lá quando. De uma coisa estejamos quase certos: a prostituição e A TRAIÇÃO ENTRE CASAIS, o CORONAVÍRUS (COVID-19), certamente terá resolvido. Quanto à morte viverá esta geração mais educada diante a finitude da vida. Visto que morrer será um ato recorrente diante a uma PANDEMIA que parece não ter fim.


 

 


Raimundo José Evangelista da Silva nascido em Santo Antônio de Jesus, na Bahia, é um livre pensador.

 

 


Santo Antônio de Jesus, 19 de janeiro de 2021.



Vacina contra covid-19: 10 razões para sermos realistas sobre imunização e não esperarmos um milagre

 

Vacina contra covid-19: 10 razões para sermos realistas sobre imunização e não esperarmos um milagre

  • Jose M Jimenez Guardeño e Ana María Ortega-Prieto
  • The Conversation*

"Vamos ver se surge uma vacina e tudo isso acaba" é uma das frases mais ouvidas durante a pandemia. Muitas pessoas estão cansadas de viver com medo e de não poderem sair de casa com tranquilidade. Por isso, a descoberta de uma vacina contra a covid-19 que acabe com essa crise é uma esperança para milhões de pessoas.

Atualmente, mais de 150 candidatas à vacina estão em desenvolvimento ao redor do mundo, e por isso é possível que em algum momento uma delas se mostre bastante efetiva para frear o número de contágios. Ainda que parcialmente.

No entanto, apesar dos sinais que alimentam o otimismo, não há qualquer garantia de que no futuro próximo haverá uma vacina suficientemente boa para parar a pandemia. Por esse motivo, analisar todos os cenários possíveis e ter em mente um plano B no qual não exista vacina é um exercício necessário de responsabilidade e transparência.

Lamentavelmente, se tem algo com que podemos estar seguros nesta pandemia é que o novo coronavírus veio para ficar.

Criar a falsa esperança de que vamos contar em breve com uma vacina ou um tratamento eficaz contra a covid-19 pode ser uma faca de dois gumes que poderia causar uma enorme decepção caso as expectativas não se real.

Fim do Talvez também te interesse

Anúncios que garantem que teremos uma vacina neste ano pode suscitar desconfiança na população caso os prazos prometidos não sejam alcançados.

Por outro lado, um excesso de otimismo pode criar uma falsa sensação de segurança e levar a um relaxamento das medidas de prevenção e controle do vírus que se mostraram eficazes na prevenção da disseminação.

Não há dúvida de que as vacinas são um dos grandes avanços da história da humanidade e a melhor forma de prevenir e reduzir as doenças infecciosas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que vacinas evitem de 2 a 3 milhões de mortes por ano.

Graças às vacinas, uma doença mortal como a varíola foi erradicada, e uma doença tão temida e contagiosa quanto a poliomielite está à beira da extinção. Portanto, não é surpreendente que, ao ouvirmos a palavra "vacina", pensemos que será a solução perfeita para a covid-19.

Processo complexo

Uma vacina pode ser definida como "qualquer preparo destinado a gerar imunidade contra uma doença, estimulando a produção de anticorpos".

No papel, desenvolver um candidato a vacina parece uma coisa simples, mas quando se trata de colocar isso em prática é um processo muito mais complexo.

O desenvolvimento de vacinas apresenta muitos desafios para torná-las seguras e eficazes, e este caso não é exceção. Portanto, é importante conhecer as limitações e problemas que podem ser encontrados para não incorrer em confiança excessiva acerca da eficácia e dos prazos de desenvolvimento.

Estas são dez das muitas razões pelas quais devemos ser realistas e não esperar pelo surgimento de uma vacina milagrosa que nos libertará imediatamente desta pandemia.

1. A pressa não é boa

O processo normal de desenvolvimento de uma vacina geralmente varia de 10 a 15 anos. Não se deve esperar que tenhamos uma vacina perfeita em menos de um ano e que ela nos permita voltar automaticamente à vida que tínhamos.

Por exemplo, o encurtamento que estamos vendo na fase de pesquisa pré-clínica em que a vacina é estudada em culturas de células e em animais é algo incomum e um reflexo da urgência de encontrar a vacina.

2. Tem que proteger os humanos

É fácil dizer, mas é onde a maioria das candidatas falha. Uma vacina pode ser muito bem projetada, segura, 100% protetora em estudos com animais e induzir uma forte resposta imune e o estímulo de anticorpos neutralizantes, mas pode acabar oferecendo um nível de proteção muito menor do que o esperado quando testada em humanos.

3. Querer nem sempre é poder

Em 1984, quando o vírus da imunodeficiência humana (HIV) foi identificado como responsável pela pandemia da Aids, o secretário de saúde e serviços humanos dos Estados Unidos declarou que uma vacina estaria disponível em dois anos. Hoje, 36 anos depois, ainda não há uma vacina contra o vírus.


O desenvolvimento de vacinas nem sempre compensa. Embora comparar o HIV com o novo coronavírus não seja o mais preciso porque eles são muito diferentes, há momentos em que, não importa o quanto você pesquise, não se consegue encontrar uma maneira de desenvolver uma vacina eficaz.

Na verdade, embora existam boas vacinas candidatas com resultados promissores em animais, até o momento não há vacina disponível para nenhum dos outros coronavírus que afetam humanos.

As razões são múltiplas, desde a falta de interesse comercial à observação de efeitos adversos nos diferentes estudos com as candidatas. A boa notícia é que existem vacinas disponíveis contra diferentes coronavírus que infectam animais.

4. Efeitos adversos

As vacinas, como qualquer medicamento, podem provocar efeitos colaterais. Um dos principais problemas enfrentados pelos investigadores é a potencialização dependente de anticorpos, mais conhecida como ADE.

Trata-se de uma reação indesejada na qual a geração de anticorpos frente a um agente infeccioso, a exemplo do uso de uma vacina, pode dar lugar a sintomas muito piores. Ou seja, a doença acaba potencializada em caso de infecção pelo vírus.

Os mecanismos da ADE ainda são muito pouco conhecidos, e a boa notícia é que são bastante incomuns.

Esse efeito foi identificado em candidatas contra o vírus sincicial respiratório e o vírus da dengue. A má notícia é que também foi descrito em outros coronavírus, como o vírus da peritonite infecciosa felina, e coronavírus que infectam humanos, como os responsáveis pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) e Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers).

Portanto, a possibilidade de ocorrência de ADE é uma preocupação real e está sendo avaliada ativamente em vários estágios de desenvolvimento das candidatas contra a covid-19. Principalmente na fase 3, no qual participam dezenas de milhares de voluntários.

5. Produção em larga escala

Um dos principais desafios que enfrentaremos caso se obtenha uma vacina eficaz contra o coronavírus será a sua produção em larga escala para que chegue à maior parcela possível da população mundial.

Estamos falando em produzir bilhões de doses. Isso sem levar em conta que muitas das vacinas em estudo demandam duas doses por pessoa. Além disso, outro problema adicional seria a produção em massa de doses sem afetar a produção de outras vacinas importantes.

6. Distribuição da vacina

Vamos imaginar que uma vacina eficaz contra o Sars-CoV-2 seja desenvolvida e produzida em larga escala. O próximo problema seria sua entrega eficiente a bilhões de pessoas em todo o mundo. Não adianta ter vacina se ela não chega ao usuário final.


Obter uma distribuição global eficiente apresenta desafios logísticos significativos. As empresas fabricantes de vacinas, governos de diferentes países e empresas de transporte devem trabalhar juntos e em entrar em acordo.

Em geral, a maioria das vacinas deve ser mantida refrigerada entre 2°C e 8°C. Por isso, um dos principais desafios a serem vencidos seria não quebrar a cadeia de frio. Esse problema pode ser agravado, pois existem vacinas candidatas que requerem uma cadeia ultra-fria com temperaturas próximas a -70°C.

7. Imunidade natural parece durar pouco

Durante meses, anúncios de possíveis reinfecções circularam em diferentes partes do mundo. Hoje é um fato que pessoas que já tiveram a doença podem ser infectadas novamente. Isso é relativamente comum em doenças infecciosas. Na verdade, não há doença viral respiratória conhecida em que não ocorram reinfecções.

Uma possível explicação seria que, como ocorre com outros coronavírus que infectam humanos, a presença de anticorpos desaparece gradualmente ao longo de alguns meses após a infecção.

O principal problema com as reinfecções é que, apesar do fato de que as vacinas geralmente desenvolvem uma resposta imunológica mais forte do que a infecção natural, os resultados esperados não seriam os melhores se já que se sabe de antemão que a imunidade natural é de curta duração.

Embora o papel desempenhado pela resposta celular nas vacinações e sua relevância na proteção contra infecções ainda estejam para ser analisados e confirmados, tudo parece indicar que seria, muito provavelmente, necessário se revacinar de vez em quando.

8. A idade importa

Um desafio para esta vacina é que os idosos são mais suscetíveis à infecção e apresentam um risco particularmente alto contra doenças graves ou fatais.

Portanto, proteger adultos com mais de 60 anos de idade contra a covid-19 é um dos objetivos mais importantes dos pesquisadores. O principal problema é que, à medida que envelhecemos, nosso sistema imunológico se torna menos eficiente, e as vacinas ficam menos eficazes.

9. Tecnologia bastante recente

A maioria das vacinas que usamos envolve a injeção de um vírus enfraquecido e inativado, ou simplesmente componentes do vírus que são produzidos e purificados em laboratório.

No entanto, muitas das vacinas candidatas que agora estão sendo testadas em humanos são baseadas em tecnologias genéticas relativamente recentes. São conhecidas como "vacinas genéticas", que podem ser de DNA ou RNA.


Nesse caso, em vez de inocular vírus inteiros ou subunidades do vírus para induzir uma resposta imune como fazem as vacinas tradicionais, a ideia é que nosso próprio corpo produza a proteína do vírus.

Para fazer isso, eles nos injetariam diretamente a parte do código genético viral que contém as instruções para fazer a proteína-alvo. Finalmente, nossas células produziriam essa proteína alertando o sistema imunológico.

As vacinas genéticas têm muitas vantagens. Por exemplo, menor custo e necessidade de uma infraestrutura de produção muito menor. O principal problema é que até agora nenhuma vacina desse tipo foi comercializada para uso em humanos, e portanto sua eficácia ainda não foi verificada.

10. Proteção? Sim, mas parcial

Tudo parece indicar que, no caso de surgir uma candidata bem-sucedida, as primeiras vacinas devem proteger parcialmente contra a infecção, a imunidade teria vida curta e não funcionaria para todas as pessoas.

No entanto, é sempre melhor ter uma vacina parcialmente eficaz do que nenhuma. Seria muito útil proteger parte da população e reduzir o aumento da taxa de infecções. Além disso, tendo tantas candidatas diferentes em desenvolvimento, é possível que objetivos diferentes sejam alcançados.

Por outro lado, é possível que em um futuro mais distante sejam desenvolvidas vacinas mais complexas e com melhores resultados.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Ah! Você





Ah! Você


[evangelhista da silva]

 


Ah! Você.

Uma explosão de luz

Parece invadir 

A minha triste vida.

 

Ah! Você.

E descontente

Se fez amor e flor

Em mim plenamente.

 

Ah! você.

E de repente tudo 

Vivi e amei como 

Se a vida fosse.

 

Ah! você.

Um mundo cheio de flor 

E amor vivi

Brilhou.

 

Ah! você.

Você é a saudade

E foi e é

Daquilo que para mim não foi. 

 


Santo Antônio de Jesus, 18 de janeiro de 2021, às 23h.


Saúde Mental no Brasil: confira dados alarmantes


saúde mental no brasil

Saúde Mental no Brasil: confira dados alarmantes

9 minutos para ler

Nos últimos anos, as doenças mentais tiveram um aumento considerável. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. Mesmo assim, parte dessas pessoas não possuem assistência médica adequada. 

A depressão é o mal do século XXI. A ansiedade afeta 18,6 milhões de brasileiros. Os transtornos mentais são responsáveis por mais de um terço do número total de incapacidades nas Américas. Então, como viver de forma plena e equilibrada diante uma realidade tão alarmante?

Continue a leitura e confira aspectos importantes sobre esse campo da saúde, marcado por tantos avanços e retrocessos.

Questionário sobre a saúde mental

O questionário usado para distinguir a depressão, ansiedade e o estresse é o DASS- 21, desenvolvido pelo PhD Peter Lovibond. 

A avaliação permite medir a gravidade dos sintomas do paciente, mas também um modo de acompanhar e medir a resposta do paciente ao tratamento psicológico. Seu objetivo é mensurar a intensidade das sensações e comportamentos dos transtornos mentais experimentados nos últimos 7 dias

Jovens e saúde mental

Como se sabe, a adolescência é um período de muitas mudanças. Hábitos sociais e mentais desenvolvidos são importantes para o bem estar social. 

Diante tantas mudanças, estudos apontam que entre 10 e 19 anos existe uma prevalência maior de transtornos mentais, sendo o principal fator agravante as incertezas dessa fase da vida. 

De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, as condições de saúde mental são responsáveis por 16% da carga global de doenças e lesões em pessoas com idade entre 10 e 19 anos. Os dados também apontam que metade de todas as doenças mentais começa aos 14 anos, mas a maioria dos casos não é detectada nem tratada. Entre os transtornos, a depressão se destaca como uma das principais causas de doença e incapacidade entre adolescentes.

Ao longo da vida, uma em cada dez pessoas precisará de cuidados de saúde mental. Se os momentos de estresse e apreensão não forem reconhecidos e gerenciados, esses sentimentos podem levar à doença mental.

Infelizmente, a maioria não é diagnosticada e muito menos tratada. Consequentemente, o suicídio torna-se a terceira causa de morte entre os adolescentes. 

Promoção e prevenção dos transtornos

As consequências da não abordagem dessas condições em saúde mental é a cronificação até a fase adulta, prejudicando a saúde física e mental, além de provocar limitações sociais. 

Pensando nisso, a promoção e prevenção dos transtornos são fundamentais para ajudar os adolescentes nessa fase. A prevenção começa com o conhecimento e compreensão dos primeiros sinais e sintomas de alerta da doença mental.

Alguns hábitos simples e eficazes são:

  • Adoção de padrões de sono saudáveis;
  • Exercícios físico regulares;
  • Desenvolvimento de estratégias de enfrentamento e resolução de problemas;
  • Medidas para lidar com as emoções;
  • Apoio da família, escola e comunidade.

Portanto, a promoção do bem estar tem o intuito de construir a resiliência nesse grupo de pessoas para lidar com as situações difíceis e adversidades da vida. 

Atividades de promoção e prevenção

Além das medidas individuais, é preciso olhar para a saúde mental como saúde pública. A visão estrutural da promoção e prevenção dos transtornos envolve:

  • Intervenções psicológicas individuais online, para ampliar o acesso à ajuda específica; 
  • Intervenções focadas na família, como treinamento do cuidador;
  • Intervenções nas escolas, como ensino sobre saúde mental e habilidades para a vida. Treinamento pessoal para a detecção e manejo básico do risco de suicídio e programas escolares de prevenção para adolescentes vulneráveis à condições de saúde mental;
  • Programas para prevenir e administrar os efeitos da violência sexual em adolescentes;
  • Programas multissetoriais de prevenção ao suicídio.

Saúde mental nas áreas afetadas por conflitos

A saúde mental está diretamente ligada aos aspectos sociais e culturais. Em 2016, o número de conflitos armados foi o maior de todos os tempos: 53 conflitos em 37 países. Levando isso em consideração, 12% da população mundial estavam vivendo nessa área no momento das violências.

Uma em cada cinco pessoas que vivem em áreas afetadas pelas guerras, tem depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno bipolar ou esquizofrenia. 

Por isso, a OMS fornece apoio a essas pessoas auxiliando na coordenação e avaliando as necessidades de atenção em saúde mental das populações afetadas. 

No entanto, a construção e reestruturação de uma boa saúde mental nesses casos é um projeto a longo prazo, sendo importante o acompanhamento integral a essa população. 

Saúde mental entre pessoas em situação de rua

Como se sabe, a realidade de muitas pessoas em situação de rua configura-se em um drama social. Eles sofrem com as discriminações, falta de privacidade, carências na educação e saúde, violências, além de possuírem fragilidade dos vínculos sociais. 

No Brasil, a cidade que possui maior concentração de população em situação de rua é São Paulo. Em 2015, estima-se que 15.905 pessoas estavam vivendo em situação de rua. Desse número, 7.335 estavam sem abrigo. 

Em virtude dessas condições de vida e em busca de fugir da situação em que se encontra, o transtorno mais comum nessa população está associado a dependência de álcool (8% – 58%) e outras drogas (5% – 54%). 

Para melhorar o acesso à saúde da população em situação de rua, foi criado o Consultório na Rua. Essas ações são realizadas por equipes da atenção básica em determinadas datas para atuarem no cuidado integral dos pacientes. 

Saúde mental na saúde pública

A criação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) foi um importante passo da reforma psiquiátrica no Brasil, que aconteceu em 2001. Os CAPs substituíram o antigo modelo hospitalocêntrico e manicomial e seguem os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) de universalidade, equidade e integralidade.

O papel dos CAPs é o de oferecer assistência, cuidados e tratamentos para a saúde mental da população brasileira. Além do atendimento às pessoas com transtornos mentais como depressão, ansiedade, esquizofrenia e outros, os CAPs também têm um grande foco aos dependentes de substâncias psicoativas, principalmente o crack, que é uma preocupante realidade entre a população vulnerável no Brasil.

Depressão e ansiedade

A prevalência de depressão ao longo da vida no Brasil é de 15,5%. A fase da vida mais acometida por esse transtorno é a terceira década, podendo acometer qualquer idade, sendo mais comum em mulheres. 

Ainda sobre os principais transtornos mentais, a ansiedade está presente em 9,3% da população geral. 

Certamente, os transtornos de ansiedade possuem sintomas muito mais intensos do que a ansiedade cotidiana. Os principais sintomas são:

  • Preocupações, tensões ou medos exagerados e muitas vezes incapacitantes;
  • Sensação contínua de que algo muito ruim vai acontecer;
  • Preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho.

Saúde mental durante a pandemia do coronavírus

A pandemia da Covid-19 transformou 2020 em um ano crítico. A necessidade de se isolar socialmente e a colateral recessão econômica em nível mundial foram um verdadeiro teste para a saúde mental.

Ainda no mesmo ano, sem mesmo a pandemia ter chegado ao fim, já estão disponíveis alguns índices que mapeiam o preocupante quadro da saúde mental dos brasileiros no contexto pandêmico.

O Google forneceu dados ao jornal O Estado de São Paulo que mostram que houve um pico histórico nas pesquisas sobre transtornos mentais: as buscas sobre o tema tiveram uma alta de 98% ante a média dos dez últimos anos.

Entre as perguntas mais pesquisadas está ”como lidar com a ansiedade”. Em junho, a pergunta ”o que é felicidade” teve o maior volume de buscas dos últimos oito anos.

Papel de cada um de nós na prevenção 

Em 2019, a OMS e a Federação Mundial para a Saúde Mental, criaram atividades para convidar cada um de nós a mostrar empatia ao próximo.

Com isso, foi possível aumentar o acesso à prevenção e promoção da saúde mental. O projeto foi chamado de “ 40 segundos de ação”.

Em 40 segundos cada colaborador deveria:

  • Conversar com alguém em quem confie sobre o que está sentindo;
  • Perguntar como está algum conhecido que perdeu um ente querido por suicídio;
  • Transmitir uma mensagem sobre problemas de saúde mental ou prevenção do suicídio;
  • Formular uma mensagem positiva sobre como lidar com sofrimento mental;
  • Gravar um áudio ou um vídeo para as pessoas, auxiliando na prevenção do suicídio;
  • Divulgar para o grande público (mídia social, televisão, rádio), histórias e mensagens sobre saúde mental;
  • Divulgar as políticas públicas para promoção da saúde mental e prevenção do suicídio.

Importância da saúde mental

Com esse artigo é possível perceber como a saúde mental é essencial para o bem estar de um indivíduo.

Determinante para a estabilidade física, a saúde mental está relacionada à qualidade da interação individual e coletiva. Então, buscar alternativas que possibilitem a harmonia nessas relações é uma necessidade urgente.

Procure ajuda o quanto antes e conheça as soluções que possibilitam a promoção da saúde mental e física, assim como a recuperação do bem-estar e da qualidade vida.


Texto: Lyz Tavares

domingo, 17 de janeiro de 2021

One Moment In Time - Dana Winner (live) - English-Vietnamese lyrics

A Mulher e O Inferno


                                A Mulher e O Inferno


                                                                   

 [evangelhista da silva]



Estamos diante a dois incêndios tenebrosos 

Que oceanos d'água derramados não apagam.

 

As chamas ardentes e fumegantes do Inferno

Onde os demônios se digladiam e correm

 

Para às ruas das cidades à busca e à procura

Das suas amantes para o Inferno recolher...


Lugar de onde essas diabas nunca deveriam

E jamais desatentos os diabos deveriam ser. 



Santo Antônio de Jesus, 17 de janeiro de 2021, às 13h15min.


Ensaio | Batatinha | 1995

sábado, 16 de janeiro de 2021

O escândalo da OAB: Diretoria nacional racha e documenta fraude de Felipe Santa Cruz para favorecer “arquivo vivo”


O escândalo da OAB: Diretoria nacional racha e documenta fraude de Felipe Santa Cruz para favorecer “arquivo vivo”

Ler na área do assinante

Acabamos de nos deparar com mais uma “jabuticaba” da OAB, desta vez expondo as vísceras e denunciadas, de modo inédito, por dentro, em documento oficial, evidenciando um “racha” em sua própria Administração nacional: três dirigentes, dos cinco que a compõe a Diretoria, ao ver do documento expedido – o Memorando nº 02/2020 exposto nesta reportagem – acusam, com sólidos argumentos, que uma “ata” de Reunião de Diretoria que teria “deferido” um pedido de aposentadoria de R$ 17.000/mês do Superintendente do Conselho Federal da OAB, um antigo funcionário que parece saber detalhes de todas as “operações” que lá dentro seriam feitas, quando, em verdade, sequer o “pedido” fora formalizado e sequer teria sido “aprovado pelo Colegiado”.

Um fato grave que precisa ser registrado: após a Era Lulo-petista o número de advogados formados e aprovados no Exame de Ordem fez chegar ao maior contingente destes profissionais em um mesmo país no mundo, prejudicando a qualidade do ensino jurídico, o nível acadêmico e preparo dos profissionais.

A OAB, que levantou a hastag “#Democracia” como mais uma forma de embate contra o Executivo, permanece como única instituição prevista na Constituição que não se declina ao respeito do processo eleitoral democrático! Não há, sequer, limite de gastos com campanha e prestação de contas para mostrar a origem dessa dinheirama que vem farta nos anos de eleição, como se repetirá em 2021.

Sim, a OAB é a última “caixa preta” da Democracia brasileira, se recusando até mesmo a prestar contas.

A arrecadação estimada é 1,5 bilhão de reais, arrancada de nossos bolsos anualmente.

A instituição corre da transparência de sua arrecadação e detalhamento público dos gastos como “o diabo corre da cruz”.

Nem aos advogados pagantes a OAB presta contas, nem ao TCU, neste último caso graças a uma liminar a que o CF-OAB foi “presenteado” pela Ministra do Supremo nomeada por Dilma, Rosa Weber – MS 36.376, de 08/06/2019.

Poderiam tais extratos de movimentação financeira, contábil e orçamentária ser facilmente exibidos no Portal da Transparência, como fazem todos os outros conselhos de classe, a exemplo do de Medicina, mas pasmem: até hoje, após 31 anos da Carta Magna, o Conselho Federal da OAB, que tem diversos poderes para além do que detém outros “conselhos de classe”, é eleito trienalmente pelos próprios 81 conselheiros e não pelos 1 milhão e 300 mil advogados ativos atualmente no país e bancam integralmente os custos da instituição profissional mais cara e que recebe mais fundos privados de seus inscritos dentre todas.

Olhem que loucura, que nem os próprios juristas entendem: a OAB “se nega” a ser uma autarquia, apesar do precedente RE 595.332-PR (de 31/08/16, Plenário do STF, Rel. Min. Marco Aurélio) dizer que ela é, como todas as entidades profissionais são, devendo ser, portanto, sujeitas a licitação, concurso público e prestação de contas no site oficial e anualmente ao TCU. Mas não é isso que acontece.

A OAB, em todos os seus níveis de administração, contrata por indicação política, partidário ou familiar procuradores da entidade e funcionários, bem como empresas de obras (construtoras) e até empresa de EVENTOS, fechando parcerias e contratando pessoas como prestadores de serviço (?) ou por carteira de trabalho (CLT), comportando-se, assim, como se uma empresa privada fosse, mas, ao mesmo tempo, autodenomina-se Serviço Público Federal.

Seus representantes são “autoridades”, os processos são julgados pela Justiça Federal como o são o de todas as entidades governamentais, agem como entidade oficial do Estado Brasileiro, usando o brasão da República em seus atos publicados como portarias, resoluções e provimentos, que regulamentam a lei, vejam, com o poder paradoxal, ainda, de punir e fiscalizar o exercício da profissão e, no polo oposto, de defender os advogados, em seus direitos, interesses e prerrogativas, como se um sindicato fosse.

Na prática, nada funciona bem, a não ser nos bastidores, que nenhum de nós temos acesso. Talvez essa seja a preocupação de aposentar às pressas o Sr. Paulo Torres Guimarães.

É o que diz a matéria jornalística apurada e assinada por Tiago Vasconcelos, do Diário do Poder, publicada na noite deste sábado, 15/08/20.

Na prática, essa defesa de direitos e interesses dos advogados é realizada de modo pífio e precário, dificilmente individualizado, o que tem gerado, ano a ano, um desrespeito de tratamento dos advogados por certos tribunais, seja por seus membros, seja até mesmo por seus servidores. A profissão de advogado vem sendo associada a esses “escândalos de cúpula” e gravemente desvalorizada, afetada, e a entidade vem sendo internamente altamente criticada, colocando-se em xeque a necessidade de sua própria existência.

As críticas gerais vem também pelo inchaço do número de advogados no mercado, para quem a instituição sequer se mobiliza a exigir o fim de novas vagas e cursos de Direito e uma fiscalização mais rigorosa dessas IES pelo MEC; por se omitir a propor uma lei de piso para a categoria, pois esse “núcleo duro” que historicamente comanda a OAB em revezamento, além da notória ligação embrionária com os partidos de esquerda, que fora velada em alguns mandatos anteriores mas agora se escancara, constituem-se em verdadeira CASTA inquisitiva, antidemocrática, ideologizada e que comanda e dá as ordens na profissão, a fim de garantir os seus núcleos de clientela abastada em detrimento da grande maioria.

A cúpula da OAB “gosta” é de quantidade e nada estão preocupados com a qualidade dos profissionais que realizam a Justiça, pois isso gera dividendos financeiros (mais anuidades pagas para se ter a carteira e manter a inscrição, que é obrigatória) e político-eleitorais, pois assim podem explorar advogados recém-lançados no “mercado” jurídico pagando um salário mínimo por mês, exigindo terno e gravata e carro com gasolina, enquanto usam seu poder de influência e prestígio aparente e fictício (muitas vezes) para fechar contratos milionários com grandes empresas públicas e privadas. Essa é a razão de “denominar”, como nenhuma outra profissão faz, os advogados com até 05 primeiros anos de inscrição como “jovens advogados”, termo pejorativo e discriminatório que faz incutir no psicológico desses jovens idealistas e crédulos, ainda com pouca experiência, que a OAB os está “ajudando” e os “inserindo no mercado”: pura balela, como aquela “mentira que repetida mil vezes vira verdade”.

E são tantas as mentiras e o engodo à classe, que a entidade permanece rica, com um cabide de empregos, funcionando à base de contribuições anuais obrigatórias de todos os advogados, mas sem lhes prestar contas, ou mesmo ao Estado: eles, da “cúpula”, entendem que tudo seria uma...”intervenção indevida”. E nisso a entidade se parece muito com os partidos políticos no Brasil: um feudo, com representações estaduais, para empregar gente, trocar favores, captar clientes, com bandeiras ideológicas impostas sem nunca fazer nem mesmo uma audiência pública ou votação online de nada, de nenhuma de suas decisões, vivendo em constante “guerra política” que, na prática, nada tem a ver com os seus propósitos e motivos para os quais existe e foi criada.

Esses “conselheiros federais” seguindo uma linha de representação por cada estado da federação (seções da OAB, como são chamadas) vão para Brasília também NÃO SÃO eleitos nominalmente, mas como integrantes indicados em uma chapa ou “chapão” onde o advogado vota em um “grupo de poder” que já inclui um “combo” de indicações normalmente político-partidárias ou por “QI” de famílias influentes da região, para os cargos de Presidente e Diretor-geral da Caixa de Assistência dos Advogados, Diretor e Vice-diretor da Escola Superior de Advocacia, bem como todos os conselheiros estaduais (na Bahia são 40, mas isso varia de acordo com a quantidade de advogados em cada estado). Isso, na prática, deveria ser proporcional à representação por subseções ou identidade programática de cada um, o que não ocorre, justamente por serem todos “levados” juntos para tais cargos de decisão no único voto que podemos dar, além dos 3 conselheiros federais por unidade federativa, seguindo um modelo de simetria parecido com a composição do Senado Federal (três representantes por estado, independente de tamanho ou quantidade de profissionais inscritos na ativa).

Por isso tudo que a Advocacia, apesar de ser a profissão que existe para defender a cidadania, a democracia e, como disse Rui Barbosa “os seus semelhantes contra a injustiça, a violência e a FRAUDE”, parece que não é esse o caminho que o Presidente eleito indiretamente e que não representa a maior parte da opinião dos advogados do Brasil está levando a Instituição. Esta deveria bem nos representar, dar o exemplo e, também, nos defender, conforme previsto na letra do próprio Estatuto da Advocacia, lei federal 8.906/94.

Voltando ao “racha”: o fato reportado no memorando 02/2020 parece ser mesmo um fato inédito e que pode vir a revolucionar a manipulação oligárquica dessa instituição oficial. O documento vem assinado pela maioria dos componentes da Diretoria Nacional, que já tem um vício de origem em sua formação, por não obedecer, como dito acima, o princípio constitucional da democracia participativa e eleições diretas, e vem no momento em que não só o modo de eleição e o modelo de gestão, mas a própria existência da instituição vem sendo questionada dentro da classe e no Parlamento, com a PEC 108/19 dos Conselhos de Classe, co-assinada pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes.

Como temos visto desde o início do atual mandato, que se iniciou logo após da eleição do Presidente Bolsonaro, o atual Presidente Felipe Santa Cruz tem transformado nossa séria e importante entidade de classe num “puxadinho do PT”, partido em que ele foi filiado e beneficiado, através de seu escritório, com contrato de assessoria trabalhista milionário na Petrobras recentemente cortado e que elevou a sua fúria contra o Governo.

A intenção parece ser a de “aparelhar” a OAB internamente com seus asseclas e gerar uma “zona de atrito” constante com o Executivo eleito democraticamente, fazendo isso dia após dia seja pela grande mídia, seja pelas famosas “lives” via redes sociais, seja por uma nova revista oficial, seja por uma TV institucional que sido gestada em convênio com Assembleias Legislativas, ou mesmo judicializando a política, através de ações no STF de cunho exclusivamente político e que nada tem a ver com os desígnios constitucionais e legais para os quais a Entidade foi criada, prejudicando, assim, o andamento nas reformas necessárias para o país no Congresso e visivelmente visando a manchar a reputação do Chefe de Estado do país.

Tais atitudes também são observadas até mesmo contra advogados que se insurgem frente a esse escancarado “fascismo institucional”, que só admite dar voz a colegas que submetam à cartilha comunista do Foro de São Paulo e repitam as teses gramscistas e marxistas entoadas na maioria dos cursos de Direito públicos e privados há 2 décadas – fato este que vem sendo alertado desde o início pelo Professor Olavo de Carvalho –, com diversos casos velados de perseguição contra integrantes da classe que “ousam” questionar o seu poder, ou melhor: o poder de quem está sentado em suas cadeiras e cadeias de comando.

Nesse novo escândalo, a OAB, através de seu Presidente, denunciado pelos demais diretores que assinam o Memorando 02 de 2020, parece também não querer “se curvar” à Reforma da Previdência, que limita todas as novas aposentadorias ao teto do INSS. E pior: diz a mídia que tal manobra seria por se tratar o funcionário de um...”arquivo vivo”! Os outros diretores dizem que não houve a citada reunião, que não houve a ata e que o pedido nem foi feito. A legislação penal prevê essa conduta, se assim confirmada, ao menos, em um tipo penal conhecido de todos, a “Falsidade Ideológica”:

“Art. 299. Omitir, em documento público ou particular, declaração de que dele deveria constar, ou nele inserir, ou FAZER INSERIR DECLARAÇÃO FALSA OU DIVERSA DA QUE DEVERIA SER ESCRITA, com o fim de prejudicar direito, CRIAR OBRIGAÇÃO, OU ALTERAR A VERDADE SOBRE FATO JURIDICAMENTE RELEVANTE”. Grifo nosso. A pena-base para este crime é de 1 a 5 anos, por configurar-se a citada ata um “documento público”.

Será que este será mais um episódio de reclame nacional que será abafado em uma negociata de gabinete e terminará em “pizza”?

TRANSPARÊNCIA TOTAL E ELEIÇÕES DIRETAS JÁ NA OAB!

HENRIQUE QUINTANILHA. Advogado formado e pós-graduado pela UFBA, foi professor da Faculdade de Direito da UFBA até 2013, conferencista e escreve para jornais desde 2003.

Especial completo. Músicas para Cinema: Oswaldo Montenegro canta músicas...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Dormindo e acordando



[evangelhista da silva)



 São dezenas de anos assim

Tudo é muito confuso em mim.

Em uma existência finda

É mesmo assim que amanhece.   

E o entardecer é prenúncio sempre.   

O sol se indo aos poucos

Chega a noite que vem e vai

Com a lua ou sem ela a brilhar.

Com estrelas e sem estrelas e chuva.

Que amanhece é mesmo assim.

Com o sol que brilha ou apaga

Anunciando sempre a nossa morte

Para anoitecer só Deus sabe até quando

Ou amanhecer jamais para todos os imortais.



Santo Antônio de Jesus, 14 de janeiro de 2021, aos 57 min.

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Sobre áudios vazados em SAJ, Dr. Christian afirma: “quero saber quem os vazou, e o que foi dito é verdade”

 

Sobre áudios vazados em SAJ, Dr. Christian afirma: “quero saber quem os vazou, e o que foi dito é verdade”

Em entrevista no Programa Meio Dia e Meia, na Live do Voz da Bahia, na tarde desta quinta-feira (11/06) o médico e pré-candidato a prefeito de Santo Antônio de Jesus, Dr. Christian Ferraz (PP) comentou a respeito dos seus áudios vazados, ameaças de morte que vem sofrendo e sua opinião acerca dos outros pré-candidatos a prefeito da cidade.
ÁUDIOS VAZADOS:
Dr. Christian ressaltou que ele é uma vítima do vazamento dos seus áudios privados questão essa que está sendo investigada pela 4ª Coorpin (Coordenadorias Regionais do Interior) (reveja aqui), porém, ele não gostaria de enterrar este assunto já que traz a tona questões já debatidas que não tiveram resultados. “Temos tecnologia de rastreamento e estamos chegando aos autores das Fake News e vamos coloca-los diante da justiça. Esse assunto não se deve enterrar porque sujeira, mau-caretice, canalhice e corrupção não combinam comigo “, disse.
AMEAÇAS:
O entrevistado contou que ele e sua família sofreram ameaças e não temeroso resolveu se impor, e por isso tentou contatar a ex-prefeito Euvaldo Rosa e não obtendo êxito, resolveu mandar o áudio, “tenho provas, isso não combina com democracia. A partir do momento que você sofre ameaça em uma quinta-feira (21/05) dentro do seu próprio consultório com pessoas que você acredita serem incapazes. E coloca o dedo na sua cara e diz que são capazes de matar ou mandar matar, aí a coisa começa a complica, aquilo me deixou angustiado, mas não temeroso, gravei em áudio e vídeo, lamento, mas foi feito”, explicou.
ÁUDIO 2:
No sábado (23/05) pela tarde, o pré-candidato contou ao Voz da Bahia que foi mais uma vez ameaçado, por meio de um perfil falso em rede social, “ameaçaram por meio de um perfil falso, um tal de ‘Siqueira Bruno’, alguém que não existe. Esse é um covarde. Essa pessoa acabou me ameaçando através de uma outra pessoa no Facebook dizendo que poderia atentar contra mim e minha família, então aí eu dei um basta. Liguei para Euvaldo, que é meu amigo, uma pessoa politizada que está no mesmo partido ligado ao prefeito Rogério Andrade (PSD) e eu não tenho culpa disso. Ele não atendeu e logo pensei que ele estava em reunião, então mandei um áudio para ele mostrando a minha indignação”, contou.
ENCAMINHOU O ÁUDIO PARA 3 PESSOAS”:
Christian garante que nos áudios que enviou não tem nenhuma inverdade, o médico garantiu que encaminhou para somente três pessoas de sua confiança e se declara vítima dos vazamentos. “Eu falei a verdade, com a palavra as entidades responsáveis pela investigação e as pessoas que se sentiram ofendidas com aquilo, agora eu também sou vítima, eu tive um áudio privado vazado e quero saber quem vazou. Mandei para Euvaldo, Délcio Mascarenhas e outra pessoa, um médico, todos de minha confiança. Isso tomou uma proporção desnecessária”, declarou.
SANTA CASA:
Segundo o pré-candidato, nos áudios são tratados assuntos de conhecimento público sobre a Santa Casa que já são discutidos há vários anos na Câmara Municipal e quer ver isso passado a limpo, pois até então não houve investigação nenhuma da Entidade.
DENÚNCIA:
Dr. Christian declarou ainda ser um homem do bem que já faz denúncias há algum tempo e tem muito mais para falar, mas não em veículos de imprensa e sim em palanque de direito, “se eu devesse alguma coisa eu não estaria aqui, eu tenho a cara e a coragem para falar, só preciso ser convocado e irei falar tudo o que eu sei. Denunciei a ex-prefeitos da cidade em conversas particulares, há tempos atrás eu disse que tinha algo muito errado, falei: Euvaldo, cuidado, o provedor não está alinhado com o que você pensa“, avisou.
ÁUDIOS 3:
Ferraz foi questionado se mandaria de novo esses áudios, e o mesmo foi claro, disse que sim e que ali não tem um décimo de sua indignação, “quem fala que eu nunca denunciei são aqueles que se calam eternamente. Como cidadão, estou aqui para assumir o que foi vazado, eu sou vítima, mas tranquilo, porque tudo o que foi dito é verdade. O estranho é todo mundo se calar, pois quem cala consente”, afirmou.
Indagado sobre sua opinião acerca dos pré-candidatos a prefeito de Santo Antônio de Jesus, Christian Ferraz disse:
  • Genival Deolino (PSDB): “É um homem de bem, precisa se preparar melhor porque gerir uma cidade como Santo Antônio de Jesus, não é um projeto aventureiro, ele precisa se acentuar entre o apoio a prefeito e dizer que é oposição”.
  • Everaldo Júnior (PDT): “É um homem que ingressou cedo demais na política, mas é um homem de coragem, lícito e vai fazer um trabalho bonito como pré-candidato”.
  • Ex-prefeito Humberto Leite (DEM): “Ele fala por sua própria história, teve dois mandatos, acertou e errou, mas no último governo ele muito mais acertou do que errou, ele tem de mim todo carinho e admiração, é um pré-candidato que merece respeito”.
  • Prefeito Rogério Andrade (PSD): “Rogério é um advogado que não seguiu carreira, entrou também cedo demais na carreira política, ele precisava trabalhar na área do direito por muitos anos para depois se prestar a outra atividade. Ele é um político de profissão, nasceu em berço político no lar de Aloísio Andrade, ex-prefeito de Elísio Medrado. Ele pecou muito devido a conduta de traição dos grupos para ser prefeito. Ele é legislador e não sabe governar e provou isso, tenho certeza que ele tem refletido sobre isso e em algum momento e como homem sensato deve desistir de sua candidatura à reeleição”. vozdabahia

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Vômitos Poéticos e Recepção


 

Vômitos Poéticos e Recepção

                     [evangelhista da silva]



A mim, que talvez poderia poeta ser

pouco me importa tanta indefinição ao ler

versos tão confusos vistos por doutos arte e perfeição.


A literatura e a estética da recepção que a digam

quanta confusão causa na mente do leitor a buscar

uma interpretação daquilo que não se pode depreender.


E mergulhando em um abismo infinito os críticos literários

afogam-se em um mundo labiríntico conturbado e desdito de poetas

que, na inquietude do ser se perdem no Uni(verso) de confusão e desdita.


A poética poderá estar até mesmo

nestes labirintos indecifráveis de poesia

que consideram Arte em Vida definida a razão de ser.



Santo Antônio de Jesus, 25 de dezembro de 2020, às 12h 57min.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tudo que você faz, Volta Pra Você - Haroldo Dutra Dias