segunda-feira, 19 de novembro de 2012

DEPRESSÃO


DEPRESSÃO


DEPRESSÃO
Sinônimos e nomes relacionados:
Transtorno depressivo, depressão maior, depressão unipolar, incluindo ainda tipos diferenciados de depressão, como depressão grave, depressão psicótica, depressão atípica, depressão endógena, melancolia, depressão sazonal.
O que é a depressão?
Depressão é uma doença que se caracteriza por afetar o estado de humor da pessoa, deixando-a com um predomínio anormal de tristeza. Todas as pessoas, homens e mulheres, de qualquer faixa etária, podem ser atingidas, porém mulheres são duas vezes mais afetadas que os homens. Em crianças e idosos a doença tem características particulares, sendo a sua ocorrência em ambos os grupos também freqüente.
Como se desenvolve a depressão?
Na depressão como doença (transtorno depressivo), nem sempre é possível haver clareza sobre quais acontecimentos da vida levaram a pessoa a ficar deprimida, diferentemente das reações depressivas normais e das reações de ajustamento depressivo, nas quais é possível localizar o evento desencadeador.
As causas de depressão são múltiplas, de maneira que somadas podem iniciar a doença. Deve-se a questões constitucionais da pessoa, com fatores genéticos e neuroquímicos (neurotransmissores cerebrais) somados a fatores ambientais, sociais e psicológicos, como:
Estresse
Estilo de vida
Acontecimentos vitais, tais como crises e separações conjugais, morte na família, climatério, crise da meia-idade, entre outros.
Como se diagnostica a depressão?
Na depressão a intensidade do sofrimento é intensa, durando a maior parte do dia por pelo menos duas semanas, nem sempre sendo possível saber porque a pessoa está assim. O mais importante é saber como a pessoa sente-se, como ela continua organizando a sua vida (trabalho, cuidados domésticos, cuidados pessoais com higiene, alimentação, vestuário) e como ela está se relacionando com outras pessoas, a fim de se diagnosticar a doença e se iniciar um tratamento médico eficaz.
O que sente a pessoa deprimida?
Freqüentemente o indivíduo deprimido sente-se triste e desesperançado, desanimado, abatido ou " na fossa ", com " baixo-astral ". Muitas pessoas com depressão, contudo, negam a existência de tais sentimentos, que podem aparecer de outras maneiras, como por um sentimento de raiva persistente, ataques de ira ou tentativas constantes de culpar os outros, ou mesmo ainda com inúmeras dores pelo corpo, sem outras causas médicas que as justifiquem. Pode ocorrer também uma perda de interesse por atividades que antes eram capazes de dar prazer à pessoa, como atividades recreativas, passatempos, encontros sociais e prática de esportes. Tais eventos deixam de ser agradáveis. Geralmente o sono e a alimentação estão também alterados, podendo haver diminuição do apetite, ou mesmo o oposto, seu aumento, havendo perda ou ganho de peso. Em relação ao sono pode ocorrer insônia, com a pessoa tendo dificuldade para começar a dormir, ou acordando no meio da noite ou mesmo mais cedo que o seu habitual, não conseguindo voltar a dormir. São comuns ainda a sensação de diminuição de energia, cansaço e fadiga, injustificáveis por algum outro problema físico.
Como é o pensamento da pessoa deprimida?
Pensamentos que freqüentemente ocorrem com as pessoas deprimidas são os de se sentirem sem valor, culpando-se em demasia, sentindo-se fracassadas até por acontecimentos do passado. Muitas vezes questões comuns do dia-a-dia deixam os indivíduos com tais pensamentos. Muitas pessoas podem ter ainda dificuldade em pensar, sentindo-se com falhas para concentrar-se ou para tomar decisões antes corriqueiras, sentindo-se incapazes de tomá-las ou exagerando os efeitos "catastróficos" de suas possíveis decisões erradas.
Pensamentos de morte ou tentativas de suicídio
Freqüentemente a pessoa pode pensar muito em morte, em outras pessoas que já morreram, ou na sua própria morte. Muitas vezes há um desejo suicida, às vezes com tentativas de se matar, achando ser esta a " única saída " ou para " se livrar " do sofrimento, sentimentos estes provocados pela própria depressão, que fazem a pessoa culpar-se, sentir-se inútil ou um peso para os outros. Esse aspecto faz com que a depressão seja uma das principais causas de suicídio, principalmente em pessoas deprimidas que vivem solitariamente. É bom lembrar que a própria tendência a isolar-se é uma conseqüência da depressão, a qual gera um ciclo vicioso depressivo que resulta na perda da esperança em melhorar naquelas pessoas que não iniciam um tratamento médico adequado.
Sentimentos que afetam a vida diária e os relacionamentos pessoais
Freqüentemente a depressão pode afetar o dia-a-dia da pessoa. Muitas vezes é difícil iniciar o dia, pelo desânimo e pela tristeza ao acordar. Assim, cuidar das tarefas habituais pode tornar-se um peso: trabalhar, dedicar-se a uma outra pessoa, cuidar de filhos, entre outros afazeres podem tornar-se apenas obrigações penosas, ou mesmo impraticáveis, dependendo da gravidade dos sintomas. Dessa forma, o relacionamento com outras pessoas pode tornar-se prejudicado: dificuldades conjugais podem acentuar-se, inclusive com a diminuição do desejo sexual; desinteresse por amizades e por convívio social podem fazer o indivíduo tender a se isolar, até mesmo dificultando a busca de ajuda médica.
Como se trata a depressão?
A depressão é uma doença reversível, ou seja, há cura completa se tratada adequadamente. O tratamento médico sempre se faz necessário, sendo o tipo de tratamento relacionado ao perfil de cada paciente. Pode haver depressões leves, com poucos aspectos dos problemas mostrados anteriormente e com pouco prejuízo sobre as atividades da vida diária. Nesses casos, o acompanhamento médico é fundamental, mas o tratamento pode ser apenas psicoterápico.
Pode haver também casos de depressões bem mais graves, com maior prejuízo sobre o dia-a-dia do indivíduo, podendo ocorrer também sintomas psicóticos (como delírios e alucinações) e ideação ou tentativas de suicídio. Nessa situação, o tratamento medicamentoso se faz obrigatório, além do acompanhamento psicoterápico.
Os medicamentos utilizados são os antidepressivos, medicações que não causam “dependência”, são bem toleradas e seguras se prescritas e acompanhadas pelo médico. Em alguns casos faz-se necessário associar outras medicações, que podem variar de acordo com os sintomas apresentados (ansiolíticos, antipsicóticos).

TRANSTORNO BIPOLAR DO HUMOR


TRANSTORNO BIPOLAR DO HUMOR
(PSICOSE MANÍACO-DEPRESSIVA)

TRANSTORNO BIPOLAR DO HUMOR
Sinônimos e nomes relacionados:
Psicose maníaco-depressiva, transtorno ou doença afetivo bipolar, incluindo tipos específicos de doenças ou transtornos do humor, como ciclotimia, hipomania e transtorno misto do humor.
O que é a doença bipolar do humor:
O Transtorno Bipolar do Humor, antigamente denominado de psicose maníaco-depressiva, é caracterizado por oscilações ou mudanças cíclicas de humor. Estas mudanças vão desde oscilações normais, como nos estados de alegria e tristeza, até mudanças patológicas acentuadas e diferentes do normal, como episódios de MANIA, HIPOMANIA, DEPRESSÃO e MISTOS. É uma doença de grande impacto na vida do paciente, de sua família e sociedade, causando prejuízos freqüentemente irreparáveis em vários setores da vida do indivíduo, como nas finanças, saúde, reputação, além do sofrimento psicológico. É relativamente comum, acometendo aproximadamente 8 a cada 100 indivíduos, manifestando-se igualmente em mulheres e homens.
O que causa a doença bipolar do humor:
A base da causa para a doença bipolar do humor não é inteiramente conhecida, assim como não o é para os demais distúrbios do humor. Sabe-se que os fatores biológicos (relativos a neurotransmissores cerebrais), genéticos, sociais e psicológicos somam-se no desencadeamento da doença. Em geral, os fatores genéticos e biológicos podem determinar como o indivíduo reage aos estressores psicológicos e sociais, mantendo a normalidade ou desencadeando doença. O transtorno bipolar do humor tem uma importante característica genética, de modo que a tendência familiar à doença pode ser observada.
Como se manifesta a doença bipolar do humor:
Pode iniciar na infância, geralmente com sintomas como irritabilidade intensa, impulsividade e aparentes “tempestades afetivas”. Um terço dos indivíduos manifestará a doença na adolescência e quase dois terços, até os 19 anos de idade, com muitos casos de mulheres podendo ter início entre os 45 e 50 anos. Raramente começa acima dos 50 anos, e quando isso acontece, é importante investigar outras causas.

A MANIA (eufórica) é caracterizada por:
Humor excessivamente animado, exaltado, eufórico, alegria exagerada e duradoura;
Extrema irritabilidade, impaciência ou “pavio muito curto”;
Agitação, inquietação física e mental;
Aumento de energia, da atividade, começando muitas coisas ao mesmo tempo sem conseguir terminá-las
Otimismo e confiança exageradas;
Pouca capacidade de julgamento, incapacidade de discernir;
Crenças irreais sobre as próprias capacidades ou poderes, acreditando possuir muitos dons ou poderes especiais;
Idéias grandiosas;
Pensamentos acelerados, fala muito rápida, pulando de uma idéia para outra,tagarelice;
Facilidade em se distrair, incapacidade de se concentrar;
Comportamento inadequado, provocador, intrometido, agressivo ou de risco;
Gastos excessivos;
Desinibição, aumento do contato social, expansividade;
Aumento do impulso sexual;
Agressividade física e/ou verbal;
Insônia e pouca necessidade de sono;
Uso de drogas, em especial cocaína, álcool e soníferos.
* Três ou mais sintomas aqui relacionados devem estar presentes por, no mínimo, uma semana;
* A hipomania é um estado de euforia mais leve que não compromete tanto a capacidade de funcionamento do paciente. Geralmente, passa despercebida por ser confundida com estados normais de alegria e devem durar no mínimo dois dias.

A DEPRESSÃO, que pode ser de intensidade leve, moderada ou grave, é caracterizada por:
Humor melancólico, depressivo;
Perda de interesse ou prazer em atividades habitualmente interessantes;
Sentimentos de tristeza, vazio, ou aparência chorosa/melancólica;
Inquietação ou irritabilidade;
Perda ou aumento de apetite/peso, mesmo sem estar de dieta;
Excesso de sono ou incapacidade de dormir;
Sentir-se ou estar agitado demais ou excessivamente devagar (lentidão);
Fadiga ou perda de energia;
Sentimentos de falta de esperança, culpa excessiva ou pessimismo;
Dificuldade de concentração, de se lembrar das coisas ou de tomar decisões;
Pensamentos de morte ou suicídio, planejamento ou tentativas de suicídio;
Dores ou outros sintomas corporais persistentes, não provocados por doenças ou lesões físicas.
* estes sintomas manifestam-se na maior parte do tempo por, pelo menos, DUAS semanas.

O ESTADO MISTO é caracterizado por:
Sintomas depressivos e maníacos acentuados acontecendo simultaneamente;
A pessoa pode sentir-se deprimida pela manhã e progressivamente eufórica com o passar do dia, ou vice-versa;
Pode ainda apresentar-se agitada, acelerada e ao mesmo tempo queixar-se de angústia, desesperança e idéias de suicídio;
Os sintomas freqüentemente incluem agitação, insônia e alterações do apetite. Nos casos mais graves, podem haver sintomas psicóticos (alucinações e delírios) e pensamentos suicidas;
* os sintomas devem estar presentes a maior parte dos dias por, no mínimo, uma semana.
De que outras formas a doença bipolar do humor pode se manifestar:
Existem três outras formas através das quais a doença bipolar do humor pode se manifestar, além de episódios bem definidos de mania e depressão.
Uma primeira forma seria a hipomania, em que também ocorre estado de humor elevado e expansivo, eufórico, mas de forma mais suave. Um episódio hipomaníaco, ao contrário da mania, não é suficientemente grave para causar prejuízo no trabalho ou nas relações sociais, nem para exigir a hospitalização da pessoa.
Uma segunda forma de apresentação da doença bipolar do humor seria a ocorrência de episódios mistos, quando em um mesmo dia haveria a alternância entre depressão e mania. Em poucas horas a pessoa pode chorar, ficar triste, sentindo-se sem valor e sem esperança, e no momento seguinte estar eufórica, sentindo-se capaz de tudo, ou irritada, falante e agressiva.
A terceira forma da doença bipolar do humor seria aquela conhecida como transtorno ciclotímico, ou apenas ciclotimia, em que haveria uma alteração crônica e flutuante do humor, marcada por numerosos períodos com sintomas maníacos e numerosos períodos com sintomas depressivos, que se alternariam. Tais sintomas depressivos e maníacos não seriam suficientemente graves nem ocorreriam em quantidade suficiente para se ter certeza de se tratar de depressão e de mania, respectivamente. Seria, portanto, facilmente confundida com o jeito de ser da pessoa, marcada por instabilidade do humor.
Como se diagnostica a doença bipolar do humor:
O diagnóstico da doença bipolar do humor deve ser feito por um médico psiquiátrico baseado nos sintomas do paciente. Não há exames de imagem ou laboratoriais que auxiliem o diagnóstico. A dosagem de lítio no sangue só é feita para as pessoas que usam carbonato de lítio como tratamento medicamentoso, a fim de se acompanhar a resposta ao remédio.
Como se trata a doença bipolar do humor:
O tratamento, após o diagnóstico preciso, é medicamentoso, envolvendo uma classe de medicações chamada de estabilizadores do humor, da qual o carbonato de lítio é o mais estudado e o mais usado. A carbamazepina, a oxcarbazepina e o ácido valpróico também se mostram eficazes. Um acompanhamento psiquiátrico deve ser mantido por um longo período, sendo que algumas formas de psicoterapia podem colaborar para o tratamento.

Que é Depressão


O que é Depressão?

A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado.
O que é depressão

Depressão, - Uma Patologia Mística

 Foto: Getty Images

SENTIDO E SIGNIFICADO




Ao contrário do que em geral se crê, sentido e
significado nunca foram a mesma coisa, o
significado fica-se logo por aí, é directo, literal,
explícito, fechado em si mesmo, unívoco, por assim
dizer; ao passo que o sentido não é capaz de
permanecer quieto, fervilha de sentidos segundo,
terceiros e quartos, de direções irradiantes que se
vão dividindo e subdividindo em ramos e ramilhos,
até se perderem de vista, o sentido de cada palavra
parece-se com uma estrela quando se põe a
projectar marés vivas pelo espaço fora, ventos
cósmicos, perturbações magnéticas, aflições.

José Saramago

(Livro: Todos os nomes, 1997).

Depressão: quando a tristeza se torna patológica

Depressão: quando a tristeza se torna patológica



Hélder Franco heldersoad@yahoo.com.br
O que é Depressão?



A depressão é um transtorno que ultimamente está sendo considerado como uma epidemia entre as desordens psiquiátricas, tal a freqüência com que tem sido observado atualmente. Estima-se que aproximadamente 8% da população geral sofrerá de algum tipo de transtorno depressivo em algum momento de sua vida, o que nos dá uma idéia da gravidade ao problema. No entanto, é importante ressaltar que a depressão é um quadro muito mais complexo do que costumeiramente é referido, o que é diferente daqueles simples casos de tristeza que por vezes são considerados episódios depressivos.
A tristeza que observamos nos quadros depressivos é bem mais intensa, é uma tristeza patológica, que vem acompanhada por vários outros sintomas. Estes sintomas incluem uma redução no nível de motivação do indivíduo, retardo psicomotor, lentificação do pensamento, pessimismo extremo, baixa auto-estima e sentimentos de desvalorização, tudo isso contribuindo para que ele cada vez menos participe de atividades que antes lhe proporcionavam prazer. Essa redução no nível de atividade faz com que o sujeito depressivo passe grande parte do seu tempo num estado de semiletargia, com pensamentos negativos acerca de si mesmo, dos outros e do futuro, o que contribui para que o quadro seja mantido. Idéias recorrentes de suicídio são freqüentemente observadas. Além desses sintomas de ordem cognitiva (ao nível do pensamento), motora e motivacional, alguns sintomas de ordem somática também podem estar presentes, como perda de apetite, alterações no padrão de sono e perda do interesse sexual, sendo a gravidade desses sintomas um indicador confiável do grau de comprometimento geral do indivíduo.
A origem dos quadros depressivos pode se encontrar tanto em eventos do meio ambiente (depressão exógena), quanto em fatores de ordem orgânica (depressão endógena), como um desequilíbrio no funcionamento de alguns sistemas de neurotransmissores. Entre as causas externas que mais comumente desencadeiam episódios depressivos (depressão reativa) estão perdas de pessoas afetivamente próximas, prejuízos financeiros graves e finais de relacionamentos. Mais uma vez é bom lembrar que em tais situações é perfeitamente normal que as pessoas experimentem estados de tristeza e apatia. A caracterização do quadro depressivo só se confirma quando essa tristeza atinge um nível extremamente elevado, incapacitando o indivíduo de retornar à sua vida normal, paralelamente ao aparecimento de outros dos sintomas acima descritos.
O tipo mais severo de transtorno depressivo é um tipo de depressão endógena denominada Depressão Maior. Os critérios para o diagnóstico desse quadro descritos no DSM-IV(Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) são:
Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de 2 semanas e representam uma alteração a partir do funcionamento anterior. Pelo menos um dos sintomas é:
(1) humor deprimido ou;
(2) perda do interesse ou prazer.
Nota: Não incluir sintomas nitidamente devidos a uma condição
médica geral ou alucinações ou delírios incongruentes com o humor.
(1) humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, indicado por relato subjetivo (por ex., sente-se triste ou vazio) ou observação feita por outros (por ex., chora muito).
Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável
(2) interesse ou prazer acentuadamente diminuídos por todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (indicado por relato subjetivo ou observação feita por outros)
(3) perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta (por ex., mais de 5% do peso corporal em 1 mês), ou diminuição ou aumento do apetite quase todos os dias.
Nota: Em crianças, considerar falha em apresentar os ganhos de peso esperados
(4) insônia ou hipersonia quase todos os dias
(5) agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outros, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento)
(6) fadiga ou perda de energia quase todos os dias
(7) sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser delirante), quase todos os dias (não meramente auto-recriminação ou culpa por estar doente)
(8) capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outros)
(9) pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio
B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
C. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., droga de abuso ou medicamento) ou de uma condição médica geral (por ex., hipotiroidismo).
D. Os sintomas não são melhor explicados por Luto, ou seja, após a perda de um ente querido, os sintomas persistem por mais de 2 meses ou são caracterizados por acentuado prejuízo funcional, preocupação mórbida com desvalia, ideação suicida, sintomas psicóticos ou retardo psicomotor.
Além desses tipos mais freqüentes de depressão, existe outros quadros que são determinados por eventos específicos ou por determinadas fases do desenvolvimento humano, como a maternidade (depressão pós-parto), chegada da terceira idade (depressão involutiva), ou o final do período de fertilidade nas mulheres (depressão do climatério). Também existe uma outra forma mais branda de transtorno depressivo, em que os sintomas característicos são experienciados de uma forma menos acentuada, mas que persistem por um período de pelo menos dois anos. Esse quadro é denominado de transtorno distímico.
Embora existam variações de tipo e intensidade, em todos os casos existe um comprometimento significativo na vida do sujeito, com efeitos psicológicos que são muitas vezes dramáticos. Esses efeitos são em grande parte determinados pela forma tendenciosa com que o indivíduo depressivo interpreta o mundo e se comporta perante ele. Normalmente, pessoas que se tornam deprimidas tendem a enxergar as diversas situações com que se deparam de uma forma um tanto quanto “catastrófica”, ignorando evidências positivas e recusando-se a admitir sua capacidade de reagir frente a tais eventos. Por exemplo, uma pessoa que está passando por uma situação de instabilidade financeira em virtude da perda de um emprego pode acreditar que jamais terá forças para superar a crise, mesmo que possua um currículo muito bom e tenha sido considerado por todos um profissional competente em sua área nas empresas em que atuou. Evidentemente a perda de um emprego se constitui em algo difícil de ser enfrentado, mas as pessoas podem reagir de uma forma diferenciada em cada situação. Algumas imediatamente passam a buscar uma re-inserção na sua área de trabalho. Outras buscam áreas que julgam oferecer melhores oportunidades e outras podem até mesmo manifestar um certo pessimismo em relação à conquista de um novo emprego, mas esse pessimismo não chega a interferir em outras esferas de sua vida. No caso do nosso sujeito fictício, a perda do emprego pode ser percebida também como uma evidência de que ele é um total fracasso como pai de família e como pessoa de uma forma geral. Ele pode acreditar que por mais que se esforce não será capaz de conseguir trabalho e que o futuro não lhe reserva nada de bom. Pode interpretar outros fatos e situações como evidências para suas crenças de incapacidade e impotência e, pensando dessa forma, poderá entregar-se a um estado de apatia e desesperança que irá acabar contribuindo para que de fato sua vida piore cada vez mais.
Nesse caso, acaba-se constituindo uma espécie de “círculo vicioso”, em que as atitudes do sujeito deprimido contribuem para um aumento na intensidade dos sintomas. Dessa forma, a recuperação só é possível quando se trabalha simultaneamente sobre os padrões de comportamento do indivíduo deprimido e dos pensamentos e interpretações negativistas que ele constrói acerca da sua vida e do mundo, re-avaliando percepções que podem estar equivocadas, mas que exercem uma forte - e prejudicial - influência sobre o seu estado de humor geral. No caso de depressões endógenas, o tratamento farmacológico também pode ser indicado, mas os achados mais recentes demonstram que uma combinação desse tratamento com psicoterapia tem alcançado resultados mais satisfatórios. Logo, algumas dicas importantes para lidar com o problema da depressão incluiriam:
- Estar atento para possíveis oscilações no estado de humor, sobretudo quando essas alterações se tornarem mais intensas e recorrentes, ocasionando sentimentos desagradáveis;
- Ao experimentar sentimentos de tristeza ou desesperança em relação ao futuro, investigar as razões que podem estar originando tais sentimentos, deve-se perguntar: “o que estou pensando para me sentir tão mal”.
- Procurar avaliar se seus pensamentos negativos são realmente verdadeiros, e se questionar se apenas existe uma forma de perceber de pensar e perceber os acontecimentos do dia-a-dia;
- Procurar fazer atividades interessantes e prazerosas. Mesmo sendo a tendência de quem está com humor deprimido de se deitar e esquecer do mundo, o que se aconselha é sair do estado inerte, de ambientes fechados e escuros para se praticar atividades que envolvam movimentos físicos.
Caso não consiga lidar com o problema sozinho, buscar ajuda de profissionais capacitados.

Beethoven Symphony No. 5 - Kurt Masur - New York Philharmonic

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sábado, 17 de novembro de 2012

Assim começa a carreira de um psicopata


SÉRIE: MATADORES DE ANIMAIS



Assim começa a carreira de um psicopata

18 de junho de 2012 às 6:00


Por Fátima Chuecco (da Redação)
A ANDA estreia, com exclusividade, uma série de matérias recheadas de pesquisa, entrevistas, curiosidades e indagações com o propósito de sensibilizar a população, as autoridades e a Justiça sobre o alto grau de periculosidade das pessoas que matam animais em série ou em massa e cujo rastro de sangue e dor pode ser contido se forem investigadas, detidas e monitoradas.
Animais incendiados ou enterrados vivos, espancados até a morte, enforcados, torturados, envenenados ou mortos por injeção letal – todos esses procedimentos são comuns em psicopatas. O alvo predileto: criaturas frágeis, indefesas, fáceis de capturar e manter sob seu domínio – e os animais se enquadram em todos os itens, assim como as crianças, mulheres e idosos que, numa segunda etapa da vida de um psicopata, podem se tornar seus alvos.
Segundo estudos do FBI, na sua grande maioria (cerca de 80%), os psicopatas começam a carreira matando animais. Por isso, em países como Estados Unidos e Inglaterra, os matadores de animais já são tratados e julgados de forma diferenciada que avança para muito além do crime de maus-tratos a animais. Nesses locais já se entende que deter esses indivíduos ou monitorá-los, quando começam a matar animais na infância, representa uma medida preventiva, de proteção não somente aos animais, mas a toda a sociedade.
Assinadas pela jornalista Fátima Chuecco, colaboradora da ANDA e sempre atuante no jornalismo pela causa animal, as matérias levantarão os casos dos psicopatas mais famosos do Brasil e no Exterior a fim de instigar a reflexão e motivar que casos onde se percebe comportamento psicopata sejam avaliados de forma mais ampla e recebam a punição adequada para evitar que os crimes continuem se propagando e, inclusive, migrando, da matança de bichos para o assassinato de pessoas.
Histórias impressionantes desfilarão pela série que estará também fornecendo canais para denúncias e dicas de como identificar indivíduos de perfil psicopata. Afinal, eles estão entre nós e muitas vezes ninguém percebe! Podem se esconder no disfarce de um simpático ou bondoso vizinho. É muito importante denunciar todo e qualquer matador de animais seja ele matador em série, em massa ou temporário.
Deter esses indivíduos salva a vida de animais e de pessoas. À propósito, no Brasil, 80 mil crianças desaparecem por ano. É um número extraordinariamente alto. Elas somem sem qualquer indício de seqüestro ou pedido de resgate e podem estar caindo nas mesmas mãos daqueles que assassinam animais.
Capítulo Quatro
Um psicopata a cada quadra
(Foto: Reprodução/Internet)
É assustador saber que a cada 100 pessoas, quatro são psicopatas segundo pesquisas americanas. Isso quer dizer que podemos encontrar um psicopata em cada quadra e pelo menos 5 milhões deles só no Brasil. Isso explica porque são tão comuns os envenenadores de cães e gatos. Quem nunca morou perto de um desses matadores de animais em série?
Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem uma estatística um pouco mais otimista: uma em cada 100 pessoas teria tendência à psicopatia. No entanto, nem todo psicopata se torna assassino de bichos ou pessoas. O National Institute of Mental Health (Instituto Nacional de Saúde Mental) dos EUA diz que 47% deles chegam a cometer crimes violentos, enquanto que os demais destilam sua agressividade no ambiente de trabalho, dentro de suas casas ou nos relacionamentos amorosos.
O destino dado ao serial killer varia de acordo com cada país. No Canadá, Inglaterra, Austrália e algumas cidades dos EUA a condenação é de prisão perpétua com cela de isolamento. Quando são menores de idade os psicopatas nesses países também podem ter como pena o isolamento do convívio social até que provem estar aptos para a liberdade.
Afinal, como foi visto no capitulo anterior dessa série, uma criança pode matar outras e o ideal seria receber tratamento e acompanhamento de modo a evitar que ela ataque novamente bichos ou pessoas. Outra penalidade aplicada em alguns países da Europa e nos Estados Unidos, para casos menos graves de maus-tratos a animais, é a proibição do agressor adquirir novos bichos, além de perder a guarda dos que ainda estão sob seu poder.
No Brasil os psicopatas podem ser considerados semi-imputáveis (com consciência dos seus atos, mas nenhum controle sobre eles). Nesse caso podem ir para hospitais de custódia onde receberão tratamento e voltarão às ruas quando tiverem liberação psiquiátrica. Se forem punidos como criminosos comuns cumprirão o máximo de pena prevista no país que é de 30 anos e também serão liberados. Foi isso que aconteceu com o maior psicopata brasileiro: Pedrinho Matador – autor de mais de cem assassinatos.
“Matava pacas e macacos… acostumei!”
Pedrinho Matador (Foto: Reprodução/Internet)
Um dos mais famosos psicopatas do Brasil cumpriu pena de 34 anos, mas continuou matando até mesmo quando estava preso. Numa entrevista às TVs brasileiras em 2011, quando foi preso novamente em Camboriú (SC), Pedrinho Matador disse que só mata gente ruim e por vingança. Jamais mata mulheres e tem desejo de “acabar” com o Maníaco do Parque. A tatuagem “Mato por Prazer” diz que já tirou do braço.
Ele cresceu numa chácara em Minas Gerais onde matava pacas e macacos: “Acostumei a matar… depois passei a gostar. Gosto mais de matar com faca, estilete, mas também uso as mãos porque depende de cada traidor”, disse numa coletiva à imprensa em 2011. A “carreira assassina” de Pedrinho teve início aos 14 anos de idade quando matou um primo. Muitos anos depois matou o pai que estava no mesmo presídio que ele: “Mas só arranquei o coração dele, não comi não como dizem que fiz”.
Decapitou o próprio gato e a mãe
Não foi apenas Pedrinho Matador que treinou seus instintos violentos em bichos antes de matar pessoas. Edmund Kemper tinha o hábito de decapitar gatos e atirar em pássaros por volta de seus 13 anos de idade.
Nem o gato da família foi poupado tendo sua cabeça pendurada numa estaca. Kemper foi tão perverso em toda sua vida que é difícil acreditar que alguém como ele possa de fato existir.Matou avós, mãe, amiga da mãe, adolescentes e fez sexo com diversos cadáveres que decapitava.
Edmund Kemper (Foto: Reprodução/Internet)
Foi condenado à prisão perpétua em 1973, na Califórnia (EUA), pelo assassinato de oito mulheres, entre elas sua avó (quando ele tinha apenas 16 anos). Numa mesma tarde matou e decapitou a mãe e uma amiga dela que, inesperadamente, apareceu para uma visita. O júri considerou que Kemper gozava de saúde mental perfeita e o enviou para uma prisão comum. O dado curioso é que o próprio Kemper se entregou à polícia e durante seu julgamento disse que estava disposto a ser torturado até à morte.
Cegava pássaros com agulhas quando criança
Foto: Reprodução/Internet
Tudo aconteceu tão cedo na vida do militar americano Edward Leonski que quando ele estava com 24 anos, em 1942, já tinha sido condenado à forca pelo estrangulamento de três mulheres. Na confissão ele disse ter matado para “conseguir suas vozes.” Disse que uma delas cantou para ele enquanto à conduzia para casa: “Ela tinha uma bela voz e eu fiquei maluco por ela”.
Na investigação de sua vida pregressa, colegas de infância disseram que Edward tinha o mórbido hobby de cegar passarinhos com agulhas. Uma aberração que também pode ter alguma relação com o canto dos pássaros.
Esfaqueava animais que cruzavam seu caminho
Outro caso antigo aconteceu na Inglaterra dos Anos 50. Peter Manuel começou a praticar assaltos com 10 anos de idade e foi parar num reformatório. Libertado demonstrou ainda mais sua agressividade e era visto com frequência esfaqueando animais que cruzavam seu caminho na região rural onde passou a vagar. Eram animais do campo desgarrados de seus grupos ou cães que rodeavam as fazendas.
Na adolescência atacava garotas. Mais tarde atacou duas mulheres com martelo, sendo uma delas grávida. Assassinou duas garotas de 17 anos e dizimou famílias inteiras a tiros: uma deficiente mental de 45 anos, a filha e a irmã dela, 16 e 41, que viviam na mesma casa. Calmamente jantou antes de ir embora. Noutra residência matou pai, esposa e filho de 11 anos. Curiosamente, o gato da família escapou da chacina e Manuel contou aos investigadores que antes de ir embora fez questão de alimentar o bicho. Foi enforcado em 1958.
Índice da Maldade
O psiquiatra forense Michael Stone criou uma medida para classificar o os assassinos de acordo com seu nível de violência. Seu trabalho pode ser acompanhado por meio da série chamada Índice da Maldade exibida no Discovery Channel. Stone analisa as motivações, os métodos e a quantidade de mortes cometidas pelos assassinos.
A escala vai do número 1 ao 22, ou seja, desde pessoas normais que matam apenas em legítima defesa (nível mínimo) até os psicopatas assassinos e torturadores em série que, segundo ele, atingem o grau máximo de perversidade humana. Edmund Kemper, por exemplo,citado nesse episódio, seria da categoria 22.
Se a escala fosse transferida para os matadores de animais, teríamos aqueles que frequentemente torturam, incendeiam, mutilam, cegam ou espancam bichos até à morte no nível máximo do índice de Stone. No nível 19 estariam os pervertidos sexuais que estupram animais sem matá-los. No nível 15 os que matam vários animais numa mesma ocasião por envenenamento ou doses elevadas de sedativo, por exemplo. Aqueles que matam num momento de fúria a pauladas, facadas ou outras armas disponíveis no local do crime (sem premeditação) poderiam se encaixar no nível 13.
O Índice
1. Matam em legítima defesa e não apresentam sinais de psicopatia. (Pessoas normais)
2. Amantes ciumentos que cometeram assassinato, mas que apesar de egocêntricos ou imaturos, não são psicopatas. (Crime passional)
3. Cúmplices voluntários de assassinos: Personalidade esquizóide, impulsiva e com traços anti-sociais.
4. Matam em legítima defesa, porém provocaram a vítima ao extremo para que isso ocorresse.
5. Pessoas desesperadas e traumatizadas que cometeram assassinato, mas que demonstram remorso genuíno em certos casos e não apresentam traços significantes de psicopatia.
6. Assassinos que matam em momentos de raiva, por impulso e sem nenhuma ou pouca premeditação.
7. Assassinos extremamente narcisistas, mas não especificamente psicopatas, que matam pessoas próximas a ele.
8. Assassinos não-psicopatas, com uma profunda raiva guardada, e que matam em acessos de fúria.
9. Amantes ciumentos com traços claros de psicopatia.
10. Assassinos não-psicopatas que matam pessoas “em seu caminho”, como testemunhas – egocêntrico, mas não claramente psicopata.
11. Assassinos psicopatas que matam pessoas “em seu caminho”.
12. Psicopatas com sede de poder que matam quando estão encurralados.
13. Psicopatas de personalidade bizarra e violenta, e que matam em acessos de fúria.
14. Psicopatas cruéis e autocentrados que montam esquemas e matam para se beneficiarem.
15. Psicopatas que cometem matanças desenfreadas ou múltiplos assassinatos em uma mesma ocasião.
16. Psicopatas que cometem múltiplos atos de violência, com atos repetidos de extrema violência.
17. Psicopatas sexualmente perversos e assassinos em série: o estupro é a principal motivação, e a vítima é morta para esconder evidências.
18. Psicopatas assassinos-torturadores, onde o assassinato é a principal motivação, e a vítima é morta após sofrer tortura não prolongada.
19. Psicopatas que fazem terrorismo, subjugação, intimidação e estupro, mas sem assassinato.
20. Psicopatas assassinos-torturadores, onde a tortura é a principal motivação, mas em personalidades psicóticas.
21. Psicopatas que torturam até o limite, mas não cometem assassinatos.
22. Psicopatas assassinos-torturadores, onde a tortura é a principal motivação (na maior parte dos casos, o crime tem uma motivação sexual, mesmo que inconsciente).
Como é e age um psicopata
Alguns sintomas são bem evidentes e já foram descritos ao longo dos capítulos anteriores dessa série. O psicopata não tem empatia alguma, ou seja, é incapaz de se colocar no lugar do outro. Não sente piedade, não tem remorso, não se arrepende. Não teme cadeia e nem mesmo a morte. Vive procurando saciar seus mais mórbidos desejos e tem plena consciência de seus atos porque a parte racional de seu cérebro é completamente normal. A parte emocional é que apresenta deficiências.
O psicopata é ainda mentiroso (um verdadeiro ator podendo assumir dupla personalidade), manipulador e, por vezes, sedutor. E na maioria dos casos começa treinando seus métodos de tortura em animais, logo cedo. As causas dessa falta de sentimentos e obsessão por torturar e matar são diversas: pode ser genética, traumas e abusos na infância ou danos cerebrais. Mas uma coisa é certa: a psicopatia do nível mais elevado não tem cura.
Segundo Robert Hare, criador da Escala da Violência (mencionada no capítulo dois dessa série), em casos mais graves, quando a psicopatia leva ao canibalismo e rituais sádicos, não há nenhuma possibilidade de cura: “Nessas formas de violência os indivíduos devem ser confinados em celas especiais por toda a vida. Se for solto matará de novo”.
Uma forma rápida de descobrir qualquer tendência à psicopatia é analisando o comportamento diante de cenas de violência. As pessoas que mal podem vê-las, fechando os olhos diante de fotos e filmes “fortes” ou se arrepiando ao ouvirem falar delas não correm risco de se tornarem serial killers (como foi dito no primeiro capítulo).
Mas algumas pesquisas nesse campo mostram que há exceções à regra. O perverso Jeffrey Dahner (capítulo três da série) tinha um cérebro normal, sem excesso da parte racional em detrimento da emocional. Alguns cérebros de pessoas com comportamento pacífico mostram o contrário: parte emocional bem menos desenvolvida que a racional. Será que isso mostra que até os psicopatas têm escolha? Poderiam eles, mesmo diante de uma sede enlouquecedora de matar escolher outro caminho? Poderiam, ainda que inconscientemente, desviar seus instintos assassinos para outra atividade onde não prejudiquem bichos nem pessoas? É o que a Ciência tenta descobrir.
Acompanhe nos próximos capítulos da Série Matadores de Animais:
Psicopata Oculto e Inverso – Quem treina um pit bull ou galos para rinhas teria tendências psicopáticas ocultas, transferindo-as para os animais? O colecionador de animais, que pensa estar fazendo o bem, quando na verdade só piora a situação dos bichos que recolhe, seria um psicopata “inverso”?
E os primeiros episódios da série:
Caso Dalva e Alice no País dos Gatinhos Mortos, além do Caso Brenda Spencer, que matou dois adultos e feriu nove crianças quando tinha apenas 16 anos, mas já incendiava cães e gatos quando criança.
Médicos e enfermeiros com missão oposta: dispostos a tirar vidas das maneiras mais sádicas. No Brasil, yorkshire Lana comove o Brasil ao ser morta por enfermeira casada com médico. Veja ainda quadrilha de enfermeiras assassinas e o cruel Dahmer que mutilava e comia suas vítimas.
Crianças perversas – A importância de se deter o mal pela raiz. Na Austrália menino mata vários animais em 35 minutos de surto e ri enquanto promove o massacre. Existem crianças realmente más? O Brasil começa a relacionar casos de maus-tratos a animais com violência doméstica e outros crimes

Luciano Pavarotti & Friends were singing for Liberia

Conheça Verdadeiramente o Coração




Conheça Verdadeiramente o Coração



Siga seu coração, ele é mais inteligente do que você pensa.

O coração é também o primeiro órgão formado no útero. O resto vem depois. Recentemente, neurofisiologistas ficaram surpresos ao descobrirem que o coração é mais um órgão de inteli
gência, do que (meramente) a estação principal de bombeamento do corpo. Mais da metade do Coração é na verdade composto de neurônios da mesma natureza daqueles que compõem o sistema cerebral. Joseph Chilton Pearce-, autor de A biologia da Transcendência, chama a isto de ”o maior aparato biológico e a sede da nossa maior inteligência.”

O coração também é a fonte do corpo de maior força no campo eletromagnético. Cada célula do coração é única e na qual não apenas pulsa em sintonia com todas as outras células do coração, mas também produz um sinal eletromagnético que se irradia para além da célula. Um EEG que mede as ondas cerebrais mostra que os sinais eletromagnéticos do coração são muito mais fortes do que as ondas cerebrais, de que uma leitura do espectro de freqüência do coração podem ser tomadas a partir de três metros de distância do corpo … sem colocar eletrodos sobre ele!

A freqüência eletromagnética do Coração produz arcos para fora do coração e volta na forma de um campo saliente e arredondado, como anéis de energia. O eixo desse anel do coração se estende desde o assoalho pélvico para o topo do crânio, e todo o campo é holográfico, o que significa que as informações sobre ele podem ser lidas a partir de cada ponto deste campo.

O anel eletromagnético do Coração não é a única fonte que emite este tipo de vibração. Cada átomo emite energia nesta mesma frequencia. A Terra está também no centro de um anel, assim é o sistema solar e até mesmo nossa galáxia … e todos são holográficas. Os cientistas acreditam que há uma boa possibilidade de que haja apenas um anél universal abrangendo um número infinito e interagindo dentro do mesmo espectro. Como os campos eletromagnéticos são anéis holográficos, é mais do que provável que a soma total do nosso Universo esteja presente dentro do espectro de freqüência de um único anél.

Isto significa que cada um de nós está ligado a todo o Universo e como tal, podemos acessar todas as informações dentro dele a qualquer momento. Quando ficamos quietos para acessar o que temos em nossos corações, nós estamos literalmente conectados à fonte ilimitada de Sabedoria do Universo, de uma forma que percebemos como “milagres” entrando em nossas vidas.

Quando desconectamos e nos desligamos da sabedoria inata de amor do Coração, baseado nos pensamentos, o intelecto refletido no ego assume o controle e opera independentemente do Coração, e nós voltamos para uma mentalidade de sobrevivência baseada no medo, ganância, poder e controle. Desta forma, passamos a acreditar que estamos separados, a nossa percepção de vida muda para uma limitação e escassez, e temos que lutar para sobreviver. Este órgão incrível, que muitas vezes ignoramos, negligenciamos e construimos muros ao redor, é onde podemos encontrar a nossa força, nossa fé, nossa coragem e nossa compaixão, permitindo que a nossa maior inteligência emocional guie nossas vidas.

Devemos agora mudar as engrenagens para fora do estado baseado no medo mental que temos sido ensinados a acreditar, e nos movermos para viver centrados no coração. Para que esta transformação ocorra, é preciso aprender a meditar, “entrar em seu coração” e acessar a sabedoria interior do Universo. É a única maneira, é O Caminho. A medida que cada um de nós começa esta revolução tranquila de viver do Coração, vamos começar a ver os reflexos em nossas vidas e em nosso mundo. Esta é a forma como cada um de nós vai criar uma mudança no mundo, criar paz, criar harmonia e equilíbrio, e desta forma, vamos todos criar o Paradigma do Novo Mundo do Céu na Terra.

Rebecca Cherry

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Lara Fabian - Je suis Malade

~ O Amor ~
~ Gibran Kahlil Gibran ~
Então, Almitra disse: “Fala-nos do amor.”
E ele ergueu a fronte e olhou para a multidão,
e um silêncio caiu sobre todos, e com uma voz forte, disse:
Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
Como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa,
Assim ele vos crucifica.
E da mesma forma que contribui para vosso crescimento,
Trabalha para vossa queda.
E da mesma forma que alcança vossa altura
E acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes
E as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma
No pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas, o amor operará em vós
Para que conheçais os segredos de vossos corações
E, com esse conhecimento,
Vos convertais no pão místico do banquete divino.
Todavia, se no vosso temor,
Procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez
E abandonásseis a eira do amor,
Para entrar num mundo sem estações,
Onde rireis, mas não todos os vossos risos,
E chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio
E nada recebe senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir.
Porque o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga:
“Deus está no meu coração”,
Mas que diga antes:
"Eu estou no coração de Deus”.
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor,
Pois o amor, se vos achar dignos,
Determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo
Senão o de atingir a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos,
Sejam estes os vossos desejos:
De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho
Que canta sua melodia para a noite;
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada;
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor
E de sangrardes de boa vontade e com alegria;
De acordardes na aurora com o coração alado
E agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio-dia
E meditardes sobre o êxtase do amor;
De voltardes para casa à noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado,
E nos lábios uma canção de bem-aventurança.
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Copyright © Arnaldo Poesia - Le Monde de Paris - Quinzaine Littéraire.
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