quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Transplantes de rim aumentam 20% em SP


Transplantes de rim aumentam 20% em SP

Aumento tem relação direta com número de doadores viáveis; transplantes de pulmão também cresceram

07 de março de 2012 | 15h 59

Solange Spigliatti

O número de transplantes de rim realizados no Estado de São Paulo cresceu 20,3% no primeiro bimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de ano passado. É o que aponta balanço da Secretaria de Estado da Saúde com base nos dados da Central de Transplantes da pasta.

Em janeiro e fevereiro de 2011, foram feitos 272 transplantes do órgão, contra 226 nos dois meses iniciais de 2012. O aumento tem relação direta com o crescimento do número de doadores viáveis (que tiveram um ou mais órgãos aproveitados para transplante).

No primeiro bimestre deste ano, houve 164 doadores, 22,3% a mais do que em janeiro e fevereiro de 2011. O número de transplantes de órgãos passou de 360 para 420 no mesmo período. O Estado de São Paulo registra taxa de doação de 21,2 por milhão de habitantes, cenário similar ao dos Estados Unidos, onde a proporção é de 25. Na Grande São Paulo essa taxa é de 31,8, comparável ao da Espanha, país considerado referência em doação de órgãos.

Outro aumento expressivo foi registrado no número de transplantes de pulmão, que passou de três no primeiro bimestre do ano passado para 13 neste ano. Houve, ainda, em janeiro e fevereiro, 16 transplantes de coração, 14 de pâncreas e 105 de fígado. Nos dois meses iniciais de 2011 foram 15 cirurgias de coração, 25 de pâncreas e 91 de fígado. Os dados referem-se a doações de pacientes falecidos.

"A recomendação para quem deseja ser doador de órgãos é deixar esta intenção bem clara aos familiares, pois somente a família pode autorizar ou não a retirada de órgãos para transplante no caso de morte encefálica", diz Luiz Augusto Pereira, responsável pela Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde.
Na próxima quinta-feira, 8 de março, comemora-se o Dia Mundial do Rim

Transplante renal ainda é esperança para muitos baianos


Transplante renal ainda é esperança para muitos baianos

22 novembro 2009Sem comentários
Cerca de 2.603 crônicos renais no estado da Bahia aguardam na fila de espera, na expectativa de receber um órgão “novo”. Esses dados disponibilizados pela Secretaria de Saúde do Estado (SESAB) foram baseados até o mês de julho deste ano. A meta para o país é de 8 captações por milhão de pessoas (pmp), mas o estado está abaixo do esperado, realizando no primeiro semestre apenas 52 transplantes entre doadores vivos e cadáveres.
Apesar desta informação muitos pacientes renais não perdem a esperança. Bento Raimundo Souza Tavares está na fila de espera há três anos, e realiza hemodiálise a cerca de dez anos. “Minha deficiência renal é hereditária. Meu pai morreu a 20 anos fazendo hemodiálise e eu não quero que isso aconteça comigo, mas tenho consciência que a carência na doação de órgão é muito grande aqui no estado”, disse o aposentado de 52 anos.
Procedimento de hemodiálise realizado em crônico renal
Procedimento de hemodiálise realizado em crônico renal
A hemodiálise é um procedimento que filtra o sangue. Através deste processo são retiradas dos rins substâncias que quando em excesso trazem prejuízos ao corpo, como a uréia, potássio sódio e água. Ela é feita com a ajuda de um dialisador (capilar ou filtro), que é formado por um conjunto de pequenos tubos chamados “linhas”. Durante a hemodiálise, parte do sangue é retirado do corpo, passa através da linha em um lado, onde o sangue é filtrado e retorna ao paciente pela linha do lado oposto. Atualmente tem havido um grande progresso em relação à segurança e a eficácia das máquinas de hemodiálise, tornando o tratamento bastante seguro. Existem alarmes que indicam qualquer alteração que ocorra no sistema (detectores de bolhas, alteração de temperatura e do fluxo do sangue, etc).
Segundo Eraldo Moura, Coordenador do Sistema Estadual de Transplantes da Bahia (SETB), o que mais retarda a esperança de recuperação dos pacientes crônicos renais é a falta de conhecimento das pessoas que acham que sua vida pode ser ceifada pelo simples fato de ser um doador. De acordo com Moura essa informação precisa ser desmistificada. “Para o médico chegar à conclusão que o paciente estar com morte encefálica (perdas das funções cerebrais), já foi feito uma série de exames rigorosos que comprovam o falecimento do cérebro. Mas, pelo fato dos familiares saberem que o coração está em funcionamento, eles acreditam na possibilidade de reação vital dos seus entes queridos. O que é impossível. E preferem não doar, restringindo o tempo de vida dos enfermos que estão na fila à espera de órgãos”, falou o médico.
Outra dificuldade à ser realizado transplante renal é a compatibilidade entre o doador e o receptor. “O nefrologista solicita do paciente e do doador exames de sangue para uma avaliação do grau de compatibilidade entre os grupos sanguíneos. O Prometa HLA, um tipo de exame, mede o percentual compatível da genética entre o doador e o receptor. Isto significa que quanto mais próximo da igualdade o transplantado consumirá menos medicamentos. Parentes até 3º grau são os mais compatíveis, os mais próximos aos 80% são irmãos. Pais chegam a 50% e outros 25%”, afirmou Moura.
O coordenador admite que um dos fatores que mais contribui para a Bahia ter um número pequeno de transplante renal é a baixa quantidade de equipes ativas no estado. Somente quatro hospitais são atuantes. “Apenas os hospitais Português, São Rafael e Espanhol, que são unidades privadas de caráter filantrópico, atuam na rede complementar de saúde. A única pública, Hospital Ana Nery, foi inaugurada em outubro de 2008, realizando apenas três transplantes de rins, cujo doadores tiveram morte encefálica”, disse.
O presidente da Associação dos Renais Crônicos da Bahia (ACREBA), Gerson Barreto, que é transplantado desde 1982 (rim doado pelo irmão), afirma que em síntese, a Bahia não tem, verdadeiramente, um programa efetivo de transplante em hospital público, porque são as doações de ‘rim cadáveres’ que alavanca todo o processo das cirurgias renais. “O procedimento começou tão errado em Salvador que, na época, foi inaugurada a Central de Captação de Órgão sem ter um laboratório de imunogenética. Hoje este laboratório funciona no Hospital das Clínicas, no qual são feitos os exames de compatibilidade nos pacientes. Eles captam os órgãos aqui para examiná-los em Pernambuco ou Ceará”. Barreto acredita que se fosse realizado todo procedimento no estado não seria necessário a saída do órgão nem dos pacientes. “Na Bahia, 3.606 pessoas estão na fila à espera de um transplante de órgão e tecido, o que proporciona a saída dos nossos pacientes para serem transplantados em outras regiões”, afirmou insatisfeito com a situação.
No entanto, com a nova regulamentação técnica do Sistema Nacional de Transplante, Eraldo Moura acredita que irá aumentar em 20%, o número de doações, porém todas as centrais têm seis meses para adequar as mudanças. Ele vê esta portaria como um progresso no sistema de transplante e destaca um dos maiores ganhos de todas as alterações. “Foi um avanço sem dúvida. A portaria tem como objetivo fazer com que todo o País tenha os mesmos critérios, enquanto antes os critérios eram estabelecidos por cada Estado. Nossos requisitos nos diferenciavam dos demais estados. Por exemplo, antes aqui não fazia transplante de um doador com hepatite para um paciente com hepatite, isso fazia com que a gente perdesse doador para outras cidades, o que acirrava mais a nossa fila e consequentemente a nossa espera. É aí que está à importância da regulamentação na utilização de doadores limítrofes, ou seja, com alguma doença prévia”.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Chris Gardner



DE MENDIGO A MILIONÁRIO



Aos 52 anos, Chris Gardner tornou-se a encarnação do sonho americano. De mendigo a milionário: a incrível história de Chris Gardner, o sem-teto que virou corretor da Bolsa, acumulou US$ 600 milhões e agora tem sua 
vida contada em livro e filme. É bem provável que o mundo tenha perdido um grande trompetista de jazz quando o americano Chris Gardner, 52 anos, compreendeu que ele não poderia ser outro Miles Davis - um dos deuses do gênero. "Estudei trompete por dez anos. Minha meta era ser Miles. Mas minha mãe me disse que o posto de Miles Davis já estava ocupado pelo original e que eu jamais seria ele", diz.

O consolo foi abraçar outro sonho: o de ganhar milhões de dólares. E os Estados Unidos ganharam um excepcional financista e, ainda mais importante, um mito inspirador. Afinal, são poucos os que, como Gardner, saltaram da condição de miserável sem-teto para a de milionário, tornando plausível a promessa do "sonho americano" de oferecer infinitas possibilidades a quem tem força de vontade, caráter e senso de oportunidade. Além de sorte, claro. Contada por ele no livro The pursuit of happyness (À procura da felicidade), a história de Gardner - bem conhecida dos americanos - deve ganhar o mundo com o filme homônimo estrelado por Will Smith e seu filho Jaden.

Trata-se da saga de um homem desempregado, abandonado pela esposa, tornado pai solteiro, mendigo, carregando o filho pequeno para os abrigos de sem-tetos, bancos de jardins e até banheiros públicos, ocupados à força para servirem de dormitório à dupla. Até que, com muito esforço e espírito empreendedor, Gardner consegue reverter esse estado de penúria para uma situação de riqueza, respeitabilidade e de fama. Hoje, ele tem uma fortuna estimada em US$ 600 milhões. Essa metamorfose, claro, dependeu de uma confluência de fatores que raramente se alinham. "Acho que somente nos Estados Unidos a minha história não é considerada uma anomalia. É claro que em outros países algumas pessoas conseguem repetir, ou mesmo superar, conquistas como as minhas. Mas são exceções que confirmam a regra que aponta esta nação como a verdadeira terra das oportunidades", diz Chris Gardner, sentado atrás da mesa de conferências de sua empresa Christopher Gardner International Holdings, em Chicago. A peça de mobiliário, note-se, foi em outra encarnação a cauda de um avião DC-10.

Negro, sem-teto e pai solteiro, Chris Gardner jamais perdeu a esperança. Nos anos 80, Gardner vivia em San Francisco, onde trabalhava com venda de equipamentos médicos. Um dia, ele viu um sujeito numa Ferrari vermelha procurando vaga num estacionamento no centro da cidade. Impressionado com a máquina, ele ofereceu a sua vaga. "Falei para ele, você pode estacionar no meu lugar, mas me responda duas perguntas: O que você faz? E como você faz?" O dono da Ferrari disse que era corretor da Bolsa de Valores, vendia ações e faturava US$ 80 mil por mês - uma verdadeira fortuna na época. Ali, no ato, surgiu a inspiração indicando o caminho do ouro: "Naquele momento tomei duas decisões: entrar no negócios de ações e comprar uma Ferrari no futuro", conta Gardner.

Ele acabou perdendo o emprego, mas não a perspectiva. Depois de muita insistência, Gardner finalmente conseguiu ser colocado como estagiário não remunerado numa corretora da Bolsa de Valores. Esta primeira tentativa, porém, não traria sucesso. O homem que lhe ofereceu o treinamento saiu da empresa e, da noite para o dia, fecharam-se as portas para o protegido. Novamente desempregado e com US$ 1.200 em multas de trânsito sem pagamento, Gardner foi parar na cadeia. Sua mulher - numa das piores decisões financeiras de que se teria notícia - o deixou a ver navios com o filho deles, Chris Jr., então com dois anos.

Suas economias se resumiam a US$ 25 no bolso. Seria o suficiente para fazer uma pessoa começar a beber. "Meu padastro era alcoólatra, fracassado, ressentido e violento. Por isso eu não bebo até hoje", conta. Se era suficiente para comprar dois litros de uísque, o dinheiro não dava para pagar o aluguel. Sem casa, pai e filho montaram residência provisória no banheiro da estação rodoviária de Oakland - uma espécie de Niterói da região. E foi no toalete, ainda hoje em funcionamento, que o futuro milionário teve uma epifania: "Neste mundo existem dois tipos de pessoas: aqueles que vêem um monte de estrume e o identificam como merda e os que reconhecem ali uma boa quantidade de fertilizantes." Com essa idéia na cabeça, Gardner passou a sair pelas ruas em busca de seu monte.

Depois de muito penar, ele teve outra oportunidade no programa de treinamento da corretora Dean Witter Reynolds. "Eu não ganhava nada. Meus colegas não sabiam que de noite, meu filho e eu dormíamos em abrigos de mendigos, banheiros e parques", disse Gardner. A situação, embora considerada por ele como "promissora" - segundo a "teoria dos fertilizantes", não era nada confortável. Mas em 1981 ele finalmente obteve a licença para operar oficialmente na Bolsa de Valores. Imediatamente, encontrou emprego na conceituada firma Bear, Stearns & Company, trabalhando primeiro na área de San Francisco e depois em Nova York. De lá para diante, deslanchou e nunca mais parou. A primeira Ferrari de Gardner foi comprada de segunda mão. E não poderia ter passado por mãos mais significativas: pertenceu ao maior gênio do basquetebol, Michael Jordan. Pode ter sido um sinal de sorte. A aquisição foi feita nos anos 90, em Chicago, onde, como empresário independente, Gardner já havia montado banca para lidar com ações futuras de commodities. "No filme essa trajetória mudou um pouco, para melhorar a narrativa. Mas a essência é a mesma do livro", diz o protagonista.

Os Estados Unidos têm fixação com a história de Cinderela, fascinados pela possibilidade de alguém sair da pobreza e ficar rico. É o conto de fadas que explicita o chamado american way of life. Christopher Gardner é apenas mais um exemplo desse mito. "Aqui é a terra das oportunidades. Quem se empenhar e trabalhar duro tem boas chances de se dar bem", explica a apresentadora de televisão Oprah Winfrey. Ela é a voz da experiência. Nascida na miséria há 52 anos no paupérrimo e racista Estado do Mississippi, filha de mãe solteira, acabou se transformando na mulher negra mais rica da história do país, tem o programa de maior popularidade da tevê e é uma das empresárias de maior poder no mundo. Por seu sofá no estúdio de gravação passaram outros símbolos do american dream, como Michael Jackson, o próprio Chris Gardner e o senador Barack Obama, de Illinois, que disputa a nomeação do Partido Democrata à Presidência. "Isso não que dizer que nos livramos do preconceito racial. O racismo existe nos EUA, é um mal que impõe carga insuportável aos oprimidos e atrapalha a realização dos sonhos de cada um", ataca Obama. Chris Gardner, o vencedor, concorda. E diz que vai votar em Obama.

US$ 25 é quanto Gardner tinha quando ficou desempregado. Hoje sua fortuna é estimada em US$ 600 milhões

terça-feira, 27 de novembro de 2012

MORTE SÚBITA DO CORAÇÃO, - TODOS NÓS ESTAMOS SUJEITOS



Fantástico
Esta quarta-feira é o Dia Nacional de Prevenção da Morte Súbita. Um perigo que pode atingir pessoas aparentemente saudáveis, e até atletas.

Domingo passado, por exemplo, um brasileiro de 58 anos teve morte súbita logo depois de completar a Maratona de Nova York.

Às vezes, a busca pela superação acaba ultrapassando os limites do corpo. E isso pode ser fatal.

A autópsia revelou que o brasileiro morto na Maratona de Nova York teve um enfarte. E que ele já sofria de uma doença cardíaca.

O corredor pode ter ignorado os sinais do corpo. A morte subida muitas vezes manda avisos.

“Vários trabalhos feitos mostraram que, uma semana antes, entre 70% a 80% das pessoas que tiveram morte súbita tiveram tontura, azia, palpitações fora do ritmo cardíaco, cansaço fora do habitual. O corpo avisa. É que as pessoas não dão valor a isso”, explica o cardiologista e médico do esporte, Nabil Ghorayeb.

Correr virou moda, só que muita gente não está tomando os devidos cuidados. Foi o que mostrou uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), obtida com exclusividade pelo Fantástico. Foram ouvidos mais de 7 mil atletas amadores em todo o Brasil. “Cerca de 60% dos atletas que praticam corrida sem supervisão de um técnico especializado”, afirma o ortopedista Rogério Teixeira, da SBOT.

Falta também orientação médica. Provas de rua como as maratonas exigem até três anos de treino, dizem os médicos. “Não é simples como andar no shopping”, alerta Ghorayeb.

O grande problema é que provas como uma maratona despertam nos atletas, sejam eles profissionais ou amadores, exatamente o mesmo espírito de superar os limites. Só que, ao mesmo tempo, desrespeitar os limites do corpo pode ser fatal.

Mas como saber o seu limite?

O Fantástico convidou um atleta profissional e um amador para um teste. O empresário Luciano Silva começou a correr há três anos para perder peso e tomou gosto pelo esporte. “Daqui a pouco, eu vou estar treinando para maratona”, conta o empresário.

Vanderlei Cordeiro de Lima foi medalha de bronze nas Olimpíadas de Atenas, mesmo depois de ser agarrado por um maluco no meio do campinho.

Vanderlei e Luciano passaram por exames cardiológicos e provas de esforço. “Eu arranquei a máscara porque estava faltando ar”, contou Luciano. Já Vanderlei mesmo sem treinar há três meses e prestes a se aposentar completou o teste sem problemas.

Veja os resultados:

- Luciano percorreu 1.170 metros em oito minutos;

- Vanderlei correu mais do que o dobro da distância praticamente no mesmo tempo; atingiu quase que o dobro da velocidade. Chegou a 24kmh enquanto que Luciano não passou de 13kmh.

- O atleta amador chegou a uma freqüência cardíaca máxima de 173 batimentos por minuto, 95% do que ele poderia atingir. Vanderlei foi a 180 batimentos: 99% do nível máximo;

- E quando comparamos o consumo de oxigênio, o atleta profissional também leva vantagem: Luciano teve apenas metade do aproveitamento de Vanderlei.

“O Luciano está abaixo das condições, e precisa melhorar”, ressaltou Ghorayeb.

Embora o teste não tenha diagnosticado problema cardíaco em Luciano, o empresário ficou rapidamente sem fôlego. Foi um sinal importante: falta de ar, tontura, palpitações, são sinais importantes. “Se sentir qualquer coisa durante uma atividade física, pare. Não espere para ver se vai passar”, alerta Ghorayeb.

Durante a atividade física, monitore seus batimentos cardíacos e para saber o seu limite. A conta é simples: diminua sua idade de 195. Por exemplo: se você tem 30 anos, não passe de 165 batimentos cardíacos durante os exercícios.

Beba água de dez em dez minutos.

Nos dias frios, como na Maratona de Nova York, que estava fazendo 6ºC. “O frio pode ser o gatilho de uma situação grave: uma angina ou um infarto”, explica Ghorayeb. O frio provoca uma descarga de adrenalina no corpo. Os vasos sangüíneos se estreitam, a pressão arterial sobe e o coração pode sofrer alterações no ritmo dos batimentos.

Qualquer pessoa, mesmo com acompanhamento médico, pode ter morte súbita? Sim. Mas as chances são muito menores. Por isso, procure um cardiologista antes de começar a correr. “Infarto do miocárdio acontece em pessoas que tinham os chamados fatores de risco não controlados. Um pouquinho de colesterol, um pouquinho de pressão alta traz risco se não for controlado”, orienta Ghorayeb. “Por mais que você esteja preparado fisicamente, eu acho que é importante você saber do seu corpo”, finaliza Vanderlei Cordeiro.