segunda-feira, 11 de dezembro de 2017
sábado, 9 de dezembro de 2017
Direito Processual Penal à Luz de uma Nova Visão Hermêneutica
(evangelista da silva)
O processo penal pátrio é o meio destinado a justa e perfeita aplicação do direito material.
É evidente que os princípios constitucionais que rezam a nossa tão festejada Constituição da República Federativa do Brasil é o sustentáculo que torna evidente os seus objetivos e posicionamentos.
Nesta fase de mudanças da aplicação do direito é necessário que se faça uma análise e aplicabilidade do direito adjetivo voltado aos Direitos e Deveres Individuais e coletivos. É perceptível claramente as mudanças que a nova hermenêutica constitucional traz para a atual sistemática de aplicação do direito.
O direito vivendo em um processo de mudança constante é necessário a sua adequação às necessidades das pessoas.
Desta forma observamos a problematização em direções diversificadas possíveis, da norma constitucional.
Imperando, dessa forma, os princípios constitucionais de garantias, a nação brasileira pode com certeza usufruir dos direitos e deveres fundamentais.
Logo, é necessário um referencial constitucional relacionado à luz e ciência do direito penal brasileiro.
Em se tratando de um Estado democrático de Direito resta-nos a garantia individual da qual se nos represente pela máxima exigência de tutela penal desses direitos e suas nuances no âmbito de uma teoria do processo penal.
Em síntese, é necessário o reconhecimento à proteção e aos direitos fundamentais.
Há que prevalecer a tutela das diferenças individuais e entre os mais variados interesses em prol de uma sociedade cada vez mais repleta de complexidade.
Santo Antônio de Jesus, 09 de dezembro de 2017.
O processo penal pátrio é o meio destinado a justa e perfeita aplicação do direito material.
É evidente que os princípios constitucionais que rezam a nossa tão festejada Constituição da República Federativa do Brasil é o sustentáculo que torna evidente os seus objetivos e posicionamentos.
Nesta fase de mudanças da aplicação do direito é necessário que se faça uma análise e aplicabilidade do direito adjetivo voltado aos Direitos e Deveres Individuais e coletivos. É perceptível claramente as mudanças que a nova hermenêutica constitucional traz para a atual sistemática de aplicação do direito.
O direito vivendo em um processo de mudança constante é necessário a sua adequação às necessidades das pessoas.
Desta forma observamos a problematização em direções diversificadas possíveis, da norma constitucional.
Imperando, dessa forma, os princípios constitucionais de garantias, a nação brasileira pode com certeza usufruir dos direitos e deveres fundamentais.
Logo, é necessário um referencial constitucional relacionado à luz e ciência do direito penal brasileiro.
Em se tratando de um Estado democrático de Direito resta-nos a garantia individual da qual se nos represente pela máxima exigência de tutela penal desses direitos e suas nuances no âmbito de uma teoria do processo penal.
Em síntese, é necessário o reconhecimento à proteção e aos direitos fundamentais.
Há que prevalecer a tutela das diferenças individuais e entre os mais variados interesses em prol de uma sociedade cada vez mais repleta de complexidade.
Santo Antônio de Jesus, 09 de dezembro de 2017.
sexta-feira, 8 de dezembro de 2017
O Urucum
11 Benefícios do Urucum – Para Que Serve e Propriedades
O urucum pode ser encontrado principalmente na América do Sul, Caribe e outras áreas onde o clima é tropical ou subtropical.
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Conhecemos o urucum graças aos índios, que usavam sua semente para pintar o corpo com a tinta vermelha. A erva também é muito usada em batons, e por conta disso, também é conhecida por árvore batom. Além disso, o urucum também é usado em indústrias de cosméticos e serve como corante natural para alimentos. No entanto, seus benefícios dele vão muito além, inclusive por conta de suas inúmeras propriedades benéficas para a saúde.
Alguns dos benefícios do urucum que mais chamam a atenção incluem a sua capacidade de promover uma boa digestão, fortalecer ossos, diminuir febres, ajudar na cura de algumas doenças, ajudar na saúde dos olhos, eliminar dores de cabeça, reduzir náuseas, entre outros.
Para que serve e quais são suas propriedades?
A erva é utilizada há milhares de anos para curar e prevenir doenças graves e até mesmo aquelas com menos riscos de saúde. Por conta disso, o urucum é considerada por muitos a erva do futuro.
A parte mais usada do urucum é vinda de suas sementes. Muitos não sabem, mas com certeza já comeram ou comem o urucum com frequência, pois ele é muito usado como corante natural nos alimentos; isso inclui queijos, manteigas, margarinas, bolos, bolachas, lanches, cereais, entre outros.
Já suas folhas possuem inúmeras propriedades medicinais, principalmente para a cura de doenças.
A cor do urucum se dá devido ao alto índice de bixina. Bixinas são ricas em carotenoides que também são encontrados em cenouras. O urucum possui entre 70% a 80% de bixina em sua composição. Uma curiosidade interessante é que quanto mais brilhante a mistura, mais contem bixina.
Benefícios do urucum para a saúde
– Visão saudável
Um dos benefícios do urucum mais poderosos advindos de seu alto índice de carotenoides é a habilidade de proteger os olhos contra raios UV. Além disso, ele funciona como um antioxidante para o sistema ocular, prevenindo cataratas e protelando a degeneração macular, mantendo a visão forte por anos e ajudando na prevenção de doenças oculares mais graves.
– Contra envelhecimento
Os carotenoides presentes no urucum também são ótimos antioxidantes. Outros compostos orgânicos como tocotrienois também têm a função antioxidante e funcionam em outras partes do corpo; por conta disso, o urucum é muito usado para o tratamento de pele.
Os antioxidantes previnem os sinais de envelhecimento lutando contra os radicais livres que destroem as células. Além disso, ele também protege a saúde em geral.
Alguns estudos ainda mostram que pessoas que comem carotenoides vindos de alimentos naturais como o urucum sofrem menos doenças crônicas e vivem mais tempo do que os que não o consomem.
Uma boa dica para quem procura uma solução antienvelhecimento seria a pasta de urucum que é feita de sementes e pode ser aplicada para reduzir sinais de rugas, manchas e outras imperfeições da pele.
– Anticâncer
Outro carotenoide encontrado na semente do urucum é a norbixina, que também é um antioxidante. Em pesquisas já realizadas, descobriu-se que a norbixina tem papel antimutagênico em células saudáveis expostas às células cancerígenas e radicais livres. Com isso, a prevenção de diversos tipos de cânceres pode ser mais um dos benefícios do urucum para a saúde.
– Ossos fortes
O urucum tem o poder de manter os ossos fortes devido à quantidade significativa de cálcio. Por isso, ele se torna importante para quem quer complementar a quantidade de cálcio diária recomendada. Vale lembrar que a osteoporose pode afetar qualquer pessoa, fazendo com que o mineral seja crucial na alimentação diária.
– Previne defeitos congênitos
A alta quantidade de ácido fólico é responsável por diversos benefícios do urucum para a saúde, entre eles a prevenção de defeitos do tubo neural em recém-nascidos.
Por conta disso, mulheres grávidas devem aumentar a ingestão de ácido fólico para ajudar na prevenção dessa condição.
– Efeito cicatrizante
Em casos de queimaduras, feridas ou irritação na pele, a pasta de semente do urucum pode ser aplicada para acelerar a cicatrização e reduzir a aparência da cicatriz.
– Anti-inflamatório
As folhas do urucum possuem propriedades anti-inflamatórias. Uma dica é fazer uma mistura de folhas de urucum e álcool e aplicar em queimaduras, cortes, e feridas da pele.
Também é possível utilizar para ajudar na cura de infecções vaginais.
– Menor risco de ataque cardíaco
As folhas podem trazer uma série de benefícios do urucum para saúde. Elas são uma das fontes mais ricas em tocotrienois, que limitam a capacidade do fígado de produzir o colesterol LDL, o mau colesterol, o tipo que pode entupir as artérias e causar ataques cardíacos.
– Melhor digestão
Devido ao alto índice de fibras presentes na semente e nas suas folhas, há excelentes benefícios do urucum para a digestão, promovendo uma melhor absorção dos nutrientes no organismo. As fibras também ajudam a diminuir o colesterol e controlar a diabetes, que pode ajudar também a equilibrar os níveis de insulina e glicose no sangue.
– Ajuda na perda de peso
Por possuir substâncias diuréticas, o urucum pode ser considerado um bom ajudante na perda de peso.
Outro fator que contribui para a perda de peso é o fato de ele equilibrar a insulina no sangue, e consequentemente baixar a glicose sanguínea, reduzindo assim a gordura corporal.
– Alívio de dores no estômago
O urucum é frequentemente utilizado para o tratamento de azias e outros desconfortos causados por infecções virais ou ocasionados somente por comidas mais apimentadas.
Utilizando na medida certa
Muitos estudos ainda são realizados com a erva. A cada dia que passa, mais benefícios do urucum são descobertos para o ser humano.
Como vimos anteriormente, não é somente a semente que oferece os benefícios do urucum, suas folhas também. Quando fervidas com água podem ser um ótimo anti-inflamatório, tratar feridas, infecções, reduzir o colesterol, diminuir pressão arterial e outros problemas. A melhor dica seria fazer um chá com 8 a 12 folhas de urucum em um litro de água por 12 minutos; em seguida, deixe esfriar e beba 3 copos uma vez ao dia.
Outra forma de ingerir o urucum seria em cápsulas ou sementes integrais que você pode encontrar em feiras locais, lojas de produtos naturais ou lojas de especiarias em geral.
Mesmo com diversos benefícios, há alguns casos de pessoas que relataram reações alérgicas ao urucum. Vale lembrar ainda que caso você vá passar por uma cirurgia futuramente, evite o urucum, pois ele pode afetar os níveis de açúcar no sangue. Da mesma maneira, mesmo com benefícios para mulheres grávidas, é necessária supervisão médica para prescrever a quantidade exata para cada caso.
quinta-feira, 7 de dezembro de 2017
Subtipos de Esquizofrenia
Desde o início do século XX, para a maior parte dos estudiosos, a Esquizofrenia é considerada um grupo de transtornos e não apenas uma patologia. A vantagem de se especificar subtipos de Esquizofrenias está em prever melhor sua evolução e resposta aos diversos tratamentos. Cada subtipo de Esquizofrenia cursa no início da patologia com grupos de sintomas mais específicos, e que depois, conforme a patologia evolui, os sintomas se misturam, podendo ocorrer em todos os subtipos de Esquizofrenias. Alguns autores, pelo contrário, defendem a ideia de que a subdivisão em subtipos é algo artificial, pois na verdade existe apenas um tipo de Esquizofrenia que se manifesta de modo diferente de acordo com a evolução da doença. Podemos classificar as Esquizofrenias principalmente em: Esquizofrenia Paranóide, Esquizofrenia Hebefrênica e Esquizofrenia Catatônica. Todos os subtipos podem cursar em seu início com déficits cognitivos que causam prejuízos acadêmicos e/ou ocupacionais, e prejuízos no funcionamento social.
Esquizofrenia Paranóide
Geralmente surge no início da fase adulta. Predomina delírios persecutórios (indivíduo se sente perseguido por conhecidos e/ou desconhecidos, algo que não é real) e alucinações auditivas (ouve vozes também com a temática de perseguição, ou ouve sons que associa a perseguição, como p.e. algum som do telefone faz o indivíduo acreditar que o telefone está grampeado). Com a evolução da patologia, além dos delírios e alucinações, surgem sintomas negativos, como p.e. embotamento afetivo (dificuldade de expressar emoções) e/ou dificuldade de ter iniciativa. Tornam-se indivíduos desconfiados e reservados, algumas vezes hostis. Em alguns casos evoluem com sintomas de transtornos afetivos. Tem ótima resposta ao uso de antipsicóticos.
Esquizofrenia Hebefrênica ou Desorganizada
Predomina a desagregação do pensamento (p.e. a linha de raciocínio do indivíduo é ilógica aos outros) e comportamento inapropriado (comportamentos muito estranhos, por diversas vezes bizarros, p.e. andar em círculos sem nenhuma razão aparente), e afetos inapropriados (emoções são percebidas e manifestadas de modo estranho aos outros indivíduos). É o subtipo com início mais precoce, geralmente surge no início da adolescência. Com a evolução da patologia, além da desagregação e afetos inapropriados, costuma apresentar muito sintomas negativos, como p.e. dificuldade de expressar emoções e/ou dificuldade de ter iniciativa. É o subtipo que apresenta menos resposta aos tratamentos existentes.
Esquizofrenia Catatônica
Predomina alterações da motricidade e do comportamento. Variando da lentificação psicomotora até agitação psicomotora. É bastante comum que o indivíduo mantenha posturas inadequadas, muitas vezes desconfortáveis por um grande espaço de tempo. Com a evolução da patologia, além das alterações de motricidade e do comportamento, costuma apresentar sintomas negativos, como p.e. dificuldade de expressar emoções e/ou dificuldade de ter iniciativa. Tem boa resposta ao uso de antipsicóticos e a eletroconvulsoterapia.
Geralmente surge no início da fase adulta. Predomina delírios persecutórios (indivíduo se sente perseguido por conhecidos e/ou desconhecidos, algo que não é real) e alucinações auditivas (ouve vozes também com a temática de perseguição, ou ouve sons que associa a perseguição, como p.e. algum som do telefone faz o indivíduo acreditar que o telefone está grampeado). Com a evolução da patologia, além dos delírios e alucinações, surgem sintomas negativos, como p.e. embotamento afetivo (dificuldade de expressar emoções) e/ou dificuldade de ter iniciativa. Tornam-se indivíduos desconfiados e reservados, algumas vezes hostis. Em alguns casos evoluem com sintomas de transtornos afetivos. Tem ótima resposta ao uso de antipsicóticos.
Predomina a desagregação do pensamento (p.e. a linha de raciocínio do indivíduo é ilógica aos outros) e comportamento inapropriado (comportamentos muito estranhos, por diversas vezes bizarros, p.e. andar em círculos sem nenhuma razão aparente), e afetos inapropriados (emoções são percebidas e manifestadas de modo estranho aos outros indivíduos). É o subtipo com início mais precoce, geralmente surge no início da adolescência. Com a evolução da patologia, além da desagregação e afetos inapropriados, costuma apresentar muito sintomas negativos, como p.e. dificuldade de expressar emoções e/ou dificuldade de ter iniciativa. É o subtipo que apresenta menos resposta aos tratamentos existentes.
Predomina alterações da motricidade e do comportamento. Variando da lentificação psicomotora até agitação psicomotora. É bastante comum que o indivíduo mantenha posturas inadequadas, muitas vezes desconfortáveis por um grande espaço de tempo. Com a evolução da patologia, além das alterações de motricidade e do comportamento, costuma apresentar sintomas negativos, como p.e. dificuldade de expressar emoções e/ou dificuldade de ter iniciativa. Tem boa resposta ao uso de antipsicóticos e a eletroconvulsoterapia.
- Autor: Alex Barbosa Sobreira de Miranda | Publicado na Edição de: Maio de 2013
- Categoria: Transtornos Psíquicos
Resumo: A esquizofrenia paranoide se caracteriza como um subtipo de esquizofrenia que tem como característica essencial a presença de delírios e alucinações de caráter persecutório ou grandioso, em sua grande maioria. Esse artigo visa fazer menção ao tipo paranoide, bem como entender os critérios utilizados pelo DSM-IV para o diagnóstico do transtorno, explicitar a sintomatologia e discutir sobre as perspectivas de tratamento e cuidado do sujeito que apresenta essas características. Nesse ponto, entende-se que o estudo e revisão literária nesse é válido para a psicologia no auxílio e manejo de sua prática, bem como para a sociedade que pode desmistificar sua crença sobre muitos mitos pertinentes a esse conhecimento.
Palavras-Chave: Esquizofrenia paranoide, DSM-IV, sintomatologia, tratamento, transtornos psíquicos
Considerações Iniciais
A literatura indica que a esquizofrenia é um severo transtorno psíquico que pode acometer pessoas das mais variadas idades, culturas e extratos sociais. Os subtipos da esquizofrenia são definidos com base na sintomatologia predominante e se caracterizam como: paranoide, hebefrênica e catatônica, além das formas atípicas da doença.
O processo de desenvolvimento da esquizofrenia pode ser gradual, lento, que nem mesmo o paciente e a família deste, toma conhecimento da evolução do caso. O período entre a normalidade e a doença deflagrada pode levar meses. Em contrapartida, existem pacientes que desenvolvem rapidamente a esquizofrenia, e em questão de dias ou semanas já apresentam alguma sintomatologia.
O seguinte trabalho visa explicitar a esquizofrenia paranoide que se caracteriza a partir de uma presença de delírios ou alucinações auditivas no contexto que visa preservar o funcionamento cognitivo e o afeto.
Nessa perspectiva, os delírios são entendidos como persecutórios ou grandiosos, podem se referir a temas religiosos, ciúme ou somatização. As alucinações também podem estar relacionadas ao conteúdo do tema delirante. O indivíduo pode apresentar extrema intensidade nos relacionamentos interpessoais, podem apresentar atitude superior e condescendente e uma qualidade afetada e formal.
As causas da esquizofrenia são complexas e multifatoriais, tendo em vista que envolve fatores genéticos, culturais, sociais, ambientais e psicológicas que podem predispor o surgimento de qualquer sintomatologia esquizofrênica.
Critérios do DSM-IV para o Diagnóstico da Esquizofrenia Paranoide
O CID-10 (1993) refere-se à esquizofrenia como um transtorno caracterizado, geralmente, por distorções fundamentais e características do pensamento e da percepção, por afeto inadequado ou embotado.
Como vimos, a teoria criou uma subdivisão para a esquizofrenia que deve ser classificada em: paranoide (delírios de grandeza ou perseguição) hebefrênica ou desorganizada (emocionalmente ingênua e imatura) e catatônica (alternância entre mobilidade grande agitação). As pesquisas favorecem essa divisão tende em visa que facilita o reconhecimento, porque as diferença entre elas são bastante identificáveis.
Para BARLOW (2011) as pessoas com esquizofrenia do tipo paranoide se destacam por causa dos delírios ou alucinações que experimentaram; ao mesmo tempo; as aptidões cognitivas e a emotividade permanecem relativamente intactas. No geral, não apresentam discurso desorganizado ou emotividade e possuem um prognóstico melhor que as pessoas com outras formas de esquizofrenia.
Os Critérios do DSM-IV para o diagnóstico do tipo paranoide são dois:
- Preocupação com um ou mais delírios ou alucinações auditivas frequentes;
- Nenhum dos sintomas a seguir é preponderante: discurso desorganizado, comportamento desordenado ou catatônico ou embotamento afetivo ou emotividade inapropriada.
Sintomatologia
Paim (1990), denomina esquizofrenia paranoide o tipo clínico da enfermidade que se caracteriza pela predominância de delírios a alucinações. À medida que a enfermidade progride, o doente se integra em seu mundo delirante e alucinatório, afastando-se cada vez mais da realidade, da qual retira apenas aqueles elementos que contribuem para fortalecer a sua convicção delirante. Em toda a sua evolução, não se observam alterações profundas da personalidade, como ocorre habitualmente nos outros subtipos de esquizofrenia.
A sintomatologia da esquizofrenia paranoide perpassa pelo campo dos delírios, vivencias de influências corporais que se instalam como sensações corporais desagradáveis. Os delírios, em sua maioria são sempre de cunho persecutórios ou grandiosos.
Conforme Dalgalarrondo (2008), além do empobrecimento global da vida psíquica e social do indivíduo, o paciente esquizofrênico vivencia a perda do controle sobre si mesmo, ao sentir que algo é imposto de fora.
Perspectivas de Tratamento
Considera-se que um tratamento efetivo de transtornos desse nível deve ser adequado a cada sujeito de modo particular, a fim de atender sua demanda e propor uma redução em seu sofrimento psíquico. Desse modo, pode ser indicada a utilização de fármacos, bem como de tratamento psicoterapêutico.
Zanini (2000), coloca que a psicoterapia tem se mostrado um importante recurso terapêutico, associado ao tratamento farmacológico, na recuperação e reabilitação de pacientes esquizofrênicos. A psicoterapia nestes casos deve ter como objetivos: oferecer informações sobre a doença e modos de lidar com ela, oferecer continência e suporte, restabelecer o contato com a realidade, identificar fatores estressores e instrumentalizar o paciente a lidar com os eventos da vida, conquista de maior autonomia e independência, diminuição do isolamento, etc.
Assim, é fundamental uma avaliação e diagnóstico eficiente a fim de caracterizar se o paciente é adequado para psicoterapia e qual tipo de intervenção deve ser utilizada com maior precisão.
De acordo com Shirakawa (2000), o tratamento medicamentoso é indispensável e dependendo do caso e da sintomatologia manifesta a internação deve ser cogitada. Segundo o autor esta decisão é tomada quando não houver suporte familiar e a crise for muito intensa e representar risco para o paciente e seus familiares. A internação deve ser a mais curta possível e manejada para buscar a dose ideal do antipsicótico e para aprofundar o vínculo com o paciente.
As intervenções psicossociais, a psicoterapia de grupo e a proposta de reabilitação e reinserção desses indivíduos na sociedade são estratégias de manejo e tratamento do sujeito com esquizofrenia propostas pelas instituições, bem como pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) que elabora um plano terapêutico individual para cada caso com a proposta de reduzir a sintomatologia apresentada.
Considerações Finais
Em suma, foi possível fazer um levantamento bibliográfico a fim de fomentar a pesquisa em psicologia, no que tange a esquizofrenia paranoide. Assim, compreendeu-se que a esquizofrenia pode acometer várias pessoas em diversos contextos sócio-culturais. O diagnóstico da esquizofrenia envolve uma série de sintomas que geram prejuízos diversos na vida do sujeito, porém, de acordo com a literatura, a esquizofrenia paranoide possui certa preservação do funcionamento afetivo e cognitivo, o que ajuda em seu prognóstico em relação aos outros subtipos.
Sobre o Autor:
Alex Barbosa Sobreira de Miranda - Departamento de Psicologia. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Teresina, PI, Brasil. e-mail: alex_barbo_sa@hotmail.com
Fonte: https://psicologado.com/psicopatologia/transtornos-psiquicos/o-que-e-a-esquizofrenia-paranoide © Psicologado.com
Esquizofrenia: Origem e Subtipos
Na categoria Psicologia Clínica
- Publicado a 8 de Junho de 2012
A Esquizofrenia, desde o início da psicologia foi e ainda é uma das mais curiosas e misteriosas perturbações, devido aos seus sinais e sintomas. Refiro-me às alterações de pensamento, alucinações, delírios e as alterações na interação e contacto com a realidade. Mas afinal a que se deve a esquizofrenia? De que forma começa? E quais as suas consequências?
Relativamente à origem da Esquizofrenia, os investigadores desconhecem a causa exata, porém sabem que se deve a uma interação multifatorial, isto é, depende de como inúmeros fatores se encaixam e se relacionam entre si, nomeadamente: a personalidade, a experiência, o ambiente, o histórico familiar, outras perturbações e/ou transtornos, e por fim o uso de substancias psicoativas. Todos estes fatores interagem de forma ainda desconhecida entre si, dando origem a um conjunto de sintomas característicos da Esquizofrenia (ver critérios DSM-IV).
Cada individuo é único, possuindo distintos fatores e em cada caso estes interagem de forma única, dando origem a uma “esquizofrenia única”, já que o conjunto de sinais e sintomas da esquizofrenia diferem de individuo para individuo, nunca encontrando 2 indivíduos com exatamente os mesmos sinais e sintomas.
Existem teorias, principalmente psicanalíticas que defendem que a Esquizofrenia tem origem em “sofrimento” que somos incapazes de gerir. Afastando-se da realidade por não conseguir aguentar o seu “sofrimento”.
Os sintomas da esquizofrenia por vezes desenvolvem-se gradualmente (vários meses), tão gradualmente que nem as pessoas próximas e nem o próprio paciente se apercebe das mudanças. Só se apercebem quando os comportamentos são completamente desviados e desadequados. Outras vezes, os sintomas surgem rapidamente (semanas/dias).
Existem inúmeros sintomas, mas os mais conhecidos são:
Delírios – São ideias irreais, ideias individuais que não são partilhadas por mais ninguém, como por exemplo: eu sou jesus cristo, os extraterrestres perseguem-me, etc.
Alucinações – São perceções irreais, relativamente a qualquer dos sentidos. Exemplo: a pessoa pode ver coisas ou pessoas que não existem, sentir-se tocado por algo ou alguém, etc.
Desorganização– Refere-se à incapacidade de estabelecer um comportamento e/ou conversa com coerência, sentido e lógica.
Instabilidade emocional– refere-se á inconstância ou à desadequação das emoções ao momento/comportamento.
O DSM-IV, distingue 5 tipos de esquizofrenia:
Paranoide – Presentes predominante sintomas como delírios e alucinações. São reservados, desconfiados e por vezes agressivos.
Desorganizado – Alterações emocionais e a desorganização de pensamento/comportamento predominam. Originando irritabilidade e comportamentos agressivos.
Catatónicos – Os fatores motores são predominantes. Apresentando apatia e cansaço, mas por vezes excitação.
Indiferenciado – Quando embora presente alguns dos sintomas, nenhum ser revelam predominantes.
Residual – Quando estão presentes, sintomas como isolamento social, apatia, desmotivação, mas alucinações e delírios neste tipo é raro encontrar.
Dado a complexidade e ao mesmo tempo desconhecimento, muito ainda ficou por dizer sobre a esquizofrenia. É possível encontrar os critérios de diagnósticos segundo o DSM-IV, bem como a distinção dos vários tipos aqui (Ver DSM-IV).
Existem vários filmes que mostram como é a esquizofrenia: Entre eles está a “Janela Secreta”, “K-pax” e o famoso “Mente Brilhante”, baseado em fatos reais, relata a vida de John Nash.
E você, já conhecia? Achou interessante? Gostaria de saber mais?
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Autor: Jorge Elói
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