Na categoria Psicologia Clínica
- Publicado a 8 de Junho de 2012
A Esquizofrenia, desde o início da psicologia foi e ainda é uma das mais curiosas e misteriosas perturbações, devido aos seus sinais e sintomas. Refiro-me às alterações de pensamento, alucinações, delírios e as alterações na interação e contacto com a realidade. Mas afinal a que se deve a esquizofrenia? De que forma começa? E quais as suas consequências?
Relativamente à origem da Esquizofrenia, os investigadores desconhecem a causa exata, porém sabem que se deve a uma interação multifatorial, isto é, depende de como inúmeros fatores se encaixam e se relacionam entre si, nomeadamente: a personalidade, a experiência, o ambiente, o histórico familiar, outras perturbações e/ou transtornos, e por fim o uso de substancias psicoativas. Todos estes fatores interagem de forma ainda desconhecida entre si, dando origem a um conjunto de sintomas característicos da Esquizofrenia (ver critérios DSM-IV).
Cada individuo é único, possuindo distintos fatores e em cada caso estes interagem de forma única, dando origem a uma “esquizofrenia única”, já que o conjunto de sinais e sintomas da esquizofrenia diferem de individuo para individuo, nunca encontrando 2 indivíduos com exatamente os mesmos sinais e sintomas.
Existem teorias, principalmente psicanalíticas que defendem que a Esquizofrenia tem origem em “sofrimento” que somos incapazes de gerir. Afastando-se da realidade por não conseguir aguentar o seu “sofrimento”.
Os sintomas da esquizofrenia por vezes desenvolvem-se gradualmente (vários meses), tão gradualmente que nem as pessoas próximas e nem o próprio paciente se apercebe das mudanças. Só se apercebem quando os comportamentos são completamente desviados e desadequados. Outras vezes, os sintomas surgem rapidamente (semanas/dias).
Existem inúmeros sintomas, mas os mais conhecidos são:
Delírios – São ideias irreais, ideias individuais que não são partilhadas por mais ninguém, como por exemplo: eu sou jesus cristo, os extraterrestres perseguem-me, etc.
Alucinações – São perceções irreais, relativamente a qualquer dos sentidos. Exemplo: a pessoa pode ver coisas ou pessoas que não existem, sentir-se tocado por algo ou alguém, etc.
Desorganização– Refere-se à incapacidade de estabelecer um comportamento e/ou conversa com coerência, sentido e lógica.
Instabilidade emocional– refere-se á inconstância ou à desadequação das emoções ao momento/comportamento.
O DSM-IV, distingue 5 tipos de esquizofrenia:
Paranoide – Presentes predominante sintomas como delírios e alucinações. São reservados, desconfiados e por vezes agressivos.
Desorganizado – Alterações emocionais e a desorganização de pensamento/comportamento predominam. Originando irritabilidade e comportamentos agressivos.
Catatónicos – Os fatores motores são predominantes. Apresentando apatia e cansaço, mas por vezes excitação.
Indiferenciado – Quando embora presente alguns dos sintomas, nenhum ser revelam predominantes.
Residual – Quando estão presentes, sintomas como isolamento social, apatia, desmotivação, mas alucinações e delírios neste tipo é raro encontrar.
Dado a complexidade e ao mesmo tempo desconhecimento, muito ainda ficou por dizer sobre a esquizofrenia. É possível encontrar os critérios de diagnósticos segundo o DSM-IV, bem como a distinção dos vários tipos aqui (Ver DSM-IV).
Existem vários filmes que mostram como é a esquizofrenia: Entre eles está a “Janela Secreta”, “K-pax” e o famoso “Mente Brilhante”, baseado em fatos reais, relata a vida de John Nash.
E você, já conhecia? Achou interessante? Gostaria de saber mais?
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Autor: Jorge Elói
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