quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Soneto 107 - William Shakespeare

Soneto 107 - William Shakespeare

Medos, nem alma capaz de prever
Os sonhos de porvir do mundo inteiro,
Podem o meu amor circunscrever,
Nem dar-lhe fado triste por certeiro.

A Lua seu eclipse superou,
Os agourentos de si podem rir,
A incerteza agora se firmou,
A paz proclama olivas no porvir.

Com o orvalho dos tempos refrescado
O meu amor a própria morte prende
E em meus versos vivo consagrado,

Enquanto as tribos mudas ela ofende.
Aqui encontrarás teu monumento,
E o bronze dos tiranos vai com o vento.

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