domingo, 19 de abril de 2020

Pior do coronavírus 'está por vir' em países em guerra, diz secretário-geral da ONU


Pior do coronavírus 'está por vir' em países em guerra, diz secretário-geral da ONU

03/04/2020 13h07
Nações Unidas, Estados Unidos, 3 Abr 2020 (AFP) - Nos países em conflito, "o pior ainda está por vir" na crise do coronavírus, alertou o secretário-geral da ONU, António Guterres, nesta sexta-feira (3).

"Existe uma oportunidade para a paz, mas ainda está longe. A necessidade é urgente. A tempestade da COVID-19 agora atinge todos os cenários de conflito", disse o diplomata, apresentando um relatório sobre os avanços realizados desde 23 de março, quando pediu cessar-fogo nos países em guerra.
"O vírus mostrou até que ponto pode atravessar fronteiras rapidamente, devastar países e transformar vidas. O pior ainda está por vir", disse Guterres.
Segundo ele, "um grande número de envolvidos em conflitos" se mostrou disposto a interromper os combates nos "Camarões, na República Centro-Africana, na Colômbia, na Líbia, em Mianmar, nas Filipinas, no Sudão do Sul, no Sudão, na Síria, na Ucrânia e no Iêmen".
"Mas há uma enorme diferença entre as declarações e as ações - transformar as palavras em paz no terreno e na vida das pessoas", declarou, lamentando situações "em que os conflitos se intensificaram".
Guterres comemorou o fato de que cerca de 70 países, assim como ONGs, representantes da sociedade civil e líderes religiosos apoiaram seu apelo, embora tenha considerado que ainda são necessários esforços diplomáticos.
"Para silenciar as armas, precisamos elevar nossas vozes pela paz", disse ele, sem mencionar o Conselho de Segurança da ONU, que permanece imobilizado pelas divisões entre Estados Unidos e China, segundo diplomatas.
Desde o início da crise, o Conselho não realizou reunião sobre a COVID-19 e não fez nenhuma declaração conjunta.
A Assembleia Geral da ONU foi o primeiro órgão das Nações Unidas a romper o silêncio em torno do coronavírus na quinta-feira, adotando por consenso uma resolução que pede "cooperação internacional" para combater a pandemia.
"Em circunstâncias muito difíceis, faço um apelo especial a todos os países com influência sobre as partes em guerra para que façam todo o possível para transformar o cessar-fogo em realidade", acrescentou Guterres.
O secretário-geral não citou nenhum país em particular, mas vários Estados se enfrentam remotamente em terceiros países, como Síria, Líbia, ou Iêmen.
gma/lp/mr/tt

sábado, 18 de abril de 2020

ESTEATOSE HEPÁTICA


Dr. Mateus Dornelles Severo
CREMERS 30.576
Médico Endocrinologista
Mestre em Endocrinologia/UFGRS
 

Hábitos alimentares inapropriados aliados ao sedentarismo acabam por acarretar aumento de peso com o passar do tempo. Este, por sua vez, associa-se com problemas de saúde, tais como pressão alta, diabetes mellitus, aumento dos níveis de colesterol e todas suas consequências.
Entre as doenças associadas ao excesso de peso e à obesidade, vem ganhando destaque a doença hepática gordurosa não alcoólica (o tipo mais comum de esteatose hepática), ou seja, acúmulo de gordura no fígado.
Estudos demonstram que cerca de 30% da população ocidental possui esteatose hepática. Quando são considerados apenas indivíduos diabéticos, a proporção sobe para 80%, sendo mais comum nas pessoas de origem hispânica.
A grande maioria destes pacientes não sente nada e descobre o problema em exames de imagem ou de sangue. Contudo sintomas como desconforto abdominal, cansaço e mal estar podem estar presentes.
Antes de tudo, os pacientes com esteatose hepática devem ser avaliados quanto à presença de outras doenças do fígado e perguntados sobre uso de medicamentos e substâncias (álcool, por exemplo) que também podem causar acúmulo de gordura. Depois de excluídas todas as possíveis causas, confirma-se o diagnóstico de doença hepática gordurosa não alcoólica. Caso permaneçam dúvidas, uma biópsia do fígado pode ser solicitada.
Mas por que a doença hepática gordurosa não alcoólica preocupa? O simples fato de o paciente ter gordura depositada no fígado aumenta o risco de doenças cardíacas e vasculares em quase 2 vezes. Além do mais, a gordura pode levar a inflação do fígado causando uma hepatite, a esteato hepatite não alcoólica. Esta pode, dentro de alguns anos, evoluir para cirrose com suas consequências como câncer de fígado e transplante hepático.
O tratamento da doença gordurosa hepática não alcoólica e da esteato hepatite consiste em modificar os hábitos de vida pra perder peso, além de tratar os níveis elevados de açúcar e colesterol quando presentes. Infelizmente, tratamentos específicos com remédios ainda deixam muito a desejar.
Não está indicado o rastreamento da doença, a menos que o paciente tenha sintomas ou pertença a grupos de alto risco (diabéticos). A prevenção consiste em manter hábitos saudáveis e o peso o mais próximo possível do ideal.

Veja na íntegra o histórico discurso de Martin Luther King

Há 50 anos o pastor e ativista Martin Luther King fazia seu discurso histórico, “Eu tenho um sonho”, contra a segregação racial nos Estados Unidos

São Paulo – Em 28 de agosto de 1963, o pastor e líder do movimento contra a segregação racial nos Estados Unidos Martin Luther King discursou sobre seu sonho de uma América (e um mundo) com igualdade entre negros e brancos. 
O discurso foi proferido em Washington, durante uma marcha que reuniu cerca de 250 mil pessoas contra as políticas racistas e pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. 
Suas palavras ecoaram em um contexto de divisão e segregação racial no país que se colocava como moderno e como liderança mundial. Enquanto os norte-americanos possuíam as mais avançadas tecnologias e armas, negros eram impedidos de dividir espaços com brancos, o casamento entre negros e brancos era proibido e jovens afrodescendentes tinham acesso limitado à educação. Na Guerra Fria, os Estados Unidos faziam a propaganda de que aquele era o regime e o país onde todos gostariam de viver – exceto os negros, que tinham de se limitar aos assentos reservados nos ônibus.
Desde que o pastor proferiu seu discurso há 50 anos, muitas leis segregacionistas foram derrubadas no país e muitos direitos foram garantidos aos negros. Ainda assim, as palavras do homem que virou símbolo da luta por vias não-violentas ainda têm a mesma força e urgência das décadas passadas.
Confira abaixo o vídeo do evento e o discurso na íntegra. A tradução é de Clara Allain. 
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“Estou feliz em me unir a vocês hoje naquela que ficará para a história como a maior manifestação pela liberdade na história de nossa nação.
Cem anos atrás um grande americano, em cuja sombra simbólica nos encontramos hoje, assinou a proclamação da emancipação [dos escravos]. Este decreto momentoso chegou como grande farol de esperança para milhões de escravos negros queimados nas chamas da injustiça abrasadora. Chegou como o raiar de um dia de alegria, pondo fim à longa noite de cativeiro.
Mas, cem anos mais tarde, o negro ainda não está livre. Cem anos mais tarde, a vida do negro ainda é duramente tolhida pelas algemas da segregação e os grilhões da discriminação. Cem anos mais tarde, o negro habita uma ilha solitária de pobreza, em meio ao vasto oceano de prosperidade material. Cem anos mais tarde, o negro continua a mofar nos cantos da sociedade americana, como exilado em sua própria terra. Então viemos aqui hoje para dramatizar uma situação hedionda.

Em certo sentido, viemos à capital de nossa nação para sacar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república redigiram as magníficas palavras da Constituição e da Declaração de Independência, assinaram uma nota promissória de que todo americano seria herdeiro. Essa nota era a promessa de que todos os homens, negros ou brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis à vida, à liberdade e à busca pela felicidade.
É evidente hoje que a América não pagou esta nota promissória no que diz respeito a seus cidadãos de cor. Em lugar de honrar essa obrigação sagrada, a América deu ao povo negro um cheque que voltou marcado “sem fundos”.
Mas nós nos recusamos a acreditar que o Banco da Justiça esteja falido. Nos recusamos a acreditar que não haja fundos suficientes nos grandes depósitos de oportunidade desta nação. Por isso voltamos aqui para cobrar este cheque –um cheque que nos garantirá, a pedido, as riquezas da liberdade e a segurança da justiça.
Também viemos para este lugar santificado para lembrar à América da urgência ferrenha do agora. Não é hora de dar-se ao luxo de esfriar os ânimos ou tomar a droga tranquilizante do gradualismo. Agora é a hora de fazermos promessas reais de democracia. Agora é a hora de sairmos do vale escuro e desolado da segregação para o caminho ensolarado da justiça racial. É hora de arrancar nossa nação da areia movediça da injustiça racial e levá-la para a rocha sólida da fraternidade. Agora é a hora de fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.
Seria fatal para a nação passar por cima da urgência do momento e subestimar a determinação do negro. Este verão sufocante da insatisfação legítima do negro não passará enquanto não chegar um outono revigorante de liberdade e igualdade.Mil novecentos e sessenta e três não é um fim, mas um começo.
Os que esperam que o negro precisasse apenas extravasar e agora ficará contente terão um despertar rude se a nação voltar à normalidade de sempre. Não haverá descanso nem tranquilidade na América até que o negro receba seus direitos de cidadania. Os turbilhões da revolta continuarão a abalar as fundações de nossa nação até raiar o dia iluminado da justiça.
Mas há algo que preciso dizer a meu povo posicionado no morno liminar que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso lugar de direito, não devemos ser culpados de atos errados. Não tentemos saciar nossa sede de liberdade bebendo do cálice da amargura e do ódio.
Temos de conduzir nossa luta para sempre no alto plano da dignidade e da disciplina. Não devemos deixar nosso protesto criativo degenerar em violência física. Precisamos nos erguer sempre e mais uma vez à altura majestosa de combater a força física com a força da alma.
A nova e maravilhosa militância que tomou conta da comunidade negra não deve nos levar a suspeitar de todas as pessoas brancas, pois muitos de nossos irmãos, conforme evidenciado por sua presença aqui hoje, acabaram por entender que seu destino está vinculado ao nosso destino e que a liberdade deles está vinculada indissociavelmente à nossa liberdade.
Não podemos caminhar sozinhos.
E, enquanto caminhamos, precisamos fazer a promessa de que caminharemos para frente. Não podemos retroceder. Há quem esteja perguntando aos devotos dos direitos civis ‘quando vocês ficarão satisfeitos?’. Jamais estaremos satisfeitos enquanto o negro for vítima dos desprezíveis horrores da brutalidade policial.
Jamais estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados da fadiga de viagem, não puderem hospedar-se nos hotéis de beira de estrada e nos hotéis das cidades. Não estaremos satisfeitos enquanto a mobilidade básica do negro for apenas de um gueto menor para um maior. Jamais estaremos satisfeitos enquanto nossas crianças tiverem suas individualidades e dignidades roubadas por cartazes que dizem ‘exclusivo para brancos’.
Jamais estaremos satisfeitos enquanto um negro no Mississippi não puder votar e um negro em Nova York acreditar que não tem nada em que votar.
Não, não estamos satisfeitos e só ficaremos satisfeitos quando a justiça rolar como água e a retidão correr como um rio poderoso.
Sei que alguns de vocês aqui estão, vindos de grandes provações e atribulações. Alguns vieram diretamente de celas estreitas. Alguns vieram de áreas onde sua busca pela liberdade os deixou feridos pelas tempestades da perseguição e marcados pelos ventos da brutalidade policial. Vocês têm sido os veteranos do sofrimento criativo. Continuem a trabalhar com a fé de que o sofrimento imerecido é redentor.
Voltem ao Mississippi, voltem ao Alabama, voltem à Carolina do Sul, voltem a Geórgia, voltem a Louisiana, voltem aos guetos e favelas de nossas cidades do norte, cientes de que de alguma maneira a situação pode ser mudada e o será. Não nos deixemos atolar no vale do desespero.
Digo a vocês hoje, meus amigos, que, apesar das dificuldades de hoje e de amanhã, ainda tenho um sonho.
É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Tenho um sonho de que um dia esta nação se erguerá e corresponderá em realidade o verdadeiro significado de seu credo: ‘Consideramos essas verdades manifestas: que todos os homens são criados iguais’.
Tenho um sonho de que um dia, nas colinas vermelhas da Geórgia, os filhos de ex-escravos e os filhos de ex-donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da irmandade.
Tenho um sonho de que um dia até o Estado do Mississippi, um Estado desértico que sufoca no calor da injustiça e da opressão, será transformado em um oásis de liberdade e de justiça.
Tenho um sonho de que meus quatro filhos viverão um dia em uma nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo teor de seu caráter.
Tenho um sonho hoje.
Tenho um sonho de que um dia o Estado do Alabama, cujo governador hoje tem os lábios pingando palavras de rejeição e anulação, será transformado numa situação em que meninos negros e meninas negras poderão dar as mãos a meninos brancos e meninas brancas e caminharem juntos, como irmãs e irmãos.
Tenho um sonho hoje.
Tenho um sonho de que um dia cada vale será elevado, cada colina e montanha será nivelada, os lugares acidentados serão aplainados, os lugares tortos serão endireitados, a glória do Senhor será revelada e todos os seres a enxergarão juntos.
Essa é nossa esperança. Essa é a fé com a qual retorno ao Sul. Com esta fé poderemos talhar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé poderemos transformar os acordes dissonantes de nossa nação numa bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé podemos trabalhar juntos, orar juntos, lutar juntos, ir à cadeia juntos, defender a liberdade juntos, conscientes de que seremos livres um dia.
Esse será o dia em que todos os filhos de Deus poderão cantar com novo significado: “Meu país, é de ti, doce terra da liberdade, é de ti que canto. Terra em que morreram meus pais, terra do orgulho do peregrino, que a liberdade ressoe de cada encosta de montanha”.
E, se quisermos que a América seja uma grande nação, isso precisa se tornar realidade.
Então que a liberdade ressoe dos prodigiosos picos de New Hampshire.
Que a liberdade ecoe das majestosas montanhas de Nova York!
Que a liberdade ecoe dos elevados Alleghenies da Pensilvânia!
Que a liberdade ecoe das nevadas Rochosas do Colorado!
Que a liberdade ecoe das suaves encostas da Califórnia!
Mas não só isso –que a liberdade ecoe da Montanha de Pedra da Geórgia!
Que a liberdade ecoe da Montanha Sentinela do Tennessee!”
Que a liberdade ecoe de cada monte e montículo do Mississippi. De cada encosta de montanha, que a liberdade ecoe.
E quando isso acontecer, quando deixarmos a liberdade ecoar, quando a deixarmos ressoar em cada vila e vilarejo, em cada Estado e cada cidade, poderemos trazer para mais perto o dia que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestante e católicos, poderão se dar as mãos e cantar, nas palavras da velha canção negra, “livres, enfim! Livres, enfim! Louvado seja Deus Todo-Poderoso. Estamos livres, enfim!”

Martin Luther King: a trajetória do homem que mudou os EUA para sempre


Martin Luther King: a trajetória do homem que mudou os EUA para sempre

Há 50 anos era assassinado o pastor americano que fez da palavra sua arma contra o racismo e emocionou o mundo com seus discursos

Por Julia Braun - Atualizado em 4 abr 2018, 11h34 - Publicado em 4 abr 2018, 07h59
Um dos maiores nomes da história da luta contra a discriminação racial nos Estados Unidos e ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1964, Martin Luther King foi assassinado há exatamente 50 anos.
Sua morte ainda é cercada por muitas dúvidas. A família de King e muitos americanos acreditam que o assassinato em 4 de abril de 1968 foi parte de uma conspiração entre o governo americano, a máfia e a polícia. Porém, o fugitivo da Penitenciária Estadual do Missouri e supremacista branco James Earl Ray foi condenado pelo crime e morreu na prisão em 1998, aos 70 anos de idade.
Martin Luther King tinha 39 anos ao ser morto na sacada de seu quarto no Lorraine Motel, em Memphis, no estado americano do Tennessee, com um tiro disparado de fora do prédio. O assassinato provocou protestos em mais de 100 cidades dos Estados Unidos, incluindo na capital, Washington. A violência dos conflitos entre manifestantes e policiais resultou em mais de 40 mortes, além de extensos danos à propriedade.

Vida e ativismo

Martin Luther King Jr. nasceu em Atlanta em 15 de janeiro de 1929. Tanto seu avô como seu pai eram pastores da igreja batista e King resolveu seguir seus passos na vida religiosa.
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Formou-se em sociologia na Morehouse College em 1948 e no Seminário Teológico Crozer em 1951. Posteriormente, fez doutorado na Universidade de Boston, onde conheceu sua esposa, Coretta Scott King, com quem teve quatro filhos.
Viveu durante sua infância e adolescência o segregacionismo racial que imperava no Estado da Geórgia. Já no início de sua carreira, King começou a militar como ativista que lutava pela igualdade civil entre negros e brancos.
Conhecido por táticas de não-violência e desobediência civil e pela sua maravilhosa oratória, ele baseava seu ativismo também em suas crenças cristãs.
“Martin Luther King forçava os Estados Unidos a viver de acordo com as promessas feitas nos documentos que fundaram nossa nação, na Constituição e na Declaração de Independência”, afirma Vincent Southerland, diretor executivo do Centro para Raça, Desigualdade e Lei da Universidade de Nova York. “Ele ajudou a acordar o país e a despertar a consciência americana quanto ao racismo. E ele o fez de uma maneira revolucionária.”
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Como pastor, serviu em uma igreja em Montgomery, no estado de Alabama, onde também se engajou na luta pela igualdade racial. Foi um dos líderes, em 1955, do boicote aos ônibus de Montgomery.
Os protestos começaram após a prisão de Rosa Parks, mulher negra que se negou a ceder seu lugar a uma mulher branca no ônibus. O boicote durou 382 dias e causou déficits financeiros elevados no sistema de transporte público da cidade, em função do grande número de pessoas que deixaram de usar os ônibus.
O boicote só acabou quando a Suprema Corte decidiu tornar ilegal a discriminação racial em transportes públicos. Durante o período, King foi preso, sofreu diversos atentados e sua casa foi bombardeada.
Em 1957, King foi eleito presidente da Southern Christian Leadership Conference (SCLC), uma das principais organizações do movimento pelos direitos civis. Ele ocupou o cargo até ser assassinado em 1968 e, durante esse período, emergiu como o líder mais importante do movimento moderno pelos direitos civis nos Estados Unidos.
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Carta de uma prisão em Birmingham

Em 1963, liderou uma coalizão de numerosos grupos de direitos civis em uma campanha não violenta em Birmingham, Alabama, que na época era descrita como a cidade mais racista do país. A brutalidade da polícia local, ilustrada por imagens transmitidas pela televisão de jovens negros sendo agredidos por cachorros e mangueiras de água, despertaram a indignação nacional.
Durante a campanha, King foi preso junto com outros ativistas por protestar sem permissão. Durante seu confinamento, escreveu uma carta em resposta a outros clérigos, que aconselhavam os negros americanos a lutarem por igualdade a partir dos tribunais e não por meio de manifestações. Transformada em livro, a obra defende a a estratégia da resistência não-violenta ao racismo e é uma das mais importantes de Luther King.

‘I have a dream’

Durante a Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade, uma manifestação política de grandes proporções ocorrida na cidade na capital americana em 28 de agosto de 1963, King fez seu mais famoso discurso, com a frase que entraria para a história da oratória: “Eu tenho um sonho!” (I Have a Dream!)”.
Em frente a uma plateia de mais de 200.000 pessoas, na escadaria do Lincoln Memorial, King defendeu o fim da marginalização dos negros, a liberdade e a igualdade.
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A Marcha de Washington colocou mais pressão sobre a administração do então presidente John F. Kennedy para que as questões de direitos civis fossem levadas ao Congresso. Mas foi seu sucessor, Lyndon B. Johnson, quem conseguiu fazer com que o Ato de Direitos Civis de 1964 e o Ato de Direitos do Voto de 1965 fossem aprovados. As duas legislações são grandes marcos da luta contra racismo no país, pois proibiram práticas eleitorais discriminatórias e os sistemas estaduais de segregação racial.
Após seu discurso, King foi nomeado o Homem do Ano de 1963 pela revista Time. E mais tarde, aos 35 anos, se tornou a pessoa mais nova até então a receber um Prêmio Nobel da Paz.

Controvérsia e legado

Após 1965, o ativista mudou seu foco para a luta pela justiça econômica e a paz internacional, que defendeu ao se manifestar fortemente contra a Guerra do Vietnã.
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King acabou se tornando uma figura considerada radical e polarizadora à época, sendo um oponente ferrenho da política externa americana da década de 1960. Seu posicionamento contrário à guerra do Vietnã foi visto por muitos como extremado, em um momento em que o apoio ao conflito ainda era relativamente elevado entre os americanos.
Quando foi assassinado, King já estava havia décadas sob a constante vigilância do FBI, que o classificava como “perigoso para o país”. Sua defesa da não-violência como forma de promover mudanças também estava sendo desafiada por uma nova geração de ativistas negros mais impacientes.
Ainda assim, a herança de Martin Luther King para o movimento dos direitos civis e negros é inegável. Seus livros fazem parte de muitas leituras obrigatórias de universidades e escolas dos Estados Unidos e do mundo. Sua luta e sua coragem são celebradas anualmente nos Estados Unidos na terceira segunda-feira de janeiro em um feriado que leva seu nome. O Dia de Martin Luther King é feriado no país e conclama os cidadãos a prestarem serviços voluntários em suas comunidades.
“Seu legado está refletido na forma como lidamos atualmente com a educação, no que fazemos em nosso ambiente de trabalho, nas políticas anti-discriminação que os Estados Unidos aplicam”, diz Alejandra Y. Castillo, CEO da YWCA USA, organização que luta contra o racismo e o machismo no país. “O trabalho dele nos colocou no caminho certo, mas é importante lembrar que ainda há um longo caminho pela frente.”
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A herança de King também aparece no movimento “Black Lives Matter” contra a violência policial — outros movimentos, como o que convocou recentemente a Marcha por Nossas Vidas, em que milhões de jovens foram às ruas para exigir leis mais duras para o uso de armas, também se inspiram nos ideais do ativista.
Um dos participantes dessa marcha foi a neta de King, Yolanda Renee, de 9 anos, que lembrou as palavras mais famosas de seu avô à multidão. “Tenho um sonho de que já basta”, declarou a pequena Yolanda. “E de que este deve ser um mundo livre de armas, ponto”.

Martin Luther King

Martin Luther King

Ativista norte-americano

Biografia de Martin Luther King

Martin Luther King (1929-1968) foi um ativista norte-americano, lutou contra a discriminação racial e tornou-se um dos mais importantes líderes dos movimentos pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1964.
Martin Luther King nasceu em Atlanta, Geórgia, Estados Unidos, no dia 15 de janeiro de 1929. Filho e neto de pastores da Igreja Batista resolveu seguir pelo mesmo caminho.
Em 1951, formou-se em Teologia na Universidade de Boston. Convertido em pastor, em 1954, Martin Luther King assumiu a função de pastor em uma igreja na cidade de Montgomery, no Alabama.

Luta pelos direitos dos negros

Desde jovem, Martin Luther King tomou consciência da situação de segregação social e racial em que viviam os negros de seu país, em especial nos estados do Sul.
Em 1955, começou sua luta pelo reconhecimento dos direitos civis dos negros norte-americanos, com métodos pacíficos, inspirado na figura de Mahatma Gandhi e na teoria da desobediência civil de Henry David Thoreau, as mesmas fontes que inspiraram a luta de Nelson Mandela contra a Apartheid, na África do Sul.

 Martin Luther King dedicou a sua vida ao combate à discriminação racial
 Martin Luther King dedicou a sua vida a luta contra a discriminação racial
No dia 1 de dezembro de 1955, a costureira negra, Rosa Parks, foi detida e multada por ocupar um assento reservado para as pessoas brancas, pois nos ônibus de Montgomery o motorista tinha que ser branco e os negros só podiam ocupar os últimos lugares.
O protesto silencioso de Rosa Parks propagou-se rapidamente. O Conselho Político Feminino organizou um boicote aos ônibus urbanos, como medida de protesto.
Martin Luther King apoiou a ação e, pouco a pouco, milhares de negros passaram a caminhar quilômetros a caminho do trabalho, causando prejuízo às empresas de transporte. O protesto durou 382 dias, terminou em 13 de novembro de 1956, quando a Suprema Corte norte-americana aboliu a segregação racial nos ônibus de Montgomery.
Foi o primeiro movimento vitorioso do gênero registrado no solo americano. No dia 21 de dezembro de 1956, Martin Luther King e Glen Smiley, sacerdote branco, entraram juntos e ocuparam lugares na primeira fila do ônibus.

Martin Luther King e Glen Smiley sentados lado a lado no mesmo banco do ônibus
Martin Luther King e Glen Smiley sentados lado a lado no mesmo banco do ônibus
Os movimentos contra a segregação dos negros provocaram a ira das autoridades e de grupos racistas como o Ku Klux Klan, que atacavam com violências os participantes, o próprio Luther King e os grupos ativistas Panteras Negras e o muçulmano Malcolm X.
Em 1957, Martin Luther King fundou a Conferência da Liderança Cristã do Sul, sendo o seu primeiro presidente. Passou a organizar campanhas pelos direitos civis dos negros. Em 1960, conseguiu liberar o acesso dos negros em parques públicos, bibliotecas e lanchonetes.

Discurso I Have a dream (Eu Tenho um Sonho)

Em 1963, sua luta alcançou um dos momentos culminantes, ao liderar a Marcha sobre Washington, que reuniu 250 mil pessoas, quando fez seu importante discurso intitulado I Have a dream (em português, Eu tenho um sonho), onde descreve uma sociedade, onde negros e brancos possam viver harmoniosamente.
Nesse mesmo ano, Martin Luther King e outros representantes de organizações antirracistas foram recebidos pelo presidente John Fitzgerald Kennedy, que se comprometeu agilizar sua política contra a segregação nas escolas e a questão do desemprego que afetava de modo especial toda a comunidade negra. No dia 22 de novembro de 1963, o presidente foi assassinado.
Em 1964, foi criada a Lei dos Direitos Civis, que garantia a tão esperada igualdade entre negros e brancos. Nesse mesmo ano, Martin Luther King recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Segue um trecho do discurso:
Digo-lhes, hoje, meus amigos, que apesar das dificuldades e frustrações do momento, ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Tenho um sonho que um dia esta nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais.
Tenho um sonho que um dia nas montanhas rubras da Geórgia os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos proprietários de escravos poderão sentar-se à mesa da fraternidade.
Tenho um sonho que um dia o estado do Mississipi, um estado deserto, sufocado pelo calor da injustiça e da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.
Tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos viverão um dia numa nação onde não serão julgados pela cor da sua pele, mas pela qualidade do seu caráter.
Tenho um sonho, hoje.
Esta é nossa esperança. Esta é a fé com a qual regresso ao Sul. Com esta fé seremos capazes de retirar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé poderemos transformar as dissonantes discórdias de nossa nação numa bonita e harmoniosa sinfonia de fraternidade. Com esta fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ir para a prisão juntos, ficarmos juntos em posição de sentido pela liberdade, sabendo que um dia seremos livres.
Esse será o dia quando todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado: "O meu país é teu, doce terra de liberdade, de ti eu canto. Terra onde morreram os meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, que de cada localidade ressoe a liberdade.
Assista o célebre discurso de Martin Luther King na íntegra:

Morte de Martin Luther King

A luta continuou. Em 1965, Martin Luther King encabeçou uma manifestação de milhares de defensores dos direitos civis desde Selma até Montgomery. Mas sua luta teve um fim trágico, quando sua vida foi interrompida por um tiro enquanto descansava na sacada de um hotel em Memphis, onde apoiava um movimento grevista dos lixeiros.

Martin Luther King foi assassinado
Martin Luther King foi assassinado com um tiro em 1965
Martin Luther King faleceu em Memphis, Tennessee, Estados Unidos, no dia 4 de abril de 1968.
Em 1977, em homenagem póstuma, representado por sua esposa Coretta Scott King, recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade. Em 2004, recebeu a Medalha de Ouro do Congresso Americano, pelos 50 anos da promulgação da histórica Lei dos Direitos Civis.

Dia de Martin Luther King

Nos Estados Unidos, em 1983, Ronald Regan instaurou um feriado nacional chamado de Dia de Martin Luther King (Martin Luther King Day).
A partir de então, todos os dias 20 de janeiro são dedicados a celebrar a vida desse homem tão importante para a história do combate ao racismo.
Conheça outras trajetórias de homens e mulheres que fizeram a diferença lendo o artigo A biografia de 21 personalidades negras muito importantes da história.
Última atualização: 14/06/2019
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Dilva Frazão
Possui bacharelado em Biblioteconomia pela UFPE e é professora do ensino fundamental. Desde 2008 trabalha na redação e revisão de conteúdos educativos para a web.

Discurso COMPLETO de Martin Luther King - Eu tenho um sonho (I Have a Dr...

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Degradação Humana




(evangelista da silva)

A cada geração que nasce percebe-se que a elevação moral do bicho homem degrada-se. A tendência lógica seria o ser humano elevar-se. Mas tudo leva a crer que, urgentemente, é necessário fazer-se uma mudança no Planeta Azul. Logo, é preciso que a vida humana seja dizimada para zerar o processo de atraso moral por que vive a humanidade. Em assim sendo, resta-nos aguardar uma hecatombe onde faltando oxigênio, seja o ideal para que tudo que se move se renove.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Foreigner - I Want To Know What Love Is (Live at Farm Aid 1985)

Amor de Puta é um Sonho (evangelhista da silva)


Amor de Puta é um Sonho

(evangelhista da silva)_______________________________

Um coração pulsa para o mundo e todas as Putas!
Ainda ontem se me entreguei a uma delas...
O pior da estória de eterno amor e tanto,
Foi eu não reconhecer em seu pranto,
O insulto da mentira e safadeza.
E o tempo passa e eu se me fui levado
Por um canto de desgraça amor e ódio...
E se me fui consumido pela Puta mais cruel...
A adúltera pura e vítima de um marido outrora...
Consumida por mim e todos os outros machos
Daquela que se dizia a mulher digna e pura...
Assim se me consumi em brigas e sexo e chamas...
Viver em pura e ardente fuga à posse de uma Puta e prazer...
Que some, e se cala, e se vitimiza... assim... mesmo assim...
Mas em uma dessas armadilhas que só uma  Puta é capaz de fazer...
Deixei-a ir até o fundo do poço da sua arte e podre imaginação...
E lá, bem distante, ela, a Puta desvairada descarrilou-se e se perdeu!
E nesse instante recordo-me da sutileza do seu encanto e desgraça.
Moço, ao aproximar-se de uma prostituta socialmente apresentável,
Muito cuidado é tão pouco e quase e totalmente nada.
Fuja dessa Puta antes que da sua vida ela retire o seu Amor.

(evangelista da silva)
Bahia, 29 de outubro, às 23h42min do ano 2018.

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segunda-feira, 13 de abril de 2020

Dr. Elsimar Metzker Coutinho: Mais de meio século dedicado ao estudo da química da vida

Mais de meio século dedicado
ao estudo da química da vida

“A medicina para mim não foi bem uma escolha. Foi algo natural, uma espécie de herança. De certa forma, fui influenciado pelo meu pai Elsior Coutinho, que era médico, farmacêutico e professor de farmacologia. Ele ensinava como extrair remédios das plantas, coisa que meu avô fazia, apesar de não ser formado. Meu avô era um prático da medicina e meu pai, com certeza, inspirou-se nele.”
Dr. Elsimar Coutinho

Apresentação

Dr. Elsimar Metzker Coutinho é, indiscutivelmente, um homem que nasceu para fazer história. Há mais de 50 anos, suas pesquisas e descobertas nos campos da saúde e da reprodução humana vêm quebrando paradigmas e derrubando conceitos milenares. Por sua imensa contribuição à saúde e ao bem-estar do ser humano, é reconhecido mundialmente como um ícone da medicina. Mas o que faz desse brasileiro, nascido em Pojuca - Bahia, um profissional singular e à frente de seu tempo não são apenas as centenas de trabalhos publicados nos quatro cantos do planeta. Dr. Elsimar M. Coutinho é, acima de tudo, um apaixonado pela medicina. Uma paixão que, segundo ele, foi herdada.
"A medicina para mim não foi bem uma escolha. Foi algo natural, uma espécie de herança. De certa forma, fui influenciado pelo meu pai Elsior Coutinho, que era médico, farmacêutico e professor de farmacologia. Ele ensinava como extrair remédios das plantas, coisa que meu avô fazia, apesar de não ser formado. Meu avô era um prático da medicina e meu pai, com certeza, inspirou-se nele."
Dr. Elsimar M. Coutinho
Formado em farmácia e depois em medicina pela Universidade Federal da Bahia, Dr. Elsimar M. Coutinho fez pós-graduação em endocrinologia na Universidade de Sorbonne, em Paris, França, e no Instituto Rockfeller, em Nova York, EUA. No início desse processo de qualificação, conheceu algo que nortearia toda sua trajetória profissional.
"Quando comecei a estudar, fiquei fascinado pela química da vida. Na época, acabava de ser descoberta a relação dos hormônios com a reprodução humana. E a reprodução é a parte mais dinâmica da vida."
Dr. Elsimar M. Coutinho
Como professor e pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, Dr. Elsimar M. Coutinho fez suas descobertas mais notáveis. Nos anos 60, após observar pela primeira vez os benefícios da supressão da menstruação, Dr. Elsimar fez à humanidade uma extraordinária revelação: o primeiro anticoncepcional injetável de uso prolongado. A divulgação do mais novo invento gerou uma grande polêmica que persiste até os dias atuais. Logo em seguida, Dr. Elsimar M. Coutinho lançou outros importantes métodos contraceptivos, entre os quais se destacam os injetáveis, as pílulas para uso oral e vaginal e os implantes hormonais subcutâneos. Esses avançados medicamentos permitiram a inédita liberação contínua e personalizada de hormônios no tratamento da supressão da menstruação e da contracepção.
Na década de 70, Dr. Elsimar gerou outra significativa polêmica, após apresentar, no Congresso Mundial de População em Bucareste, Romênia, o anticoncepcional masculino. Em 1996, com a publicação do quinto livro de sua autoria "Menstruação, a sangria inútil", Dr. Elsimar Coutinho divulgou ao mundo o que considera sua maior contribuição à humanidade: a tese de que o fenômeno da menstruação é nocivo e supérfluo. Ele percebeu que a supressão da menstruação poderia contribuir para assegurar a preservação da saúde e a auto-estima das mulheres. Quatro décadas depois, veio o reconhecimento: a eliminação da menstruação foi considerada um dos 10 maiores avanços da Medicina em todos os tempos.
"Minha maior contribuição à humanidade foi ter me dado conta de que a menstruação era desnecessária, era um fenômeno descartável. As mulheres podem reproduzir sem menstruar, menstruação não é uma pré-condição para a gravidez. 'Menstruar não é preciso, ovular é preciso'. Menstruação é opcional, não é obrigatório. Obrigatório para engravidar é ovular, e a mulher só precisa ovular quando quer engravidar." Dr. Elsimar M. Coutinho
Dr. Elsimar M. Coutinho também desenvolveu uma série de outros medicamentos, como drogas facilitadoras da gravidez, drogas que impedem o parto prematuro e aborto espontâneo, drogas que evitam a concepção e drogas para o tratamento de reposição hormonal em ambos os sexos. O êxito alcançado no campo da Medicina não impediu Dr. Elsimar M. Coutinho de exercer, de forma exemplar, sua responsabilidade social. Ele foi um dos maiores defensores mundiais do controle da natalidade por meio do planejamento familiar.
"Um filho desejado é garantia de felicidade para toda a família. No entanto, uma gravidez indesejada e desassistida acarretará problemas para a mãe, pai, familiares, à própria criança e principalmente à sociedade." Dr. Elsimar M. Coutinho
Dr. Elsimar Coutinho foi convidado pelos governos de países com as mais diferentes ideologias, culturas e religiões, para colaborar em projetos de controle de natalidade. Foi o pioneiro no Brasil a defender e implementar o Planejamento Familiar, saga que continua até hoje na cidade de Salvador, capital da Bahia, com o Centro de Pesquisa e Assistência de Reprodução Humana (CEPARH), instituição de renome internacional da qual é presidente.
"Maior que a dor do parto é a dor da criança abandonada. Assumir a paternidade e criar os filhos com dignidade, dando bons exemplos. Esse é o caminho da cidadania."
Dr. Elsimar M. Coutinho
Hoje, com 87 anos, Dr. Elsimar M. Coutinho considera-se plenamente realizado por ter contribuído para que o ser humano possa concretizar seus sonhos e viver melhor. Ainda assim, acredita que sua missão não chegou ao fim.
"Fracasso é a pessoa não usar o que aprendeu. Continuar a ser útil, é uma grande virtude. Sou formado há mais de 50 anos, são décadas de atividade intensa, atendendo mais de 20 pacientes por dia. Não deixo de me atualizar para continuar a cumprir a minha missão cada vez melhor."
Dr. Elsimar M. Coutinho
Atualmente, além de clinicar em diversas cidades, Dr. Elsimar M. Coutinho dirige o Centro de Pesquisa e Assistência de Reprodução Humana (CEPARH) em Salvador, é membro de mais de 20 entidades de pesquisas médicas no Brasil e no exterior e conselheiro da Organização Mundial da Saúde.

Os perigosos laços da medicina com a indústria farmacêutica – Vitamina D comentado


Os perigosos laços da medicina com a indústria farmacêutica – Vitamina D comentado


Acrescentamos ao texto, que os pacientes podem ser vítimas das doenças e dos remédios, tanto quanto da ausência de tratamento eficaz para doenças para as quais existem terapias de alta complexidade e custo fornecidas pela indústria farmacêutica, QUANDO a eficácia do tratamento pode ser realizada a BAIXO CUSTO, tanto para paciente como para o Governo, o maior pagador do SUS.   Soma-se a este fato a ausência de prevenção à saúde, que é a providência de mais baixo custo ainda. Neste triângulo das bermudas criado pela indústria farmacêutica e aceito pela Medicina perdem-se recursos públicos, dinheiro dos pacientes e familiares, saúde e vidas.  É neste triângulo da doença e da morte que funciona os laços mercantis com a indústria de remédios e a medicina.
A subtração – no Brasil – em especial do valor preventivo e terapêutico do hormônio conhecido por Vitamina D de baixíssimo custo, é um perfeito exemplo disto. Os medicamentos de alto custo da indústria farmacêutica para as doenças autoimunes precisam de PACIENTES VÍTIMAS da ganância desenfreada e da omissão das autoridades. O desinteresse das pessoas ainda saudáveis em informar-se em tempo sobre o que ocorre neste meio médico-farmacêutico, também contribui para o desastre da saúde.
Celso Galli Coimbra
OABRS 11352
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Nos últimos meses, um tema polêmico tem aparecido mais frequentemente na mídia: o potencial prejuízo que o “inevitável” laço entre medicina e indústria farmacêutica pode causar nos pacientes.
Muitos artigos e estudos têm argumentado que a indústria farmacêutica se utiliza de táticas e estratégias imorais e nada éticas para vender remédios que absolutamente não ajudam os doentes.
Pior: um novo estudo publicado no respeitado periódico Proceedings of the National Academy of Sciences revelou que a fraude é um verdadeiro problema em publicações científicas, problema que tem aumentado no decorrer das décadas.
O estudo analisou 2.047 artigos sobre pesquisas biomédicas desacreditadas e retraídas de publicações científicas, e constatou que a maior razão para a sua retração não foram erros honestos (não propositais), mas sim pura fraude.
Enquanto isso, um médico inglês, Benjamin Goldcare, denunciou um comportamento condenável da indústria farmacêutica: em busca de proteger os próprios interesses econômicos, os laboratórios farmacêuticos nem sempre liberam os remédios ao mercado com a garantia de que farão bem aos pacientes.
Para vender esses remédios ineficazes, as empresas forjam ou só publicam estudos acadêmicos e resultados de testes favoráveis sobre eles, escondendo totalmente o fato de que alguns apresentam efeitos colaterais perigosos.
Se você acha que já ouviu o suficiente, prepare-se para conhecer a pior parte de tudo isso: tal comportamento não é ilegal.
No Brasil, a entidade que libera remédios para uso comercial é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um órgão ligado ao Ministério da Saúde. Existem 23 laboratórios oficiais ligados à Anvisa que fornecem medicamentos para o Sistema Único de Saúde (SUS).
As centenas de laboratórios privados, no entanto, estão sob observação menor (para não dizer sem observação): o único controle rigoroso acontece no momento de permitir que a empresa abra.
Uma vez operantes, os produtores detém o controle sobre os testes, ou seja, os próprios laboratórios atestam a qualidade do medicamento que eles mesmos fabricam. O sistema de teste e aprovação dos remédios coloca controle excessivo nas mãos dos fabricantes, de forma que eles quase sempre podem definir qual o veredicto sobre qualquer medicamento em fase de experimentos.

“Suicídio profissional”

O psiquiatra britânico David Healy, odiado por colegas que até tentaram revogar sua licença médica, argumenta que seus semelhantes estão cometendo “suicídio profissional” ao não abordar sua relação perigosamente íntima com a indústria farmacêutica.
Os conflitos entre medicina e indústria são conhecidos há muito tempo. Um deles são os “presentes” que médicos ganham de fabricantes de remédio, que alguns consideram ser uma tentativa clara de “comprar” o profissional para que ele passe a receitar a medicação.
Nos EUA, por exemplo, só em 2004 as empresas farmacêuticas gastaram cerca de US$ 58 bilhões (cerca de R$ 116 bi) em marketing, 87% dos quais foram destinados diretamente a cerca de 800 mil norte-americanos com o poder de prescrever medicamentos.
O dinheiro foi gasto principalmente em amostras de medicamentos gratuitos e visitas a consultórios médicos, que estudos confirmam que aumentam a prescrição de medicamentos de marca e os custos médicos sem melhorar o atendimento.
Nos EUA, a legislação diz que as empresas farmacêuticas devem revelar quais médicos aceitaram qualquer pagamento ou presente com valor maior de US$ 10, e descrever as quantidades exatas aceitas e seu propósito em um site público. Porém, esse site só vai estar em funcionamento em 2014, talvez.
Healy nem acha que aceitar dinheiro dos fabricantes seja o pior problema (embora já tenha ficado demonstrado que pode ser prejudicial). Para ele, o fato das empresas repetidamente esconderem informações importantes sobre os riscos de seus medicamentos é que é o verdadeiro problema.
Nesse ponto, Healy acha que as publicações científicas têm um pouco de culpa também. Ele disse, por exemplo, que já teve dificuldade em publicar dados anteriormente ocultos: a publicação foi rejeitada.
Embora as revistas médicas obriguem empresas farmacêuticas a registrarem todos os seus ensaios clínicos com o Instituto Nacional de Saúde dos EUA se quiserem publicá-los, essa não é uma exigência legal. Eles ainda podem esconder dados relevantes da Administração de Drogas e Alimentos americana ao não divulgar testes clínicos que eles nunca tentaram submeter a publicação.
“A questão-chave a curto prazo é o acesso aos dados. Temos que insistir nisso”, afirma Healy. “Médicos recebem a indústria e ouvem sobre seus remédios. Eu não acho que seja um problema enorme que sejam pagos para isso. O grande problema é que se você perguntar pelos dados, eles não podem mostrar a você. Isso é não é ciência, isso é marketing”.
No Brasil, o Código de Ética Médica e a Resolução nº 1.595/00 do Conselho Federal de Medicina proíbem aos médicos a comercialização da medicina e a submissão a outros interesses que não o benefício do paciente. Também é proibida a vinculação da prescrição médica ao recebimento de vantagens materiais. A RDC 102/00 da Anvisa ainda proíbe a indústria farmacêutica de oferecer prêmios ou vantagens aos profissionais de saúde envolvidos com a prescrição ou dispensação de medicamentos.
A questão é: em até que ponto essas resoluções são fiscalizadas?
Recentemente, em fevereiro desse ano, um acordo inédito foi firmado entre o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), estabelecendo parâmetros para a relação entre médicos e indústrias.
Entre outras resoluções, ficou decidido que a presença de médicos em eventos a convite da indústria deve ter como objetivo a disseminação do conhecimento técnico-científico, e não pode ser condicionada a qualquer forma de compensação. Também, somente despesas relacionadas ao evento podem ser cobridas pela indústria.
Quanto a brindes e presentes, eles devem estar de acordo com os padrões definidos pela legislação sanitária em vigor, devem estar relacionados à prática médica, e devem expressar valor simbólico (que não ultrapasse um terço do salário mínimo nacional vigente).
Além disso, foram estabelecidas regras para visitação comercial a médicos, que dizem que o objetivo das visitas deve ser contribuir para que pacientes tenham acesso a terapias eficientes e seguras, e que os empresários devem informar os médicos sobre as vantagens e riscos dos remédios.
Esse acordo inédito parece mostrar bastante boa vontade de ambas as partes de agir no melhor interesse do paciente. Mas, como diria o ditado, “de boas intenções o inferno está cheio”. A dúvida que permanece é: o quão a sério profissionais de saúde e empresários estão levando esses parâmetros?
Nós, os pacientes, estamos seguros, ou somos duplamente vítimas: das doenças e dos remédios?
Fonte: http://hypescience.com/os-perigosos-lacos-da-medicina-com-a-industria-farmaceutica/
Publicado em A prevenção de doenças neurodegenerativas, Administração Pública, Alimentação e nutrição, Biodireito, Brasil, Direitos do Consumidor, Doenças autoimunes, Esclerose múltipla, Facebook, Medicina, Neurologia, Notícias, Saúde Pública, Vitamina D. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . 45 Comments »

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