Hábitos
alimentares inapropriados aliados ao sedentarismo acabam por acarretar
aumento de peso com o passar do tempo. Este, por sua vez, associa-se com
problemas de saúde, tais como pressão alta, diabetes mellitus, aumento
dos níveis de colesterol e todas suas consequências.
Entre
as doenças associadas ao excesso de peso e à obesidade, vem ganhando
destaque a doença hepática gordurosa não alcoólica (o tipo mais comum de
esteatose hepática), ou seja, acúmulo de gordura no fígado.
Estudos demonstram que cerca de 30% da
população ocidental possui esteatose hepática. Quando são considerados
apenas indivíduos diabéticos, a proporção sobe para 80%, sendo mais
comum nas pessoas de origem hispânica.
A grande maioria destes pacientes não
sente nada e descobre o problema em exames de imagem ou de sangue.
Contudo sintomas como desconforto abdominal, cansaço e mal estar podem
estar presentes.
Antes de tudo, os pacientes com
esteatose hepática devem ser avaliados quanto à presença de outras
doenças do fígado e perguntados sobre uso de medicamentos e substâncias
(álcool, por exemplo) que também podem causar acúmulo de gordura. Depois
de excluídas todas as possíveis causas, confirma-se o diagnóstico de
doença hepática gordurosa não alcoólica. Caso permaneçam dúvidas, uma
biópsia do fígado pode ser solicitada.
Mas por que a doença hepática gordurosa
não alcoólica preocupa? O simples fato de o paciente ter gordura
depositada no fígado aumenta o risco de doenças cardíacas e vasculares
em quase 2 vezes. Além do mais, a gordura pode levar a inflação do
fígado causando uma hepatite, a esteato hepatite não alcoólica. Esta
pode, dentro de alguns anos, evoluir para cirrose com suas consequências
como câncer de fígado e transplante hepático.
O tratamento da doença gordurosa
hepática não alcoólica e da esteato hepatite consiste em modificar os
hábitos de vida pra perder peso, além de tratar os níveis elevados de
açúcar e colesterol quando presentes. Infelizmente, tratamentos
específicos com remédios ainda deixam muito a desejar.
Não está indicado o rastreamento da
doença, a menos que o paciente tenha sintomas ou pertença a grupos de
alto risco (diabéticos). A prevenção consiste em manter hábitos
saudáveis e o peso o mais próximo possível do ideal.
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