ARTIGO: Não permitam que crianças sejam as vítimas ocultas da pandemia da COVID-19

Em artigo, a diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Henrietta Fore, afirma que países e comunidades devem trabalhar juntos para enfrentar esta crise. “É nossa responsabilidade prevenir o sofrimento, salvar vidas e proteger a saúde de cada criança e cada adolescente”.
“Também devemos garantir que as decisões relacionadas às medidas de controle da COVID-19 sejam tomadas com base nas melhores evidências disponíveis, a fim de minimizar e evitar danos colaterais e fornecer medidas de mitigação para que o dano não seja duradouro”. Leia o artigo na íntegra e conheça a agenda global de ação para proteger as crianças mais vulneráveis contra os danos da COVID-19, lançada esta semana pelo UNICEF.
O casal de refugiados sírios Ghazal e Talal prepara marmitas que serão doados para idosos de São Paulo. Foto: Riad Altinawi

Refugiados sírios doam marmitas para idosos durante a pandemia em São Paulo

O casal Talal e Ghazal Al-Tinawi, refugiados vindos da Síria com seus filhos, sentiu no bolso a redução dos pedidos de delivery de comida árabe por conta da pandemia da COVID-19 em São Paulo, estado com mais casos da doença no Brasil. Mesmo assim, eles encontraram uma alternativa humana de contribuir para mitigar a transmissão do novo coronavírus.
“Chegamos no Brasil há sete anos e somos muito gratos ao povo brasileiro, que nos recebeu de braços abertos e nos apoiou sempre que precisávamos. Agora, chegou nosso momento de retribuir com o que temos de melhor: nossa comida árabe para quem mais precisa, as pessoas idosas”, disse Talal, engenheiro mecânico de formação.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, realiza coletiva de imprensa virtual sobre o impacto de seu apelo por um cessar-fogo global durante a pandemia de COVID-19. Foto: ONU/Loey Felipe

Chefe da ONU pede mais esforços diplomáticos para atingir cessar-fogo em meio à pandemia

Há dez dias, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu um cessar-fogo global imediato para que pessoas em regiões devastadas por guerras recebam ajuda para combater a pandemia do novo coronavírus.
Segundo Guterres, o apelo foi endossado até agora por 70 Estados-membros, parceiros regionais, atores não estatais e outros.
Mas ele reconheceu as “enormes dificuldades” na implementação de uma trégua para deter conflitos que se deterioram há anos, nos quais “a desconfiança é profunda”.

COVID-19: Sanções econômicas devem ser retiradas para evitar crises de fome, diz especialista da ONU

Uma especialista em direitos humanos da ONU pediu o fim imediato de sanções internacionais para evitar crises de fome nos países atingidos pela pandemia de COVID-19.
“A imposição contínua de sanções econômicas prejudiciais a Síria, Venezuela, Irã, Cuba e, em menor grau, ao Zimbábue, para citar os casos mais importantes, prejudica severamente o direito fundamental dos cidadãos comuns a alimentos suficientes e adequados”, disse Hilal Elver, relatora especial da ONU para o direito à alimentação.
Site acompanhará a história de pessoas refugiadas empreendedoras que estão empenhadas em superar mais um desafio, a pandemia de COVID-19. Foto: ACNUR/Benjamin Loyseau

ACNUR lança página de apoio a empreendedores refugiados em meio à crise de COVID-19

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) lançou nesta quarta-feira (1) a página “Refugiados Empreendedores”, na qual, a cada semana, cinco diferentes casos de pessoas refugiadas empreendedoras no Brasil serão listados.
A proposta é gerar visibilidade aos negócios de pessoas refugiadas que seguem empreendendo no país e contribuindo para o desenvolvimento de suas comunidades e da economia local, mesmo diante das dificuldades geradas pela pandemia da COVID-19.
Senerita Pouvi, 9 anos, é vacinada contra o sarampo na vila de Leauvaa, em Samoa, como parte de uma campanha nacional de vacinação apoiada pelo UNICEF. Foto: Stephen/UNICEF

ARTIGO: UNICEF se compromete a garantir suprimento de vacinas nos países que mais precisam

A diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Henrietta Fore, afirma que a organização está comprometida a apoiar as necessidades básicas de saúde e imunização nos países mais afetados, mas mostra preocupação com o avanço da pandemia da COVID-19 – que poderá interromper serviços vitais, incluindo a imunização.
“Estamos trabalhando duro para garantir que os suprimentos adequados de vacinas estejam disponíveis nos países que precisam deles. Também estamos oferecendo maior apoio aos governos para continuar o fornecimento de vacinas durante essa pandemia”.

OIM participa de resposta humanitária global diante do novo coronavírus

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) uniu-se na quarta-feira (25) à comunidade humanitária e da saúde para lançar o Plano Global de Resposta Humanitária (HRP) interinstitucional COVID-19.
“A COVID-19 está tendo um impacto sem precedentes na saúde, economia e bem-estar das pessoas em todo o mundo”, disse o diretor-geral da OIM, António Vitorino.
“Não devemos esquecer o impacto devastador que esta doença terá nas dezenas de milhões de pessoas que já vivem em terríveis situações humanitárias.”
No abrigo de Pintolândia, em Boa Vista, funcionários do ACNUR compartilham, em warao, informações de prevenção à COVID-19. Foto: ACNUR/Allana Ferreira

ACNUR busca US$255 milhões para responder ao surto de COVID-19

A pandemia de coronavírus acelera, matando milhares de pessoas todos os dias. A população mais vulnerável a este surto inclui 70 milhões de crianças, mulheres e homens a deslocados à força por guerras e perseguições.
Entre eles, estão cerca de 25,9 milhões de refugiados, dos quais mais de três quartos vivem em países em desenvolvimento nas Américas, África, Oriente Médio e Ásia. Com sistemas de saúde fracos, alguns desses países já estão enfrentando crises humanitárias.
Naleen, refugiada síria de 15 anos, e seu tanbur. Foto: ACNUR/Firas Al-Khateeb

Refugiada síria reflete sobre impactos da guerra por meio da música

Com graça e confiança, a síria Naleen, de 15 anos, dedilha seu tanbur, um instrumento tradicional de cordas que parece uma extensão de seu corpo. Por meio da música, ela conta sua história para o mundo.
Para Naleen, a arte reflete a realidade: seu tanbur foi uma das únicas coisas que foi capaz de levar consigo quando fugiu da Síria há menos de seis meses.
Hoje, ela mora com a mãe no campo de refugiados de Bardarash, no Iraque. A música a mantém conectada com a vida que ela foi forçada a deixar para trás. Leia o relato da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
Para ajudar sua família, a síria Naamat, de 11 anos, assumiu responsabilidades que vão muito além de sua pouca idade. Foto: ACNUR

O peso de nove anos de conflito sobre os ombros de uma criança síria

O mês de março marca o início do conflito na Síria, que este ano completou nove anos. Durante todos esses anos, milhões de sírios viram suas casas destruídas, perderam seus parentes, se separaram de suas famílias e tiveram suas vidas adiadas.
A guerra obrigou Naamat, uma refugiada de apenas 11 anos que hoje vive na Jordânia, a assumir responsabilidades muito além de sua pouca idade. Leia o relato da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
Criança caminha na neve em um assentamento informal recentemente estabelecido que continua a receber famílias deslocadas do sul de Idlib e das províncias rurais de Alepo, no noroeste da Síria. Foto: UNICEF/Baker Kasem

Síria: 5 milhões de crianças nasceram durante a guerra; 1 milhão nasceram como refugiadas em países vizinhos

Cerca de 4,8 milhões de crianças nasceram na Síria desde o início do conflito, nove anos atrás. Outras 1 milhão nasceram como refugiadas nos países vizinhos. Elas continuam a enfrentar as consequências devastadoras de uma guerra brutal, disse o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no domingo (15).
“A guerra na Síria tem mais um marco vergonhoso hoje”, disse a diretora-executiva do UNICEF, Henrietta Fore, que esteve na Síria na semana passada. “Quando o conflito entra no seu décimo ano, milhões de crianças estão entrando na segunda década de vida, cercadas por guerra, violência, morte e deslocamento. A necessidade de paz nunca foi tão urgente”.
Mãe segura seus dois filhos em Alepo, na Síria, cidade destruída pela guerra. Foto: UNICEF

Síria: Guterres pede fim da ‘carnificina’ e das violações do direito internacional

Agências da ONU enfatizaram seu compromisso de continuar apoiando civis afetados pela guerra na Síria, que neste mês entra em seu décimo ano. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, declarou nesta quinta-feira (12) que “não podemos permitir que o décimo ano resulte na mesma carnificina, na mesma violação de direitos humanos e do direito internacional humanitário”.
“O conflito na Síria está entrando no seu décimo ano. Uma década de confrontos não trouxe nada além de ruína e miséria. E os civis estão pagando o preço mais alto. Não há solução militar. Agora é a hora de dar à diplomacia a chance de trabalhar.”
Famílias sírias fogem de ataques em de Idlib. Foto: Ritzau Scanpix

Após 9 anos de tragédia, resiliência e solidariedade, mundo não pode esquecer os sírios

A crise da Síria entra em seu décimo ano e o povo sírio continua a sofrer com essa violenta tragédia. Desde o início do conflito, em março de 2011, homens, mulheres e crianças foram forçados a se deslocar. Muitos foram deslocados mais de uma vez. Hoje, os sírios são a maior população de refugiados do mundo.
Os países anfitriões continuam precisando de financiamento o quanto antes para apoiar milhões de refugiados sírios, a fim de garantir que os serviços nacionais sejam capazes de lidar e expandir oportunidades para refugiados e cidadãos. Leia o relato da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
No campo de Moria, na ilha de Lesvos, no norte da Grécia, uma frase expressa o desejo de milhões de refugiados e migrantes pelo mundo: ‘Movimento de Liberdade’. Foto: Gustavo Barreto (2016)

ACNUR pede alívio das tensões na fronteira da Turquia com União Europeia

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) emitiu comunicado na quinta-feira (5) no qual pede alívio das tensões na fronteira da Turquia com a União Europeia, tendo em vista o aumento atual de deslocamentos de pessoas no país — incluindo refugiados e solicitantes de refúgio.
O ACNUR disse estar monitorando o desdobramento dos acontecimentos na Turquia e na Grécia e oferecendo apoio aos países. “Como em todas as situações como essa, é importante que as autoridades evitem quaisquer medidas que possam aumentar o sofrimento das pessoas vulneráveis.”
Em 3 de março de 2020 na Síria, o diretor executivo do PMA, David Beasley (sentado, no centro), e a diretora executiva do UNICEF, Henrietta H. Fore (em pé, segundo da direita), visitam crianças da terceira série na escola Tal-Amara no sul rural de Idlib. Foto: UNICEF

Em visita à Síria, representantes de UNICEF e WFP alertam para impacto do conflito sobre crianças

É urgente acabar com a violência na Síria e melhorar o acesso da ajuda humanitária em todo o país, disseram na terça-feira (3) a diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Henrietta Fore, e o diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentos (WFP), David Beasley.
Ao encerrar uma visita de dois dias ao país, os dois chefes das agências também enfatizaram a necessidade de fornecer às famílias serviços básicos e melhorar suas condições econômicas.
A viagem ocorre em meio a uma escalada militar no noroeste da Síria e no momento em que o conflito está prestes a entrar em seu décimo ano. A guerra deixou um terço do povo sírio em situação de insegurança alimentar, uma em cada três crianças fora da escola e mais da metade de todas as instalações de saúde não funcionais.
Em uma operação de dois dias, a Organização Mundial da Saúde (OMS) enviou sete caminhões, ou 55 toneladas de remédios e suprimentos médicos, da Turquia para a província de Idlib e partes de Alepo. Foto: OMS

Síria: Idlib tem caos em meio à violência; Guterres pede cessar-fogo imediato

A rápida escalada do conflito no noroeste da Síria criou um “caos” na área da saúde, em meio a relatos de pessoas deslocadas que se aproximavam da fronteira turca em busca de abrigo, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (28). O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu a todas as partes que recuem diante de uma nova escalada.
O chefe das Nações Unidas descreveu a atual crise de deslocamento dentro e ao redor de Idlib e a intensificação dos confrontos entre as forças turcas e sírias, estas últimas apoiadas pela Rússia, como “um dos momentos mais alarmantes” da guerra de quase uma década.
Sardar, um médico que fugiu do Afeganistão depois de receber ameaças de morte, observa um raio-X de um solicitante de refúgio com câncer no centro de recepção e identificação de Moria, em Lesbos. Foto: ACNUR/Achilleas Zavallis

Solicitantes de refúgio sofrem com falta de atendimento médico na Grécia

No ano passado, as condições no maior centro de acolhimento para solicitantes de refúgio nas ilhas gregas eram sombrias. As pessoas careciam do básico em termos de higiene, banheiros, segurança e serviços médicos, e a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) pediu urgentemente por melhorias. Desde então, as coisas em Moria se tornaram ainda mais difíceis.
Os médicos de Moria e do hospital local estão sobrecarregados. ONGs e médicos voluntários trabalham dia e noite. Mesmo assim, muitas vezes eles só conseguem atender os casos mais urgentes e até condições crônicas graves são deixadas sem tratamento.
Foto: ACNUR

Síria: chefe da ONU para refugiados pede segurança para civis sitiados

Com o agravamento da situação na província de Idlib, na Síria, onde cerca de 1 milhão de pessoas estão em grave perigo, o alto-comissário da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, disse nesta semana apoiar os pedidos pelo fim das hostilidades e apela para ações urgentes que permitam as pessoas presas no conflito se deslocarem para locais seguros.
Estima-se que mais de 900 mil pessoas tenham fugido de suas casas ou abrigos em Idlib nos últimos meses. A maioria está agora nas províncias ao norte de Idlib e Aleppo, agravando a situação humanitária já desastrosa em meio a condições adversas no inverno rigoroso.
Em 12 de fevereiro de 2020, famílias se abrigam em um assentamento informal recentemente estabelecido que continua a receber famílias recém-deslocadas do sul de Idlib e das províncias rurais de Alepo, no noroeste da Síria. Foto: UNICEF/Baker Kasem

Enviado especial da ONU pede a Conselho de Segurança solução para conflito sírio

Com o progresso interrompido nas frentes política e de paz na Síria, o enviado especial da ONU para o país, Geir Pedersen, instou nesta quarta-feira (19) os embaixadores do Conselho de Segurança a encontrar uma solução para acabar com quase nove anos de conflito.
Seu apelo foi feito diante de um cenário da rápida deterioração humanitária no noroeste da Síria, onde uma ofensiva militar em andamento deslocou quase 900 mil pessoas desde dezembro.
Criança caminha na neve em um assentamento informal recentemente estabelecido que continua a receber famílias deslocadas do sul de Idlib e das províncias rurais de Alepo, no noroeste da Síria. Foto: UNICEF/Baker Kasem

Chefe de direitos humanos da ONU alerta sobre mortes de civis no noroeste da Síria

Enfrentando temperaturas congelantes e bombardeios, mais de 900 mil civis no noroeste da Síria foram forçados a se deslocar para áreas cada vez menores em busca de segurança, disse nesta terça-feira (18) a principal autoridade de direitos humanos da ONU.
Desde 1º de janeiro, o Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH) confirmou 299 mortes de civis em Idlib, enquanto o governo sírio continua sua grande ofensiva militar para retomar a última área controlada por grupos armados não estatais da oposição.
Crianças viajam na traseira de um caminhão enquanto famílias fogem de Idlib para Azaz, escapando do conflito na Síria. 27 de janeiro de 2020. Foto: Ashawi/UNICEF

UNICEF alerta que crise no noroeste da Síria afeta crianças numa escala sem precedentes

A crise no noroeste da Síria está se transformando em uma crise de proteção infantil em escala sem precedentes. O alerta é da diretora executiva do UNICEF, Henrietta Fore, em comunicado emitido no dia 1º de fevereiro.
De acordo com a nota, a violência na semana passada obrigou 6.500 crianças a fugir todos os dias, elevando o número total de crianças deslocadas na área para mais de 300 mil desde o início de dezembro.
A cantora síria Souzda ensaia no estúdio em Beirute, Líbano. Foto: Jake Green

Cantora síria dá voz aos sonhos com ajuda de produtor musical norte-americano

Quando Souzda escapou da morte em Afrin, norte da Síria, pensou que estava deixando para trás mais do que sua casa. A jovem de 22 anos estudava música e tinha esperanças de um dia se tornar cantora, mas as bombas que a obrigaram a partir também ameaçaram destruir seus sonhos.
Chegando à capital do Líbano, Beirute, Souzda não apenas encontrou segurança, mas também a chance de reavivar suas ambições musicais. Desde o início deste ano, ela escreve, compõe e grava músicas com o produtor e cantor norte-americano Jay Denton. O relato é da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
O secretário-geral da ONU, António Guterres (à esquerda), informa a reunião da Assembleia Geral sobre suas prioridades para 2020 e para o trabalho da Organização. Foto: ONU/Mark Garten

Chefe da ONU lista quatro principais ameaças para futuro global

O novo ano começa com quatro ameaças iminentes ao progresso humano no mundo: tensões geopolíticas crescentes, crise climática, desconfiança global e impactos negativos da tecnologia, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, nesta quarta-feira (22).
Em 2015, os líderes mundiais adotaram uma agenda para criar um planeta mais justo para todos. Este ano, a ONU lançou a Década de Ação para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até o prazo de 2030.

Refugiado sírio cultiva flores e constrói vida nova no Líbano

Várias vezes por semana, quando as rosas estão em plena floração, o refugiado sírio Salem al-Azouq e sua família se levantam ao amanhecer para a colheita manual no Vale do Bekaa, no Líbano. As vívidas flores cor de rosa ficam mais perfumadas no ar fresco da manhã.
Além de garantir o sustento da família, as flores mantêm viva a conexão com sua terra natal. Durante a maior parte de sua vida, Salem trabalhou com o pai em sua fazenda em Damasco. Eles cultivavam as famosas “rosas de damasco”, que levam o nome da capital da Síria. Leia o relato da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
Crianças em pátio de um abrigo transformado em escola em Ar-Raqqa, na Síria. Foto: UNICEF/Bakr Alkasem

Conflito na Síria apagou sonhos das crianças do país, diz novo relatório da ONU

Quase nove anos de conflito na Síria roubaram a infância de meninos e meninas e os sujeitaram a “violações incessantes ​​de seus direitos”, incluindo assassinato, mutilações, deslocamento, recrutamento forçado, tortura, estupro e escravidão sexual.
As conclusões estão no último relatório da Comissão de Inquérito da ONU sobre a Síria, divulgado nesta quinta-feira (16).
“Estou chocado com o flagrante desrespeito pelas leis da guerra e pela Convenção dos Direitos da Criança por todas as partes envolvidas no conflito”, afirmou o presidente da Comissão, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro.
Mustafa e seu filho do lado de fora de sua mercearia improvisada no campo de refugiados de Bardarash, no Iraque. Foto: ACNUR/Firas Al-Khateeb

Refugiado sírio é forçado a deixar tudo para trás pela quinta vez

A vida de refugiado não é novidade para o sírio Mustafa, de 36 anos. Ele nasceu em Ras al Ain, região próxima da fronteira norte da Síria com a Turquia. Desde o começo do conflito, em 2011, já somam cinco as vezes que ele e sua família foram obrigados a deixar o país rumo ao Iraque. Após o mais recente episódio de violência, ele diz não ter certeza se retornará.
“Nas vezes anteriores, eu sabia que voltaríamos em breve. Ficaríamos no Iraque por três ou quatro meses até que a situação melhorasse”, explicou. “Mas desta vez não acho que será tão fácil. Perdemos nossa casa, nossos móveis, nossas mercadorias, nossa terra, nosso carro. É uma situação muito difícil”, contou à Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
Voluntários Karmele Villarroel Labanda (ajoelhada) e Begoña Herrero entretêm a família em um passeio de um dia ao Museu Guggenheim em Bilbao. Foto: ACNUR/Markel Redondo

Comunidades na Espanha abrem suas portas para famílias de refugiados sírios

“As pessoas me perguntam: ‘o que você está fazendo consigo mesma ao ajudar essas pessoas?’ E eu digo: ‘o correto seria: o que elas estão fazendo por mim?’ Elas mudam você e te ajudam a pensar de uma maneira diferente”, disse a voluntária basca Begoña Herrero, que apoia famílias sírias.
Um programa-piloto de patrocínio comunitário visa prestar assistência a cinco famílias de refugiados instaladas no País Basco, uma comunidade autônoma no norte da Espanha. Leia o relato da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
Refugiados de Somália, Síria e Eritreia, libertados de centros de detenção na Líbia, passam pelo procedimento de evacuação com funcionários do Centro de Acolhimento e Partida do ACNUR em Trípoli, Líbia. Foto: ACNUR/Mohamed Alalem

Líbia: ACNUR manifesta preocupação com bombardeios perto de suas instalações

Os bombardeios perto de uma grande instalação administrada pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) em Trípoli, capital da Líbia, na quinta-feira (2), provocaram profunda preocupação pela segurança dos refugiados e requerentes de refúgio no país.
Após notícias de que três morteiros caíram perto do seu Centro de Acolhimento e Partidas (GDF), Jean-Paul Cavalieri, chefe de missão do ACNUR para a Líbia, emitiu um comunicado pedindo que todos os lados do conflito no país protejam civis e a infraestrutura civil.
Assiya, de 10 anos, em meio aos destroços de sua escola em Bodyalai, no Afeganistão. Foto: ONU

UNICEF vê aumento do número de crianças mortas em conflitos armados no mundo

Os conflitos em todo o mundo duram mais e matam mais crianças e jovens, disse a diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Henrietta Fore, nesta segunda-feira (30). A agência informou que, durante essa ‘década mortal’, houve um aumento de três vezes no número de ataques desde 2010 — uma média de 45 violações por dia.
Em 2018, a ONU verificou mais de 24 mil violações graves contra crianças, incluindo assassinatos, mutilações, violência sexual, sequestros, negação de acesso à ajuda humanitária, recrutamento de crianças e ataques a escolas e hospitais. Embora os esforços de monitoramento e elaboração de relatórios tenham sido fortalecidos, esse número é duas vezes e meia maior que o registrado em 2010.
Nos stands e eventos paralelos ao fórum, o Brasil esteve presente por meio de iniciativas que têm promovido a integração local e a convivência entre pessoas refugiadas e a população brasileira. Foto: ACNUR/Jesus Cova

Brasil apresenta em Genebra experiências bem sucedidas no acolhimento de refugiados

Com mais de 770 compromissos e propostas apresentadas para apoiar milhões de pessoas refugiadas e comunidades de acolhida pelo mundo, o Fórum Global para Refugiados foi concluído esta semana em Genebra como uma reunião histórica que teve a participação de países, líderes empresariais e de instituições financeiras, além de representantes da sociedade civil, das pessoas refugiadas e de outras agências da ONU.
O Brasil participou do fórum com uma delegação governamental e também com iniciativas que promovem a integração de longo prazo e a convivência pacífica entre a comunidade refugiada e a população brasileira.
Samuda, refugiada rohingya e mãe solo de 35 anos, recebe assistência financeira do ACNUR em Bangladesh, em abril de 2018. Foto: ACNUR/Caroline Gluck

Assistência em dinheiro ajuda refugiados a suprir necessidades básicas

Com seu cartão, a viúva síria Manar Al Sayer vai até um caixa eletrônico em Beirute, no Líbano, digita um código PIN e saca algumas libras libanesas. Com dinheiro na mão, ela é capaz de priorizar os gastos mensais de sua família. Ela tem três filhos: Aseel, de 6 anos, Abdullah, de 9, e Osaima, de 12.
A jovem de 29 anos está entre os milhões de refugiados em vários países do mundo que conseguiram administrar melhor suas vidas desde que o ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, começou a expandir seu programa de assistência financeira em 2016.
“Quando encontramos as pessoas, nossa esperança é renovada. É uma força inspiradora”, Gustavo Barreto. Crédito: Arquivo pessoal.

Oficial do ACNUR em Damasco conta sobre uma das operações humanitárias mais complexas do mundo

O Oficial de Informação Pública da Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) na Síria compartilhou a experiência de trabalhar numa das operações humanitárias mais complexas do mundo – cerca de 12 milhões de pessoas (o que representa bem mais da metade da população) precisam do apoio da ONU e de seus parceiros humanitários no país que enfrenta uma guerra desde 2011.
Em entrevista ao ACNUR no Brasil, Gustavo Barreto, que trabalha nas Nações Unidas há dez anos e que desde o mês de agosto integra o grupo de comunicação do escritório do ACNUR em Damasco, conta que todo dia supera obstáculos “para contar estas histórias de incrível resiliência e superação que são difíceis até mesmo de ouvir”.