Síria - Uma Desgraça Humana!!!
Cerca
de 4,8 milhões de crianças nasceram na Síria desde o início do
conflito, nove anos atrás. Outras 1 milhão nasceram como refugiadas nos
países vizinhos. Elas continuam a enfrentar as consequências
devastadoras de uma guerra brutal, disse o Fundo das Nações Unidas para a
Infância (UNICEF) no domingo (15).
“A guerra na Síria tem mais um
marco vergonhoso hoje”, disse a diretora-executiva do UNICEF, Henrietta
Fore, que esteve na Síria na semana passada. “Quando o conflito entra
no seu décimo ano, milhões de crianças estão entrando na segunda década
de vida, cercadas por guerra, violência, morte e deslocamento. A
necessidade de paz nunca foi tão urgente”.
A
vida de refugiado não é novidade para o sírio Mustafa, de 36 anos. Ele
nasceu em Ras al Ain, região próxima da fronteira norte da Síria com a
Turquia. Desde o começo do conflito, em 2011, já somam cinco as vezes
que ele e sua família foram obrigados a deixar o país rumo ao Iraque.
Após o mais recente episódio de violência, ele diz não ter certeza se
retornará.
“Nas vezes anteriores, eu sabia que voltaríamos em
breve. Ficaríamos no Iraque por três ou quatro meses até que a situação
melhorasse”, explicou. “Mas desta vez não acho que será tão fácil.
Perdemos nossa casa, nossos móveis, nossas mercadorias, nossa terra,
nosso carro. É uma situação muito difícil”, contou à Agência da ONU para
Refugiados (ACNUR).
Os
conflitos em todo o mundo duram mais e matam mais crianças e jovens,
disse a diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância
(UNICEF), Henrietta Fore, nesta segunda-feira (30). A agência informou
que, durante essa ‘década mortal’, houve um aumento de três vezes no
número de ataques desde 2010 — uma média de 45 violações por dia.
Em
2018, a ONU verificou mais de 24 mil violações graves contra crianças,
incluindo assassinatos, mutilações, violência sexual, sequestros,
negação de acesso à ajuda humanitária, recrutamento de crianças e
ataques a escolas e hospitais. Embora os esforços de monitoramento e
elaboração de relatórios tenham sido fortalecidos, esse número é duas
vezes e meia maior que o registrado em 2010.
Com
seu cartão, a viúva síria Manar Al Sayer vai até um caixa eletrônico em
Beirute, no Líbano, digita um código PIN e saca algumas libras
libanesas. Com dinheiro na mão, ela é capaz de priorizar os gastos
mensais de sua família. Ela tem três filhos: Aseel, de 6 anos, Abdullah,
de 9, e Osaima, de 12.
A jovem de 29 anos está entre os milhões
de refugiados em vários países do mundo que conseguiram administrar
melhor suas vidas desde que o ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados,
começou a expandir seu programa de assistência financeira em 2016.
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