domingo, 19 de abril de 2020
Pior do coronavírus 'está por vir' em países em guerra, diz secretário-geral da ONU
Pior do coronavírus 'está por vir' em países em guerra, diz secretário-geral da ONU
Nações
Unidas, Estados Unidos, 3 Abr 2020 (AFP) - Nos países em conflito, "o
pior ainda está por vir" na crise do coronavírus, alertou o
secretário-geral da ONU, António Guterres, nesta sexta-feira (3).
"Existe
uma oportunidade para a paz, mas ainda está longe. A necessidade é
urgente. A tempestade da COVID-19 agora atinge todos os cenários de
conflito", disse o diplomata, apresentando um relatório sobre os avanços
realizados desde 23 de março, quando pediu cessar-fogo nos países em
guerra.
"O vírus mostrou até que ponto pode atravessar
fronteiras rapidamente, devastar países e transformar vidas. O pior
ainda está por vir", disse Guterres.
Segundo ele, "um grande
número de envolvidos em conflitos" se mostrou disposto a interromper os
combates nos "Camarões, na República Centro-Africana, na Colômbia, na
Líbia, em Mianmar, nas Filipinas, no Sudão do Sul, no Sudão, na Síria,
na Ucrânia e no Iêmen".
"Mas
há uma enorme diferença entre as declarações e as ações - transformar
as palavras em paz no terreno e na vida das pessoas", declarou,
lamentando situações "em que os conflitos se intensificaram".
Guterres
comemorou o fato de que cerca de 70 países, assim como ONGs,
representantes da sociedade civil e líderes religiosos apoiaram seu
apelo, embora tenha considerado que ainda são necessários esforços
diplomáticos.
"Para silenciar as armas, precisamos elevar nossas
vozes pela paz", disse ele, sem mencionar o Conselho de Segurança da
ONU, que permanece imobilizado pelas divisões entre Estados Unidos e
China, segundo diplomatas.
Desde o início da crise, o Conselho não realizou reunião sobre a COVID-19 e não fez nenhuma declaração conjunta.
A
Assembleia Geral da ONU foi o primeiro órgão das Nações Unidas a romper
o silêncio em torno do coronavírus na quinta-feira, adotando por
consenso uma resolução que pede "cooperação internacional" para combater
a pandemia.
"Em circunstâncias muito difíceis, faço um apelo
especial a todos os países com influência sobre as partes em guerra para
que façam todo o possível para transformar o cessar-fogo em realidade",
acrescentou Guterres.
O secretário-geral não citou nenhum país em
particular, mas vários Estados se enfrentam remotamente em terceiros
países, como Síria, Líbia, ou Iêmen.
gma/lp/mr/tt
sábado, 18 de abril de 2020
ESTEATOSE HEPÁTICA
Dr. Mateus Dornelles Severo
CREMERS 30.576
Médico Endocrinologista
Mestre em Endocrinologia/UFGRS
Hábitos
alimentares inapropriados aliados ao sedentarismo acabam por acarretar
aumento de peso com o passar do tempo. Este, por sua vez, associa-se com
problemas de saúde, tais como pressão alta, diabetes mellitus, aumento
dos níveis de colesterol e todas suas consequências.
Entre
as doenças associadas ao excesso de peso e à obesidade, vem ganhando
destaque a doença hepática gordurosa não alcoólica (o tipo mais comum de
esteatose hepática), ou seja, acúmulo de gordura no fígado.
Estudos demonstram que cerca de 30% da
população ocidental possui esteatose hepática. Quando são considerados
apenas indivíduos diabéticos, a proporção sobe para 80%, sendo mais
comum nas pessoas de origem hispânica.
A grande maioria destes pacientes não
sente nada e descobre o problema em exames de imagem ou de sangue.
Contudo sintomas como desconforto abdominal, cansaço e mal estar podem
estar presentes.
Antes de tudo, os pacientes com
esteatose hepática devem ser avaliados quanto à presença de outras
doenças do fígado e perguntados sobre uso de medicamentos e substâncias
(álcool, por exemplo) que também podem causar acúmulo de gordura. Depois
de excluídas todas as possíveis causas, confirma-se o diagnóstico de
doença hepática gordurosa não alcoólica. Caso permaneçam dúvidas, uma
biópsia do fígado pode ser solicitada.
Mas por que a doença hepática gordurosa
não alcoólica preocupa? O simples fato de o paciente ter gordura
depositada no fígado aumenta o risco de doenças cardíacas e vasculares
em quase 2 vezes. Além do mais, a gordura pode levar a inflação do
fígado causando uma hepatite, a esteato hepatite não alcoólica. Esta
pode, dentro de alguns anos, evoluir para cirrose com suas consequências
como câncer de fígado e transplante hepático.
O tratamento da doença gordurosa
hepática não alcoólica e da esteato hepatite consiste em modificar os
hábitos de vida pra perder peso, além de tratar os níveis elevados de
açúcar e colesterol quando presentes. Infelizmente, tratamentos
específicos com remédios ainda deixam muito a desejar.
Não está indicado o rastreamento da
doença, a menos que o paciente tenha sintomas ou pertença a grupos de
alto risco (diabéticos). A prevenção consiste em manter hábitos
saudáveis e o peso o mais próximo possível do ideal.
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