CartaCapital acusa Gilmar Mendes de receber dinheiro do Valerioduto
Nome do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que está prestes a julgar o caso do “mensalão”, consta da lista de beneficiários publicada pela revista. Ele teria recebido R$185 mil da campanha de c em 1998.
Via Brasil 247
A reportagem principal da revista CartaCapital desta semana, que foi às bancas na sexta-feira, dia 27, coloca Gilmar Mendes, membro da mais alta corte do País, em suspeição. Numa lista divulgada pela publicação com os nomes dos beneficiários do caixa 2 da campanha da reeleição de Eduardo Azeredo para o governo de Minas Gerais em 1998, esquema operado pelo publicitário Marcos Valério, consta o do ministro do STF, além de grandes empresas, governadores, deputados, senadores, prefeitos e até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Segundo a reportagem, “há um abismo entre a contabilidade oficial e a paralela”. Azeredo declarou à época ter gasto R$8 milhões na campanha. Mas na documentação assinada a registrada em cartório, o valor chega a R$104,3 milhões. Desse dinheiro, R$185 mil teria ido parar nas mãos de Gilmar Mendes. Um pacote com os documentos de quase 30 páginas, que contam com a lista em ordem alfabética e os comprovantes bancários, foi entregue na quinta-feir, dia 26, à Polícia Federal de Minas Gerais, à delegada Josélia Braga da Cruz.
Os pagamentos foram feitos pela empresa SMP&B Comunicação, de Marcos Valério, por meio do Banco de Crédito Nacional e do Banco Rural, cujos diretores são réus do “mensalão”, processo que começa a ser julgado no mo dia 2 de agosto no STF, inclusive por Gilmar Mendes. O repasse de R$4,5 milhões a Azeredo, “com autorização” dos coordenadores financeiros da campanha – Cláudio Roberto Mourão e Walfrido dos Mares Guia – teve como origem o Banco do Estado de Minas Gerais, o Banco Rural, as estatais Comig (atual Codemig) e Copasa, a Loteria Mineira e as construtoras Andrade Gutierrez e ARG, de acordo com o documento.
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