Perseu Lúcio Alexander Helene de Paula*, Especial para o UOL
A tecnologia usada hoje nas armas de guerra permite aos seres humanos dizimar populações inteiras, silenciosamente.
Não é preciso mais destruir cidades ou causar contaminação, como aconteceu nas cidades de Hiroshima e Nagazaki, em agosto de 1945.
Depois desse lamentável episódio, outros coquetéis de destruição, além da bomba atômica, foram testados por cientistas. A humanidade chegou a armas químicas e biológicas. De forma bem resumida, qual é a diferença entre elas?
Armas biológicas são armas que transportam microorganismos vivos, bactérias e/ou vírus para que, na hora do impacto, disseminem doenças contagiosas e dizimam populações inteiras. Podem causar uma pandemia (doença epidêmica amplamente difundida), porém a infra-estrutura de uma cidade fica preservada.
Armas químicas são armas que transportam substâncias tóxicas irritantes que atacam a orofaringe (uma das divisões da faringe), pele e tecidos de animais e vegetais. Muitos destes compostos, após reação, produzem ácidos muito fortes. Neste caso, a infra-estrutura de uma cidade pode ser prejudicada e possivelmente haverá contaminação do solo e do lençol freático.
Armas nucleares são armas que transportam elementos radioativos que, por fissão nuclear (quebra do núcleo atômico), liberam grande quantidade de energia, destruindo a infra-estrutura da cidade. Os efeitos radioativos alteram o código genético do ser vivo. A bomba atômica é uma arma nuclear.
Em termos de efeito devastador, a pior entre as três armas é a biológica. No momento de sua explosão, os microorganismos não são afetados e sua multiplicação bacteriana e/ou viral se dá em progressão geométrica. Além disso, é difícil combater um agente invisível.
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