|
sábado, 28 de janeiro de 2012
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Circo de horrores DENÚNCIA DE ESTUPRO EM PROGRAMA DE TV REACENDE DISCUSSÃO SOBRE ATÉ ONDE PODEM IR OS EXCESSOS EM NOME DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Circo de horrores
DENÚNCIA DE ESTUPRO EM PROGRAMA DE TV REACENDE DISCUSSÃO SOBRE ATÉ ONDE PODEM IR OS EXCESSOS EM NOME DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO
23 de Janeiro de 2012 às 15:44
Jaciara Santos
De férias e sem ler jornais ou ver televisão, recebo o mundo em doses homeopáticas e quase sempre atrasadas ou fragmentadas. Foi o que aconteceu em relação ao tema do momento: o suposto estupro registrado na madrugada de domingo (15) no reality show Big Brother Brasil, da TV Globo. Soube através de uma rede social, onde predominava a indignação, e não entendo o ar de surpresa com que a sociedade parece estar encarando a presumível ocorrência. Espécie de tragédia anunciada, a suposta violência sexual representa o desfecho previsível de uma série de ações bizarras testemunhadas pelo olho do grande irmão num circo de horrores que, há mais de uma década, rende milhões à emissora anfitriã do programa. E programa aqui pode, sim, ter aquela conotação associada à profissão mais antiga do mundo.
Nem vale discutir se o ato sexual foi ou não consumado. A nova redação do artigo 213 do Código Penal, aquele que trata dos crimes sexuais (agora chamados de crimes contra a dignidade sexual) define como estupro a conduta de "Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso" e prevê como punição a reclusão entre seis e dez anos. Ou seja: submeter uma pessoa sem pleno domínio dos atos - pela ingestão de drogas legais ou ilegais - a carícias íntimas é considerado estupro.
Ocorre que ninguém nunca saberá a verdade por trás da versão. Brother e sister negam categoricamente que tenham passado dos limites (e existem limites?...), mas a polícia resolveu sair do papel de telespectadora e está cumprindo seu dever constitucional de apurar os fatos. Pelo menos, por enquanto. Se levará o caso adiante, são outros quinhentos...
Ora, sabendo dos interesses comerciais que regulam o show business, dá para entender que é mais fácil comprar o silêncio dos envolvidos do que administrar os danos produzidos com situações desse tipo. Para os produtores, não importa se houve ou não violência sexual: o que interessa é avaliar se as regras (incrível, mas existem regras no que parecia um território sem leis) foram ou não quebradas. E se o brother estuprou a sister?... Bom, antes de qualquer reação, é preciso recorrer ao manual de boas maneiras do grande irmão para verificar se existe algum veto a esse tipo de conduta.
Mas, na verdade, o que surpreende não é a possibilidade de ter ou não ter havido um estupro numa casa cenográfica de uma emissora de TV. O que choca é a cumplicidade perversa, o silêncio conivente de quem deveria fiscalizar os atos da sociedade. Orgias regadas a sexo, álcool e sabe-se lá mais o quê nesse reality show nunca foi novidade. Pelo contrário, essa sempre foi a pedra de toque que fazia disparar a audiência do programa (é, nesse mundo tem gosto para tudo!) e, na democracia, em nome da liberdade de expressão, vale tudo, até jogar espalhar excrementos, via satélite.
A pergunta que não quer calar é: por que nunca houve intervenção do Ministério Público nesse tipo de show de bizarrices? Se fosse aqui na Bahia, poderíamos responder que os senhores procuradores estavam muito ocupados em procurar fazer justiça, evitando que animais de tração fossem usados como alegorias em festas populares, por exemplo. No Rio, o MP também deve ter lá suas prioridades. Não por acaso, essa excrescência já está na 12ª versão.
E foi preciso acontecer uma situação-limite para que o Brasil se desse conta de que a TV está abusando do seu poder de movimentar a indústria do entretenimento. Ainda bem que, segundo os protagonistas da história, o que aconteceu sob o edredom foi uma sucessão de carícias calientes, mas consensuais. Certo, não foi um estupro. O próximo incidente pode ser uma morte por overdose de drogas. Ou um assassinato.
Uma outra Luíza (*)
Uma outra Luíza (*)
MIÚDA, NEGRA E DE POUCOS SORRISOS, LUÍZA NÃO ENTENDEU MUITO BEM O PORQUÊ DE TODA AQUELA MOBILIZAÇÃO EM TORNO DO NOME QUE LHE FOI DADO EM HOMENAGEM A UMA TIA
24 de Janeiro de 2012 às 21:15
Henrique França
Luíza é uma adolescente brasileira, pobre, cheia de sonhos e ideias. Mora em uma favela urbana, agora chamada comunidade, e, aos 17 anos, sabe muito mal escrever o próprio nome. Vez por outra troca o Z pelo S na hora de assinar recibos como diarista ou babá – e também troca comida por cigarros, troca o dia pela noite, troca de nome para não ser reconhecida e humilhada na madrugada. Naquele momento, porém, quando passava em frente à TV, não fez confusão ao reconhecer, na tela, seu nome estampado: #Luiza.
Miúda, negra e de poucos sorrisos, Luíza não entendeu muito bem o porquê de toda aquela mobilização em torno do nome que lhe foi dado em homenagem a uma tia sertaneja que ela nunca conhecera. Nas conversas que ouvia pelas ruas, palavras estranhas: twitter, hashtag, Trending Topics… não, Luíza não tinha computador em casa e, das poucas vezes em que se aventurou em lan houses, teve pouca paciência para entender aquele universo. Preferia estar nas ruas ou arrumando casas e cuidando de crianças.
Inicialmente, deu de ombros a toda movimentação sobre #Luiza. Mas a coisa foi ganhando força, mais e mais pessoas repetiam seu nome, comemoravam cada novidade. “Ouviu a música de #Luiza?”, “Viu a foto dela?”, “Dizem que vai ganhar muito dinheiro com isso”, “Mas, afinal, quando #Luiza volta do Canadá?”. Luíza, a outra, já ouvira falar em Canadá algumas poucas vezes, mas não fazia a menor ideia de onde ficava o País, o que se fazia lá. Até porque, aos 17 anos, a menina mal conseguia sair dos limites da sua comunidade – a não ser para ir à praia ou quando era levada para lugares estranhos, nas madrugadas.
Foi quando ela viu, pela TV, o comercial onde uma família bonita citava #Luiza. O coração da pobre Luíza se encheu de sonhos. Imaginou-se nascida em família tão elegante, rica, sorridente – e afastou de imediato as lembranças das surras recebidas do pai, das humilhações sofridas nas ruas, da cicatriz de um filho indesejado; fechou os olhos e tentou memorizar as imagens do local onde aquelas pessoas diziam morar: ‘são quantas suítes, mesmo? E tem piscina?!’, perguntava a si mesma, baixinho. Por um longo momento, esqueceu-se dos tantos nomes que usou para fugir da realidade e teve orgulho de ser Luíza. “Luíza, Luíza”… sussurrava e gostava do som.
Dias depois, ainda eufórica com a alegria que seu nome trazia às pessoas, Luíza soube que #Luiza havia retornado do Canadá. E ela, nascida e criada em uma favela brasileira, não perderia por nada a chance de conhecer, pessoalmente, o segredo de tanto alvoroço. Ademais, Luíza se sentia parte daquele sucesso, da festa e dos muitos comentários em torno de um nome que também era o seu. No grande dia, Luíza vestiu sua melhor roupa e seguiu ao encontro de #Luiza. Assustou-se quando viu uma multidão no local, mas sorriu quando ouviu as vozes saudando “#Luiza! #Luiza! #Luiza!”. Cheia de orgulho e de sonhos, Luíza seguiu adiante.
Ao longe, viu uma moça bonita, sorridente, acenar para a multidão. Era #Luiza! Determinada, a outra Luíza tentava abrir caminho por entre as pessoas, e não entendeu quando começaram a resmungar contra ela e até a xingá-la. Foi impedida, pela massa, de ir adiante. E quando #Luiza passou em carro aberto, o êxtase se fez. E Luíza, miúda, viu apenas parte dos dedos daquela que voltara do Canadá para a glória, acenando. Logo depois todos puseram-se a correr para seguir #Luiza. E a outra Luíza, empurrada, caiu. Teve as mãos pisoteadas, o vestido manchado e a maquilagem borrada pelas lágrimas. Porque a pobre Luíza, de tanto ouvir sobre o Canadá, havia esquecido de como as coisas são no Brasil.
Henrique França é professor universitário, mestre em Ciência da Informação e mantém o blog #CotidianaMente
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Igreja brasileira lança dízimo em débito automático
Igreja brasileira lança dízimo em débito automático
Palavras Chaves: cartao de credito, debitos, dividas com cartao de credito, dizimo, igreja, nome sujo, serasa,spc, universal
As igrejas realmente têm criatividade e não é por falta de métodos que deixarão de arrecadar dinheiro dos seus fiéis. Grande exemplo disso é o missionário R.R.Soares, líder da Igreja Internacional da Graça. A instituição acaba de lançar uma nova modalidade de coleta de dízimo, por meio de débito automático em conta-corrente.
Segundo Soares divulgou em seu programa na Band, o membro da igreja poderá fazer suas doações mensalmente de forma mais prática. Para isso o fiel deve preencher um cadastro nos sites da igreja e passar seus dados bancários. É o doador, afirma Soares, quem decide quanto quer doar. Quem se cadastrar, diz ele, ganha "um brinde de Jesus", sem dizer o que é.
O missionário garante ainda que, se por acaso o doador não tiver saldo num determinado mês para dar o dízimo automático, ele não será debitado e "o fiel não será incluído no SPC ou no Serasa". A doação mensal voltará a ser debitada no mês seguinte, sem acumular a que não foi paga. Para criar o "dízimo em conta corrente", a Igreja Internacional da Graça firmou parceria com Itaú, Banco do Brasil e Bradesco.
Além do dízimo automático, o pastor R.R.Soares também lançou o cartão de crédito da Igreja Internacional da Graça de Deus. Entre outras vantagens, o cartão permite pagar as compras "em até 40 dias, financiar no crédito rotativo e fazer saques de emergência no Brasil e exterior". Segundo a igreja, o cartão "é mais uma forma de você contribuir com as ações e obras sociais da igreja". Além da Internacional da Graça, a Universal e a Mundial também aceitam o pagamento de dízimos e doações por meio de cartão de crédito e débito. As operações são legais.
Do Bocão News com informações da Folha
Cartão de Crédito da Igreja Internacional da Graça. |
O missionário garante ainda que, se por acaso o doador não tiver saldo num determinado mês para dar o dízimo automático, ele não será debitado e "o fiel não será incluído no SPC ou no Serasa". A doação mensal voltará a ser debitada no mês seguinte, sem acumular a que não foi paga. Para criar o "dízimo em conta corrente", a Igreja Internacional da Graça firmou parceria com Itaú, Banco do Brasil e Bradesco.
Dízimo no débito automático |
Do Bocão News com informações da Folha
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
O que é o racismo institucional? Psicólogo Valter da Mata explica em vídeo.
RACISMO INSTITUCIONAL!
SOU VÍTIMA DISSO!
SOU DELEGADA DE POLICIA E TENHO 13 ANOS DE CARREIRA, TENDO PASSADO PELO INTERIOR DO ESTADO, PELO DEPARTAMENTO DE POLICIA METROPOLITANA E AGORA ESTOU NO DEPARTAMENTO DE CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO JÁ A CINCO ANOS, E NUNCA FUI APONTADA PARA UMA PROMOÇÃO, NUNCA FUI CONVIDADA A SER ADJUNTA OU ASSESSORA DE NENHUM DELEGADO TITULAR, E O QUE É PIOR, NUNCA, JAMAIS FUI COGITADA A EXERCER UMA TITULARIDADE, NO QUE PESE TODA A MINHA EXPERIÊNCIA E ESTRADA. QUANDO OLHO PRA FRENTE SÓ VEJO TREVAS, E CHEGO A INFELIZ CONCLUSÃO QUE NESTA POLICIA, QUANTO MAIS VELHO SE FICA, MENOS SE TEM VALOR OU SE MERECE O RESPEITO DA INSTITUIÇÃO. HOJE ME ENCONTRO SOB O COMANDO DE DELEGADOS MUITO MAIS NOVOS E MENOS EXPERIENTES DO QUE EU, POIS NÃO PASSARAM METADE DO QUE EU PASSEI!
SE ISSO NÃO É DISCRIMINAÇÃO, NÃO SEI MAS COMO CLASSIFICAR ESTE TIPO DE COISA!!!
DRª LUYISLINDA VALOIS QUE O DIGA, POIS ELA É O ESPELHO VIVO DO QUE MUITOS DE NÓS PASSAMOS AQUI NA BAHIA !
É TRISTE MAS É VERDADE!!!!
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
A música que confortou Dilma no presídio e o poder da canção
Quem não tem uma canção na vida? Aquela que marcou época, o primeiro beijo, a primeira transa, uma viagem, uma mudança, uma situação inesquecível? Música às vezes funciona como cheiro que quando bate nos faz lembrar. Uma fumaça que passa pode nos levar à beira de um fogão à lenha a quilômetros e quilômetros da metrópole até uma pequena fazenda no sertão.
Por Alberto Villas, em Carta Capital
Para um amor no Recife, de Paulinho da Viola, confortou a guerrilheira Dilma
quando estava no presídio / Foto: AFP
quando estava no presídio / Foto: AFP
Músicas perdidas no ar vivem grudadas na memória. Mais de três décadas depois ainda hoje quando ouço Ednardo cantando Carneiro viajo até a Rue de la Roquette, no outrora mais comunista dos bairros de Paris, onde um grupo de exilados ouviu junto a canção pela primeira vez.
“Amanhã se der o carneiro/Carneiro/Vou-me embora pro Rio de Janeiro.”
Tenho um amigo que não pode ouvir Movimento dos Barcos na voz de Jards Macalé. Enfiado num terno no décimo andar de um prédio na Avenida Paulista, ele tem vontade de vestir uma calça vermelha, um casaco de general, encher os dedos de anéis e sair por aí, pegar um velho navio acreditando que não precisa de muito dinheiro, graças a Deus.
Voltando à França dos anos 1970, ainda me lembro bem daquele sábado de final de dezembro num quarto de hotel em Gobelins ouvindo numa velha fita K-7 ao lado de Augusto Boal a canção que Chico fez pra ele.
“Meu caro amigo, me perdoe, por favor/Se eu não lhe faço uma visita/Mas como agora apareceu um portador/Mando notícias nessa fita/Aqui na terra tão jogando futebol/Tem muito samba, muito choro e rock and roll/Uns dias chove, noutros dias bate sol/Mas o que eu quero é lhe dizer/Que a coisa aqui tá preta/Muita mutreta pra levar a situação/Que a gente vai levando/De teimoso e de pirraça/E a gente vai tomando, que também/Sem a cachaça/Ninguém segura esse rojão.”
O rei Roberto, esperto, soube traduzir bem tudo isso cantando As canções que você fez pra mim.
“Hoje eu ouço as canções que você fez pra mim/Não sei por que razão tudo mudou assim/Ficaram as canções e você não ficou.”
Algumas músicas ficam mesmo para sempre. Em 1971, a guerrilheira Dilma Rousseff estava comendo o pão que o diabo amassou no presídio da Avenida Tiradentes em São Paulo e era uma canção que muitas vezes confortava aquelas mocinhas que viviam ali naqueles poucos metros quadrados imundos e fétidos. Cada guerrilheira nova que chegava Dilma a recebia com um acalanto porque não estava fácil segurar o rojão.
A história está muito bem contada no livro A Vida quer é coragem, de Ricardo Batista Amaral. Quando bati os olhos na página 78, fiquei imaginando Paulinho da Viola lendo aquilo. Será que ele sabia que a futura presidente do Brasil tinha na cabeça, naqueles momentos de aflição, uma canção sua?
A uruguaia Maria Cristina Uslendi conta que em outubro de 1971, toda vez que voltava das sessões de tortura, encontrava Dilma de braços abertos “me amparando, me ajudando a usar a latrina quando não tinha forças, me dando sopinhas de colher na boca, me cedendo a parte de baixo do beliche e pondo na vitrolinha de pilhas as melhores músicas da MPB”.
Cristina conta que Dilma sempre pedia a ela que prestasse muita atenção à letra de Para um amor no Recife, uma canção de Paulinho que diz assim:
“A razão por que mando um sorriso/E não corro/É que vou levando a vida/Quase morto/Quero fechar a ferida/Quero estancar o sangue/E sepultar bem longe/O que restou da camisa/Colorida que cobria minha dor/Meu amor eu não esqueço/Não se esqueça, por favor,/Que voltarei depressa/Tão logo a noite acabe/Tão logo este tempo passe/Para beijar você.”
Pois é, existem canções que são verdadeiros rios que passam na vida da gente.
Reintegração de posse em Pinheirinho vai parar no STF
Reintegração de posse em Pinheirinho vai parar no STF
23Jan2012
23
Jan
2012
Agência Brasil
“A Associação Democrática por Moradia e Direitos Sociais de São José dos Campos (SP) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão da desocupação de Pinheirinho, em São José dos Campos (SP). A posse da área é reclamada pela massa falida da empresa Selecta, e vinha sendo ocupada, desde 2004, por cerca de 1,3 mil famílias sem teto.
A desocupação da área teve início no último fim de semana, e segundo a associação, o comandante da Polícia Militar que estava à frente da operação ignorou uma ordem da Justiça Federal para que não desocupar a área. A associação também alega que o comandante da Guarda Municipal não recebeu a ordem para suspender as atividades das mãos do oficial de Justiça que foi entregar o mandado.
A reintegração de posse da área resultou em uma disputa judicial de liminares que passou por varas de primeira instância, pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, e finalmente, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que anulou todo o processo por entender que ele tinha irregularidades. Segundo a associação, a decisão do STJ foi comunicada à 6ª Vara Cível de São José dos Campos (SP), mas a juíza titular desconsiderou a informação.
A associação também informou que a União passou a manifestar interesse pela solução do problema e chegou a firmar um termo de compromisso com o governo paulista e com o município de São José para regularizar a gleba de terras. Foi assim que o caso foi parar na Justiça Federal, com decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) suspendendo a desocupação. Mesmo assim, no último domingo, a Polícia Militar de São Paulo (PM-SP) e a Guarda Municipal de São José dos Campos iniciaram a desocupação da área.
A associação pede que o STF reconheça que a competência de julgar o caso é da Justiça federal, e não da estadual. Alega perigo na demora de uma decisão, observando que não é possível aguardar o fim do recesso do Judiciário para que o STJ julgue recurso definitivo sobre o assunto.”
Juiz que conduz a invasão do Pinheirinho é irmão de Deputado Estadual do PSDB
Direto da revista vírus planetário.
Rodrigo Capez é irmão do Deputado Estadual pelo PSDB Fernando Capez.
CAPEZ RECEBE HOMENAGEM DO IRMÃO JUIZ NA UNG
Estiveram ainda na palestra o reitor da UnG, Valmor Bolan e o presidente da OAB-Guarulhos (Ordem dos Advogados do Brasil) Airton Trevisan
Uma oficial de Justiça foi até a ocupação, por volta das 11h, entregar uma decisão do juiz federal de plantão Samuel de Castro Barbosa Melo, que suspende a ação. A ordem é direcionada aos comandos da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Guarda Municipal. Segundo a oficial, quem recebeu o documento foi o juiz estadual Rodrigo Capez, que acompanha a reintegração. Ainda de acordo com a oficial de Justiça, Capez disse que há um “conflito de competências” e que não vai acatar a ordem da Justiça Federal.
Rodrigo Capez é irmão do Deputado Estadual pelo PSDB Fernando Capez.
CAPEZ RECEBE HOMENAGEM DO IRMÃO JUIZ NA UNG
“Um dos mais cultos e talentosos professores de Direito deste país”. Foi assim que o diretor do curso de Direito da UnG (Universidade de Guarulhos), Vicente de Paula Rodrigues Maggio, apresentou o palestrante Fernando Capez, na quinta-feira (10/8), durante a 19ª Semana Jurídica da entidade.O Promotor de Justiça e candidato a deputado estadual protagonizou um emocionado encontro com seu irmão Rodrigo Capez, que é coordenador do curso de Direito da UnG e juiz da 4ª Vara Criminal de Guarulhos. O irmão Rodrigo referiu-se a Fernando como um exemplo de dedicação ao trabalho, aos estudos e à família.
“Não poderia haver caso mais típico de impedimento do que eu apresentando o meu irmão, de quem tenho tanto orgulho”, brincou o juiz Capez com seus alunos da UnG. “Sua trajetória é fruto de sua dedicação aos estudos, prova de que alcançar nossos objetivos depende apenas do nosso esforço pessoal. Eu me orgulho de ser seu irmão”, disse o juiz, emocionando o promotor.
Na sua palestra, Fernando Capez também elogiou o juiz e o professor Maggio pelo trabalho que vem desenvolvendo na UnG. O candidato falou sobre a importância do administrador público e a definição da sua função na Constituição Federal.
“O administrador público não é dono do cargo. É um inquilino que pode ser despejado”, ressaltou Fernando Capez. “Se o ato é imoral, é nulo. Se não for eficiente, é nulo. Se não for econômico, é nulo”, enfatizou sob aplauso dos alunos e professores presentes.
Estiveram ainda na palestra o reitor da UnG, Valmor Bolan e o presidente da OAB-Guarulhos (Ordem dos Advogados do Brasil) Airton Trevisan
Juiz federal manda parar reintegração em São José, mas estadual mantém
Despejo de famílias de área ocupada há 8 anos ocorre desde a manhã.
Carros foram queimados, entre eles unidade móvel da TV Vanguarda.
Do G1 SP
Unidade móvel da TV Vanguarda foi queimada durante reintegração (Foto: Mario Ângelo/Sigmapress/AE)
da PM no Pinheirinho (Foto: Renato Jakitas/G1)
Invasão
Operação
Carros foram queimados, entre eles unidade móvel da TV Vanguarda.
Do G1 SP
Unidade móvel da TV Vanguarda foi queimada durante reintegração (Foto: Mario Ângelo/Sigmapress/AE)
Em meio à execução da reintegração de posse da área ocupada conhecida como Pinheirinho, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, na manhã deste domingo (23), um juiz federal mandou suspender a operação, mas um juiz estadual ordenou que ela continuasse. No despejo, que começou no início desta manhã, um homem ficou ferido e carros foram queimados, entre eles uma unidade móvel da TV Vanguarda, afiliada da TV Globo no Vale do Paraíba.
Uma oficial de Justiça foi até a ocupação, por volta das 11h, entregar uma decisão do juiz federal de plantão Samuel de Castro Barbosa Melo, que suspende a ação. A ordem é direcionada aos comandos da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Guarda Municipal. Segundo a oficial, quem recebeu o documento foi o juiz estadual Rodrigo Capez, que acompanha a reintegração. Ainda de acordo com a oficial de Justiça, Capez disse que há um "conflito de competências" e que não vai acatar a ordem da Justiça Federal. Ele manteve a desocupação do assentamento.
De acordo com a Prefeitura de São José, o homem foi baleado em confronto com a Guarda Civil no momento em que tentava invadir um ginásio poliesportivo no Campo dos Alemães. Às 10h50, ele tinha passado por cirurgia no Hospital Municipal e seu quadro era considerado estável. O centro é onde tendas foram montadas para que o moradores sejam encaminhados ao sair das casas.Veículos foram queimados durante o despejo, entre eles uma Unidade Móvel de Jornalismo da TV Vanguarda. No fim da manhã, a Polícia Militar já tinha suspeitos de quem seriam os responsáveis pelo crime contra o carro da emissora.
Carro é queimado por vândalos durante a açãoda PM no Pinheirinho (Foto: Renato Jakitas/G1)
Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde, duas pessoas foram atendidas em estado de choque na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Campo dos Alemães. Elas estavam nervosas, mas não tinham nenhum ferimento e já tinham sido liberadas por volta das 9h30. Outra pessoa também foi atendida na UPA atingida por uma pedra. No entanto, não há confirmação se ela foi ferida no confronto do Pinheirinho.
Invasão
O terreno de mais de 1 milhão de metros quadrados foi invadido há 8 anos e pertence à massa falida de uma empresa do especulador Naji Nahas. No local vivem cerca de 1.600 famílias, cerca de 5.500 pessoas, segundo o censo da Prefeitura. Com o tempo, o Pinheirinho se tornou um bairro, com comércios e igrejas.
Operação
A operação de desocupação da área do Pinheirinho teve início por volta das 6h deste domingo. A Polícia se reuniu em cidades vizinhas para cumprir a liminar que ordena a reintegração da área invadida. Segundo o comando da PM, 2 mil policiais participam da operação de despejo.
Os policiais cercaram a invasão, e o carro blindado da polícia entrou na frente seguido pela Tropa de Choque e pela equipe da Rota de São Paulo. Dois helicópteros Águia também estão sendo usados na operação.
Os moradores começaram a atear fogo nas barricadas que estavam localizadas em pontos estratégicos para impedir o avanço do policiamento. No momento existem três pontos de incêndio dentro do local, mas os bombeiros aguardam do lado de fora.
Os policiais cortaram as cercas da ocupação. A polícia utilizou bombas de efeito moral, e alguns moradores apresentaram resistência. Quatro pessoas foram presas por incitação à violência. A informação oficial da Polícia Militar é que a operação esta transcorrendo normalmente, apenas com o registro de um ferido.
PM impede a entrada na área conhecida como Pinheirinho (Foto: Renato Jakitas/G1)São José dos Campos
Assinar:
Postagens (Atom)