Destacou-se no período da Ordem da Revolução Industrial, preocupado em analisar o modo de produção capitalista, o alemão Karl Marx (1818-1883), que fundou a teoria do socialismo científico. Sua fama cresceu a partir da publicação da obra Manifesto do Partido Comunista, em 1848, escrita com Friedrich Engels (1820-1895).
Eles analisaram e criticaram o capitalismo,
propondo uma nova forma de organização político-econômica da sociedade,
pois consideravam que esse sistema de produção criava profundas
injustiças sociais e que não bastava reformá-lo para alcançar a
igualdade entre os homens. Seus principais pontos de análise eram:
O
capitalismo é uma forma de produção histórica e social específica de
uma época. Sua origem pode ser estabelecida e o seu fim histórico pode
ser previsto.
A morte desse modo de produção vai ocorrer quando
a classe operária, por meio de um processo revolucionário, alcançar o
poder econômico e político (socialização dos meios de produção),
instaurando uma “ditadura” do proletariado.
Em sua fase de
maturidade, o capitalismo apresentará uma tendência à concentração do
capital, com a consequente e progressiva eliminação da concorrência,
gerando monopólios.
O sistema capitalista assenta-se na
propriedade privada e na exploração do trabalho. A miséria dos
trabalhadores é proporcional à concentração monopolista do capital.
Marx e Engels
afirmaram que as transformações dos modos de produção são determinadas
por leis históricas, fruto do desenvolvimento das forças produtivas.
Dessa forma, defendiam a ideia de que a classe operária deveria se
organizar e por meio de uma revolução introduzir uma nova forma de
organização econômica e política. Esse processo revolucionário passaria
por duas fases. Veja tabela abaixo.
Fase socialista
Fase comunista
planejamento econômico
propriedade estatal e coletiva
ditadura revolucionária do proletariado
possível Estado burocrático
sistema mundial
propriedade social dos meios de produção
igualdade social (ausência de classes)
desaparecimento do Estado
“A cada um de acordo com seu trabalho.”
“A cada um de acordo com suas necessidades.”
A fase socialista
seria instalada imediatamente após o capitalismo, quando a classe
trabalhadora tomasse o poder e criasse um Estado proletário. Nesse
momento a cultura ainda estaria impregnada pelos valores da sociedade
capitalista, e os trabalhadores receberiam um salário pelo seu trabalho,
o que talvez não satisfizesse as suas necessidades.
Na fase comunista,
o Estado desapareceria e o sistema político-econômico seria mundial.
Novos valores culturais e sociais surgiriam, e o trabalho seria
remunerado segundo as necessidades de cada um, criando uma sociedade
igualitária, sem classes sociais e sem fronteiras.
Antes que o socialismo se tornasse uma prática, ou seja, um Estado passasse a utilizar essa teoria para se organizar (Revolução Russa de 1917),
ele se tornou a fonte de inspiração de diversos movimentos sociais que
passaram a ocorrer em muitos países do mundo, mas especialmente na
Europa, dando força aos movimentos sindicais do século XIX e
impulsionando a formação de partidos políticos que defendiam as classes
trabalhadoras. A teoria do socialismo científico foi
baseada na filosofia alemã, a partir da qual Marx concebeu o
materialismo dialético, no socialismo utópico francês, que fundamentou
as suas bases humanistas, e na economia política inglesa, que deu
subsídios para a análise crítica do capitalismo.
Mais
tarde, durante o século XX, o sistema socialista de produção, com
diferentes formas de organização, passou a ser praticado em muitos
países, chegando a envolver uma elevada parcela da população mundial.
Ainda hoje, mesmo após o desaparecimento de muitos países socialistas,
algumas nações ainda mantêm sistemas político-econômicos que se afirmam
socialistas.
Há, porém, muita controvérsia sobre esse assunto,
pois alguns estudiosos asseguram que o verdadeiro socialismo proposto
por Marx jamais foi implantado. Outros destacam que não importa se o
socialismo existiu ou não durante o século XX.
]O que importa,
verdadeiramente, é que as condições econômicas e sociais na qual vive
hoje a maior parte da população do mundo mostram claramente que o
sistema capitalista não resolveu os problemas humanos básicos, cabendo,
portanto, uma discussão sobre a sua reformulação e/ou sua eliminação e
substituição por uma nova forma de organização da sociedade. Para os
que acreditam nisso, o socialismo é ainda uma proposta a ser pensada e
colocada em prática.
Foi no estado alemão, agitado e cheio de problemas, que nasceu o marxismo. Essa teoria não foi concebida apenas por Karl Marx (1818 – 1883), ele teve uma colaboração ideológica e financeira de Friedrich Engels (1820 – 1895).
Eles escreveram em parceria o Manifesto Comunista
(1848) e A ideologia alemã. Algumas das obras de Marx foram: O 18
Brumário de Luís Bonaparte, Contribuição à crítica da economia política,
e a mais importante que foi O Capital. Já Engels escreveu Anti-Duhring,
A dialética da natureza, A origem da família, da propriedade privada e
do Estado e outras.
Eles
formularam seu pensamento baseado na realidade social da sua época, que
era de um grande avanço técnico e aumento do controle da natureza pelo
homem mas por outro lado, a classe trabalhadora sofria mais opressão e
ficava cada vez mais pobre. Sua doutrina partiu do estudo dos
economistas ingleses Adam Smith e David Ricardo e da filosofia de Hegel.
Essa
doutrina se compõe de uma teoria científica, o materialismo histórico, e
de uma teoria filosófica, o materialismo dialético. Segundo o
materialismo, o mundo material é anterior ao espírito e este deriva
daquele. Marx chama de infra-estrutura a estrutura material da
sociedade, sua base econômica, que consiste nas formas pelas quais os
homens produzem os bens necessários à sua vida.
A
superestrutura corresponde à estrutura jurídico-política e a estrutura
ideológica. A posição do marxismo, é que a infra-estrutura determina a
superestrutura, mas ao tomar conhecimento das contradições, o homem pode
agir ativamente sobre aquilo que o determina. As manifestações da
superestrutura passam a ser determinadas pelas alterações da
infra-estrutura decorrentes da passagem econômica do sistema feudal
para o capitalista. O movimento dialético da história se faz por um
motor, que é a luta de classes. Essa luta acontece porque as classes tem
interesses antagônicos. No modo de produção capitalista essa relação de
antagonismo se dá porque o capitalista detém o capital e o operário não
possui nada, tendo que vender a sua força de trabalho.
A
partir desse ponto, Marx formula uma de suas conceitos mais conhecidos
que é a mais-valia. Esse mais-valia é concebida quando o trabalhador
vende ao capitalista a sua força de trabalho por um valor estipulado num
contrato. Acontece que ele produz mais do que esperado, e como ele fica
com tempo disponível dentro da empresa ele produz um excedente que é a
mais-valia. Essa mais-valia não é dividido com o trabalhador e fica nas
mãos do capitalista que vai acumulando o capital. A mais-valia é
portanto o valor que o trabalhador cria além de sua força de trabalho e é
apropriado pelo capitalista.
Outro conceito que Marx constrói é o
da alienação. O trabalhador quando vende a sua força de trabalho se
torna estranho ao produto que concebeu. Essa perda do produto causa
outras perdas para o trabalhador, como a separação da concepção e
execução do trabalho, e ainda com o avanço tecnológico, ele fica sujeito
ao ritmo da linha de montagem, não tendo controle sobre o seu ritmo
normal de trabalho. Para que o trabalhador não se revolte, o capitalismo
usa de mecanismos de introdução de ideologia na cabeça das pessoas,
para que estas se conformem com a situação de desigualdade.
O Socialismo
Para
Karl Marx, a classe operária, organizada em um partido revolucionário,
deverá destruir o Estado burguês e organizar um novo Estado capaz de
acabar com a propriedade privada nos meios de produção. Esse novo
Estado, que ele chama de ditadura do proletariado, deverá liquidar a
classe burguesa no mundo inteiro. Essa primeira fase é chamada de socialismo,
precisa de um aparelho estatal burocrático, um aparelho repressivo e um
aparelho jurídico. É nessa fase que se dará a luta contra a antiga
classe dominante, para se evitar a contra-revolução. O princípio do
socialismo é: “De cada um, segundo sua capacidade, a cada um segundo seu
trabalho”.
A segunda fase, é chamada de comunismo,
e se define pelo fim da luta de classes e consequentemente o fim do
Estado. Haveria um desenvolvimento prodigioso das forças produtivas, que
levaria a uma era de abundância, ao fim da divisão do trabalho em
trabalho material e intelectual, e a ausência de contraste entre cidade e
campo e entre indústria e agricultura. O princípio do comunismo é: “De
cada um, segundo sua capacidade, a cada um, segundo suas necessidades”.
Com a passagem para o comunismo, a luta de classes não mais seria entre
dominantes e dominados, e sim entre as forças progressistas e as forças
conservadoras.
Correntes marxistas contemporâneas e as aplicações do método marxista
Lênin ( 1870 – 1924 ),
teórico do marxismo, cujo verdadeiro nome era Vladimir Ilitch Ulianov,
foi também um revolucionário. Quando os socialistas revolucionários,
liderados pelos mencheviques, derrubaram os o czarismo
em março de 1917, Lênin se encontrava exilado na Suíça. Retornando à
Rússia, liderou a facção dos bolcheviques, que tomou o poder em outubro
do mesmo ano. O seu propósito era restabelecer a verdadeira concepção de
Marx e Engels, deformada pela Segunda Internacional ( 1889 – 1914 ), a
partir da qual alemães e franceses apoiaram a guerra imperialista de
1914.
Ele também rompeu com o teórico alemão Kautsky, acusando-o
de oportunismo e de adotar posições não revolucionárias, além de
imprimir interpretações positivistas e não dialéticas ao pensamento
marxista. Propunha a quebra do Estado burguês pela violência e instaurar
a ditadura do proletariado, e foi contra os anarquistas que achavam
necessário abolir o Estado imediatamente. Sob o seu comando, a Rússia se
tornou União Soviética, onde acabou com a propriedade privada,
planificou a economia, fez reformas agrárias, nacionalizou bancos e
fábricas. Leon Trótski (1879 – 1940)
foi companheiro de Lênin nas lutas de 1917, e defendia revolução
permanente, que significa o prolongamento da luta de classes em nível
nacional e internacional, que gerará a guerra civil interna e a guerra
revolucionária externa. Trótski foi muito perseguido pelo seu maior
inimigo, Stálin, e refugiou-se no México, onde foi assassinado por um
stalinista. Joseph Stálin (1879 – 1953),
foi o sucessor de Lênin no poder da URSS e fortaleceu o Estado ao ponto
de transformá-lo num regime totalitário. Imprimiu ao socialismo um
caráter fortemente nacionalista, fortaleceu a polícia e o exército e
desenvolveu o culto à personalidade. Esteve menos preocupado com a
teoria e mais com a formulação de máximas de ação. Após sua morte,
Kruchev assumiu o poder e promoveu o processo de desestalinização. Rosa Luxemburg (1871 – 1919),
natural da Polônia, ajudou na formação da Liga Espartaquinista e fundou
o Partido Comunista Alemão. Defendia a tese da espontaneidade das
massas e criticava o partido único, cuja consequência é o governo
ditadorial de uma minoria. Alertou severamente sobre os perigos da
burocracia, que poderia levar à supressão da democracia. Antônio Gramsci (1891 – 1937)
foi um dos mais importantes teóricos italianos, preso durante catorze
anos pela ditadura fascista. Mesmo no cárcere, onde ficou até a morte,
escreveu muito, enfatizando a crítica ao dogmatismo do marxismo oficial,
que ao petrificar a teoria, impedia a prática revolucionária.
Baseado
em Demócrito e Epicuro sobre o materialismo e em Heráclito sobre a
dialética (do grego, dois lógos, duas opiniões divergentes), Marx
defende o materialismo dialético, tentando superar o pensamento de Hegel e Feuerbach.
A
dialética hegeliana era a dialética do idealismo (doutrina filosófica
que nega a realidade individual das coisas distintas do “eu” e só lhes
admite a ideia), e a dialética do materialismo é posição filosófica que
considera a matéria como a única realidade e que nega a existência da
alma, de outra vida e de Deus. Ambas sustentam que realidade e
pensamento são a mesma coisa: as leis do pensamento são as leis da
realidade. A realidade é contraditória, mas a contradição supera-se na
síntese que é a “verdade” dos momentos superados. Hegel considerava
ontologicamente (do grego onto + logos; parte da metafísica, que estuda o
ser em geral e suas propriedades transcendentais ) a contradição
(antítese) e a superação (síntese); Marx considerava historicamente como
contradição de classes vinculada a certo tipo de organização social.
Hegel apresentava uma filosofia que procurava demonstrar a perfeição do
que existia (divinização da estrutura vigente); Marx apresentava uma
filosofia revolucionária que procurava demonstrar as contradições
internas da sociedade de classes e as exigências de superação.
Ludwig
Feuerbach procurou introduzir a dialética materialista, combatendo a
doutrina hegeliana, que, a par de seu método revolucionário concluía por
uma doutrina eminentemente conservadora. Da crítica à dialética
idealista, partiu Feuerbach à crítica da Religião e da essência do
cristianismo.
Feuerbach pretendia trazer a religião do céu para a
Terra. Ao invés de haver Deus criado o homem à sua imagem e semelhança,
foi o homem quem criou Deus à sua imagem. Seu objetivo era conservar
intactos os valores morais em uma religião da humanidade, na qual o
homem seria Deus para o homem.
Adotando a dialética hegeliana,
Marx, rejeita, como Feuerbach, o idealismo, mas, ao contrário, não
procura preservar os valores do cristianismo. Se Hegel tinha
identificado, no dizer de Radbruch, o ser e o deve-ser (o Sein e o
Sollen) encarando a realidade como um desenvolvimento da razão e vendo
no deve-ser o aspecto determinante e no ser o aspecto determinado dessa
unidade.
A
dialética marxista postula que as leis do pensamento correspondem às
leis da realidade. A dialética não é só pensamento: é pensamento e
realidade a um só tempo. Mas, a matéria e seu conteúdo histórico ditam a
dialética do marxismo: a realidade é contraditória com o pensamento
dialético. A contradição dialética não é apenas contradição externa, mas
unidade das contradições, identidade: “a dialética é ciência que mostra
como as contradições podem ser concretamente (isto é, vir-a-ser)
idênticas, como passam uma na outra, mostrando também porque a razão não
deve tomar essas contradições como coisas mortas, petrificadas, mas
como coisas vivas, móveis, lutando uma contra a outra em e através de
sua luta.” (Henri Lefebvre, Lógica formal/ Lógica dialética, trad.
Carlos N. Coutinho, 1979, p. 192). Os momentos contraditórios são
situados na história com sua parcela de verdade, mas também de erro; não
se misturam, mas o conteúdo, considerado como unilateral é recaptado e
elevado a nível superior.
Marx acusou Feuerbach, afirmando que seu
humanismo e sua dialética eram estáticas: o homem de Feuerbach não tem
dimensões, está fora da sociedade e da história, é pura abstração. É
indispensável segundo Marx, compreender a realidade histórica em suas
contradições, para tentar superá-las dialeticamente. A dialética apregoa
os seguintes princípios: tudo relaciona-se (Lei da ação recíproca e da
conexão universal); tudo se transforma (lei da transformação universal e
do desenvolvimento incessante); as mudanças qualitativas são
consequências de revoluções quantitativas; a contradição é interna, mas
os contrários se unem num momento posterior: a luta dos contrários é o
motor do pensamento e da realidade; a materialidade do mundo; a
anterioridade da matéria em relação à consciência; a vida espiritual da
sociedade como reflexo da vida material.
O materialismo dialético é
uma constante no pensamento do marxismo-leninismo (surgido como
superação do capitalismo, socialismo, ultrapassando os ensinamentos
pioneiros de Feuerbach).
O estoicismo
é uma das linhas mais fecundas da filosofia helenística. A doutrina
estoica estende-se ao longo de seiscentos anos, entre os séculos IV a.C.
e II d.C. Seu fundador foi Zenão de Cítio (c. 335-263 a.C.), que nasceu
na ilha de Chipre.
O estoicismo pode ser dividido em três
períodos: antigo, médio e romano. No antigo destacaram-se Zenão de Cítio
(c. 335-263 a.C), Cleanto de Assos (c. 331-232 a.C.) e Crisipo de Solis
(c. 280-207 a.C.). No médio, Panécio de Rodes (c. 185-109 a.C.) e
Posidônio de Apameia (c. 135-51 a.C). Os nomes mais importantes da época
romana foram Sêneca de Córdoba (c. 4-65), Epiteto de Hierápolis (c.
55-135) e Marco Aurélio (c. 121-180).
A lógica estoica
Ao lado do Organon,
de Aristóteles, a lógica estoica é uma das contribuições de grande
interesse no desenvolvimento da lógica contemporânea. A diferença é que,
para Aristóteles, trata-se mais de uma lógica de termos, ao passo que
os estoicos desenvolvem uma lógica proposicional, baseada não tanto em
nomes, mas no modo de dizê-los nas proposições.
Eles diferenciavam o signo ou significante (semainon), a coisa significada (semainómenon), e o significado (lekton)
ou aquilo que se diz. O significante e a coisa são materiais, mas o
significado é imaterial, algo entre a realidade das coisas e a realidade
das palavras.
A ética: eudaimonia
A ética estoica estabelece a felicidade ou eudaimonia como princípio fundamental.
A
expressão maior da virtude é viver conforme a natureza e isso é motivo
de felicidade. Essa concordância é racional e coincide com a razão ou logos da vida e da natureza, entendida como o universo inteiro, com sua harmonia e plenitude (Diógenes Laércio, VII, 87).
Esse
ponto marca uma importante diferença entre estoicismo e epicurismo.
Enquanto este último afirma o sentido da vida, aceitando exclusivamente
as condições do “aqui e agora”, o estoicismo defende uma identificação
com um logos que reside além da natureza humana. A concordância é feita envolvendo o indivíduo em uma harmonia universal.
A
felicidade, assim, é estabelecida em níveis mais teóricos do que a
concreta projeção nos limites do próprio corpo, como os epicuristas
pretendiam. Ser feliz é, pois, ser virtuoso e entender o momento supremo
do homem na adequação com o logos, a razão universal, isso
proporciona autonomia. Quem a consegue é sábio. O homem independente
entende o além das coisas e contrapõe-se ao ignorante.
A física estoica
Uma
das ideias centrais do estoicismo é a unidade do real. A natureza e a
razão são uma só coisa. O desenvolvimento da vida e da natureza está
cheio de racionalidade e coerência, mas somente é real o que tem corpo,
mesmo que haja um pneuma ou sopro universal que tudo preenche e que pode identificar-se com a divindade.
Immanuel Kant
nasceu em Königsberg, no ano de 1724. Königsberg, então, era uma cidade
da Prússia Oriental que, a partir de 1871, integrou o Império Alemão.
Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), essa região foi dominada pela
União Soviética e atualmente pertence à Rússia.
Kant viveu
solteiro e passou a maior parte de sua vida em sua cidade natal, onde se
formou em filosofia e foi professor e reitor. Mantinha hábitos
interessantes, como o de passear sempre no mesmo horário, a ponto de as
pessoas acertarem seus relógios a partir de seus passeios.
Kant
foi o primeiro filósofo a ser professor universitário, condição
criticada por outros filósofos alemães como Schopenhauer – este
argumentava que o filósofo perdia sua autonomia de pensamento quando se
vinculava a uma instituição como a universidade.
Entre as obras mais importantes de Kant, destacam-se Crítica da razão pura, Princípios fundamentais da metafísica dos costumes, Crítica da razão prática e Crítica do juízo.
A filosofia de Kant
Não seria exagero afirmar que a importância de Kant para a filosofia universal é semelhante à de Platão.
Sua filosofia tem como característica duas fases: a pré-crítica
(1755-1780) e a crítica (1781-1800). Na fase pré-crítica, é marcante sua
afinidade com o pensamento metafísico e racionalista predominante na
pré-Alemanha. Mas, após a leitura de Hume, Kant “despertou de seu sono
dogmático”, iniciando a fase crítica de sua obra. Por isso, a filosofia kantiana é conhecida como criticismo.
Kant
pretendeu superar a discussão entre racionalistas e empiristas,
redefinindo os limites entre fé e razão. Também propôs as bases para a
constituição da moral, como veremos mais adiante. Poderíamos resumir a
filosofia kantiana em quatro questões básicas:
Como se pode conhecer?
Como agir?
O que esperar?
O que é o homem?
A
primeira questão é respondida por Kant de uma forma tão revolucionária
quanto foi a representação de Nicolau Copérnico (1473-1543) para a
astronomia e para o Renascimento Científico em geral.
Enquanto
Copérnico colocou o Sol no centro do universo (teoria heliocêntrica),
em oposição aos gregos e aos medievais que afirmavam ser a Terra o
centro do universo, enquanto o Sol se movimentava em torno dela – teoria
geocêntrica – Kant colocou a razão no centro de suas análises, partindo
do pressuposto de que era necessário perceber o que ela é,
o que ela pode ou não conhecer, quais são os seus limites, quais são as
suas relações com a experiência, e assim por diante. Não se trata de
conhecer o mundo e as coisas que existem nele, seja por meio da razão,
seja por meio da experiência: trata-se, primeiro, de conhecer a própria
razão.
Em Kant, a dualidade “racionalismo-empirismo” é superada
por uma harmonia entre os sentidos e a razão, a fim de que possamos
conhecer melhor nós mesmos e o mundo. Ele afirma que não somos capazes
de conhecer inteiramente os objetivos reais e que o nosso conhecimento
sobre esses objetos reais é fruto do que somos capazes de pensar sobre
eles. Nosso conhecimento é limitado pelas noções de espaço e de tempo inerentes à nossa razão e às quais estamos presos.
E
há determinadas coisas que os seres humanos não podem conhecer de fato,
no sentido filosófico. Um exemplo disso é Deus. Ao contrário de
Descartes, que afirmava a existência de Deus por meio da razão, Kant
afirma ser impossível essa afirmação, uma vez que a concepção de Deus
está fora dos limites racionais.
Mas Kant não nega e existência de
Deus (aliás, ele era bastante religioso). Sua preocupação é demonstrar
que essa não deve ser uma preocupação da filosofia, já que esta deve
limitar-se ao que realmente possa ser conhecido por meio de uma
combinação da razão com os sentidos.
A filosofia kantiana acaba
sendo uma terceira via, enquanto resultado de uma síntese entre o
racionalismo cartesiano e o empirismo britânico, sobretudo o de Hume.
Para
Kant, o “ser em si” não existe, ou seja, não existe um mundo
independente do sujeito. O objeto a ser conhecido só existe em função de
um sujeito que o conhece. Voltando à comparação feita por vários
autores entre Copérnico e Kant, enquanto o primeiro eliminou a crença do
homem de que a Terra era o centro do universo, deixando o homem
reduzido diante da imensidão universal, o segundo libertou o homem do
universo ao qual se encontrava preso e deu a esse mesmo homem uma nova
direção: o próprio homem. Assim, deu início também a uma nova concepção
de metafísica.
Nietzsche
se propõe a fazer uma crítica dos valores morais que compõem a cultura.
Mais do que isso, ele coloca em questão esses valores e sugere
transformá-los por completo.
O alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche
(1844-1900) formou-se como filólogo clássico em Bonn. Chegou à
filosofia por meio da leitura de Arthur Schopenhauer, o que, com a
admiração por Richard Wagner e a paixão pelo mundo grego, determinou, em
boa parte, seus primeiros escritos.
Sua filosofia constitui uma exaltação de todos os valores vitais e é uma crítica da cultura,
especialmente da tradição filosófica e do cristianismo — que, segundo
ele, levaram o homem à submissão e impediram-no de se desenvolver como
um “espírito livre”. Centralizou sua doutrina em quatro pontos
fundamentais: a vontade de potência, o super-homem, a autossuperação da
moral e o eterno retorno.
A obra de Nietzsche supôs um ponto de
inflexão na história da filosofia, uma vez que deu lugar ao
desenvolvimento de uma corrente de pensamento que teve uma enorme
importância no século XX. Algumas de suas obras mais decisivas são A origem da tragédia (1872), A gaia ciência (1882 e 1887),
Aforismos para a afirmação da vida
Friedrich
Nietzsche (1844-1900), como Bento de Espinosa (1632-1677) – de quem foi
leitor entusiasmado e com cujo sistema rompeu, posteriormente faz de
sua filosofia uma afirmação da vida, da vontade de viver.
Em
tomo desse núcleo ele desenvolveu um pensamento demolidor em relação à
tradição, em todas as suas manifestações: moral, religiosa, científica,
filosófica. Para Nietzsche, todas elas deram sua contribuição para oprimir o ser humano das mais diversas maneiras.
Suas
críticas à tradição não se limitaram, porém, ao conteúdo da filosofia
que produziu. Elas também se apresentam no aspecto formal dessa
produção.
Nietzsche não elaborou um sistema filosófico no sentido
tradicional do termo. Seus textos, de reconhecido valor literário, são,
em parte, fragmentados. Pode-se dizer que Nietzsche fala por aforismos,
sem a preocupação de elaborar conceitos e encadeá-los. Mas esses
fragmentos compõem uma unidade, uma filosofia de novo tipo, liberada das
amarras do encadeamento de razões.
Natureza e valores para Nietzsche
Estudioso
da física, da química e principalmente da biologia, Friedrich Nietzsche
se baseia nelas para compreender o homem, seu comportamento, suas
ações. Interessa-lhe o ser humano partícipe da natureza,
submetido a suas forças e a suas leis, componente do mundo. Assim, não é
de um homem abstrato ou idealizado que ele fala, mas do homem real.
Esse homem real, desde o nascimento, é submetido a valores
– o elemento formador da cultura. Os valores da cultura europeia,
expressos no cristianismo, no socialismo e no igualitarismo democrático,
compõem uma moral que precisa ser superada. Essa superação, por sua
vez, não pode se dar na esfera limitada pelas noções de bem e de mal –
para Nietzsche, manifestações de uma “vitalidade descendente”; deve ir além dessa esfera, alcançando a “vitalidade ascendente”, identificada com a vontade de viver ou vontade de potência.
O ideal do super-homem
Superar
os valores significa também superar o homem submetido a eles. Preso à
suposta objetividade da ciência e ao ressentimento moral cristão, o
homem está sob o domínio da “moral do escravo“, em que se prezam os valores que Nietzsche denomina “inferiores”: humildade, bondade, piedade, satisfação, amor ao próximo.
Esses valores são falsos e, ao contrário do que se acredita, controlam o homem em vez de libertá-lo.
A liberdade pressupõe o abandono da condição de escravo. É preciso tornar-se senhor, tomar-se potência. E isso implica a adoção de novos valores: a personalidade criadora no lugar da objetividade, a virtu em vez da bondade, o orgulho substituindo a humildade, o risco e não a satisfação, o amor ao distante e não o amor ao próximo.
O homem-senhor, o homem-potência, é o que Nietzsche chama “super-homem”: aquele capaz de assumir riscos, ser criativo, orgulhar-se de si, amar o distante e ter a virtu renascentista. A moral do super-homem, assim, é a negação da moral do escravo.
Ele tem a moral do senhor, isto é, a vontade de potência, que abole a culpa e o castigo, que afirma e dá sentido à vida.
Nietzsche e a morte de Deus
Ao proceder à transvaloração dos valores, Nietzsche os entende como “humanos, demasiado humanos“. Isso significa que é o homem que deve dar sentido à própria vida. Até porque, afirma o filósofo, divindades não existem. A vida é aqui. E agora.
“Deus está morto”
“Deus está morto! Deus permanece morto! E quem o matou fomos nós!”, escreve Nietzsche em A gaia ciência,
§ 125. E se, em seguida, pergunta “como haveremos de nos consolar” –
pressupondo luto no final do parágrafo glorifica o ato, qualificando-o
como o “mais grandioso” de todos os tempos, aquele que prenuncia um
futuro melhor, “e, quem quer que nasça depois de nós, passará a fazer
parte, mercê deste ato, de uma história superior a toda a história até
hoje!”.
Ao anunciar a morte de Deus, Friedrich Nietzsche (1844-1900), na verdade, afirma a morte da metafísica,
noção filosófica da qual o cristianismo se apossou e que postula a
existência de outro mundo além deste, um mundo suprassensível que seria a
origem, a referência e a finalidade de tudo aquilo que vive na Terra. A
religião, ao prometer nele a redenção, segundo Nietzsche, manipula os
fracos, impondo-lhes a resignação e a renúncia.
Em relação à
filosofia, a afirmação da existência desse suposto mundo suprassensível,
inacessível aos sentidos, desqualifica os sentidos, privilegiando a
pretensa superioridade da razão. A esse procedimento racional, lógico,
abstrato, Nietzsche opõe a criatividade afirmativa, a multiplicidade da
vida, a vontade de potência.
O eterno retorno
A doutrina
do eterno retorno, explica Scarlett Marton em Nietzsche, a
transvaloração dos valores, insere-se no contexto da cosmologia
nietzscheana. Para Nietzsche, só há um mundo: este. E ele é eterno e
infinito. Todavia, as forças que o compõem são finitas. Como o tempo é
infinito, só duas possibilidades se abrem: “ou o mundo atingiria um estado de equilíbrio durável ou os estados por que ele passasse se repetiriam”, escreve Scarlett.
No
sistema do filósofo, porém, a força é dinâmica: busca tomar-se ainda
mais forte a cada instante. Por isso, não pode haver equilíbrio nem
estabilidade. O que há é o combate incessante, com a vontade de potência
impulsionando a força ao domínio sobre as demais. Diante desse quadro,
resta a alternativa da repetição.
‘Todos
os dados são conhecidos: finitas são as forças, finito é o número de
combinações entre elas, mas o mundo é eterno. Daí se segue que tudo já
existiu e tudo tomará a existir. Se o número dos estados por que passa o
mundo é finito e se o tempo é infinito, todos os estados que hão de
ocorrer no futuro já ocorreram no passado.”
Scarlett Marton. Nietzsche, a transvaloração dos valores, p. 56.
Ao homem — que pela doutrina do eterno retorno está condenado a viver repetidas vezes, “sem razão ou objetivo” — não cabe reclamar desse destino, mas aceitá-lo e amá-lo. Nietzsche chama essa aceitação de amor fati(amor
ao destino), pelo qual o ser humano, ciente de que não há poder
transcendente que o ampare, dá sentido à própria vida. Isso implica amar
cada momento como ele se apresenta, “eternizando” o presente.
É
desse modo que o homem supera as antigas oposições metafísicas
(essência/aparência, sensível/inteligível, mutável/permanente) e se toma
consciente de estar integrado ao cosmo. Esse processo o conduz à
criação de novos valores, ascendentes, e ao fazer isso, nas palavras de
Scarlett, “ele intervém num momento qualquer do processo circular [o
eterno retorno], que é o mundo, e assim recria o passado e transforma o
futuro”
A palavra “jihad”
aparece muito nos meios de comunicação em referência a grupos
terroristas, como o chamado “jihad Islâmica”, que reivindica atentados
cometidos em Israel e em outros lugares.
Também se costuma falar de jihad de modo mais geral para referir-se à “guerra santa”,
e há quem chegue a crer que todos os muçulmanos estejam dispostos a
atacar seus vizinhos para que mudem de religião e abracem o islã, como
um caso extremo de proselitismo.
A jihad é um elemento importante na vida do crente muçulmano, e em árabe significa “esforço”. Trata-se de uma abreviatura cuja fórmula completa, empregada com frequência no Corão, é “o esforço no caminho de Alá”. Para isso podem ser empregados diversos meios:
O primeiro é o esforço no autoaperfeiçoamento,
que para muitos muçulmanos é a jihad mais importante, e consiste em
lutar contra as tendências negativas para ser cada dia melhor diante de
Alá;
Outro é o esforço militar contra os não
muçulmanos, quando se trata de defender o território povoado por
muçulmanos contra os ataques inimigos, ou no momento de abrir para o
islã uma região que rechaça o convite pacífico para que se una a ele;
Também existe o esforço contra os muçulmanos para combater os que não agem de modo correto, buscando que mudem de atitude.
A época de Maomé
foi marcada por guerras, dirigidas tanto contra os árabes politeístas
como contra judeus e cristãos, mas também contra os que, após terem
aceitado o islã, mudaram de opinião e abandonaram a comunidade
muçulmana. Nesse contexto bélico, as referências à jihad no Corão se
concentram no esforço militar de expansão do islã e no castigo dos que
mudaram de lado. Eis alguns exemplos:
“Dize aos incrédulos que, no caso de se arrependerem, ser-lhes-á perdoado o passado. Por outra, caso persistam (…). Combatei-os até terminar a intriga e prevalecer totalmente a religião de Alá.” (Corão 8, 38-39)
“Combatei
aqueles que não creem em Alá e no dia do Juízo Final, nem se abstêm do
que Alá e seu mensageiro proibiram, e nem professam a verdadeira
religião daqueles que receberam o Livro, até que paguem, de bom grado a
jizya [tributo].” (Corão 9, 29)
“Matai os idólatras, onde quer que
os acheis; capturai-os, acossai-os e espreitai-os; porém, caso se
arrependam, observem a oração e paguem o zakat [esmola], abri-lhes o
caminho. Sabei que Alá é indulgente, misericordioso”. (Corão 9, 5)
Alguns grupos terroristas islâmicos
utilizam a religião segundo seus interesses e distorcem o significado
de jihad, com a finalidade de justificar suas ações, que têm como
resultado o assassinato indiscriminado e a dor de muita gente.
Consideram que quem morre realizando um ato terrorista é mártir do islã e
irá diretamente para o paraíso.
Essa convicção converte o
terrorismo desses grupos em algo terrivelmente perigoso, porque seus
membros são suicidas e não têm medo de perder a vida, já que esperam uma
recompensa extraordinária após a morte. Por: Paulo Magno da Costa Torres
O islamismo surgiu com o profeta Maomé
durante o século VII, na cidade de Meca, na Arábia. Segundo o islã, foi
numa caverna que o anjo Gabriel teria encontrado Maomé e feito
revelações que deram origem à religião islâmica.
A partir de então, Maomé começou a pregar em Meca,
afirmando ser Alá o único Deus. Mesmo com uma grande oposição no
início, que levou à migração de grande parte de seus seguidores para a
cidade de Medina, Maomé conseguiu convencer a maioria da população da Arábia a seguir a religião islâmica.
Após sua morte, houve dúvida sobre quem o sucederia. Os muçulmanos, assim, passaram a ser liderados pelos califas (sucessores). Ali,
primo e genro de Maomé, tornou-se califa, mas foi assassinado por
opositores. Os seguidores de Ali formaram o grupo que passou a ser
conhecido como xiita, para o qual a liderança do islamismo deve ser sempre dos descendentes da família de Maomé.
A
expansão do islã foi rápida e intensa, tendo alcançado, além do Oriente
Médio e outras regiões da Ásia, também o norte da África e a Península
Ibérica, onde se localizam Portugal e Espanha.
Em 2015, de acordo
com a Pew Research Center, foram computados cerca de 1,8 bilhão de
muçulmanos no mundo, sendo, assim, a segunda maior religião.
Para os islâmicos, existem cinco pilares que são considerados obrigações de todo muçulmano:
acreditar na existência de somente um Deus, Alá, e em seu profeta Maomé;
orar cinco vezes ao dia;
praticar a caridade, doando parte de sua riqueza para uso social;
fazer jejum no período do Ramadan, nono mês do ciclo lunar, no qual se deve ficar um mês sem comer ou beber nada durante o dia;
ir a Meca pelo menos uma vez na vida
Grupos
Xiitas (Shiat Ali )
– Partidários de Ali, que segundo os xiitas, deveria ter sido o
primeiro sucessor (califa), por ser parente do Profeta Maomé (Mohammad).
Na hierarquia política os xiitas determinam que o líder da nação deve
ser um descendente do profeta Maomé. São maioria no Irã e numerosos no
Iraque, e Afeganistão. Sunitas – Representam 90% dos muçulmanos. Para eles a liderança cabia sempre a quem foi eleito, desde que apresente capacidade.
Principais lideranças:
Califas
– Foram eles os primeiros líderes do Islã e governaram até 1918, quando
terminou o Império Otomano. A princípio governavam com força e
sabedoria, e viviam de forma simples. Com o crescimento do Império, seus
poderes tornaram-se maiores e então eles passaram a viver como reis. Imam – Líder religioso, pessoa que conduz as orações na mesquia ou a nação. Shaikh – Pessoa que tem alto conhecimento sobre qualquer área do saber, ou uma pessoa que alcança uma idade avançada.
Fundamentação Doutrinária
Dogmas
O foco principal do Islam é o Monoteísmo (a concepção do Deus único) e a revelação d´Ele ao profeta Maomé (Mohammad).
“Não há deus senão Alá ( Deus), e Maomé é seu Profeta.”
Os
muçulmanos seguem um conjunto de cinco obrigações religiosas, chamado
de “Os cinco Pilares”: credo, oração,zacat(caridade, jejum e a
peregrinação à Caaba que fica na cidade de Meca (Makkah). Livro Sagrado
O livro sagrado dos muçulmanos é o Corão
ou Alcorão, escrito na língua árabe, e que contém as revelações de Deus
a Maomé. O primeiro Corão foi compilado por volta de 650 EC (Era
Comum).
Este livro maravilhoso do ponto de vista dos ensinamentos e
do seu estilo literário, é um conjunto de 114 capítulos (suras), que se
organizam da seguinte forma: os textos mais longos vêm primeiro,
seguidos pelos mais curtos. Exceção à regra, é a sura 1, que inicia o
Corão. Denominado “Al Fatiha” (a abertura), este capítulo inicial louva
Alá e pede Sua orientação.
Para os muçulmanos, o Corão contém as
palavras exatas de Deus, que conforme eram reveladas a Maomé, este as
recitava e seus seguidores as escreviam. Algumas histórias são de
profetas do Velho e do Novo Testamento da Bíblia.
As leis do Corão dividem as ações humanas em vários grupos:
Fard – o que deve ser feito.
Mandub – ações encorajadas e recompensadas por Deus.
Mubah – ações nem punidas, nem recompensadas, pois o Corão nada fala sobre elas.
Makruh – atos desencorajados, mas não punidos.
Haram – ações ilegítimas e puníveis por lei.
Sunna
– Palavra que significa “caminho”ou “lei”. São as palavras e atos do
profeta. É a explicação prática do conteúdo do Corão através dos ditos,
atos e afirmações do profeta Maomé.
Hadith – Dizeres e relatos
das ações do profeta, que foram compilados, para servir de exemplo para a
geração futura. Duas das mais confiáveis coleções são a do imã Bukhari e
a do imã Muslim.
Templos
Mesquitas –
São os templos muçulmanos. A maioria possui planta retangular. Um arco
na parede, denominado “mihrab”, indica a direção de Kaaba. À sua
direita, geralmente com três degraus, está o “mimbar”, de onde o imã
fala. Em grandes mesquitas do Oriente Médio, oficiais ficam sobre uma
plataforma denominada “dakka”; ao lado há o “kursi”, estante sobre a
qual é apoiado o Corão. Kaaba – É o centro físico
da fé islâmica. Todas as orações são feitas em sua direção. Primeiro
santuário construído por Ibrahim para adorar o Deus Único, a Kaaba está
localizada na cidade de Meca (Makkah). Estrutura oca em forma de cubo,
com a pedra negra encravada no lado oriental, constitui o início e o fim
do Hajj – peregrinação à cidade de Meca (Makkah). Por: Márcia Torres
Jovens muçulmanas caminham em Londres (monkeybusinessimages/Thinkstock)
São Paulo – O islamismo é a religião que mais cresce no
planeta. Até o final deste século, se o ritmo de crescimento se
mantiver, os muçulmanos irão superar os cristãos como o maior grupo religioso.
É o que mostra uma pesquisa conduzida pelo Pew Research Center,
centro de pesquisas baseado nos Estados Unidos e dedicado ao estudo de
diversos temas de impacto regional e global. O estudo é parte de uma
análise maior sobre o assunto, publicada em 2015, mas que foi atualizada
na última semana.
Segundo a pesquisa, o islamismo cresce em um ritmo mais rápido que
outras religiões por conta da combinação de dois fatores: taxa de
fertilidade, que é a estimativa da quantidade de filhos que uma mulher
tem até o fim do seu período fértil, e o fato de esse grupo religioso
ser é “mais novo” que outros.
Globalmente, mulheres
muçulmanas tem cerca de 3,1 filhos ante 2,3 das mulheres de outras
religiões. Além disso, os seguidores do islamismo são até sete anos mais
jovens que outros grupos. Em 2010, a média de idade de uma pessoa
muçulmana era de 23 anos.
Muçulmanos no mundo
A análise conduzida pelo centro de pesquisa trouxe dados
interessantes. Há hoje no mundo 1,6 bilhão de pessoas que se designam
muçulmanas. Embora o senso comum considere que a maioria dos seguidores
dessa religião estejam no norte da África ou no Oriente Médio, apenas
20% deles encontram-se nesses lugares.
A maioria dos muçulmanos (62%) está na região Ásia-Pacífico. O maior
país muçulmano é a Indonésia. Pelo menos nos dias atuais: em 2050,
calcula o estudo, o país com a maior comunidade islâmica do mundo será a
Índia, que hoje tem como maior grupo religioso o hindu.
Muçulmanos nos EUA (e na Europa)
Hoje, em solo americano, esse grupo corresponde a 1% dos americanos e
63% dessas pessoas eram imigrantes. Em 2050, no entanto a expectativa é
a de que o islamismo se torne a segunda maior religião dos EUA,
representando 2,1% da população do país. Já na Europa, a projeção da
análise para esse mesmo ano estima que 10% da população da Europa se
identificará como muçulmana.
Muçulmanos x extremismo
A pesquisa avaliou ainda a percepção que os fiéis do islamismo têm da
ação de grupos terroristas e do extremismo religioso de forma geral.
No Líbano, por exemplo, 100% dos entrevistados disseram enxergar
organizações como o Estado Islâmico com reprovação. Na Jordânia, o
percentual foi de 94%. Apenas na Nigéria, que é lar do grupo extremista
Boko Haram, é que há uma quantidade considerável de pessoas favoráveis a
esses grupos (14%).
A maioria dos muçulmanos consultados pela pesquisa disseram ainda
condenar ataques suicidas e quaisquer outras formas de violência contra
civis “em nome do Islã”. Nos Estados Unidos, 86% dos entrevistados
consideram esses atos como injustificáveis.
Em países de maioria muçulmana, há ainda a preocupação das ameaças
representadas pelo extremismo islâmico. Na Nigéria, 68% dos
entrevistados se manifestaram dessa forma. No Líbano, esse percentual
foi de 67%.
Na sala do tribunal com os meus co-réus e nosso advogado, o primeiro e único Ms. Gaby Laski.
Israel elevou suas políticas genocidas com ataques cruéis contra os
palestinos, matando homens jovens e velhos, e mulheres, meninos e
meninas. Notícias israelense, a sociedade israelense o mundo em geral no
entanto, continuar a lidar com trivialidades. Um exemplo é o julgamento
em que eu estava acusados de participar de “distúrbios”.
O tribunal em Jerusalém era pequeno, com paredes caiadas de branco e
alguns simples, bancos de madeira desconfortáveis. O ar condicionado era
ou muito frio ou não arrefecer o suficiente. A atmosfera era causal,
ninguém anunciou ou ficou quando o juiz entrou, o Ministério Público e
do Conselho de Defesa estavam ocupados demais com os seus papéis e os
réus, me entre eles foram pegos de surpresa quando a porta para seus
aposentos abertos eo juiz veio em e sentou-se em sua cadeira.
Dois outros réus e I foram acusados de participar de distúrbios
durante o protesto sexta-feira semanal na aldeia de Nabi Saleh na
Cisjordânia em 2012 (!). Considerando-se que durante o mês de outubro
2015 vigilantes armados e soldados israelenses mataram e feriram dezenas
de jovens palestinos de uma forma que é vicioso mesmo para Israel, o
nosso julgamento parecia além mesquinho, que era estúpido.
A principal testemunha de acusação era oficial Yousef Nasser El-Din,
um colaborador drusos palestino que serve como um oficial da Guarda
fronteiriça israelita, ou “Magav.” Ele é alto e em forma de aparência,
com belas feições.Ele veio vestindo o uniforme verde-oliva
característico dos guardas de fronteira e ele estava carregando uma
pistola carregada em seu cinto. Diretor de Nasser El-Din disse ao juiz
sobre a colina “Tsambar” onde estávamos reunidos. Eu nunca tinha ouvido
esse termo antes do julgamento, é um acrônimo hebraico que significa
“pneus em chamas.” De acordo com ele, nós estivemos naquela colina, que,
como o nome sugere, é usado para rolar queimando pneus para baixo na
estrada principal, e em soldados que avançavam. A multidão estava
gritando slogans em árabe que foram feitos para incitar à violência “,
eu entender e falar a língua árabe”, ele lembrou ao tribunal.
A troca entre ele e Ms. Laski era rápido demais para a datilógrafa
tribunal que não poderia manter-se. A cada poucas frases o juiz
perguntou-lhes para parar, então ele resumiu o que foi dito para que o
datilógrafo pode transcrever.Quando li as transcrições do tribunal,
percebi que eles eram mais de uma paráfrase e um resumo do que uma
transcrição real.
Até o momento foi a minha vez de testemunhar que foi tão frios no
quarto que meu advogado Ms. Gabi Laski parecia que ela estava sofrendo
de hipotermia.Alguém finalmente pediu para reduzir o ar condicionado eo
juiz pediu desculpas, apontou o controle remoto na direção do
ar-condicionado e desligou-o.
“O que você diria a essas acusações, que o anterior testemunhou descrito” Ms. Laski me desafiou.
Infelizmente, o diretor não está mais no quarto foi. “Eu estou com
medo o tempo alocado para esta audição não vai permitir-me para recontar
todas as mentiras contadas por oficial de Nasser El-Din,” eu
comecei. Quando eu era feito de responder, o juiz, Ohad Gordon, me olhou
de perto. Eu estava em pé atrás do púlpito raquítico que servia de
banco das testemunhas, a poucos passos dele. Ele se inclinou, com o
rosto quase demasiado jovem para o seu sal e pimenta-cabelo. Vídeo do evento real e as prisões. O cara alto prendendo nós é o
Colaborador Diretor de Nasser El-Din. Minha prisão mostra-se em torno de
4:10 minutos
“Eu quero fazer uma coisa muito clara. O oficial descreveu um motim
indisciplinado. Você está descrevendo pessoas marchando pacificamente,
um ambiente completamente pacífica, quase pastoral. Você ambos afirmam
que o exército usou métodos de dispersão de choque, (que significa
lágrima MP gás).É este o quadro que você está descrevendo para nós? “
Olhei para o juiz, que me pareceu ser sincero.
“Sua honra descreveu exatamente como ela é.” Eu comecei. “As pessoas
marchando pacificamente e, em seguida, o exército, sem motivo aparente
disparo não só o lugar eo tempo que estamos a discutir, mas em cada
lugar e em cada momento, a cada sexta-feira em várias aldeias na
Cisjordânia. A tentativa de pintar o palestino-popular a resistência
como uma turba violenta é enganoso, é desonesto, é uma mentira. Pessoas
de todo o mundo vêm para estas aldeias para participar, porque a
resistência popular tem o compromisso de não-violência como está
comprometida com a resistência e liberdade.Vilarejos palestinos
tornaram-se os internacionais “mecas” para os ativistas não
violentos. Volto a dizer, a sua honra não poderia ter descrito melhor “.
O oficial-colaborador Nasser El-Din também descreveu os objetivos da
resistência popular em termos que são congruentes com as crenças gerais
israelenses. “Os moradores estão protestando por causa de uma disputa em
torno que detém os direitos sobre a primavera no sopé da aldeia.” A
cidade israelense de Halamish, onde alguns dos mais ferozes israelenses
fanáticos ao vivo, tem levado muito de Nabi Saleh território, incluindo a
a pequena mola.Mas Diretor de Nasser El-Din é um tolo se ele acha que
os palestinos em Nabi Saleh, ou qualquer outra aldeia estão colocando
suas vidas em risco para uma mola ou um poço ou até mesmo um
assentamento aqui ou ali. O objetivo da resistência palestina é libertar
a Palestina e para dar palestinos os direitos que merecem. E isso não
vai acabar até que isso seja alcançado.
É a mesma loucura que leva as autoridades de segurança israelenses a
pensar que mais soldados, mais polícia, mais postos de controle e
paredes irá manter israelenses salvo das consequências da ocupação. Se
cada polegada de todas as ruas de todas as cidades estavam cheias de
soldados, os israelenses ainda ainda não seria seguro. Ele também é a
mesma loucura que leva os legisladores israelenses para pensar que podem
legislar contra a resistência. Legislando contra BDS, legislando contra
lançamento de pedras, legislando para soltar as diretrizes
shoot-to-kill, legislando para manter apoiantes Palestina para fora do
país. Um soldado em cada polegada de cada rua em Jerusalém Prender e procurando jovens palestinos nas ruas de Jerusalém.
Nenhum governo pode legislar uma resistência fim à opressão, mais do
que eles podem legislar para legalizar seus próprios crimes. Matando
palestinos a sangue frio é um crime, mesmo que seja legal em Israel e na
resistência palestina é legal e moral, mesmo que Israel chama de
ilegal. Mas se há uma única coisa sobre Israel é que ele é
estúpido. Governos israelenses sempre lidar com pequenos problemas
irrelevantes que são desprovidas de contexto e convenientemente evitar a
dolorosa verdade. Muito parecido com o meu julgamento, onde eles tentam
colocar os meus co-arguidos e eu no meio de uma multidão enfurecida,
mostrando um vídeo onde dois rapazes atirar pedras em um pelotão de
infantaria avançar. Quando na verdade nós estávamos no meio de um
protesto pacífico até que o exército veio e todo o inferno se
perder. Mas isso não é nem importante nem relevante.
O que é relevante e importante é acabar com o cerco a Gaza, a
libertação de todos os prisioneiros palestinos imediatamente e
incondicionalmente, e para desmantelar o aparato militar que mantém o
regime do apartheid na Palestina.
De volta à minha audiência, o jovem promotor, o cabelo preto cortado
curto, parecia em uma perda. Ele manteve coçando a cabeça e, finalmente,
ele olhou para mim e perguntou:
“Por que o ataque do exército, assim mesmo, sem motivo?”
“Essa é uma excelente pergunta, eu sugiro que você perguntar o exército.”
Ele não tinha mais respostas depois disso. Um veredicto de culpado
provavelmente vai significar uma multa ou serviço comunitário ou talvez
uma doação a uma instituição de caridade. Um veredicto não culpado vai
significar o tribunal realiza a estupidez absoluta do caso.
A audiência final e veredictos terá lugar em mais alguns meses.
Tudo
envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece
contraditório por natureza. Nesta quarta-feira (7), a Justiça do Paraná
determinou a transferência do petista para São Paulo, onde poderia
dividir a cela com outro preso – e, numa penitenciária como Tremembé,
poderia até incluir nomes famosos. Porém, ao mesmo tempo em que estar
perto da família era um direito até então negado ao ex-presidente, os
aliados de Lula pediram que a transferência fosse cancelada, por falta
de condições para abrigá-lo em segurança. Após uma sessão rápida, o
Supremo Tribunal Federal (STF) acatou o pedido e ele deve permanecer em
Curitiba por mais algum tempo.
Não
é novidade que o petista desperta amores e ódios. Porém a cada novo
episódio envolvendo a prisão dele fico impressionado como as pessoas
conseguem enxergar apenas o que lhes convêm, seja para inocentá-lo, seja
para condená-lo. Ter um ex-presidente sob cárcere não é algo comum nas
democracias. É pouco usual e, portanto, natural que tudo envolvendo Lula
apareça com certo ineditismo. Ele não é um preso comum e insistir nessa
tese é uma falha grave de quem o trata como um mero pária da nação.
Como
ex-presidente, o petista teria direito a uma Sala de Estado Maior para
cumprir a pena. Não acontece em Curitiba, onde ele está preso na
superintendência da Polícia Federal desde abril de 2018. Não deve
acontecer em Tremembé, visto que nem mesmo a juíza que determinou a
transferência pediu esse espaço. No entanto, se é um direito ele não
permanecer junto a presos comuns, alocá-lo em cela coletiva é, no
mínimo, um desrespeito à própria legislação. Infelizmente, é notório que
o antipetismo é tão forte que, no submundo das redes sociais, essa
possibilidade de Lula dividir cela com qualquer outra figura do sistema
carcerário foi registrada como uma celebração. Não dá para agir assim.
Parte
desse ambiente de “comemoração” vem sendo construído ao longo dos anos
e, aos poucos, vai ganhando contornos cada vez mais desumanos. Tanto que
é possível até ver brasileiros ansiando para que o ex-presidente venha a
ser vítima de um atentado na cadeia, algo que, infelizmente, tem
acontecido com frequência nos complexos penais nos diversos rincões do
país. Tais comentários, inclusive, geraram a reação de aliados de Lula,
que temem pela vida do petista, em caso do mesmo ser tratado como um
preso comum.
A
súbita transferência de Lula para Tremembé está sendo questionada
judicialmente pela defesa do ex-presidente. Como a família dele mora na
região da Grande São Paulo, esse direito de estar perto dos parentes já
vinha sendo negado desde a prisão dele. Agora, aparentemente sem estar
dentro do radar, a Justiça determinou a transferência. Em um processo
eivado de questionamentos, esse é apenas mais um para o rol de dúvidas
levantadas por aqueles que veem problemas nele. Até que a ida para São
Paulo seja confirmada – ou negada em definitivo -, muita tensão
circulará o noticiário em torno da decisão.
Já
que essa novela não parece estar perto do fim, é sempre importante
fazer uma reflexão. Lula está longe de ser o anjo de candura pintada por
aliados, mas também não é o demônio desenhado pelo antipetismo. Esses
extremos são, portanto, algo difícil de lidar. Talvez por isso minha
gastrite tenha ficado atacada ultimamente.
Este texto integra o comentário desta quinta-feira (7) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30. BN
Quando
a vida traz a conta, nós somos obrigados a arcar com tudo aquilo que
fizemos para as pessoas ao nosso redor, e uma coisa é certa: o preço do
egoísmo e da maldade é muito alto.
Quem
escolhe viver uma vida de negatividade tem que estar preparado para
quando chegar o momento de acertar a conta, porque nenhum desconto vem
para aqueles que parecem se esforçar para fazer mal a outras pessoas.
Apesar
de cada um ter a sua própria jornada e destino, muitos preferem gastar o
seu tempo e energia pensando em maneiras de prejudicar aqueles ao seu
redor, ao invés de buscar o seu próprio amadurecimento e felicidade.
Provavelmente você já conheceu alguém assim, porque esses comportamentos são cada vez mais comuns.
Pessoas assim são conhecidas como tóxicas,
manipuladoras e egoístas. Elas fazem tudo o que for preciso para
alcançar seus objetivos, ainda que para isso precisem complicar muito as
vidas daqueles ao seu redor. Não possuem lealdade, confiabilidade e
respeito por praticamente ninguém.
Essas pessoas não conhecem o
que é a verdadeira amizade, não estão familiarizadas com o poder de
transformação do bem. Provavelmente já passaram por momentos
extremamente negativos com outras pessoas no passado e não conseguiram
se libertar de sua influência, por isso procuram compensar todo o mal
que sofreram magoando outras pessoas, ainda que não tenham nada a ver
com a situação.
Algumas vezes, fazem isso por falta de autoconhecimento e noção do impacto de suas próprias atitudes.
Outras o fazem intencionalmente, mas seja qual for a justificativa, nunca estarão livres da dívida com a vida, e terão que prestar contas de todas as atitudes que trouxeram tristeza intencional a alguém.
Não
importa quem somos ou qual nossa história de vida, ferir outras pessoas
nunca será algo bom, nem a solução para nossos problemas. Sempre
podemos escolher usar nossas experiências negativas como motivação para
aprendermos coisas novas e encontrarmos um caminho realmente saudável.
Fazer
o mal é sempre uma escolha e as suas consequências não são nada
agradáveis. Concentre-se em levar uma vida consciente, responsável e
respeitosa, consigo mesmo e com os outros.
A vida cobra
um preço alto demais por cada uma das maldades de praticamos. O melhor é
cultivarmos o bem em nosso interior, assim caminharemos com segurança e
tranquilidade, sem nada a temer, apenas com infinitos motivos para
agradecer. Texto escrito com exclusividade para o
site O Segredo. É proibida a divulgação deste material em páginas
comerciais, seja em forma de texto, vídeo ou imagem, mesmo com os
devidos créditos.