quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Socialismo Científico – Marx e Engels

Política

Socialismo Científico – Marx e Engels

Destacou-se no período da Ordem da Revolução Industrial, preocupado em analisar o modo de produção capitalista, o alemão Karl Marx (1818-1883), que fundou a teoria do socialismo científico. Sua fama cresceu a partir da publicação da obra Manifesto do Partido Comunista, em 1848, escrita com Friedrich Engels (1820-1895).
Eles analisaram e criticaram o capitalismo, propondo uma nova forma de organização político-econômica da sociedade, pois consideravam que esse sistema de produção criava profundas injustiças sociais e que não bastava reformá-lo para alcançar a igualdade entre os homens. Seus principais pontos de análise eram:
  • O capitalismo é uma forma de produção histórica e social específica de uma época. Sua origem pode ser estabelecida e o seu fim histórico pode ser previsto.
  • A morte desse modo de produ­ção vai ocorrer quando a clas­se operária, por meio de um processo revolucionário, al­cançar o poder econômico e político (socialização dos meios de produção), instau­rando uma “ditadura” do pro­letariado.
  • Em sua fase de maturida­de, o capita­lismo apre­sentará uma tendência à concentração do capital, com a consequente e pro­gressiva eliminação da concorrência, gerando mono­pólios.
  • O sistema capitalista assenta-se na propriedade privada e na exploração do trabalho. A miséria dos trabalhadores é proporcional à concentração monopolista do capital.
Retrato de Marx e Engels, fundados do socialismo científico.Marx e Engels afirmaram que as transformações dos modos de produção são determinadas por leis históricas, fruto do desenvolvimento das forças produtivas. Dessa forma, defendiam a ideia de que a classe operária deveria se organizar e por meio de uma revolução introduzir uma nova forma de organização econômica e política. Esse processo revolucionário passaria por duas fases. Veja tabela abaixo.
Fase socialistaFase comunista
  • planejamento econômico
  • propriedade estatal e coletiva
  • ditadura revolucionária do proletariado
  • possível Estado burocrático
  • sistema mundial
  • propriedade social dos meios de produção
  • igualdade social (ausência de classes)
  • desaparecimento do Estado
“A cada um de acordo com seu trabalho.”“A cada um de acordo com suas necessidades.”
A fase socialista seria instalada imediatamente após o capitalismo, quando a classe trabalhadora tomasse o poder e criasse um Estado proletário. Nesse momento a cultura ainda estaria impregnada pelos valores da sociedade capitalista, e os trabalhadores receberiam um salário pelo seu trabalho, o que talvez não satisfizesse as suas necessidades.
Na fase comunista, o Estado desapareceria e o sistema político-econômico seria mundial. Novos valores culturais e sociais surgiriam, e o trabalho seria remunerado segundo as necessidades de cada um, criando uma sociedade igualitária, sem classes sociais e sem fronteiras.
Antes que o socialismo se tornasse uma prática, ou seja, um Estado passasse a utilizar essa teoria para se organizar (Revolução Russa de 1917), ele se tornou a fonte de inspiração de diversos movimentos sociais que passaram a ocorrer em muitos países do mundo, mas especialmente na Europa, dando força aos movimentos sindicais do século XIX e impulsionando a formação de partidos políticos que defendiam as classes trabalhadoras.
A teoria do socialismo científico foi baseada na filosofia alemã, a partir da qual Marx concebeu o materialismo dialético, no socialismo utópico francês, que fundamentou as suas bases humanistas, e na economia política inglesa, que deu subsídios para a análise crítica do capitalismo.
Mais tarde, durante o século XX, o sistema socialista de produção, com diferentes formas de organização, passou a ser praticado em muitos países, chegando a envolver uma elevada parcela da população mundial. Ainda hoje, mesmo após o desaparecimento de muitos países socialistas, algumas nações ainda mantêm sistemas político-econômicos que se afirmam socialistas.
Há, porém, muita controvér­sia sobre esse assunto, pois alguns estudiosos asseguram que o verdadeiro socialismo proposto por Marx jamais foi implantado. Outros destacam que não importa se o socialismo existiu ou não durante o século XX.
]O que importa, verdadeira­mente, é que as condições eco­nômicas e sociais na qual vive hoje a maior parte da população do mundo mostram claramente que o sistema capitalista não resolveu os problemas humanos básicos, cabendo, portanto, uma discussão sobre a sua reformu­lação e/ou sua eliminação e substituição por uma nova for­ma de organização da sociedade. Para os que acreditam nisso, o socialismo é ainda uma pro­posta a ser pensada e colocada em prática.

Por: Renan Bardine

Teoria Marxista – Marxismo

História

Teoria Marxista – Marxismo

Foi no estado alemão, agitado e cheio de problemas, que nasceu o marxismo. Essa teoria não foi concebida apenas por Karl Marx (1818 – 1883), ele teve uma colaboração ideológica e financeira de Friedrich Engels (1820 – 1895).
Eles escreveram em parceria o Manifesto Comunista (1848) e A ideologia alemã. Algumas das obras de Marx foram: O 18 Brumário de Luís Bonaparte, Contribuição à crítica da economia política, e a mais importante que foi O Capital. Já Engels escreveu Anti-Duhring, A dialética da natureza, A origem da família, da propriedade privada e do Estado e outras.
Eles formularam seu pensamento baseado na realidade social da sua época, que era de um grande avanço técnico e aumento do controle da natureza pelo homem mas por outro lado, a classe trabalhadora sofria mais opressão e ficava cada vez mais pobre. Sua doutrina partiu do estudo dos economistas ingleses Adam Smith e David Ricardo e da filosofia de Hegel.
Essa doutrina se compõe de uma teoria científica, o materialismo histórico, e de uma teoria filosófica, o materialismo dialético. Segundo o materialismo,  o mundo material é anterior ao espírito e este deriva daquele. Marx chama de infra-estrutura a estrutura material da sociedade, sua base econômica, que consiste nas formas pelas quais os homens produzem os bens necessários à sua vida.
Teoria MarxistaA superestrutura corresponde à estrutura jurídico-política e a estrutura ideológica. A posição do marxismo, é que a infra-estrutura determina a superestrutura, mas ao tomar conhecimento das contradições, o homem pode agir ativamente sobre aquilo que o determina. As manifestações da superestrutura passam a ser determinadas pelas alterações da infra-estrutura decorrentes da passagem econômica do  sistema feudal para o capitalista. O movimento dialético da história se faz por um motor, que é a luta de classes. Essa luta acontece porque as classes tem interesses antagônicos. No modo de produção capitalista essa relação de antagonismo se dá porque o capitalista detém o capital e o operário não possui nada, tendo que vender a sua força de trabalho.
A partir desse ponto, Marx formula uma de suas conceitos mais conhecidos que é a mais-valia. Esse mais-valia é concebida quando o trabalhador vende ao capitalista a sua força de trabalho por um valor estipulado num contrato. Acontece que ele produz mais do que esperado, e como ele fica com tempo disponível dentro da empresa ele produz um excedente que é a mais-valia. Essa mais-valia não é dividido com o trabalhador e fica nas mãos do capitalista que vai acumulando o capital. A mais-valia é portanto o valor que o trabalhador cria além de sua força de trabalho e é apropriado pelo capitalista.
Outro conceito que Marx constrói é o da alienação. O trabalhador quando vende a sua força de trabalho se torna estranho ao produto que concebeu. Essa perda do produto causa outras perdas para o trabalhador, como a separação da concepção e execução do trabalho, e ainda com o avanço tecnológico, ele fica sujeito ao ritmo da linha de montagem, não tendo controle sobre o seu ritmo normal de trabalho. Para que o trabalhador não se revolte, o capitalismo usa de mecanismos de introdução de ideologia na cabeça das pessoas, para que estas se conformem com a situação de desigualdade.

O Socialismo

Para Karl Marx, a classe operária, organizada em um partido revolucionário, deverá destruir o Estado burguês e organizar um novo Estado capaz de acabar com a propriedade privada nos meios de produção. Esse novo Estado, que ele chama de ditadura do proletariado, deverá liquidar a classe burguesa no mundo inteiro. Essa primeira fase é chamada de socialismo, precisa de um aparelho estatal burocrático, um aparelho repressivo e um aparelho jurídico. É nessa fase que se dará a luta contra a antiga classe dominante, para se evitar a contra-revolução. O princípio do socialismo é: “De cada um, segundo sua capacidade, a cada um segundo seu trabalho”.
A segunda fase, é chamada de comunismo, e se define pelo fim da luta de classes e consequentemente o fim do Estado. Haveria um desenvolvimento prodigioso das forças produtivas, que levaria a uma era de abundância, ao fim da divisão do trabalho em trabalho material e intelectual, e a ausência de contraste entre cidade e campo e entre indústria e agricultura. O princípio do comunismo é: “De cada um, segundo sua capacidade, a cada um, segundo suas necessidades”. Com a passagem para o comunismo, a luta de classes não mais seria entre dominantes e dominados, e sim entre as forças progressistas e as forças conservadoras.

Correntes marxistas contemporâneas e as aplicações do método marxista

Lênin ( 1870 – 1924 ), teórico do marxismo, cujo verdadeiro nome era Vladimir Ilitch Ulianov,  foi também um revolucionário. Quando os socialistas revolucionários, liderados pelos mencheviques, derrubaram os o czarismo em março de 1917, Lênin se encontrava exilado na Suíça. Retornando à Rússia, liderou a facção dos bolcheviques, que tomou o poder em outubro do mesmo ano. O seu propósito era restabelecer a verdadeira concepção de Marx e Engels, deformada pela Segunda Internacional ( 1889 – 1914 ), a partir da qual alemães e franceses apoiaram a guerra imperialista de 1914.
Ele também rompeu com o teórico alemão Kautsky, acusando-o de oportunismo e de adotar posições não revolucionárias, além de imprimir interpretações positivistas e não dialéticas ao pensamento marxista. Propunha a quebra do Estado burguês pela violência e instaurar a ditadura do proletariado, e foi contra os anarquistas que achavam necessário abolir o Estado imediatamente. Sob o seu comando, a Rússia se tornou União Soviética, onde acabou com a propriedade privada, planificou a economia, fez reformas agrárias, nacionalizou bancos e fábricas.
Leon Trótski (1879 – 1940) foi companheiro de Lênin nas lutas de 1917, e defendia revolução permanente, que significa o prolongamento da luta de classes em nível nacional e internacional, que gerará a guerra civil interna e a guerra revolucionária externa. Trótski foi muito perseguido pelo seu maior inimigo, Stálin, e refugiou-se no México, onde foi assassinado por um stalinista.
Joseph Stálin (1879 – 1953), foi o sucessor de Lênin no poder da URSS e fortaleceu o Estado ao ponto de transformá-lo num regime totalitário. Imprimiu ao socialismo um caráter fortemente nacionalista, fortaleceu a polícia e o exército e desenvolveu o culto à personalidade. Esteve menos preocupado com a teoria e mais com a formulação de máximas de ação. Após sua morte, Kruchev assumiu o poder e promoveu o processo de desestalinização.
Rosa Luxemburg (1871 – 1919), natural da Polônia, ajudou na formação da Liga Espartaquinista e fundou o Partido Comunista Alemão. Defendia a tese da espontaneidade das massas e criticava o partido único, cuja consequência é o governo ditadorial de uma minoria. Alertou severamente sobre os perigos da burocracia, que poderia levar à supressão da democracia.
Antônio Gramsci (1891 – 1937) foi um dos mais importantes teóricos italianos, preso durante catorze anos pela ditadura fascista. Mesmo no cárcere, onde ficou até a morte, escreveu muito, enfatizando a crítica ao dogmatismo do marxismo oficial, que ao petrificar a teoria, impedia a prática revolucionária.

Autoria: Cristiane Rubão

Materialismo Dialético

Filosofia

Materialismo Dialético

Baseado em Demócrito e Epicuro sobre o materialismo e em Heráclito sobre a dialética (do grego, dois lógos, duas opiniões divergentes), Marx defende o materialismo dialético, tentando superar o pensamento de Hegel e Feuerbach.
A dialética hegeliana era a dialética do idealismo (doutrina filosófica que nega a realidade individual das coisas distintas do “eu” e só lhes admite a ideia), e a dialética do materialismo é posição filosófica que considera a matéria como a única realidade e que nega a existência da alma, de outra vida e de Deus. Ambas sustentam que realidade e pensamento são a mesma coisa: as leis do pensamento são as leis da realidade. A realidade é contraditória, mas a contradição supera-se na síntese que é a “verdade” dos momentos superados. Hegel considerava ontologicamente (do grego onto + logos; parte da metafísica, que estuda o ser em geral e suas propriedades transcendentais ) a contradição (antítese) e a superação (síntese); Marx considerava historicamente como contradição de classes vinculada a certo tipo de organização social. Hegel apresentava uma filosofia que procurava demonstrar a perfeição do que existia (divinização da estrutura vigente); Marx apresentava uma filosofia revolucionária que procurava demonstrar as contradições internas da sociedade de classes e as exigências de superação.
Ludwig Feuerbach procurou introduzir a dialética materialista, combatendo a doutrina hegeliana, que, a par de seu método revolucionário concluía por uma doutrina eminentemente conservadora. Da crítica à dialética idealista, partiu Feuerbach à crítica da Religião e da essência do cristianismo.
Feuerbach pretendia trazer a religião do céu para a Terra. Ao invés de haver Deus criado o homem à sua imagem e semelhança, foi o homem quem criou Deus à sua imagem. Seu objetivo era conservar intactos os valores morais em uma religião da humanidade, na qual o homem seria Deus para o homem.
Adotando a dialética hegeliana, Marx, rejeita, como Feuerbach, o idealismo, mas, ao contrário, não procura preservar os valores do cristianismo. Se Hegel tinha identificado, no dizer de Radbruch, o ser e o deve-ser (o Sein e o Sollen) encarando a realidade como um desenvolvimento da razão e vendo no deve-ser o aspecto determinante e no ser o aspecto determinado dessa unidade.
A dialética marxista postula que as leis do pensamento correspondem às leis da realidade. A dialética não é só pensamento: é pensamento e realidade a um só tempo. Mas, a matéria e seu conteúdo histórico ditam a dialética do marxismo: a realidade é contraditória com o pensamento dialético. A contradição dialética não é apenas contradição externa, mas unidade das contradições, identidade: “a dialética é ciência que mostra como as contradições podem ser concretamente (isto é, vir-a-ser) idênticas, como passam uma na outra, mostrando também porque a razão não deve tomar essas contradições como coisas mortas, petrificadas, mas como coisas vivas, móveis, lutando uma contra a outra em e através de sua luta.” (Henri Lefebvre, Lógica formal/ Lógica dialética, trad. Carlos N. Coutinho, 1979, p. 192). Os momentos contraditórios são situados na história com sua parcela de verdade, mas também de erro; não se misturam, mas o conteúdo, considerado como unilateral é recaptado e elevado a nível superior.
Marx acusou Feuerbach, afirmando que seu humanismo e sua dialética eram estáticas: o homem de Feuerbach não tem dimensões, está fora da sociedade e da história, é pura abstração. É indispensável segundo Marx, compreender a realidade histórica em suas contradições, para tentar superá-las dialeticamente. A dialética apregoa os seguintes princípios: tudo relaciona-se (Lei da ação recíproca e da conexão universal); tudo se transforma (lei da transformação universal e do desenvolvimento incessante); as mudanças qualitativas são consequências de revoluções quantitativas; a contradição é interna, mas os contrários se unem num momento posterior: a luta dos contrários é o motor do pensamento e da realidade; a materialidade do mundo; a anterioridade da matéria em relação à consciência; a vida espiritual da sociedade como reflexo da vida material.
O materialismo dialético é uma constante no pensamento do marxismo-leninismo (surgido como superação do capitalismo, socialismo, ultrapassando os ensinamentos pioneiros de Feuerbach).

Estoicismo

Filosofia

Estoicismo

O estoicismo é uma das linhas mais fecundas da filosofia helenística. A doutrina estoica estende-se ao longo de seiscentos anos, entre os séculos IV a.C. e II d.C. Seu fundador foi Zenão de Cítio (c. 335-263 a.C.), que nasceu na ilha de Chipre.
O estoicismo pode ser dividido em três períodos: antigo, médio e romano. No antigo destacaram-se Zenão de Cítio (c. 335-263 a.C), Cleanto de Assos (c. 331-232 a.C.) e Crisipo de Solis (c. 280-207 a.C.). No médio, Panécio de Rodes (c. 185-109 a.C.) e Posidônio de Apameia (c. 135-51 a.C). Os nomes mais importantes da época romana foram Sêneca de Córdoba (c. 4-65), Epiteto de Hierápolis (c. 55-135) e Marco Aurélio (c. 121-180).

A lógica estoica

Ao lado do Organon, de Aristóteles, a lógica estoica é uma das contribuições de grande interesse no desenvolvimento da lógica contemporânea. A diferença é que, para Aristóteles, trata-se mais de uma lógica de termos, ao passo que os estoicos desenvolvem uma lógica proposicional, baseada não tanto em nomes, mas no modo de dizê-los nas proposições.
Eles diferenciavam o signo ou significante (semainon), a coisa significada (semainómenon), e o significado (lekton) ou aquilo que se diz. O significante e a coisa são materiais, mas o significado é imaterial, algo entre a realidade das coisas e a realidade das palavras.
Morte de Sêneca, pintura de Rubens.
Pintura Morte de Sêneca. Sêneca foi uma das figuras mais importantes do estoicismo romano.

A ética: eudaimonia

A ética estoica estabelece a felicidade ou eudaimonia como princípio fundamental.
A expressão maior da virtude é viver conforme a natureza e isso é motivo de felicidade. Essa concordância é racional e coincide com a razão ou logos da vida e da natureza, entendida como o universo inteiro, com sua harmonia e plenitude (Diógenes Laércio, VII, 87).
Esse ponto marca uma importante diferença entre estoicismo e epicurismo. Enquanto este último afirma o sentido da vida, aceitando exclusivamente as condições do “aqui e agora”, o estoicismo defende uma identificação com um logos que reside além da natureza humana. A concordância é feita envolvendo o indivíduo em uma harmonia universal.
A felicidade, assim, é estabelecida em níveis mais teóricos do que a concreta projeção nos limites do próprio corpo, como os epicuristas pretendiam. Ser feliz é, pois, ser virtuoso e entender o momento supremo do homem na adequação com o logos, a razão universal, isso proporciona autonomia. Quem a consegue é sábio. O homem independente entende o além das coisas e contrapõe-se ao ignorante.

A física estoica

Uma das ideias centrais do estoicismo é a unidade do real. A natureza e a razão são uma só coisa. O desenvolvimento da vida e da natureza está cheio de racionalidade e coerência, mas somente é real o que tem corpo, mesmo que haja um pneuma ou sopro universal que tudo preenche e que pode identificar-se com a divindade.

Períodos e nomes:

Estoicismo antigo

  • Zenão de Cítio (c. 335-263 a.C.)
  • Cleanto de Assos (c. 331-232 a.C.)
  • Crisipo de Solis (c. 280-207 a.C.)

Estoicismo médio

  • Panécio de Rodes (c. 185-109 a.C.)
  • Posidônio de Apameia (c. 135-51 a.C.)

Estoicismo romano

  • Sêneca de Córdoba (c. 4-65 d.C.)
  • Epiteto de Hierápolis (c. 50-135 d.C.)
  • Marco Aurélio (c. 121-180 d.C.)
Por: Roberto Braga Garcia

Immanuel Kant

Filosofia

Immanuel Kant

Biografia

Immanuel Kant nasceu em Königsberg, no ano de 1724. Königsberg, então, era uma cidade da Prússia Oriental que, a partir de 1871, integrou o Império Alemão. Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), essa região foi dominada pela União Soviética e atualmente pertence à Rússia.
Kant viveu solteiro e passou a maior parte de sua vida em sua cidade natal, onde se formou em filosofia e foi professor e reitor. Mantinha hábitos interessantes, como o de passear sempre no mesmo horário, a ponto de as pessoas acertarem seus relógios a partir de seus passeios.
Kant foi o primeiro filósofo a ser professor universitário, condição criticada por outros filósofos alemães como Schopenhauer – este argumentava que o filósofo perdia sua autonomia de pensamento quando se vinculava a uma instituição como a universidade.
Entre as obras mais importantes de Kant, destacam-se Crítica da razão pura, Princípios fundamentais da metafísica dos costumes, Crítica da razão prática e Crítica do juízo.

A filosofia de Kant

Não seria exagero afirmar que a importância de Kant para a filosofia universal é semelhante à de Platão. Sua filosofia tem como característica duas fases: a pré-crítica (1755-1780) e a crítica (1781-1800). Na fase pré-crítica, é marcante sua afinidade com o pensamento metafísico e racionalista predominante na pré-Alemanha. Mas, após a leitura de Hume, Kant “despertou de seu sono dogmático”, iniciando a fase crítica de sua obra. Por isso, a filosofia kantiana é conhecida como criticismo.
Retrato de Kant.
Immanuel Kant
Kant pretendeu superar a discussão entre racionalistas e empiristas, redefinindo os limites entre fé e razão. Também propôs as bases para a constituição da moral, como veremos mais adiante. Poderíamos resumir a filosofia kantiana em quatro questões básicas:
  • Como se pode conhecer?
  • Como agir?
  • O que esperar?
  • O que é o homem?
A primeira questão é respondida por Kant de uma forma tão revolucionária quanto foi a representação de Nicolau Copérnico (1473-1543) para a astronomia e para o Renascimento Científico em geral.
Enquanto Copérnico colocou o Sol no centro do universo (teoria heliocêntrica), em oposição aos gregos e aos medievais que afirmavam ser a Terra o centro do universo, enquanto o Sol se movimentava em torno dela – teoria geocêntrica – Kant colocou a razão no centro de suas análises, partindo do pressuposto de que era necessário perceber o que ela é, o que ela pode ou não conhecer, quais são os seus limites, quais são as suas relações com a experiência, e assim por diante. Não se trata de conhecer o mundo e as coisas que existem nele, seja por meio da razão, seja por meio da experiência: trata-se, primeiro, de conhecer a própria razão.
Em Kant, a dualidade “racionalismo-empirismo” é superada por uma harmonia entre os sentidos e a razão, a fim de que possamos conhecer melhor nós mesmos e o mundo. Ele afirma que não somos capazes de conhecer inteiramente os objetivos reais e que o nosso conhecimento sobre esses objetos reais é fruto do que somos capazes de pensar sobre eles. Nosso conhecimento é limitado pelas noções de espaço e de tempo inerentes à nossa razão e às quais estamos presos.
E há determinadas coisas que os seres humanos não podem conhecer de fato, no sentido filosófico. Um exemplo disso é Deus. Ao contrário de Descartes, que afirmava a existência de Deus por meio da razão, Kant afirma ser impossível essa afirmação, uma vez que a concepção de Deus está fora dos limites racionais.
Mas Kant não nega e existência de Deus (aliás, ele era bastante religioso). Sua preocupação é demonstrar que essa não deve ser uma preocupação da filosofia, já que esta deve limitar-se ao que realmente possa ser conhecido por meio de uma combinação da razão com os sentidos.
A filosofia kantiana acaba sendo uma terceira via, en­quanto resultado de uma síntese entre o racionalismo carte­siano e o empirismo britânico, sobretudo o de Hume.
Para Kant, o “ser em si” não existe, ou seja, não existe um mundo independente do sujeito. O objeto a ser conhecido só existe em função de um sujeito que o conhece. Voltando à comparação feita por vários autores entre Copérnico e Kant, enquanto o primeiro eliminou a crença do homem de que a Terra era o centro do universo, deixando o homem reduzido diante da imensidão universal, o segundo libertou o homem do universo ao qual se encontrava preso e deu a esse mesmo homem uma nova direção: o próprio homem. Assim, deu início também a uma nova concepção de metafísica.

Por: Wilson Teixeira Moutinho

Nietzsche

Filosofia

Nietzsche

Nietzsche se propõe a fazer uma crítica dos valores morais que compõem a cultura. Mais do que isso, ele coloca em questão esses valores e sugere transformá-los por completo.
O alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) formou-se como filólogo clássico em Bonn. Chegou à filosofia por meio da leitura de Arthur Schopenhauer, o que, com a admiração por Richard Wagner e a paixão pelo mundo grego, determinou, em boa parte, seus primeiros escritos.
Sua filosofia constitui uma exaltação de todos os valores vitais e é uma crítica da cultura, especialmente da tradição filosófica e do cristianismo — que, segundo ele, levaram o homem à submissão e impediram-no de se desenvolver como um “espírito livre”. Centralizou sua doutrina em quatro pontos fundamentais: a vontade de potência, o super-homem, a autossuperação da moral e o eterno retorno.
A obra de Nietzsche supôs um ponto de inflexão na história da filosofia, uma vez que deu lugar ao desenvolvimento de uma corrente de pensamento que teve uma enorme importância no século XX. Algumas de suas obras mais decisivas são A origem da tragédia (1872), A gaia ciência (1882 e 1887),

Aforismos para a afirmação da vida

Friedrich Nietzsche (1844-1900), como Bento de Espinosa (1632-1677) – de quem foi leitor entusiasmado e com cujo sistema rompeu, posteriormente faz de sua filosofia uma afirmação da vida, da vontade de viver.
Retrato de Nietzsche.
Nietzsche
Em tomo desse núcleo ele desenvolveu um pensamento demolidor em relação à tradição, em todas as suas manifestações: moral, religiosa, científica, filosófica. Para Nietzsche, todas elas deram sua contribuição para oprimir o ser humano das mais diversas maneiras.
Suas críticas à tradição não se limitaram, porém, ao conteúdo da filosofia que produziu. Elas também se apresentam no aspecto formal dessa produção.
Nietzsche não elaborou um sistema filosófico no sentido tradicional do termo. Seus textos, de reconhecido valor literário, são, em parte, fragmentados. Pode-se dizer que Nietzsche fala por aforismos, sem a preocupação de elaborar conceitos e encadeá-los. Mas esses fragmentos compõem uma unidade, uma filosofia de novo tipo, liberada das amarras do encadeamento de razões.

Natureza e valores para Nietzsche

Estudioso da física, da química e principalmente da biologia, Friedrich Nietzsche se baseia nelas para compreender o homem, seu comportamento, suas ações. Interessa-lhe o ser humano partícipe da natureza, submetido a suas forças e a suas leis, componente do mundo. Assim, não é de um homem abstrato ou idealizado que ele fala, mas do homem real.
Esse homem real, desde o nascimento, é submetido a valores – o elemento formador da cultura. Os valores da cultura europeia, expressos no cristianismo, no socialismo e no igualitarismo democrático, compõem uma moral que precisa ser superada. Essa superação, por sua vez, não pode se dar na esfera limitada pelas noções de bem e de mal – para Nietzsche, manifestações de uma “vitalidade descendente”; deve ir além dessa esfera, alcançando a “vitalidade ascendente”, identificada com a vontade de viver ou vontade de potência.

O ideal do super-homem

Superar os valores significa também superar o homem submetido a eles. Preso à suposta objetividade da ciência e ao ressentimento moral cristão, o homem está sob o domínio da “moral do escravo“, em que se prezam os valores que Nietzsche denomina “inferiores”: humildade, bondade, piedade, satisfação, amor ao próximo.
Esses valores são falsos e, ao contrário do que se acredita, controlam o homem em vez de libertá-lo.
A liberdade pressupõe o abandono da condição de escravo. É preciso tornar-se senhor, tomar-se potência. E isso implica a adoção de novos valores: a personalidade criadora no lugar da objetividade, a virtu em vez da bondade, o orgulho substituindo a humildade, o risco e não a satisfação, o amor ao distante e não o amor ao próximo.
O homem-senhor, o homem-potência, é o que Nietzsche chama “super-homem”: aquele capaz de assumir riscos, ser criativo, orgulhar-se de si, amar o distante e ter a virtu renascentista. A moral do super-homem, assim, é a negação da moral do escravo.
Ele tem a moral do senhor, isto é, a vontade de potência, que abole a culpa e o castigo, que afirma e dá sentido à vida.

Nietzsche e a morte de Deus

Ao proceder à transvaloração dos valores, Nietzsche os entende como “humanos, demasiado humanos“. Isso significa que é o homem que deve dar sentido à própria vida. Até porque, afirma o filósofo, divindades não existem. A vida é aqui. E agora.

“Deus está morto”

Deus está morto! Deus permanece morto! E quem o matou fomos nós!”, escreve Nietzsche em A gaia ciência, § 125. E se, em seguida, pergunta “como haveremos de nos consolar” – pressupondo luto no final do parágrafo glorifica o ato, qualificando-o como o “mais grandioso” de todos os tempos, aquele que prenuncia um futuro melhor, “e, quem quer que nasça depois de nós, passará a fazer parte, mercê deste ato, de uma história superior a toda a história até hoje!”.
Ao anunciar a morte de Deus, Friedrich Nietzsche (1844-1900), na verdade, afirma a morte da metafísica, noção filosófica da qual o cristianismo se apossou e que postula a existência de outro mundo além deste, um mundo suprassensível que seria a origem, a referência e a finalidade de tudo aquilo que vive na Terra. A religião, ao prometer nele a redenção, segundo Nietzsche, manipula os fracos, impondo-lhes a resignação e a renúncia.
Em relação à filosofia, a afirmação da existência desse suposto mundo suprassensível, inacessível aos sentidos, desqualifica os sentidos, privilegiando a pretensa superioridade da razão. A esse procedimento racional, lógico, abstrato, Nietzsche opõe a criatividade afirmativa, a multiplicidade da vida, a vontade de potência.

O eterno retorno

A doutrina do eterno retorno, explica Scarlett Marton em Nietzsche, a transvaloração dos valores, insere-se no contexto da cosmologia nietzscheana. Para Nietzsche, só há um mundo: este. E ele é eterno e infinito. Todavia, as forças que o compõem são finitas. Como o tempo é infinito, só duas possibilidades se abrem: “ou o mundo atingiria um estado de equilíbrio durável ou os estados por que ele passasse se repetiriam”, escreve Scarlett.
No sistema do filósofo, porém, a força é dinâmica: busca tomar-se ainda mais forte a cada instante. Por isso, não pode haver equilíbrio nem estabilidade. O que há é o combate incessante, com a vontade de potência impulsionando a força ao domínio sobre as demais. Diante desse quadro, resta a alternativa da repetição.
‘Todos os dados são conhecidos: finitas são as forças, finito é o número de combinações entre elas, mas o mundo é eterno. Daí se segue que tudo já existiu e tudo tomará a existir. Se o número dos estados por que passa o mundo é finito e se o tempo é infinito, todos os estados que hão de ocorrer no futuro já ocorreram no passado.”
Scarlett Marton. Nietzsche, a transvaloração dos valores, p. 56.
Ao homem — que pela doutrina do eterno retorno está condenado a viver repetidas vezes, “sem razão ou objetivo” — não cabe reclamar desse destino, mas aceitá-lo e amá-lo. Nietzsche chama essa aceitação de amor fati (amor ao destino), pelo qual o ser humano, ciente de que não há poder transcendente que o ampare, dá sentido à própria vida. Isso implica amar cada momento como ele se apresenta, “eternizando” o presente.
É desse modo que o homem supera as antigas oposições metafísicas (essência/aparência, sensível/inteligível, mutável/permanente) e se toma consciente de estar integrado ao cosmo. Esse processo o conduz à criação de novos valores, ascendentes, e ao fazer isso, nas palavras de Scarlett, “ele intervém num momento qualquer do processo circular [o eterno retorno], que é o mundo, e assim recria o passado e transforma o futuro”

Por: Paulo Magno da Costa Torres

Jihad

Religião

Jihad

A palavra “jihad” aparece muito nos meios de comunicação em referência a grupos terroristas, como o chamado “jihad Islâmica”, que reivindica atentados cometidos em Israel e em outros lugares.
Também se costuma falar de jihad de modo mais geral para referir-se à “guerra santa”, e há quem chegue a crer que todos os muçulmanos estejam dispostos a atacar seus vizinhos para que mudem de religião e abracem o islã, como um caso extremo de proselitismo.
A jihad é um elemento importante na vida do crente muçulmano, e em árabe significa “esforço”. Trata-se de uma abreviatura cuja fórmula completa, empregada com frequência no Corão, é “o esforço no caminho de Alá”. Para isso podem ser empregados diversos meios:
  • O primeiro é o esforço no autoaperfeiçoamento, que para muitos muçulmanos é a jihad mais importante, e consiste em lutar contra as tendências negativas para ser cada dia melhor diante de Alá;
  • Outro é o esforço militar contra os não muçulmanos, quando se trata de defender o território povoado por muçulmanos contra os ataques inimigos, ou no momento de abrir para o islã uma região que rechaça o convite pacífico para que se una a ele;
  • Também existe o esforço contra os muçulmanos para combater os que não agem de modo correto, buscando que mudem de atitude.
Jihad
Membro do grupo fundamentalista Hezbollah, sul do Líbano.
A época de Maomé foi marcada por guerras, dirigidas tanto contra os árabes politeístas como contra judeus e cristãos, mas também contra os que, após terem aceitado o islã, mudaram de opinião e abandonaram a comunidade muçulmana. Nesse contexto bélico, as referências à jihad no Corão se concentram no esforço militar de expansão do islã e no castigo dos que mudaram de lado. Eis alguns exemplos:
“Dize aos incrédulos que, no caso de se arrependerem, ser-lhes-á perdoado o passado.
Por outra, caso persistam (…). Combatei-os até terminar a intriga e prevalecer totalmente a religião de Alá.” (Corão 8, 38-39)
“Combatei aqueles que não creem em Alá e no dia do Juízo Final, nem se abstêm do que Alá e seu mensageiro proibiram, e nem professam a verdadeira religião daqueles que receberam o Livro, até que paguem, de bom grado a jizya [tributo].” (Corão 9, 29)
“Matai os idólatras, onde quer que os acheis; capturai-os, acossai-os e espreitai-os; porém, caso se arrependam, observem a oração e paguem o zakat [esmola], abri-lhes o caminho. Sabei que Alá é indulgente, misericordioso”. (Corão 9, 5)
Alguns grupos terroristas islâmicos utilizam a religião segundo seus interesses e distorcem o significado de jihad, com a finalidade de justificar suas ações, que têm como resultado o assassinato indiscriminado e a dor de muita gente. Consideram que quem morre realizando um ato terrorista é mártir do islã e irá diretamente para o paraíso.
Essa convicção converte o terrorismo desses grupos em algo terrivelmente perigoso, porque seus membros são suicidas e não têm medo de perder a vida, já que esperam uma recompensa extraordinária após a morte.
Por: Paulo Magno da Costa Torres

Islamismo

Islamismo

O islamismo surgiu com o profeta Maomé durante o século VII, na cidade de Meca, na Arábia. Segundo o islã, foi numa caverna que o anjo Gabriel teria encontrado Maomé e feito revelações que deram origem à religião islâmica.
A partir de então, Maomé começou a pregar em Meca, afirmando ser Alá o único Deus. Mesmo com uma grande oposição no início, que levou à migração de grande parte de seus seguidores para a cidade de Medina, Maomé conseguiu convencer a maioria da população da Arábia a seguir a religião islâmica.
Após sua morte, houve dúvida sobre quem o sucederia. Os muçulmanos, assim, passaram a ser liderados pelos califas (sucessores). Ali, primo e genro de Maomé, tornou-se califa, mas foi assassinado por opositores. Os seguidores de Ali formaram o grupo que passou a ser conhecido como xiita, para o qual a liderança do islamismo deve ser sempre dos descendentes da família de Maomé.
A expansão do islã foi rápida e intensa, tendo alcançado, além do Oriente Médio e outras regiões da Ásia, também o norte da África e a Península Ibérica, onde se localizam Portugal e Espanha.
Em 2015, de acordo com a Pew Research Center, foram computados cerca de 1,8 bilhão de muçulmanos no mundo, sendo, assim, a segunda maior religião.
Para os islâmicos, existem cinco pilares que são considerados obrigações de todo muçulmano:
  • acreditar na existência de somente um Deus, Alá, e em seu profeta Maomé;
  • orar cinco vezes ao dia;
  • praticar a caridade, doando parte de sua riqueza para uso social;
  • fazer jejum no período do Ramadan, nono mês do ciclo lunar, no qual se deve ficar um mês sem comer ou beber nada durante o dia;
  • ir a Meca pelo menos uma vez na vida

Grupos

Xiitas (Shiat Ali ) – Partidários de Ali, que segundo os xiitas, deveria ter sido o primeiro sucessor (califa), por ser parente do Profeta Maomé (Mohammad). Na hierarquia política os xiitas determinam que o líder da nação deve ser um descendente do profeta Maomé. São maioria no Irã e numerosos no Iraque, e Afeganistão.
Sunitas – Representam 90% dos muçulmanos. Para eles a liderança cabia sempre a quem foi eleito, desde que apresente capacidade.

Principais lideranças:

Califas – Foram eles os primeiros líderes do Islã e governaram até 1918, quando terminou o Império Otomano. A princípio governavam com força e sabedoria, e viviam de forma simples. Com o crescimento do Império, seus poderes tornaram-se maiores e então eles passaram a viver como reis.
Imam – Líder religioso, pessoa que conduz as orações na mesquia ou a nação.
Shaikh – Pessoa que tem alto conhecimento sobre qualquer área do saber, ou uma pessoa que alcança uma idade avançada.

Fundamentação Doutrinária

Dogmas
O foco principal do Islam é o Monoteísmo (a concepção do Deus único) e a revelação d´Ele ao profeta Maomé (Mohammad).
“Não há deus senão Alá ( Deus), e Maomé é seu Profeta.”
Os muçulmanos seguem um conjunto de cinco obrigações religiosas, chamado de “Os cinco Pilares”: credo, oração,zacat(caridade, jejum e a peregrinação à Caaba que fica na cidade de Meca (Makkah).
Livro Sagrado
O livro sagrado dos muçulmanos é o Corão ou Alcorão, escrito na língua árabe, e que contém as revelações de Deus a Maomé. O primeiro Corão foi compilado por volta de 650 EC (Era Comum).
Este livro maravilhoso do ponto de vista dos ensinamentos e do seu estilo literário, é um conjunto de 114 capítulos (suras), que se organizam da seguinte forma: os textos mais longos vêm primeiro, seguidos pelos mais curtos. Exceção à regra, é a sura 1, que inicia o Corão. Denominado “Al Fatiha” (a abertura), este capítulo inicial louva Alá e pede Sua orientação.
Para os muçulmanos, o Corão contém as palavras exatas de Deus, que conforme eram reveladas a Maomé, este as recitava e seus seguidores as escreviam. Algumas histórias são de profetas do Velho e do Novo Testamento da Bíblia.
As leis do Corão dividem as ações humanas em vários grupos:
  • Fard – o que deve ser feito.
  • Mandub – ações encorajadas e recompensadas por Deus.
  • Mubah – ações nem punidas, nem recompensadas, pois o Corão nada fala sobre elas.
  • Makruh – atos desencorajados, mas não punidos.
  • Haram – ações ilegítimas e puníveis por lei.
  • Sunna – Palavra que significa “caminho”ou “lei”. São as palavras e atos do profeta. É a explicação prática do conteúdo do Corão através dos ditos, atos e afirmações do profeta Maomé.
  • Hadith – Dizeres e relatos das ações do profeta, que foram compilados, para servir de exemplo para a geração futura. Duas das mais confiáveis coleções são a do imã Bukhari e a do imã Muslim.

Templos

Mesquitas – São os templos muçulmanos. A maioria possui planta retangular. Um arco na parede, denominado “mihrab”, indica a direção de Kaaba. À sua direita, geralmente com três degraus, está o “mimbar”, de onde o imã fala. Em grandes mesquitas do Oriente Médio, oficiais ficam sobre uma plataforma denominada “dakka”; ao lado há o “kursi”, estante sobre a qual é apoiado o Corão.
Kaaba – É o centro físico da fé islâmica. Todas as orações são feitas em sua direção. Primeiro santuário construído por Ibrahim para adorar o Deus Único, a Kaaba está localizada na cidade de Meca (Makkah). Estrutura oca em forma de cubo, com a pedra negra encravada no lado oriental, constitui o início e o fim do Hajj – peregrinação à cidade de Meca (Makkah).
Por: Márcia Torres

Os números do islamismo, a religião que mais cresce no mundo

Os números do islamismo, a religião que mais cresce no mundo

Até o fim do século, muçulmanos irão superar os cristãos como o maior grupo religioso do planeta, mostra pesquisa

São Paulo – O islamismo é a religião que mais cresce no planeta. Até o final deste século, se o ritmo de crescimento se mantiver, os muçulmanos irão superar os cristãos como o maior grupo religioso.
É o que mostra uma pesquisa conduzida pelo Pew Research Center, centro de pesquisas baseado nos Estados Unidos e dedicado ao estudo de diversos temas de impacto regional e global. O estudo é parte de uma análise maior sobre o assunto, publicada em 2015, mas que foi atualizada na última semana.
Segundo a pesquisa, o islamismo cresce em um ritmo mais rápido que outras religiões por conta da combinação de dois fatores: taxa de fertilidade, que é a estimativa da quantidade de filhos que uma mulher tem até o fim do seu período fértil, e o fato de esse grupo religioso ser é “mais novo” que outros.
Globalmente, mulheres muçulmanas tem cerca de 3,1 filhos ante 2,3 das mulheres de outras religiões. Além disso, os seguidores do islamismo são até sete anos mais jovens que outros grupos. Em 2010, a média de idade de uma pessoa muçulmana era de 23 anos.

Muçulmanos no mundo

A análise conduzida pelo centro de pesquisa trouxe dados interessantes. Há hoje no mundo 1,6 bilhão de pessoas que se designam muçulmanas. Embora o senso comum considere que a maioria dos seguidores dessa religião estejam no norte da África ou no Oriente Médio, apenas 20% deles encontram-se nesses lugares.
A maioria dos muçulmanos (62%) está na região Ásia-Pacífico. O maior país muçulmano é a Indonésia. Pelo menos nos dias atuais: em 2050, calcula o estudo, o país com a maior comunidade islâmica do mundo será a Índia, que hoje tem como maior grupo religioso o hindu.

Muçulmanos nos EUA (e na Europa)

Hoje, em solo americano, esse grupo corresponde a 1% dos americanos e 63% dessas pessoas eram imigrantes. Em 2050, no entanto a expectativa é a de que o islamismo se torne a segunda maior religião dos EUA, representando 2,1% da população do país. Já na Europa, a projeção da análise para esse mesmo ano estima que 10% da população da Europa se identificará como muçulmana.

Muçulmanos x extremismo

A pesquisa avaliou ainda a percepção que os fiéis do islamismo têm da ação de grupos terroristas e do extremismo religioso de forma geral.
No Líbano, por exemplo, 100% dos entrevistados disseram enxergar organizações como o Estado Islâmico com reprovação. Na Jordânia, o percentual foi de 94%. Apenas na Nigéria, que é lar do grupo extremista Boko Haram, é que há uma quantidade considerável de pessoas favoráveis a esses grupos (14%).
A maioria dos muçulmanos consultados pela pesquisa disseram ainda condenar ataques suicidas e quaisquer outras formas de violência contra civis “em nome do Islã”. Nos Estados Unidos, 86% dos entrevistados consideram esses atos como injustificáveis.
Em países de maioria muçulmana, há ainda a preocupação das ameaças representadas pelo extremismo islâmico. Na Nigéria, 68% dos entrevistados se manifestaram dessa forma. No Líbano, esse percentual foi de 67%.

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Crueldade Israelense e estupidez não têm limites


Crueldade Israelense e estupidez não têm limites

28 de outubro de 2015

Crueldade israelense e estupidez não têm limites.                     Por Miko Peled

Na sala do tribunal com os meus co-réus e nosso advogado, o primeiro e único Ms. Gaby Laski.
Na sala do tribunal com os meus co-réus e nosso advogado, o primeiro e único Ms. Gaby Laski.
Israel elevou suas políticas genocidas com ataques cruéis contra os palestinos, matando homens jovens e velhos, e mulheres, meninos e meninas. Notícias israelense, a sociedade israelense o mundo em geral no entanto, continuar a lidar com trivialidades. Um exemplo é o julgamento em que eu estava acusados ​​de participar de “distúrbios”.
O tribunal em Jerusalém era pequeno, com paredes caiadas de branco e alguns simples, bancos de madeira desconfortáveis. O ar condicionado era ou muito frio ou não arrefecer o suficiente. A atmosfera era causal, ninguém anunciou ou ficou quando o juiz entrou, o Ministério Público e do Conselho de Defesa estavam ocupados demais com os seus papéis e os réus, me entre eles foram pegos de surpresa quando a porta para seus aposentos abertos eo juiz veio em e sentou-se em sua cadeira.
Dois outros réus e I foram acusados ​​de participar de distúrbios durante o protesto sexta-feira semanal na aldeia de Nabi Saleh na Cisjordânia em 2012 (!). Considerando-se que durante o mês de outubro 2015 vigilantes armados e soldados israelenses mataram e feriram dezenas de jovens palestinos de uma forma que é vicioso mesmo para Israel, o nosso julgamento parecia além mesquinho, que era estúpido.
A principal testemunha de acusação era oficial Yousef Nasser El-Din, um colaborador drusos palestino que serve como um oficial da Guarda fronteiriça israelita, ou “Magav.” Ele é alto e em forma de aparência, com belas feições.Ele veio vestindo o uniforme verde-oliva característico dos guardas de fronteira e ele estava carregando uma pistola carregada em seu cinto. Diretor de Nasser El-Din disse ao juiz sobre a colina “Tsambar” onde estávamos reunidos. Eu nunca tinha ouvido esse termo antes do julgamento, é um acrônimo hebraico que significa “pneus em chamas.” De acordo com ele, nós estivemos naquela colina, que, como o nome sugere, é usado para rolar queimando pneus para baixo na estrada principal, e em soldados que avançavam. A multidão estava gritando slogans em árabe que foram feitos para incitar à violência “, eu entender e falar a língua árabe”, ele lembrou ao tribunal.
A troca entre ele e Ms. Laski era rápido demais para a datilógrafa tribunal que não poderia manter-se. A cada poucas frases o juiz perguntou-lhes para parar, então ele resumiu o que foi dito para que o datilógrafo pode transcrever.Quando li as transcrições do tribunal, percebi que eles eram mais de uma paráfrase e um resumo do que uma transcrição real.
Até o momento foi a minha vez de testemunhar que foi tão frios no quarto que meu advogado Ms. Gabi Laski parecia que ela estava sofrendo de hipotermia.Alguém finalmente pediu para reduzir o ar condicionado eo juiz pediu desculpas, apontou o controle remoto na direção do ar-condicionado e desligou-o.
“O que você diria a essas acusações, que o anterior testemunhou descrito” Ms. Laski me desafiou.
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Infelizmente, o diretor não está mais no quarto foi. “Eu estou com medo o tempo alocado para esta audição não vai permitir-me para recontar todas as mentiras contadas por oficial de Nasser El-Din,” eu comecei. Quando eu era feito de responder, o juiz, Ohad Gordon, me olhou de perto. Eu estava em pé atrás do púlpito raquítico que servia de banco das testemunhas, a poucos passos dele. Ele se inclinou, com o rosto quase demasiado jovem para o seu sal e pimenta-cabelo.
Vídeo do evento real e as prisões. O cara alto prendendo nós é o Colaborador Diretor de Nasser El-Din. Minha prisão mostra-se em torno de 4:10 minutos
“Eu quero fazer uma coisa muito clara. O oficial descreveu um motim indisciplinado. Você está descrevendo pessoas marchando pacificamente, um ambiente completamente pacífica, quase pastoral. Você ambos afirmam que o exército usou métodos de dispersão de choque, (que significa lágrima MP gás).É este o quadro que você está descrevendo para nós? “
Olhei para o juiz, que me pareceu ser sincero.
“Sua honra descreveu exatamente como ela é.” Eu comecei. “As pessoas marchando pacificamente e, em seguida, o exército, sem motivo aparente disparo não só o lugar eo tempo que estamos a discutir, mas em cada lugar e em cada momento, a cada sexta-feira em várias aldeias na Cisjordânia. A tentativa de pintar o palestino-popular a resistência como uma turba violenta é enganoso, é desonesto, é uma mentira. Pessoas de todo o mundo vêm para estas aldeias para participar, porque a resistência popular tem o compromisso de não-violência como está comprometida com a resistência e liberdade.Vilarejos palestinos tornaram-se os internacionais “mecas” para os ativistas não violentos. Volto a dizer, a sua honra não poderia ter descrito melhor “.
O oficial-colaborador Nasser El-Din também descreveu os objetivos da resistência popular em termos que são congruentes com as crenças gerais israelenses. “Os moradores estão protestando por causa de uma disputa em torno que detém os direitos sobre a primavera no sopé da aldeia.” A cidade israelense de Halamish, onde alguns dos mais ferozes israelenses fanáticos ao vivo, tem levado muito de Nabi Saleh território, incluindo a a pequena mola.Mas Diretor de Nasser El-Din é um tolo se ele acha que os palestinos em Nabi Saleh, ou qualquer outra aldeia estão colocando suas vidas em risco para uma mola ou um poço ou até mesmo um assentamento aqui ou ali. O objetivo da resistência palestina é libertar a Palestina e para dar palestinos os direitos que merecem. E isso não vai acabar até que isso seja alcançado.
É a mesma loucura que leva as autoridades de segurança israelenses a pensar que mais soldados, mais polícia, mais postos de controle e paredes irá manter israelenses salvo das consequências da ocupação. Se cada polegada de todas as ruas de todas as cidades estavam cheias de soldados, os israelenses ainda ainda não seria seguro. Ele também é a mesma loucura que leva os legisladores israelenses para pensar que podem legislar contra a resistência. Legislando contra BDS, legislando contra lançamento de pedras, legislando para soltar as diretrizes shoot-to-kill, legislando para manter apoiantes Palestina para fora do país.
Um soldado em cada polegada de cada rua em Jerusalém
Um soldado em cada polegada de cada rua em Jerusalém
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Prender e procurando jovens palestinos nas ruas de Jerusalém.
Nenhum governo pode legislar uma resistência fim à opressão, mais do que eles podem legislar para legalizar seus próprios crimes. Matando palestinos a sangue frio é um crime, mesmo que seja legal em Israel e na resistência palestina é legal e moral, mesmo que Israel chama de ilegal. Mas se há uma única coisa sobre Israel é que ele é estúpido. Governos israelenses sempre lidar com pequenos problemas irrelevantes que são desprovidas de contexto e convenientemente evitar a dolorosa verdade. Muito parecido com o meu julgamento, onde eles tentam colocar os meus co-arguidos e eu no meio de uma multidão enfurecida, mostrando um vídeo onde dois rapazes atirar pedras em um pelotão de infantaria avançar. Quando na verdade nós estávamos no meio de um protesto pacífico até que o exército veio e todo o inferno se perder. Mas isso não é nem importante nem relevante.
O que é relevante e importante é acabar com o cerco a Gaza, a libertação de todos os prisioneiros palestinos imediatamente e incondicionalmente, e para desmantelar o aparato militar que mantém o regime do apartheid na Palestina.
De volta à minha audiência, o jovem promotor, o cabelo preto cortado curto, parecia em uma perda. Ele manteve coçando a cabeça e, finalmente, ele olhou para mim e perguntou:
“Por que o ataque do exército, assim mesmo, sem motivo?”
“Essa é uma excelente pergunta, eu sugiro que você perguntar o exército.”
Ele não tinha mais respostas depois disso. Um veredicto de culpado provavelmente vai significar uma multa ou serviço comunitário ou talvez uma doação a uma instituição de caridade. Um veredicto não culpado vai significar o tribunal realiza a estupidez absoluta do caso.
A audiência final e veredictos terá lugar em mais alguns meses.

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segunda-feira, 12 de agosto de 2019

20/03/2015. ESTA É A TRISTA REALIDADE JUDICIAL: A DESGRAÇA DA "OAB" DESDE 20/03/2015 ATÉ A PRESENTE DATA: 12/08/2019 NÃO CORRIGE A MINHA PROVA. É UM EMPERRAMENTO DESGRAÇADO. AGORA SEGUIRÁ PARA o "STJ". EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO A NEGATIVA DA APELAÇÃO O TRF1 DEU PROVIMENTO AO MEU PEDIDO. COM UM PROCEDIMENTO ESTAPAFÚRDIO NÃO PODE RECONHECER O GANHO DE CAUSA QUE POR SI SÓ, PELO FATO DE A "OAB/FGV" DESCUMPRIR O EDITAL EU SOU VENCEDOR NESTA GUERRA DESGRAÇADA E INFAME!!!

Movimentação

Data Cod Descrição Complemento
12/08/2019 09:32:58  126  CARGA RETIRADOS DEFENSORIA PUBLICA  INTERESSADO DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO DATA DEVOLUÇÃO26082019  
07/08/2019 13:42:17  185  INTIMAÇÃO NOTIFICAÇÃO VISTA ORDENADA DEFENSOR PUBLICO 
07/08/2019 13:42:11  154  DEVOLVIDOS C DESPACHO 
06/08/2019 13:42:34  137  CONCLUSOS PARA DESPACHO 
10/07/2019 18:44:28  243  TRANSITO EM JULGADO EM  DATA26042019  
10/07/2019 18:44:27  218  RECEBIDOS DO TRF 
26/10/2017 10:49:48  223  REMETIDOS TRF S BAIXA  GRPJ 0482017 
04/09/2017 14:34:01  185  INTIMAÇÃO NOTIFICAÇÃO VISTA ORDENADA OUTROS ESPECIFICAR  ATE 2009 TRANSITO EM JULGADO 
18/08/2017 11:53:07  218  RECEBIDOS EM SECRETARIA 
07/08/2017 09:54:41  126  CARGA RETIRADOS DEFENSORIA PUBLICA  INTERESSADO DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO DATA DEVOLUÇÃO20092017  
04/08/2017 14:51:32  185  INTIMACAO NOTIFICACAO VISTA ORDENADA DEFENSOR PUBLICO 
04/08/2017 14:51:26  212  PRAZO CERTIFICADO TRANSCURSO IN ALBIS 
13/06/2017 12:59:19  185  INTIMACAO NOTIFICACAO VISTA ORDENADA REU OUTROS  PZ REU 0607 
13/06/2017 12:59:13  179  INTIMACAO NOTIFICACAO PELA IMPRENSA PUBLICADO SENTENCA  DATA13062017  
09/06/2017 11:17:00  178  INTIMACAO NOTIFICACAO PELA IMPRENSA PUBLICACAO REMETIDA IMPRENSA SENTENCA 
23/05/2017 17:01:28  176  INTIMACAO NOTIFICACAO PELA IMPRENSA ORDENADA PUBLICACAO SENTENCA 
04/05/2017 16:12:00  220  RECURSO APELACAO INTERPOSTA AUTOR 
04/05/2017 16:11:07  218  RECEBIDOS EM SECRETARIA 
27/03/2017 09:54:20  126  CARGA RETIRADOS DEFENSORIA PUBLICA  INTERESSADODEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO DATA DEVOLUÇÃO15052017  
24/03/2017 14:20:21  185  INTIMACAO NOTIFICACAO VISTA ORDENADA DEFENSOR PUBLICO 
21/03/2017 17:33:43  155  DEVOLVIDOS C SENTENCA C EXAME DO MERITO PEDIDO IMPROCEDENTE 
13/03/2017 18:49:14  137  CONCLUSOS PARA SENTENCA 
22/02/2017 14:14:14  210  PETICAO OFICIO DOCUMENTO JUNTADOO 
20/02/2017 12:13:36  210  PETICAO OFICIO DOCUMENTO RECEBIDAO EM SECRETARIA  PARTE RÉ 
08/02/2017 10:36:20  185  INTIMACAO NOTIFICACAO VISTA ORDENADA REU OUTROS  PZ CEF 2202 
08/02/2017 10:36:17  179  INTIMACAO NOTIFICACAO PELA IMPRENSA PUBLICADO DESPACHO 
06/02/2017 14:41:00  178  INTIMACAO NOTIFICACAO PELA IMPRENSA PUBLICACAO REMETIDA IMPRENSA DESPACHO 
16/01/2017 11:04:05  176  INTIMACAO NOTIFICACAO PELA IMPRENSA ORDENADA PUBLICACAO DESPACHO 
12/12/2016 16:15:08  210  PETICAO OFICIO DOCUMENTO JUNTADOO 
21/11/2016 17:09:01  218  RECEBIDOS EM SECRETARIA 
07/11/2016 10:33:49  126  CARGA RETIRADOS DEFENSORIA PUBLICA  INTERESSADODEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO DATA DEVOLUÇÃO22112016  
03/11/2016 13:45:49  185  INTIMACAO NOTIFICACAO VISTA ORDENADA DEFENSOR PUBLICO 
18/10/2016 19:00:00  154  DEVOLVIDOS C DESPACHO 
18/10/2016 15:26:31  137  CONCLUSOS PARA DESPACHO  DM 
15/09/2016 14:09:08  212  PRAZO CERTIFICADO TRANSCURSO IN ALBIS 
05/09/2016 16:23:53  159  DILIGENCIA ORDENADA DEFERIDA  2ª  
31/08/2016 19:34:28  159  DILIGENCIA ORDENADA DEFERIDA 
16/06/2016 18:21:58  185  INTIMACAO NOTIFICACAO VISTA ORDENADA REU OUTROS  PZO ATÉ 0108 FGV 
16/06/2016 18:21:35  128  CARTA PRECATÓRIA JUNTADA  C PRECATÓRIA Nº 7752016 
16/06/2016 18:21:15  128  CARTA PRECATORIA DEVOLVIDA PELO DEPRECADO  C PRECATÓRIA Nº 7752016 
16/06/2016 18:21:03  210  PETICAO OFICIO DOCUMENTO JUNTADOO  DPU 
16/06/2016 18:20:58  210  PETICAO OFICIO DOCUMENTO RECEBIDAO EM SECRETARIA  DPU 
16/06/2016 18:20:37  128  CARTA PRECATORIA JUNTADA COMUNICACAO RECEBIMENTO PELO JUIZO DEPRECADO  AR C PRECATÓRIA Nº 7752016SESUD 
31/05/2016 10:48:00  218  RECEBIDOS EM SECRETARIA 
09/05/2016 09:34:07  126  CARGA RETIRADOS DEFENSORIA PUBLICA  INTERESSADODEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO DATA DEVOLUÇÃO23052016  
28/04/2016 18:54:22  185  INTIMACAO NOTIFICACAO VISTA ORDENADA DEFENSOR PUBLICO 
28/04/2016 18:52:43  159  DILIGENCIA CUMPRIDA  À SECAM PZ 3005 AGUARDANDO A DEVOLUÇÃO DO AR DA CPREC 7752016 ENCAMINHADA NA PRESENTE DATA A FIM DE QUE SEJA PROVIDENCIADA A REMESSA VIA CORREIOS 
14/04/2016 17:35:50  128  CARTA PRECATORIA EXPEDIDA  775 DATA DEVOLUÇÃO14052016  
06/04/2016 10:25:17  136  CITACAO ORDENADA 
05/04/2016 19:14:58  154  DEVOLVIDOS C DESPACHO 
05/04/2016 14:46:03  137  CONCLUSOS PARA DESPACHO  DM 
15/03/2016 15:31:19  212  PRAZO CERTIFICADO TRANSCURSO IN ALBIS 
10/12/2015 16:53:04  185  INTIMACAO NOTIFICACAO VISTA ORDENADA REU OUTROS  PZO ATÉ 2701FGV E ATÉ 2602OAB 
09/12/2015 18:17:55  210  PETICAO OFICIO DOCUMENTO JUNTADOO  OAB 
09/12/2015 18:17:50  210  PETICAO OFICIO DOCUMENTO RECEBIDAO EM SECRETARIA  OAB 
09/12/2015 18:17:33  135  CITACAO POR OFICIAL MANDADO DEVOLVIDO CUMPRIDO  OAB 
16/11/2015 19:43:25  185  INTIMACAO NOTIFICACAO VISTA ORDENADA OUTROS ESPECIFICAR  PZO ATÉ 2311 P DEVOL DE MANDADO 
16/11/2015 19:43:13  135  CITACAO POR OFICIAL MANDADO DEVOLVIDO NAO CUMPRIDO  FGV 
22/10/2015 17:33:11  135  CITACAO POR OFICIAL MANDADO REMETIDO CENTRAL  2ª PZ 2311 AGUARDANDO A DEVOLUÇÃO DO MANDADO FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS FGV 
22/10/2015 17:31:32  135  CITACAO POR OFICIAL MANDADO REMETIDO CENTRAL  PZ 2311 AGUARDANDO A DEVOLUÇÃO DO MANDADO ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL OAB 
29/09/2015 18:30:32  135  CITACAO POR OFICIAL MANDADO EXPEDIDO  2ª FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS FGV 
29/09/2015 18:29:45  135  CITACAO POR OFICIAL MANDADO EXPEDIDO  ORDEM GETÚLIO VARGAS FGV 
27/08/2015 13:08:40  135  CITACAO POR OFICIAL AGUARDANDO EXPEDICAO MANDADO 
11/06/2015 16:20:15  218  RECEBIDOS EM SECRETARIA 
03/06/2015 09:59:30  126  CARGA RETIRADOS DEFENSORIA PUBLICA  INTERESSADODEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO DATA DEVOLUÇÃO24062015  
02/06/2015 10:31:08  185  INTIMACAO NOTIFICACAO VISTA ORDENADA DEFENSOR PUBLICO 
02/06/2015 10:31:05  179  INTIMACAO NOTIFICACAO PELA IMPRENSA PUBLICADO DECISAO 
29/05/2015 15:15:00  178  INTIMACAO NOTIFICACAO PELA IMPRENSA PUBLICACAO REMETIDA IMPRENSA DECISAO 
25/05/2015 19:01:47  153  DEVOLVIDOS C DECISAO TUTELA ANTECIPADA INDEFERIDA 
12/05/2015 17:21:59  137  CONCLUSOS PARA DECISAO 
12/05/2015 16:45:32  210  PETICAO OFICIO DOCUMENTO JUNTADOO 
12/05/2015 16:45:15  210  PETICAO OFICIO DOCUMENTO RECEBIDAO EM SECRETARIA 
29/04/2015 15:30:07  185  INTIMACAO NOTIFICACAO VISTA ORDENADA REU OUTROS  ATÉ 1105 
29/04/2015 15:29:55  184  INTIMACAO NOTIFICACAO POR OFICIAL MANDADO DEVOLVIDO CUMPRIDO  OABBA 
22/04/2015 13:54:03  185  INTIMACAO NOTIFICACAO VISTA ORDENADA OUTROS ESPECIFICAR  PZO ATÉ 0104 P DEVOL DE MANDADO 
22/04/2015 13:53:25  210  PETICAO OFICIO DOCUMENTO JUNTADOO  FGV 
22/04/2015 13:53:20  210  PETICAO OFICIO DOCUMENTO RECEBIDAO EM SECRETARIA  FGV 
22/04/2015 13:53:10  184  INTIMACAO NOTIFICACAO POR OFICIAL MANDADO DEVOLVIDO CUMPRIDO  FGV 
26/03/2015 19:23:07  184  INTIMACAO NOTIFICACAO POR OFICIAL MANDADO REMETIDO CENTRAL  2ª PZ 0104 AGUARDANDO A DEVOLUÇÃO DO MANDADO FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS FGV 
26/03/2015 19:21:31  184  INTIMACAO NOTIFICACAO POR OFICIAL MANDADO REMETIDO CENTRAL  PZ 0104 AGUARDANDO A DEVOLUÇÃO DO MANDADO OABBA 
24/03/2015 18:11:06  184  INTIMACAO NOTIFICACAO POR OFICIAL MANDADO EXPEDIDO  2ª FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS 
24/03/2015 18:10:50  184  INTIMACAO NOTIFICACAO POR OFICIAL MANDADO EXPEDIDO  OAB 
23/03/2015 18:44:32  154  DEVOLVIDOS C DESPACHO 
23/03/2015 15:54:59  137  CONCLUSOS PARA DECISAO 
20/03/2015 17:25:43  DISTRIBUICAO AUTOMATICA 

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Porões das redes sociais que pedem Lula morto assustam pela desumanidade

Porões das redes sociais que pedem Lula morto assustam pela desumanidade

Tudo envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece contraditório por natureza. Nesta quarta-feira (7), a Justiça do Paraná determinou a transferência do petista para São Paulo, onde poderia dividir a cela com outro preso – e, numa penitenciária como Tremembé, poderia até incluir nomes famosos. Porém, ao mesmo tempo em que estar perto da família era um direito até então negado ao ex-presidente, os aliados de Lula pediram que a transferência fosse cancelada, por falta de condições para abrigá-lo em segurança. Após uma sessão rápida, o Supremo Tribunal Federal (STF) acatou o pedido e ele deve permanecer em Curitiba por mais algum tempo.
Não é novidade que o petista desperta amores e ódios. Porém a cada novo episódio envolvendo a prisão dele fico impressionado como as pessoas conseguem enxergar apenas o que lhes convêm, seja para inocentá-lo, seja para condená-lo. Ter um ex-presidente sob cárcere não é algo comum nas democracias. É pouco usual e, portanto, natural que tudo envolvendo Lula apareça com certo ineditismo. Ele não é um preso comum e insistir nessa tese é uma falha grave de quem o trata como um mero pária da nação.
Como ex-presidente, o petista teria direito a uma Sala de Estado Maior para cumprir a pena. Não acontece em Curitiba, onde ele está preso na superintendência da Polícia Federal desde abril de 2018. Não deve acontecer em Tremembé, visto que nem mesmo a juíza que determinou a transferência pediu esse espaço. No entanto, se é um direito ele não permanecer junto a presos comuns, alocá-lo em cela coletiva é, no mínimo, um desrespeito à própria legislação. Infelizmente, é notório que o antipetismo é tão forte que, no submundo das redes sociais, essa possibilidade de Lula dividir cela com qualquer outra figura do sistema carcerário foi registrada como uma celebração. Não dá para agir assim.
Parte desse ambiente de “comemoração” vem sendo construído ao longo dos anos e, aos poucos, vai ganhando contornos cada vez mais desumanos. Tanto que é possível até ver brasileiros ansiando para que o ex-presidente venha a ser vítima de um atentado na cadeia, algo que, infelizmente, tem acontecido com frequência nos complexos penais nos diversos rincões do país. Tais comentários, inclusive, geraram a reação de aliados de Lula, que temem pela vida do petista, em caso do mesmo ser tratado como um preso comum.
A súbita transferência de Lula para Tremembé está sendo questionada judicialmente pela defesa do ex-presidente. Como a família dele mora na região da Grande São Paulo, esse direito de estar perto dos parentes já vinha sendo negado desde a prisão dele. Agora, aparentemente sem estar dentro do radar, a Justiça determinou a transferência. Em um processo eivado de questionamentos, esse é apenas mais um para o rol de dúvidas levantadas por aqueles que veem problemas nele. Até que a ida para São Paulo seja confirmada – ou negada em definitivo -, muita tensão circulará o noticiário em torno da decisão.
Já que essa novela não parece estar perto do fim, é sempre importante fazer uma reflexão. Lula está longe de ser o anjo de candura pintada por aliados, mas também não é o demônio desenhado pelo antipetismo. Esses extremos são, portanto, algo difícil de lidar. Talvez por isso minha gastrite tenha ficado atacada ultimamente.
Este texto integra o comentário desta quinta-feira (7) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30. BN

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

“Quando a vida traz a conta, você paga caro todo o mal que fez ao outro”

“Quando a vida traz a conta, você paga caro todo o mal que fez ao outro”



Quando a vida traz a conta, nós somos obrigados a arcar com tudo aquilo que fizemos para as pessoas ao nosso redor, e uma coisa é certa: o preço do egoísmo e da maldade é muito alto.
Quem escolhe viver uma vida de negatividade tem que estar preparado para quando chegar o momento de acertar a conta, porque nenhum desconto vem para aqueles que parecem se esforçar para fazer mal a outras pessoas.
Apesar de cada um ter a sua própria jornada e destino, muitos preferem gastar o seu tempo e energia pensando em maneiras de prejudicar aqueles ao seu redor, ao invés de buscar o seu próprio amadurecimento e felicidade.

Provavelmente você já conheceu alguém assim, porque esses comportamentos são cada vez mais comuns.

Pessoas assim são conhecidas como tóxicas, manipuladoras e egoístas. Elas fazem tudo o que for preciso para alcançar seus objetivos, ainda que para isso precisem complicar muito as vidas daqueles ao seu redor. Não possuem lealdade, confiabilidade e respeito por praticamente ninguém.
Essas pessoas não conhecem o que é a verdadeira amizade, não estão familiarizadas com o poder de transformação do bem. Provavelmente já passaram por momentos extremamente negativos com outras pessoas no passado e não conseguiram se libertar de sua influência, por isso procuram compensar todo o mal que sofreram magoando outras pessoas, ainda que não tenham nada a ver com a situação.

Algumas vezes, fazem isso por falta de autoconhecimento e noção do impacto de suas próprias atitudes.

Outras o fazem intencionalmente, mas seja qual for a justificativa, nunca estarão livres da dívida com a vida, e terão que prestar contas de todas as atitudes que trouxeram tristeza intencional a alguém.


Não importa quem somos ou qual nossa história de vida, ferir outras pessoas nunca será algo bom, nem a solução para nossos problemas. Sempre podemos escolher usar nossas experiências negativas como motivação para aprendermos coisas novas e encontrarmos um caminho realmente saudável.

Fazer o mal é sempre uma escolha e as suas consequências não são nada agradáveis. Concentre-se em levar uma vida consciente, responsável e respeitosa, consigo mesmo e com os outros. 

A vida cobra um preço alto demais por cada uma das maldades de praticamos. O melhor é cultivarmos o bem em nosso interior, assim caminharemos com segurança e tranquilidade, sem nada a temer, apenas com infinitos motivos para agradecer.

Texto escrito com exclusividade para o site O Segredo. É proibida a divulgação deste material em páginas comerciais, seja em forma de texto, vídeo ou imagem, mesmo com os devidos créditos.