sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

"Eu defendo a tortura" - Entrevista: Jair Bolsonaro

"Eu defendo a tortura" - Entrevista: Jair Bolsonaro

Entrevista: Jair Bolsonaro

"Eu defendo a tortura"

O deputado que defende fuzilamento de FHC ficou 28 anos sem falar com o pai alcoólatra


Cláudia Carneiro

Foto: Roberto Jayme
Entre os companheiros de quartel no Rio de Janeiro, o capitão reservista do Exército Jair Messias Bolsonaro era conhecido como "cavalão". Seu porte atlético, em 1,86 metro de altura e 75 quilos, desenvolvido nos exercícios da Escola de Educação Física do Exército, garantiu-lhe o título de pentatleta das Forças Armadas. Mas foi a língua solta que o ajudou a ganhar fama nacional, quando começou a questionar governos, há mais de uma década, para defender a corporação à qual pertenceu. Nas últimas semanas, manteve o hábito de causar polêmica ao propor o fuzilamento do presidente Fernando Henrique Cardoso. No terceiro mandato federal, eleito com 103 mil votos, o deputado Jair Bolsonaro (PPB-RJ), 44 anos, abre fogo contra colegas da Câmara dos Deputados que combateram a ditadura militar, defende a tortura, a censura e a pena de morte e não se arrepende de ter pregado o fuzilamento do presidente. Pai de três filhos adolescentes com a primeira mulher, Rogéria Bolsonaro, e de um bebê com a segunda, Cristina, 32 anos, Bolsonaro revela em entrevista a Gente que sonha disputar a Prefeitura do Rio de Janeiro. "Mas eu não estou preocupado em ser prefeito. Eu quero é espaço."
 
Teme algum dia ser cassado por suas declarações?

 
Não. Se um soldado está na guerra e tem medo de morrer, é um covarde. Se eu fosse cassado, seria o parlamentar cortando seu próprio direito de opinião, palavra e voto. Tenho poucos inimigos dentro da Câmara.

 
Ainda acha que o presidente deveria ser fuzilado?

 
Eu não errei em falar isso naquele local, naquela oportunidade e naquele momento. E acho que tenho o direito de falar. Eu não xinguei o presidente, nem disse que ele não conhece o pai dele. Acho que o fuzilamento é uma coisa até honrosa para certas pessoas.

 
Isso não é incitação ao crime?

 
Se eu estivesse conspirando, não falaria isso. Não é difícil matar o presidente. Só tem que ter coragem. O esquema de segurança dele é falho. Por exemplo, tenho uma casa no litoral em Mambucabinha, próxima do local onde ele passeia quando vai a Angra dos Reis. Sou primeiro lugar no curso de mergulho do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Bastava planejar. E as chances de sucesso de se cumprir a missão são grandes. Não é difícil eliminar uma autoridade no País. Isso até serve para alertar o presidente.

Como isso seria feito?

 
Tudo depende de planejamento. Pode-se pegar uma arma com mira e matar o presidente em Brasília. Com uma besta (espécie de arco e flecha) dá para eliminar uma pessoa a 200 metros. Até com um canivete dá para chegar no cangote do presidente. Mas quero deixar claro que não estou incitando ninguém a fazer. E não tenho nenhum plano para eliminar o presidente. Eu não partiria para uma missão suicida.

 
O senhor fuzilou alguém?

 
Não. Eu já saquei arma uma vez. Estava indo a pé para o quartel, no Rio, por volta da meia-noite, e vi que estava sendo perseguido. O elemento então saiu correndo. Devia ser um ladrão barato.

 
Seus colegas de Congresso o consideram uma pessoa truculenta. Como o senhor é em casa?

 
Nunca bati na ex-mulher. Mas já tive vontade de fuzilá-la várias vezes. Também nunca dei um tapa num filho. Gosto de chamar para conversar, contar piadas.

 
O que levou ao fim seu casamento de 19 anos?

 
Meu primeiro relacionamento despencou depois que elegi a senhora Rogéria Bolsonaro vereadora, em 1992. Ela era uma dona-de-casa. Por minha causa, teve 7 mil votos na eleição. Acertamos um compromisso. Nas questões polêmicas, ela deveria ligar para o meu celular para decidir o voto dela. Mas começou a freqüentar o plenário e passou a ser influenciada pelos outros vereadores.

 
Não era uma atitude impositiva de sua parte?

 
Foi um compromisso. Eu a elegi. Ela tinha que seguir minhas ideias. Acho que sempre fui muito paciente e ela não soube respeitar o poder e liberdade que lhe dei. Mas estou muito feliz na minha segunda relação. Vivo muito bem com a Cristina.

 
O que o senhor acha da legalização do topless?

 
Não sou contra, não. Desde que seja com a mulher dos outros. Depois que todas as mulheres estiverem usando, aí a minha poderá usar. O fio dental foi um escândalo e hoje é normal. Tudo é evolução.

 
E sobre a legalização do aborto? 

 
Tem de ser uma decisão do casal.

 
O senhor já viveu tal situação?

 
Já. Passei para a companheira. E a decisão dela foi manter. Está ali, ó. (Bolsonaro aponta para a foto no mural de seu filho mais novo, Jair Renan, de 1 ano e meio, com Cristina.)

 
O senhor segue alguma religião?

 
Eu acredito em Deus. Sou católico. Mas é coisa rara ir à Igreja. Eu já li a Bíblia inteirinha, com atenção. Levei uns sete anos para ler. Você tem bons exemplos ali. Está escrito: "A árvore que não der frutos, deve ser cortada e lançada ao fogo". Eu sou favorável à pena de morte.

 
Pena de morte é a solução?

 
Acho que um elemento que pratica um crime premeditado não pode ter direitos humanos. O José Gregori (secretário nacional dos Direitos Humanos) fala em indenizar os familiares dos 111 mortos no Carandiru. E ele não dá uma palavra às viúvas e órfãos que os 111 fizeram em sua vida de marginalidade.

 
A polícia agiu corretamente no Carandiru? 

 
Continuo achando que perdeu-se a oportunidade de matar mil lá dentro. Pena de morte deve ser aplicada para qualquer crime premeditado.

 
Isto inclui tráfico de droga?

 
Aí é outra história, aí eu defendo a tortura. A pena de morte vai inibir o crime. Nunca vi alguém executado na cadeira elétrica voltar a matar alguém. É um a menos.

 
Em que outras situações o senhor defende a tortura?

 
Um traficante que age nas ruas contra nossos filhos tem que ser colocado no pau-de-arara imediatamente. Não tem direitos humanos nesse caso. É pau-de-arara, porrada. Para seqüestrador, a mesma coisa. O objetivo é fazer o cara abrir a boca. O cara tem que ser arrebentado para abrir o bico.

 
E a tortura praticada pela ditadura militar? 

 
Admito que houve alguns abusos do regime militar, mas a tortura não foi em cima de um simples preso político. Aquelas pessoas estavam armadas e matavam. Só na Guerrilha do Araguaia perdemos 16 militares.

 
O senhor disse que o deputado José Genoino (PT-SP) era mentiroso e delatou seus companheiros da Guerrilha do Araguaia. O senhor tem provas?

 
Tenho informações seguras. Eu tenho orgulho de dizer que não fui um Genoino da vida, um deputado mariposa. O Genoino fala que pegou em armas por dois anos. O que ele fez nesses dois anos? Assaltou bancos, seqüestrou? Quantos ele matou?

 
O que pensa sobre a união civil entre pessoas do mesmo sexo?

 
Eu sou contra. Não posso admitir abrir a porta do meu apartamento e topar com um casal gay se despedindo com beijo na boca, e meu filho assistindo a isso.

 
Tem algum homossexual na família?

 
Graças a Deus, não. Eu desconheço. Se tivesse, nem quero pensar.

 
E como o senhor trata da liberação sexual com seus filhos?

 
Certas coisas não se pode ser contra ou a favor. Prefiro que um filho meu leve uma namoradinha para dentro de minha casa, num dia que eu não esteja lá, do que ele ser rendido na rua e assassinado dentro de um carro.

 
Como foi que o senhor perdeu a virgindade?

 
Com 17 anos de idade. Meio tarde, né? Meus filhos vão pegar no meu pé por causa disso. Eu estava na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas. Ninguém tinha dinheiro. Juntávamos uns 20 alunos, fazíamos um sorteio, íamos para o baixo meretrício e os cinco sorteados faziam fila com a mesma mulher.

 
Seu pai era agressivo em casa?

 
Eu não conversava com ele (Percy Geraldo Bolsonaro, morto em 1995) até os 28 anos de idade. Ele bebia descaradamente e brigava muito em casa, com minha mãe e os filhos. Mas nunca bateu em filho. Um dia constatei que não iria mudá-lo. Resolvi pagar uma pinga para ele. Nos tornamos grandes amigos.

 
Por que decidiu ser militar?

 
Por causa do Lamarca. Eu tinha 15 anos de idade, usava cabelo com gumex, calça boca-de-sino, sapato "cavalo de aço", quando o Lamarca passou por Eldorado Paulista, em 1970. O Exército chegou lá. Eu então conheci e me apaixonei pelo Exército brasileiro.

 
Envie esta página para um amigoPretende disputar nova eleição para a Câmara?

 
Tenho que ficar com os cabelos mais brancos para um dia tentar um cargo no Executivo. Na Prefeitura do Rio de Janeiro, para eu fazer meu nome. Daí, quando perguntarem sobre enchente num debate, eu vou responder sobre reservas indígenas. Não estou preocupado em ser prefeito, eu quero espaço, quero mostrar o que a mídia não mostra.


Câncer de ovário, outro assassino silencioso: 6 sinais urgentes

Câncer de ovário, outro assassino silencioso: 6 sinais urgentes

O câncer de ovário pode ser diagnosticado e combatido quando o paciente identifica os sintomas no início. Veja quais.

2,121,643 views   |   3,426 shares 
  • Na adolescência comecei a apresentar alguns problemas, tais como dor excessiva durante o ciclo menstrual, pois na maioria dos meses do ano eu nem mesmo menstruava. Minha mãe decidiu tomar uma iniciativa e me levou ao ginecologista, que nos disse que meu útero e matriz estavam cheios de cistos. Levaram vários anos de tratamentos, biópsias e até pequenas cirurgias para um dia nos darem a terrível notícia: meus órgãos pareciam estar tão danificados que era muito provável que eu nunca poderia ter filhos. Não me lembro de a notícia ter me afetado, mas eu me lembro o quanto isso afetou meus pais.
  • 7 sinais de câncer de colo do útero que as mulheres precisam observar
  • O tempo passou, eu continuei com os medicamentos recomendados, casei e me tornei mãe de três filhas. Não tive complicações durante a gravidez nem abortos, e durante muitos anos os cistos pareciam ter desistido e se dados por vencidos; mas agora que já estou entrando em meus quarenta anos, esses cistos rebeldes voltaram mais fortes e com reforços, provocando hemorragia grave que me fizeram mais uma vez ir ao ginecologista e esta é a informação que eu quero compartilhar:
    • Os cistos podem desenvolver câncer, principalmente nos ovários.
    • O câncer de ovário é um dos mais agressivos e tem alto índice de mortalidade.
    • Todas as mulheres devem prestar muita atenção nos sintomas, fatores de risco e histórico familiar. Não há uma causa exata ou comprovada para sua formação, por isso todas as mulheres devem prestar muita atenção nos sintomas, fatores de risco e sintomas em comum que outras mulheres tiveram.
  • Fatores de risco

    • Quanto menos filhos você tiver, as chances de adquirir esse tipo de câncer aumentam ou quanto mais tempo você demorar para engravidar e ter filhos, o risco também aumenta.
    • Se alguém na sua família já apresentou algum tipo de câncer, de qualquer tipo, o risco aumenta também.
    • A população de mulheres que têm este tipo de câncer está mais frequentemente entre 55 e 60 anos.
  • Mioma, pólipo ou cisto no útero: Como afetam a saúde da mulher
  • Sintomas

    1. A coisa terrível sobre esta doença é que seus sintomas são facilmente confundidos com infecção ou colite ou qualquer outra doença que distenda o abdômen.
    2. Quem sofre disso, muitas vezes para de comer porque se sente muito "cheia" ou fica satisfeita muito rapidamente quando ingere alimentos.
    3. Ciclos menstruais muito frequentemente são alterados, irregulares e aparecem ou desaparecem de repente.
    4. Problemas digestivos, e por isso há tanta confusão e dificuldade em fazer um diagnóstico em muitos casos.
    5. Muita dor nas costas e barriga.
    6. Hemorragias muito intensas.
  • Advertisement
  • Se você estiver apresentando dois ou mais desses sintomas e se houver também algum outro fator de risco em sua vida, ou sintomas familiares, é imperativo que você visite o seu médico.
  • Atualmente existem vários testes, como ressonância magnética, ultrassonografia, exames de sangue que buscam câncer específico, ultrassom, a laparoscopia e até mesmo um determinado tipo de teste de gravidez que pode auxiliar na identificação precoce e intervenção.
  • Infelizmente, este tipo de câncer não pode ser identificado por nenhuma dessas formas nos estágios iniciais de desenvolvimento, por isso é importante você observar e conhecer o seu corpo, para estar atenta às mudanças que aparecem e, acima de tudo, para ajudar na prevenção desta doença.
  • Como você pode prevenir o câncer de ovário

  • A resposta é simples: você pode preveni-lo assim como pode prevenir muitas outras doenças: vida saudável, alimentação que não inclua alimentos enlatados, conservantes e alto teor de gordura; praticar esportes, manter o seu peso, atitudes saudáveis, e cumprir o propósito de seus órgãos reprodutivos: ter bebês, amamentar e procurar ser feliz.
  • 10 exames que toda mulher deve fazer periodicamente
  • O que acontece se o câncer já tiver sido detectado?

  • Em primeiro lugar, respire fundo e seja grata. Grata por ter câncer? Grata porque você foi diagnosticada e porque você pode fazer muitas coisas! É importante ter isto gravado em sua mente: "O câncer não é uma sentença de morte."
  • Existem vários grupos de apoio, organizações cívicas e governamentais. Elas trabalham para ajudar quem tem câncer e suas famílias. Procure informações e aja. Se você fizer isso com a atitude positiva e vontade de vencer, será mais uma batalha. Livre-se do sentimento de derrota, ou qualquer outro sentimento negativo. Acredite em mim: isso não vai lhe ajudar nunca. Uma coisa que dizem é que atualmente, o câncer de ovário é combatido com sucesso com quimioterapia ou cirurgia, juntamente com uma boa atitude, fé e muita esperança.
  • Desde que o médico conversou comigo, eu estive me ocupando em melhorar a minha vida: eu como melhor, corro, estudo e me divirto o máximo possível e compartilho a informação, como fiz hoje com você e tudo está indo muito melhor em meu interior.
  • Obrigada por ler e não se esqueça de compartilhar essa informação.

Rosa Adry

            (evangelista da silva)



Rosa Adry

Tu és para mim uma prece!...
Oro curvado aos teus pés
E rogo-te em nome do Amor
Que embala o nosso viver,
A eterna fidelidade de Amar!...

E nesta amplitude de querer e possuir,
Triste e desesperado,
Ajoelho-me apaixonado,
Clamando o teu corpo - alucinado prazer...
Envolvido no calor da tua boca e desejo.

E neste bailar das nossas vidas,
Aninhado ao teu lindo e alucinante corpo,
Oh doce Nina!... Aninha!... Nininha do céu...
Rosa Adry dos dias meus...
Vem, bela e formosa Menina/Mulher!...

A ti, suplico exaustivamente
O silêncio de minha dor,
E o desespero da minha paixão...
E nesta Tempestade de Amor e Tudo, e Nada,
Desmaio e morro sobre o teu corpo e encanto, minha Doce Amada...

E enquanto tu celebras a tua alegria
Em saudosa sinfonia de Aniversário de Natalício,
Eu, morto e esquecido, vou rasgando um papel
Mofado e amarelado: "um contrato de casamento",
Para construir uma união estável onde possamos Viver e Amar.

Serena, brava, ousada e cheirosa é a minha Menina...
Beijo-te e degluto a saliva para me alimentar...
Desta forma, Minha Nininha, vivemos a transição
De um mundo tortuoso e cheio de indiferença,
Para mergulharmos no oceano de vida, Amor e Amar...

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Planeta em chamas: Incêndios climáticos e guerra política das “Chamas”

Planeta em chamas: Incêndios climáticos e guerra política das “Chamas”

Escrito por Neo Mondo 16 de janeiro de 2020
Planeta em chamas: Incêndios climáticos e guerra política das “Chamas”
Foto – Pixabay

POR – CONTEÚDO COMUNICAÇÃO / NEO MONDO


  • As graves ameaças ao nosso clima são responsáveis por todos os principais riscos de longo prazo do Relatório Global de Riscos, com “confrontos econômicos” e “polarização política doméstica” reconhecidos como riscos significativos a curto prazo em 2020
  • O relatório adverte que a turbulência geopolítica e a retirada do multilateralismo ameaçam a capacidade de todos de enfrentar riscos globais críticos e compartilhados
  • Sem atenção urgente à reparação da polarização e divisão da sociedade e ao crescimento econômico sustentável, os líderes não podem lidar sistematicamente com ameaças como a crise climática ou da biodiversidade, alerta o relatório
  • Leia o relatório completo aqui e saiba mais sobre a Iniciativa Global de Riscos aqui. Junte-se à discussão usando #risks20
A polarização econômica e política aumentará este ano, uma vez que a colaboração entre líderes mundiais, empresas e formuladores de políticas torna-se mais do que nunca necessária para impedir graves ameaças ao nosso clima, meio ambiente, saúde pública e sistemas de tecnologia. Isso aponta para uma clara necessidade de uma abordagem multissetorial para mitigar riscos em um momento em que o mundo não pode esperar que o nevoeiro da desordem geopolítica se dissipe. Estas são as conclusões do Relatório Global de Riscos 2020 do Fórum Econômico Mundial, publicado ontem.
O relatório prevê um ano de aumento dos embates e divisões domésticas e internacionais e desaceleração econômica. A turbulência geopolítica está nos levando a um mundo unilateral “instável” de grandes rivalidades de poder, em uma época na qual os líderes empresariais e governamentais devem se concentrar urgentemente em trabalhar juntos para enfrentar os riscos compartilhados.
Mais de 750 especialistas e tomadores de decisão globais foram convidados a classificar suas maiores preocupações em relação a probabilidade e impacto e 78% disseram esperar que “confrontos econômicos” e “polarização política doméstica” aumentem em 2020.
Foto – Pixabay
Isso seria catastrófico, principalmente para enfrentar desafios urgentes como a crise climática, a perda de biodiversidade e o declínio recorde de espécies. O relatório, produzido em parceria com a Marsh & McLennan e o Zurich Insurance Group, aponta para a necessidade de os formuladores de políticas combinarem objetivos de proteção da Terra com metas que impulsionem as economias, e que as empresas evitem os riscos de perdas futuras potencialmente desastrosas ajustando-se a essas metas baseadas na ciência.
Pela primeira vez nas perspectivas de 10 anos da pesquisa, os cinco principais riscos globais em termos de probabilidade são todos ambientais. O relatório dispara o alarme:
  1. Eventos climáticos extremos com grandes danos à propriedade, infraestrutura e perda de vidas humanas.
  2. Falha na mitigação e adaptação às mudanças climáticas por governos e empresas.
  3. Danos e desastres ambientais causados pelo homem, incluindo crimes ambientais, como derramamentos de óleo e contaminação radioativa.
  4. Grande perda de biodiversidade e colapso do ecossistema (terrestre ou marinho), com consequências irreversíveis para o meio ambiente, resultando em recursos severamente esgotados para a humanidade e para as indústrias.
  5. Desastres naturais graves, como terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas e tempestades geomagnéticas.
O relatório ainda acrescenta que, a menos que os stakeholders se adaptem à “mudança de poder histórica de hoje” e à turbulência geopolítica, enquanto ainda se preparam para o futuro, o tempo se esgotará para enfrentar alguns dos mais prementes desafios econômicos, ambientais e tecnológicos. Isso indica onde as ações de empresas e formuladores de políticas são mais necessárias.
“O cenário político está polarizado, o nível do mar está subindo e os incêndios climáticos estão incinerando. Este é o ano em que os líderes mundiais devem trabalhar com todos os setores da sociedade para reparar e revigorar nossos sistemas de cooperação, não apenas para benefícios a curto prazo, mas também para enfrentar nossos riscos profundamente enraizados”, disse Borge Brende, presidente do Fórum Econômico Mundial.
O Relatório Global de Riscos faz parte da Iniciativa Global de Riscos que reúne os stakeholders para desenvolver soluções integradas e sustentáveis para os desafios mais prementes do mundo.
Foto – Pixabay
É necessário pensar sistemicamente para enfrentar os riscos geopolíticos e ambientais iminentes e ameaças que, de outra forma, podem estar sob o radar. O relatório deste ano se concentra explicitamente nos impactos da crescente desigualdade, lacunas na governança de tecnologia e sistemas de saúde sob pressão.
John Drzik, presidente da Marsh & McLennan Insights, disse: “Há uma pressão crescente nas empresas por parte dos investidores, reguladores, clientes e funcionários para que elas demonstrem sua resiliência à crescente volatilidade climática. Os avanços científicos significam que os riscos climáticos agora podem ser modelados com maior precisão e incorporados ao gerenciamento de riscos e aos planos de negócios. Eventos de alto impacto, como incêndios florestais recentes na Austrália e na Califórnia, estão pressionando as empresas a tomar medidas contra os riscos climáticos em um momento em que elas também enfrentam maiores desafios geopolíticos e de riscos cibernéticos.”
Para as gerações mais jovens, o estado do planeta é ainda mais alarmante. O relatório destaca como os riscos são vistos pelos nascidos após 1980. Eles classificaram os riscos ambientais em um grau mais elevado do que outros entrevistados, a curto e longo prazo. Quase 90% desses entrevistados acreditam que “ondas de calor extremo”, “destruição de ecossistemas” e “saúde impactada pela poluição” serão agravadas em 2020; comparado a 77%, 76% e 67%, respectivamente, para outras gerações. Eles também acreditam que o impacto dos riscos ambientais até 2030 será mais catastrófico e mais provável.
A atividade humana já causou a perda de 83% de todos os mamíferos selvagens e de metade das plantas que sustentam nossos sistemas de alimentos e saúde. Peter Giger, diretor de Riscos da Zurich Insurance Group, alertou sobre a necessidade urgente de se adaptar mais rapidamente para evitar piores e irreversíveis impactos piores e irreversíveis das mudanças climáticas e de fazer mais para proteger a biodiversidade do planeta:
“Ecossistemas biologicamente diversos capturam grandes quantidades de carbono e fornecem enormes benefícios econômicos estimados em $33 trilhões por ano – o equivalente ao PIB dos EUA e da China juntos. É fundamental que as empresas e os formuladores de políticas avancem mais rapidamente para uma economia de baixa emissão de carbono e modelos de negócios mais sustentáveis. Já estamos vendo empresas destruídas por não alinhar suas estratégias às mudanças nas políticas e nas preferências dos clientes. Os riscos de transição são reais e todos devem fazer sua parte para mitigá-los. Não é apenas um imperativo econômico, é realmente a coisa certa a fazer”, disse ele.
Foto – Pixabay
O Relatório Global de Riscos 2020 foi desenvolvido com o apoio inestimável do Conselho Consultivo para Riscos Globais do Fórum Econômico Mundial. Ele também se beneficia da colaboração contínua com seus parceiros estratégicos Marsh & McLennan e Zurich Insurance Group, e seus consultores acadêmicos na Oxford Martin School (Universidade de Oxford), na Universidade Nacional de Singapura e no Centro de Processos de Decisão e Gerenciamento de Risco Wharton (Universidade da Pensilvânia).
Os entrevistados foram convidados a avaliar: (1) a probabilidade de ocorrência de um risco global ao longo dos próximos 10 anos e (2) a gravidade de seu impacto globalmente, caso ocorra.
Estes são os 5 principais riscos, por probabilidade, nos próximos 10 anos:
  1. Eventos climáticos extremos (por ex., inundações, tempestades, etc.)
  2. Falha na mitigação e adaptação às mudanças climáticas
  3. Grandes desastres naturais (por ex., terremoto, tsunami, erupção vulcânica, tempestades geomagnéticas)
  4. Grande perda de biodiversidade e colapso do ecossistema
  5. Danos e desastres ambientais causados pelo homem
Estes são os 5 principais riscos, por gravidade de impacto, nos próximos 10 anos:
  1. Falha na mitigação e adaptação às mudanças climáticas
  2. Armas de destruição em massa
  3. Grande perda de biodiversidade e colapso do ecossistema
  4. Eventos climáticos extremos (por ex., inundações, tempestades, etc.)
  5. Crises hídricas
Os riscos globais não são isolados e, portanto, os entrevistados foram convidados a avaliar as interconexões entre pares de riscos globais.
Estes são os principais riscos globais mais fortemente conectados:
  1. Eventos climáticos extremos + falha na mitigação e adaptação às mudanças climáticas
  2. Ataques cibernéticos em larga escala + quebra de infraestrutura e redes de informação críticas
  3. Desemprego ou subemprego estrutural elevado + consequências adversas dos avanços tecnológicos
  4. Grande perda de biodiversidade e colapso do ecossistema + falha na mitigação e adaptação às mudanças climáticas
  5. Crise de alimentos + eventos climáticos extremos
Riscos a curto prazo: porcentagem de entrevistados que pensam que um risco aumentará em 2020:
  1. Confrontos econômicos = 78,5%
  2. Polarização política doméstica = 78,4%
  3. Ondas de calor extremas = 77,1%
  4. Destruição de ecossistemas de recursos naturais = 76,2%
  5. Ataques cibernéticos: infraestrutura = 76,1%
Foto – Pixabay

Documentário A dona do terreiro

Festa Pomba Gira Maria Padilha 2019 (Iya Andreia d' Oyá)

Pontos de Exu, Na gira de Exu



quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

A Poesia é Mulher


Uma apoteose sublime e pura. É um amanhecer colorido de esperanças e algo mais. É renascer entre as cinzas depois de se me tornar cremado em vida. Ela se me desperta de um pesadelo profundo e se me põe a sonhar. A vida é, também, este despertar de alegria e motivação. Nem tudo está perdido, tão perdido e perdidamente só. Eis que de repente se me surge no infinito da minha imaginação uma bela mulher. E eu, justamente eu, que pensava em jamais soerguer-me, e só pensava em viver esta triste vida de desventura e tanta falta de amor, se me deparo com a mulher amada dos dias meus. Esta linda morena menina que me alucina. E no íntimo da minha loucura se me desperto para viver. Viver uma paixão por um sentimento carnal e profundamente íntimo. O meu espírito se afasta da contemplação do universo e dentro do (Uni-verso) ele mergulha no prazer da carne infinito. Assim se me esgoto refazendo-me as energias para que sempre e eternamente, todos os dias, meus pesadelos se debrucem neste corpo alucinante de mulher. Desta maneira direi ao Doctor Sigmund Freud que na verdade, "A sexualidade é a fonte única de onde procedem todas as atividades humanas.", e em procedendo assim eu se me ressuscito em osso, e carne, e fogo. E em chamas se me vou devorando em amá-la calma e lentamente administrando o meu apreço pela vida.

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

O Poder da Mulher



Uma apoteose sublime e pura. É um amanhecer colorido de esperanças e algo mais. É renascer entre as cinzas depois de se me tornar cremado em vida. Ela se me desperta de um pesadelo profundo e se me põe a sonhar. A vida é, também, este despertar de alegria e motivação. Nem tudo está perdido, tão perdido e perdidamente só. Eis que de repente se me surge no infinito da minha imaginação uma bela mulher. E eu, justamente eu, que pensava em jamais soerguer-me, e só pensava em viver esta triste vida de desventura e tanta falta de amor, se me deparo com a mulher amada dos dias meus. Esta linda morena menina que me alucina. E no íntimo da minha loucura se me desperto para viver. Viver uma paixão por um sentimento carnal e profundamente íntimo. O meu espírito se afasta da contemplação do universo e dentro do (Uni-verso) ele mergulha no prazer da carne infinito. Assim se me esgoto refazendo-me as energias para que sempre e eternamente, todos os dias, meus pesadelos se debrucem neste corpo alucinante de mulher. Desta maneira direi ao Doctor Sigmund Freud que na verdade, "A sexualidade é a fonte única de onde procedem todas as atividades humanas.", e em procedendo assim eu se me ressuscito em osso, e carne, e fogo. E em chamas se me vou devorando em amá-la calma e lentamente administrando o meu apreço pela vida.



Demis Roussos - My Friend The Wind

Teu beijo...


Teu beijo é tanto,
 é tamanho,
 que nele me dispo,
 me banho, me adoço.
 Deixo no pescoço
 uma gota ativa 
pra te manter molhado
 enquanto posso. 
Essa umidade me conserva viva.

 Flora Figueiredo

Esse momento mágico...


Nossa noite foi assim...
 Um banho delicioso...
 Espumas envolvendo nossos corpos..
 Corpos colados... 
Bem pertinho um do outro...
 Nossos corpos se encontraram...
 Minhas mãos alcançavam o teu corpo todo...
 Palpando em caricias cada pedacinho teu...
 Beijos e mordidas deliciosas envolviam nossos lábios...
 E foi assim que nossas almas se uniram...
 Para fazer desse momento algo diferente...
 Não sabemos se é para sempre...
 Apenas aproveitamos o hoje...
 Esse momento mágico...
 Que fundiu nossos corpos...
 E fizemos juras de amor.

 Marcelo Rondoni

Genocida e destruidor de livros: Quem foi Joseph Goebbels, ministro da Propaganda nazista de Hitler?

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

O GLOBO

HISTÓRIA

Genocida e destruidor de livros: Quem foi Joseph Goebbels, ministro da Propaganda nazista de Hitler?

O ministro da Propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels, em imagem de 1939
O nome de Paul Joseph Goebbels entrou para a História por seu trabalho como ministro da Propaganda na Alemanha nazista. Aliado mais próximo de Adolf Hitler, ele foi responsável pela criação da imagem do Fuhrer ("líder" ou "condutor") e pela divulgação das ideias que formavam o universo nazista. Encarregado de produzir filmes, livros, cartazes e outras peças de propaganda, Goebbels era um nacionalista ferrenho e um anti-semita fanático. Atuou como um dos principais colaboradores do extermínio do povo judeu, divulgando o que entendia como justificativas para o genocídio. Sua trajetória chegou ao fim quando, em 1945, após a derrota alemã na Segunda Guerra Mundial, ele matou sua família e cometeu suicídio, em Berlim.
Nascido em 29 de outubro de 1897 em Rheydt, na Alemanha, Goebbels tinha saúde frágil na infância. Era um menino de baixa estatura, que sofreu bullying na escola e, na juventude, foi rejeitado pelo serviço militar. Decidiu se dedicar aos livros e se graduou em Filosofia. Entrou para o Partido Nacional-Socialista em 1924 e, dois anos mais tarde, o próprio Hitler o designou para o cargo de lider distrital em Berlim. Escritor e dramaturgo frustrado, ele fundou, em 1927, o jornal "O ataque", periódico semanal de tom bastante agressivo e anti-semita. Três anos depois, Goebbels foi nomeado por Hitler como chefe da propaganda do Partido Nazista. Nesta posição, o alemão tomou o controle de outros jornais nazistas do país, ganhando influência.
Em 1930, quando o nazismo já se espalhava pelo país, Goebbels ficou responsável pela campanha nacional do partido para as eleições do Reichstag (o parlamento alemão). Neste período, o propagandista difundiu as ideias nacionalistas de Hitler, que criticava a decadência da economia local, enfraquecida após o Tratado de Versalhes e a Grande Depressão de 1929. Em seus discursos, muitas vezes escritos por Goebbels, Hitler pregava uma sociedade alemã baseada na raça e na unidade nacional como solução para tirar o país da decadência. No pleito, em setembro de 1930, o Partido Nazista recebeu 6,5 milhões de votos e 107 lugares no Reichstag, que virou a segunda maior legenda do país.
Montados sobre um enorme capital político, Goebbels e Hitler continuaram discursando e viajando pelo país com o slogan "O Fuhrer da Alemanha". Quando, em 1933, Hitler foi nomeado chanceler do país, Goebbels organizou uma parada com 60 mil homens marchando uniformizados em Berlim, demonstrando o caráter belicista do seu partido. Nomeado ministro da Propaganda, ele usou a máquina do governo para continuar atraindo o povo alemão para suas ideias anti-semitas e para perseguir jornalistas judeus e opositores em geral. O ministro, então, convocou um boicote a negócios de proprietários judeus. Foi nesta fase também que ele começou a promover a queima de livros escritos por autores "não-alemães". Para Goebbels, a cultura deveria ser heróica e nacionalista. "Ou não será nada", como ele mesmo falou, em 1938.
Com a ascensão do nazismo, Goebbels se tornou um dos grandes apoiadores da expansão da Alemanha, chegando mesmo a pressionar Hitler para começar a guerra em direção ao Leste, invadindo países vizinhos como a Tchecoeslováquia e a Polônia. Ele liderou, por exemplo, uma campanha contra a Polônia, elaborando histórias sobre atrocidades cometidas contra cidadãos de origem alemã em cidades polonesas. Seu objetivo era voltar a opinião pública de seu país contra os vizinhos, preparando, assim, o caminho ideológico para a invasão do território polonês, o que de fato aconteceu, em 1939.
As atitudes de Goebbels estão na base da perseguição de judeus (polgroms), com a destruição de sinagogas e estabelecimentos comerciais de famílias judaicas. A força de suas peças de propaganda e dos discursos proferidos por Hitler e por ele próprio convenceram o povo alemão de que os judeus tinham culpa na decadência do país após a Primeira Guerra Mundial e que deveriam ser expulsos. Ou mortos. Goebbels e Hitler conversavam frequentemente sobre o extermínio da população semita, tanto na Alemanha quanto nos territórios anexados. O ministro da Propaganda esteve à frente da deportação de judeus para campos de concentração.
Suicídio após executar a mulher e os seis filhos pequenos
Nos meses finais da Segunda Guerra Mundial, com o exército nazista acuado pelas forças aliadas, os discursos de Goebbels ficaram desesperados. Ele convocava a população a um esforço final, no qual todos os homens deveriam se valer de quaisquer recursos à mão para resistir. Particularmente, ele chegou a conversar com Hitler sobre uma rendição, mas o Fuhrer não aceitou. No dia 30 de abril de 1945, Hitler se suicidou. Na noite de 1° de maio, Goebbels fez o mesmo.
O chefe da propaganda nazista chamou um dentista da SS e injetou morfina em seus seis filhos, para que todos ficassem inconscientes. Logo depois, as crianças foram mortas com ampolas de cianureto administradas em suas bocas. Em seguida, Goebbels e sua mulher, Magda, saíram do bunker e foram para o jardim da Chancelaria, onde estavam. Segundo relatos, o ministro genocida disparou um tiro contra a mulher e depois, suicidou-se. Seus corpos foram molhados com gasolina, mas foram encontrados apenas parcialmente queimados.  Os restos mortais de Goebbeles foram enterrados e exumados diversas vezes. Consta que, em 1970, uma equipe da KGB os exumou pela última vez, quando foram queimados e jogados num rio. Para evitar qualquer tipo de veneração ao que restou do nazista.
Goebbels (à direita), com Magda e os seis filhos, além de um jovem afilhado

Placa Mercosul será obrigatória a partir de 31 de janeiro

Placa Mercosul será obrigatória a partir de 31 de janeiro

Uso da placa Mercosul passa a ser obrigatório em todo o País para carros zero-km e em casos de troca de município ou Estado
PLACA MERCOSUL SERÁ OBRIGATÓRIA A PARTIR DE 31 DE JANEIROCrédito: JF DIORIO/ESTADÃO
No dia 31 de janeiro o uso da placa Mercosul passa a ser obrigatório em todo o País, mas não para todos os veículos (leia mais abaixo). O prazo foi definido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), no dia 28 de julho do ano passado. O sistema, que deveria ter entrado em operação em janeiro de 2016, teve seis adiamentos.
O novo prazo foi determinado para que os órgãos estaduais de trânsito pudessem credenciar as fabricantes das novas placas. Também foram alteradas algumas regras para a colocação das placas Mercosul.
Dos 26 Estados brasileiros, apenas 10 já haviam aderido à nova Placa de Identificação Veicular (PIV). São eles: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Rondônia.
São Paulo, por exemplo, ainda não havia aderido. O Detran-SP informa que passará a utilizar o novo sistema a partir do dia 1º de fevereiro.
Em SP, preço não foi definido
As atuais placas no padrão cinza custam R$ 138,24. O órgão de trânsito não informou qual será o preço das placas de padrão Mercosul.
Em nota enviada à redação, o órgão de trânsito informa que “a estampagem, comercialização e instalação das placas serão serviços prestados pelas empresas credenciadas pelo Detran.SP e cabe a elas determinar os valores das placas.”
Informa ainda que “isso está em conformidade com a Resolução, que não abre a possibilidade de licitação das empresas ou qualquer tipo de iniciativa que iniba a livre concorrência, como o tabelamento de preços, pelo Detran.SP.”
Obrigatoriedade da placa Mercosul
A placa Mercosul passa a ser obrigatória para veículos novos, no primeiro emplacamento. E também para os que forem transferidos de município ou Estado. Ou ainda em caso de furto ou dano muito extenso à placa, que dificulte a leitura. Segundo o Detran-SP, pessoas que desejam trocar voluntariamente também podem aderir o novo modelo.
A implantação da placa Mercosul no País teve seis adiamentos. O novo sistema deveria ter entrado em vigor em janeiro de 2016. Mas foi adiado para 2017 e depois, para dezembro de 2018.
Depois, cada Estado passou a ter um calendário próprio. Isso até uma liminar suspender a implantação do sistema por tempo indeterminado.
Uma nova mudança alterou a entrada em vigor da placa Mercosul para 30 de junho de 2019. Antes, porém, no dia 28, o Contran fez novo adiamento, para 31 de janeiro de 2020.
Uma das justificativas para os atrasos foi que o extinto Ministério das Cidades havia decidido mudar o padrão adotado no País. A placa receberia também a bandeira do Estado o brasão da cidade onde o veículo está registrado. Mas o Ministério voltou atrás.
Cor da letra identifica categoria
A placa Mercosul é parecida com o sistema adotado na Europa. O padrão já está em vigor no Uruguai e Argentina. Em breve também será implantado no Paraguai e na Venezuela.
A nova placa tem fundo branco, quatro letras e três números, dispostos de maneira aleatória. A cor da combinação alfanumérica indica a categoria do veículo.
A cor preta é para carros particulares. A vermelha é para táxis, veículos comerciais e de aprendizagem (autoescola). Azul é para carros oficiais e verde para os de teste. O tom dourado identifica carros diplomáticos e o prateado, modelos de coleção.
Em uma tarja azul fica o nome e a bandeira do país, além do emblema do Mercosul. Um futuro sistema integrado de consulta compilará dados sobre o veículo e seu proprietário. Essa banco de dados trará também eventuais registros de roubo e furto.
A nova placa tem o mesmo tamanho da cinza. Apenas carros de passeio precisam ter placas na dianteira e na traseira. Para motocicletas, quadriciclos, reboques, tratores e guindastes apenas a placa traseira é obrigatória.
Informações Jornal do Carro.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Gestantes de Auschwitz: A cruel saga das mães e dos bebês nos campos da morte

Gestantes de Auschwitz: A cruel saga das mães e dos bebês nos campos da morte

 

Consideradas como ameaça ao extermínio, nazistas realizaram o "controle da natalidade de judeus". Inúmeras grávidas foram torturadas até a morte

André Nogueira Publicado em 11/01/2020, às 09h00

AddThis Sharing Buttons

As gestantes no campo de concentração
As gestantes no campo de concentração - Dominio Público

Em Auschwitz, havia um local em que foram erguidos barracões usados como latrina. Também servia de ponto de encontro para o prisioneiros. No local, realizavam encontros e faziam sexo rodeados de excrementos, ao cheiro de carne queimada exalando dos crematórios.
“Era ali que prisioneiras e prisioneiros se encontravam para ter relações sexuais furtivas e sem alegria, nas quais o corpo era utilizado como uma mercadoria com a qual pagar os produtos de que tanto se necessitava e que os homens eram capazes de roubar dos armazéns”, relata Gisella Perl.
Perl era uma ginecologista romena que publicou suas memórias do campo de concentração em 1948, quando divulgou ao mundo seu papel de controladora da natalidade entre os prisioneiros. Ela conta que, mesmo com o esforço em inibir o desejo sexual entre os judeus, ocasionados pelos nazistas perante o acréscimo de nitrato de potássio na comida, a libido e vontade pelo sexo ainda “era um dos instintos mais fortes”.

Perl já idosa / Crédito: Dominio Público

O problema é que muitas mulheres engravidaram. E isso era absolutamente perigoso - os carrascos nazistas enxergavam nisso uma ameaça ao extermínio. “Não me parece justificável exterminar os homens [...] e deixar que seus filhos cresçam e se vinguem de nossos filhos e netos”, colocou Himmler. Nesse cenário, Perl começou um trabalho de interrupção das gestações, para salvar a vida daquelas mães.
A trágica incumbência
A jornada de Perl foi resgatada por um artigo de Georg M. Weisz e Konrad Kwiet publicado na revista Rambam Maimonides Medical Journal, de Israel. Segundo o trabalho, Perl nasceu em 1907, na Transilvânia e trabalhava como ginecologista até a invasão da Romênia por Hitler. Em cinco dias, foi encaminhada para Auschwitz e nunca mais reviu seus familiares.
Na Polônia, ela foi convocada por Mengele para que reanimasse judias que ficaram inconscientes após sessões de retirada de sangue. Contraditoriamente, a Wehrmacht estava encaminhando esse sangue para o front. “A rassenschande, a contaminação com o sangue judeu inferior, foi esquecida”, lembrou Perl.
A partir de 1943, por diligência de Himmler, o esforço no controle da natalidade de judeus foi acirrado e, com isso, mulheres grávidas, mesmo aptas a trabalhar, eram levadas às câmaras de gás ou aos incineradores. “seus bebês recém-nascidos eram assassinados com injeção letal ou afogados”, explicam Weisz e Kwiet.
Em Auschwitz, as grávidas foram enganadas. Quando eram enfileiradas, as judias recebiam a informação de que as gestantes seriam encaminhadas para um local onde receberiam ração dobrada, pela condição, e que, portanto, deveriam dar um passo a frente para a seleção. A farsa só foi descoberta quando Perl, em 1944, cumpria uma tarefa a ela estabelecida perto dos crematórios e presenciou o que realmente acontecia.

Mulheres enfileiradas em Auschwitz / Crédito: Dominio Público

Elas “eram espancadas com porretes e chicotes, destroçadas por cães, arrastadas pelos cabelos e golpeadas na barriga com as pesadas botas alemãs. Então, quando caíam, eram jogadas no crematório. Vivas”. Então, a médica iniciou seu plano para salvar aquelas mulheres.
A tarefa era ingrata: na tentativa de abortar ou gerar partos antecipados, sem condições técnicas se não suas próprias mãos, Perl teve que matar muitas crianças, o que foi muito sentido por ela. Perl relata uma situação em que enforcou um bebê de três dias até a morte, para que sua mãe fosse salva.
Ao fim, centenas de mulheres tiveram suas gestações interrompidas por Perl, de forma consentida. Como Perl recebeu a missão de informar Mengele sobre as mulheres grávidas no campo, o controle nazista já estava fragilizado. “O maior crime que se podia cometer em Auschwitz era estar grávida”, contou a ginecologista ao The New York Times em 1982. “Decidi que nunca mais haveria uma mulher grávida em Auschwitz”.
Libertação
Em 1945, o Exército Vermelho marchou sobre a Polônia e obrigou os nazistas a evacuarem os campos, rumo a Oeste. Muitos judeus foram obrigados a seguir numa marcha da morte em meio ao inverno europeu oriental, que matou mais de 15 mil. Entretanto, Perl foi encaminhada ao campo de Hamburgo e, depois, a Bergen-Belsen, onde ajudou mais mulheres a terem partos de sucesso.

Judias com seus filhos, após a libertação de Dachau / Crédito: Dominio Público

Quando presenciou a libertação de um campo, o perigo de sentenciamento das crianças e das grávidas pelos alemães fora abolido, e Perl foi responsável pelo nascimento saudável do primeiro menino judeu nascido livre no campo onde morreu Anne Frank.
Em 1947, ao descobrir que a maioria de sua família fora executada, Perl tentou se matar. Sem obter sucesso, emigrou para os EUA para recomeçar a vida, mas lá foi acusada de crime de guerra por ter, teoricamente, colaborado com o Anjo da Morte. “Qualquer um que tenha trabalhado no hospital para os presos poderia ser acusado disso”, opina Weisz, que enxerga a acusação como bobagem.
Nos anos que seguiram, Perl colaborou, com depoimentos, para a condenação de diversos nazistas. Com o tempo, sua reputação foi se restaurando e o seu papel em Auschwitz na salvaguarda de mulheres judias foi reconhecido. Então, se especializou em infertilidade e começou a trabalhar no Hospital Monte Sinai de Nova York. Morreu em 1981, em Israel.

+Saiba mais sobre os horrores de Auschwitz através das obras a seguir:
Os bebês de Auschwitz, Wendy Holden, 2015 - https://amzn.to/32b3ELn
O tatuador de Auschwitz, Heather Morris, 2019 - https://amzn.to/2r5oA9Z
Depois de Auschwitz, Eva Schloss - https://amzn.to/2PHpG5Z
O garoto que seguiu o pai para Auschwitz: Uma história real, Jeremy Dronfield, 2019 - https://amzn.to/2NC1MpM
Resistência, Affinity Konar, 2017 - https://amzn.to/2Nw8C0e
Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, assinantes Amazon Prime recebem os produtos com mais rapidez e frete grátis, e a revista Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.

Associação Nacional dos Bacharéis em Direito denuncia ilegalidade do exame da OAB

Associação Nacional dos Bacharéis em Direito denuncia ilegalidade do exame da OAB

Cathy Rodrigues – DRT – 4317/BA Segundo a associação, a Ordem dos Advogados do Brasil está com seu decreto de criação anulado desde 1991 No que depender da Associação Nacional dos Bacharéis em Direito (ANB), o exame promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) terá fim. Segundo Itacir Amauri Flores, vice-presidente no exercício da […]

Em 01/03 de 2018
Cathy Rodrigues – DRT – 4317/BA
Segundo a associação, a Ordem dos Advogados do Brasil está com seu decreto de criação anulado desde 1991
No que depender da Associação Nacional dos Bacharéis em Direito (ANB), o exame promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) terá fim. Segundo Itacir Amauri Flores, vice-presidente no exercício da presidência da associação, a ação judicial protocolada em fevereiro junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), pede que seja afastado os efeitos publicados na Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia), que exige o Exame de Ordem.
Itacir Amauri Flores, presidente da ANB | Foto: Arquivo pessoal
A ação prevê ainda que o registro de habilitação ao exercício da profissão de advogado seja regulamentado pelo Ministério da Educação (MEC) e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a fim de que os bacharéis em Direito possam exercer a advocacia no Brasil mediante a apresentação do diploma de formação acadêmica.
“Entendemos que o Exame de Ordem não existe, pois a OAB está com seu decreto de criação revogado desde 1991. Porém, pela falta de um questionamento jurídico junto ao judiciário, para que norteie a sua existência legal, ainda hoje é aplicado o exame. Tal exame é elitizante e pura reserva de mercado à advocacia brasileira. Não existe em qualquer sociedade mundial uma situação sui generis como aqui, onde um bacharel em Direito, formado em uma faculdade reconhecida pelo Estado brasileiro, não possa trabalhar sem passar pelo crivo da OAB, que a seu bel prazer direciona a forma e o conteúdo da prova”, aponta o presidente da ANB, entidade privada originária do Movimento Nacional dos Bacharéis em Direito, criado em 2007.
“MUITO DINHEIRO EM JOGO” – Conforme dados da ANB, o Exame de Ordem da OAB arrecada cerca de 100 milhões de reais ao ano somente com as taxas para as provas. O exame é aplicado em torno de 3 vezes ao ano para todos os bacharéis em Direito. “É muito dinheiro em jogo. Este debate também tem que ser levado à sociedade, para que se fiscalize com mais aptidão e prestem contas de tudo”, afirma Itacir Amauri Flores.
Após 5 anos nos bancos da faculdade de Direito credenciada pelo MEC, o bacharel é obrigado a se submeter ao Exame de Ordem criado pela OAB, por meio de provimento. As provas do exame são divididas em duas fases: a primeira é a prova objetiva, a segunda é denominada de prático-profissional, sendo aplicada apenas aos candidatos aprovados na primeira fase. Ambas têm caráter eliminatório. Sem a aprovação no exame, o bacharel não pode atuar como advogado, sob pena de ser implicado por exercício ilegal da profissão.
Andressa Lima, bacharela em Direito | Foto: Arquivo pessoal
ESTRESSANTE E CANSATIVO – De acordo com o Conselho Federal da OAB, existem hoje cerca de 1,5 milhão de bacharéis de Direito sem registro profissional, a chamada “carteira da OAB”. A bacharela em Direito, Andressa Lima, de 24 anos, formou-se em março de 2017, pela Faculdade São Francisco de Barreiras (FASB), e prestou o exame pela primeira vez no ano passado. Ela passou na primeira fase e perdeu na segunda. Para Andressa, o exame é estressante e cansativo, e não quantifica a inteligência ou o nível de saber de quem o presta.
“É um processo cansativo, tanto físico quanto mental, onde você é cobrado antes, durante e depois da prova. E no momento em que sai o resultado, e você se depara com mínimos detalhes que a banca, por algum motivo não acolheu, e é reprovado, é como se o meu esforço e dedicação de anos fossem inutilizados, entre outros questionamentos. Tenho plena consciência do meu potencial, e da bagagem que contraí ao longo dos últimos 5 anos de faculdade. Não acredito que uma avaliação, onde o psicológico é colocado à prova, tanto quanto o conhecimento, seja adequado a medir a minha capacidade e competência como bacharel para atuar no mundo casuístico”, declara a bacharela em Direito.
PERDAS E DANOS – O Exame de Ordem realizado no ano passado teve um índice de reprovação de 85%. Aproximadamente 120 mil candidatos inscritos, e um pouco mais de 18 mil aprovados. Para Itacir Amauri Flores, o exame é fora da realidade dos bancos escolares e seletivo, e o Estado brasileiro tem que dar um basta nisso: “São milhares de pessoas que sofrem os mais diversos tipos de humilhação e bulling por serem reprovados, e estes somam-se às fileiras de desempregados de nível superior. Não mediremos esforços para ir até o fim desde imbróglio, e que a justiça faça a parte dela, condenando o Poder Executivo a reparar este erro crasso, e indenizar o bacharel por perdas e danos”.
*A OAB – Subseção Barreiras foi procurada, mas até o fechamento desta matéria, não respondeu aos questionamentos do Fala Barreiras.