sábado, 27 de abril de 2013

Crise Europeia vs estouro económico mundial - facebook(José Manuel Cruz Cebola


Crise Europeia vs estouro económico mundial


Chegámos a um patamar da crise europeia que obriga os políticos do velho Continente a terem de optar: continuar a escolher as pessoas que trabalham como principal alvo da austeridade ou chamar os interesses financeiros a pagar a sua factura da crise.

Os povos europeus e a opinião pública estão cada vez mais resistentes à austeridade. Muito por culpa da cruel realidade que tem mostrado resultados muito negativos e colocado na pobreza e no desemprego milhões de cidadãos. Muito por culpa da falta de esperança e da ideia castigadora da austeridade, debitada pela Alemanha e creditada por vários líderes europeus nos respectivos países. Muito por culpa do remédio tóxico da Troika que, só agora, parece estar a mudar a agulha. Tarde demais? Veremos.

A Alemanha financiou a maior parte dos resgates até à data e a disposição do país para continuar a fazê-lo é apresentada sempre como a chave para a sobrevivência da zona euro, o que causa submissões por vezes caricatas de alguns políticos a Merkel e uma ideia falsa de que a austeridade é o único caminho.

Ontem, a chanceler alemã afirmou que os países da zona do euro devem estar preparados para perder mais soberania, especialmente no que toca ao controle das contas públicas. Ora numa altura destas, com eleições legislativas à porta Merkel continua com um discurso hostil que visa agradar ao seu eleitorado e fazer perder espaço ao novo Partido Anti-Euro alemão, recentemente criado.

Já a ideia de um Federalismo Europeu a todos os níveis continua na gaveta. Merkel parece apenas querer controlar as máquinas financeiras dos Estados e os Bancos. O resto, como diz o zé-povinho, é mato. Perder mais soberania sem contrapartidas credíveis ou sem federalismo é continuar a tratar o doente com veneno light. E no final quando o doente já estiver em paragem cardíaca Merkel vai aparecer novamente como a grande salvadora da Europa. É um dejá-vu.

No debate público europeu a ideia da saída da zona euro com o mínimo de barulho possível deixou de ser tabu e ganha cada vez mais adeptos. Com o caso islandês a mostrar que há outro caminho e com os povos a atingirem tragicamente um limite económico e social, a saída de países da zona euro, como Portugal, pode muito bem tornar-se inevitável.

Vivemos em cima de um cocktail explosivo: a Europa continua a dar sinais de colapso evidentes. Os EUA têm um precipício financeiro à sua frente. A China está a criar uma bolha imobiliária gigantesca.

O estouro económico mundial está ao virar da esquina. Resta saber se começa ou acaba na Europa…

(catado do blogue 'A Porta Ali ao Fundo)
Crise Europeia vs estouro económico mundial


Chegámos a um patamar da crise europeia que obriga os políticos do velho Continente a terem de optar: continuar a escolher as pessoas que trabalham como principal alvo da austeridade ou chamar os interesses financeiros a pagar a sua factura da crise.

Os povos europeus e a opinião pública estão cada vez mais resistentes à austeridade. Muito por culpa da cruel realidade que tem mostrado resultados muito negativos e colocado na pobreza e no desemprego milhões de cidadãos. Muito por culpa da falta de esperança e da ideia castigadora da austeridade, debitada pela Alemanha e creditada por vários líderes europeus nos respectivos países. Muito por culpa do remédio tóxico da Troika que, só agora, parece estar a mudar a agulha. Tarde demais? Veremos.

A Alemanha financiou a maior parte dos resgates até à data e a disposição do país para continuar a fazê-lo é apresentada sempre como a chave para a sobrevivência da zona euro, o que causa submissões por vezes caricatas de alguns políticos a Merkel e uma ideia falsa de que a austeridade é o único caminho.

Ontem, a chanceler alemã afirmou que os países da zona do euro devem estar preparados para perder mais soberania, especialmente no que toca ao controle das contas públicas. Ora numa altura destas, com eleições legislativas à porta Merkel continua com um discurso hostil que visa agradar ao seu eleitorado e fazer perder espaço ao novo Partido Anti-Euro alemão, recentemente criado. 

Já a ideia de um Federalismo Europeu a todos os níveis continua na gaveta. Merkel parece apenas querer controlar as máquinas financeiras dos Estados e os Bancos. O resto, como diz o zé-povinho, é mato. Perder mais soberania sem contrapartidas credíveis ou sem federalismo é continuar a tratar o doente com veneno light. E no final quando o doente já estiver em paragem cardíaca Merkel vai aparecer novamente como a grande salvadora da Europa. É um dejá-vu.

No debate público europeu a ideia da saída da zona euro com o mínimo de barulho possível deixou de ser tabu e ganha cada vez mais adeptos. Com o caso islandês a mostrar que há outro caminho e com os povos a atingirem tragicamente um limite económico e social, a saída de países da zona euro, como Portugal, pode muito bem tornar-se inevitável.

Vivemos em cima de um cocktail explosivo: a Europa continua a dar sinais de colapso evidentes. Os EUA têm um precipício financeiro à sua frente. A China está a criar uma bolha imobiliária gigantesca. 

O estouro económico mundial está ao virar da esquina. Resta saber se começa ou acaba na Europa…

(catado do blogue 'A Porta Ali ao Fundo)

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