Sentirei o cheiro da minha terra onde quer que chova..
Onde quer que chova!...
Hei de sentir que as flores embalsamam os lares,
Que o sol hilariza,
Que a lua é cristal,
Que o manto azulado cobre os seus filhos,
Que as estrelas brincam,
Que o vento faz as palmeiras saudarem os filhos deste piso,
Enchendo os corações de poesia viva;
Sorrindo com os que sorriem,
Chorando com os que choram.
Hei de sentir quer nesta vida, quer na outra,
Que o amor, a música, a literatura, a arte, a educação
Deste povo abranja toda a terra.
Quando os meus olhos, quando o meu espírito para os presídios
Olharem, contemplando direi:
- Fechem-se os presídios!...
Para que presídios?...
Para meus irmãos?
Filhos do amor, da música, da literatura, da arte, da educação?...
Fechem-se suas grades detenção!
Hei de dizer aos valentes:
- Vão brigar com homens fortes, covardes!
Não espanquem os fracos!
Vão para o berço onde as palmeiras no cemitério encerram, lutar!
Lá encontrarão homens valentes, fortes, e corajosos, para brigar.
Chegando aqui... Oh! Cidade das Palmeiras!...
Encontrarão: amor, música, literatura, arte e educação...
Santo Antônio de Jesus, 1983
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