segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Para devir, é preciso desrostificar – por Esquizografias

Para devir, é preciso desrostificar – por Esquizografias

 

Para devir, é preciso desrostificar
                                                                                            Arte: Bruno Del Zou.
Para devir, é preciso desrostificar
Ter sua identidade dilacerada em nome de uma multipliSIdade
Habitar uma zona de indiscernibilidade entre dentro-fora, eu-outro, individual-coletivo
Fazer do corpo uma vizinhança com os outramentos moleculares
Às vezes é preciso destruir o que nos aprisiona à ilusão do EU
Às vezes é preciso abrir os poros às ventaniações que os encontros produzem
Fazer da multipliSIdade puro movimento de diferir 
Afirmando a positividade da transmutação
Crer no saber do corpo e não negá-lo em nome de uma razão caduca, de uma consciência indigesta
Habitar zonas temporárias de ser
Estar sendo
Aconte-Sendo e atualizando virtualidades em ato
Imagina quão deve ser permaneSer o MESMO para sempre
E ainda ouço dos analistas caretas: SEJA VOCÊ MESMO, ENCONTRE SEU EU…
Eu quero ser tempestade, quero ser ventania, quero ser poesia, quero ser sorriso de criança e quando menos esperar não mais ser
Quero sentir passagens de forças em mim que me tirem do lugar e me joguem ao encontro com o que me faz muitos de mim 
Estar sendo um corpo habitado por um milhão de corpos, vozes, sentidos e sinais.

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