“Se chegar, teremos uma onda braba”, alerta ex-diretor da Anvisa sobre variante indiana explosiva(não se assustem: "é gripezinha.")
Da Carta Capital:
O médico sanitarista Gonzalo Vecina, ex-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, chamou a atenção nesta sexta-feira 30 para a necessidade de o Brasil reforçar as medidas de distanciamento social e controlar o fluxo nos aeroportos, a fim de atrasar a chegada de novas variantes do coronavírus ao País e permitir o avanço de uma campanha de vacinação que, até aqui, se dá a passos lentos. Em entrevista ao canal de CartaCapital no YouTube, o especialista afirmou que considera mais provável que o Brasil mergulhe em uma terceira onda da Covid-19 do que em um ‘platô’, ou seja, uma estabilidade nos registros de casos e mortes pela doença.
“[Na segunda onda] Nós tivemos uma participação da P1, a variante desenvolvida em Manaus, que dissemina muito rapidamente a doença. Não chegou com força, mas já estão no Brasil as variantes inglesa e sul-africana. E os indianos estão produzindo alguma coisa muito explosiva lá. Por que está ocorrendo aquela explosão de casos na Índia, que também é um país que não faz isolamento social e tem um presidente também negacionista? Provavelmente essa explosão se deve a uma nova variante. Parece que foi identificada uma variante que tem três transformações importantes. Quanto tempo demora para uma variante dessas chegar ao Brasil?”, questionou Vecina. “Temos um relacionamento comercial importante com a Índia. Que medidas estamos tomando para diminuir a probabilidade de circulação dessas variantes no Brasil? Nenhuma.”
“Se chegar uma variante dessas novas, teremos uma onda braba. Esta terceira onda certamente vamos ver. Infelizmente não vamos parar no platô”. Diante disso, avalia Vecina, o Brasil não pode abrir mão de impor um lockdown, mas com “categoria e planejamento”.
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