sábado, 7 de maio de 2016
Crise de abstinência pode mesmo levar à morte, dizem especialistas
Jornal do Brasil
Recentemente, os pais de Amy Winehouse declararam que suspeitavam que a cantora havia morrido durante uma forte crise de abstinência, por ter interrompido muito bruscamente o uso do álcool.
O método supostamente usado pela cantora é correto, pois, para quem procura se curar de um vício, o corte deve ser total. A suspeita dos pais, confirmada pelo médico de Amy, também. Infelizmente, uma intensa crise de abstinência pode levar à morte, mas apenas se a pessoa não estiver tendo um acompanhamento médico. Neste caso, essas consequências mais graves, podendo chegar ao desfalecimento, podem ser evitadas.
A intensidade de uma crise de abstinência depende de algumas variáveis, como a droga em que o usuário é viciado, o tempo de vício e o estado físico da pessoa. Os sintomas e as sensações sentidas durante o processo, que leva em média uma semana, também dependem do tipo de droga. Em geral, a abstinência provoca uma reação inversa ao uso da droga, segundo explica o coordenador da área técnica de Saúde Mental da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, Marcos de Miranda Gago.
“Existem drogas sedativas e drogas estimulantes. Na ausência de drogas depressivas, a pessoa fica mais acelerada, agitada, com insônia, taquicardia. O inverso acontece quando a pessoa é viciada em drogas estimulantes, como moderadores de apetite. Quando o uso é interrompido, a pessoa fica deprimida. Mas isso fica muito complexo porque as pessoas, normalmente, usam polissubstâncias”, esclarece o psiquiatra.
Esse período da reabilitação pode ser extremamente agressivo, no qual o usuário apresenta um quadro típico de uma doença grave, com queda do estado geral e aparência de doente. Sintomas como confusão mental, dores fortes, alterações graves do pensamento, dificuldades de percepção, sensação de perseguição, entre outras coisas aparecem com frequência. Pela alta gravidade da situação, é imprescindível que o viciado esteja sendo acompanhado por uma equipe médica, tanto para não sanar a grande vontade de usar a droga quanto para não cometer atos extremos, como o suicídio.
“Essas reações físicas e psíquicas são causadas pela interrupção do uso da droga. A abstinência por si só até pode matar, mas normalmente isso ocorre em pessoas mais idosas ou com quem tem outras patologias clínicas, como doenças cardíacas. As drogas devem ser interrompidas, sem redução, e existem medicamentos para mitigar a crise”, diz Marcos, que afirma que a sensação de abstinência acontece nos mais diversos níveis, como uma ressaca depois de uma bebedeira.
O psiquiatra Jorge Jaber explica a razão de alguns usuários sem observação médica chegarem à morte durante esta fase.
“Se você retirar abruptamente o álcool da pessoa ela pode chegar a um quadro gravíssimo que leva à morte. Isso porque as funções vitais de um organismo funcionam através de transmissões por vias nervosas e, para que isso aconteça, precisa-se de neurotransmissores. As drogas alteram a produção e a absorção dos neurotransmissores e o álcool acaba substituindo-os, o que leva a uma falência quando a substância não está mais no organismo”, diz.
Ele lembra que, na época em que ainda fazia residência, o professor normalmente mandava os alunos darem algumas gotinhas de álcool aos pacientes que apresentavam um quadro de abstinência alcoólica.
“A gente comprava uma garrafa de cachaça e ia dando em colherzinha, e a crise passava. Mas hoje em dia existe medicação que faz a pessoa se libertar do risco de desenvolver uma crise de abstinência grave”, garante.
Algumas famílias, no desespero das circunstâncias, acabam tomando decisões sem pensar, como trancar o viciado em um quarto, para que ele não possa usar nem comprar a droga. Isso porque, quando o dependente está descontrolado, esse sentimento acaba contagiando os demais membros de sua família. Esta atitude é compreensiva, mas não é indicada. O ideal é que a família do viciado procure ajuda profissional, pois ela não está preparada para enfrentar um processo de reabilitação sozinha. Jorge Jaber oferece um serviço gratuito de alta qualidade na Câmara Comunitária da Barra da Tijuca. Mesmo na primeira ligação (o telefone para conta é (21) 3325-2323) a pessoa começa a ser atendida por um profissional, que já pode começar a ajudar quem está do outro lado da linha.
A reabilitação na saúde pública
No Brasil, a Política de Saúde Mental adotou, a partir de 2003, um modelo de atenção integral aos pacientes, estruturada nos princípios da Reforma Psiquiátrica, que mudou o foco da hospitalização como única possibilidade de tratamento aos dependentes químicos. Por isso, o Ministério da Saúde, além de ampliar o acesso à assistência hospitalar, introduziu medidas complementares de tratamento para dependentes químicos.
Para assistir aos dependentes estão os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), as Equipes de Saúde da Família, os Consultórios de Rua e as Casas de Acolhimento Transitório (CATs), todos aliados à terapia ocupacional e, para casos necessários, o tratamento medicamentoso e a internação. Essas possibilidades estão incorporadas no Sistema Único de Saúde (SUS).
Depoimento de um ex-viciado
Antônio Tomé tem hoje 58 anos e vive uma vida saudável como conselheiro em uma clínica para dependentes químicos. Mas a harmonia e a tranquilidade só fazem parte da vida de Tomé, como é chamado, há pouco mais de dez anos (dez anos, dois meses e 20 dias, como ele bem lembra). Antes disso, ele foi viciado em "todo tipo de droga", mas as mais presentes eram a cocaína, o álcool e a maconha. Ele conta ao JB como foi seu processo de reabilitação e o que o motivou a ter sucesso depois de 19 internações.
Com quantos anos você começou a usar drogas?
Comecei a beber com 11 anos, a fumar maconha com 13 e a usar cocaína com 17 anos. Fui dependente por 35 anos, mas já estou sóbrio há dez anos, dois meses e 20 dias.
Por que você conta cada dia?
Faço parte da irmandade de narcóticos anônimos, e nós temos esta cultura de contar os dias limpos. Começa pelo primeiro dia, que é o mais importante, embora eu diga que estou limpo só por hoje. Vivemos um dia de cada vez.
Quantas vezes você foi internado?
Tive 19 internações. Sempre fui um paciente muito rebelde, resistente a mudanças, queria parar de usar drogas, mas não queria mudar meus comportamentos. E para se recuperar totalmente, não se pode escolher, tem que mudar totalmente o estilo de vida. Eu já não acreditava mais, não queria mais ser internado. E quando minha família me internava à revelia, ficava com muita raiva, mas depois compreendia que era um ato de amor, que isso salvava minha vida.
E de onde você tirou forças para não desistir na 19ª vez?
Na realidade todas as internações foram importantes, desde a primeira, pois a semente ficou plantada. Tive mais forças para mudar quando entrei em contato com o meu próprio sofrimento. Eu olhava muito para o sofrimento da minha família, o que não é suficiente. Resolvi mudar. Percebi que, já que do meu jeito não dava certo, eu tinha que tentar o jeito que os psiquiatras me aconselhavam. Parei com todos os comportamentos destrutivos e me afastei de todas as amizades que me influenciavam.
Você lembra do que sentia durantes as crises de abstinência?
A crise de abstinência é bastante dolorosa, ela passa do momento da vontade até o ponto da fissura, que é a pior parte. A fissura é uma vontade que parece insuportável. A gente sente que tem que usar ou vai morrer, dá taquicardia, suor. No entanto, aprendi que essa fissura passa em até sete minutos. Em outros momentos, quando me dava essa vontade eu usava a droga e ficava tudo bem.
Qual foi o papel de sua família nesta mudança?
Minha família foi importantíssima. Minha irmã (a atriz Luiza Tomé) foi muito presente, financiou todas as minhas internações. Minha mãe, minha mulher e meus dois filhos foram fundamentais, sempre me deram apoio. Mesmo eu agredindo, humilhando, abandonando a família, eles sempre foram presentes, peças importantes para que minha recuperação desse certo.
Você tem vontade de usar drogas até hoje?
Não. No primeiro ano, nos primeiros meses, de vez em quando dava vontade de usar, mas eu sabia que a vontade ia passar. Há muito tempo não tenho nenhuma vontade de usar nenhum tipo de droga.
E como você chegou a conselheiro em uma clínica?
Eu introduzi um irmão ao mundo das drogas que também não aceitava a recuperação. Ele, infelizmente, acabou morrendo de overdose. E, mesmo com a morte dele, eu não parei, continuei usando. Quando eu entrei em recuperação, era muito criticado, as mães e esposas de muitos amigos meus os proibiam de andar comigo. E, depois que eu me recuperei, comecei a perceber que essas mesmas famílias que me criticavam me ligavam pedindo ajuda, pedindo para eu conversar com a pessoa que enfrentava o vício. Fiz então um curso de conselheiro em dependência química em um a clínica onde trabalho há cinco anos. Faço também um trabalho muito importante sobre tabagismo lá, pois também parei de fumar neste meio tempo.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Rubem Braga
POR NANI RUBIN
Rubem Braga (1913-1990)
foi cronista, correspondente de guerra, apaixonado por passarinhos e mulheres. Foi ainda morador de uma cobertura em Ipanema famosa pelo pomar e pelos amigos que a frequentavam, onde se bebia bem e se conversava melhor ainda. Todas essas facetas estão reunidas na exposição “Rubem Braga — O fazendeiro do ar”, que será aberta neste domingo ao público no Galpão das Artes do Jardim Botânico, depois de ter passado pelo Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, no ano passado.
foi cronista, correspondente de guerra, apaixonado por passarinhos e mulheres. Foi ainda morador de uma cobertura em Ipanema famosa pelo pomar e pelos amigos que a frequentavam, onde se bebia bem e se conversava melhor ainda. Todas essas facetas estão reunidas na exposição “Rubem Braga — O fazendeiro do ar”, que será aberta neste domingo ao público no Galpão das Artes do Jardim Botânico, depois de ter passado pelo Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, no ano passado.
Com uso de recursos multimídia, a mostra que chega ao Rio tem curadoria do jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, colunista do GLOBO, que se apaixonou pelo estilo de Braga quando era adolescente.
— Eu o conheci lendo a “Manchete”, onde ele, Paulo Mendes Campos e Fernando Sabino escreviam. Na época se estudavam coisas muito pesadas de literatura na escola, e eles falavam da cidade, das mulheres, de comportamento, moda. Quando comecei a escrever em jornal, eu os citava muito, eles andavam meio à margem então.
Convidado por Luciana Vellozo Santos e Robson Outeiro, idealizadores da mostra, Joaquim mergulhou nos arquivos do escritor, dividindo-se entre a Casa de Rui Barbosa — onde está a maior parte do acervo, como os cadernos de anotações que produziu como correspondente de guerra —, e a mítica cobertura, onde Roberto Braga, filho único do escritor e hoje morador do local, abriu-lhe as portas.
A partir daí, organizou a mostra em seis módulos: “Retratos”, “Capital secreta do mundo”, “Redação”, “Guerra”, “Passarinhos” e “Cobertura”. “Retratos” recebe o visitante com uma série de imagens de Braga, nas quais, comenta o jornalista, pode-se observar como o cronista teve desde pequeno o semblante taciturno. Em seguida, o módulo sobre Cachoeiro de Itapemirim, cidade natal do autor, tem caixas suspensas que, abertas, revelam textos, documentos e fotos.
As salas “Redação” e “Guerra” são revestidas com reproduções de jornais de época, como o “Correio da Manhã”, o “Diário de Notícias” e o “Diário Carioca” — do qual ele foi correspondente durante a Segunda Guerra. A primeira reúne dez mesas de madeira, com referências às passagens, por exemplo, pela revista “Manchete”. Na exposição, as folhas nas máquinas de escrever são tablets, nos quais o público pode descobrir mais sobre o autor.
Projeção de passarinhos
Em “Guerra”, telefones dos anos 1940, tirados do gancho, revelam gravações de jingles, músicas e notícias de rádio da época. Responsável pelo projeto cenográfico, Felipe Tassari pendurou no teto da sala aviõezinhos de origami, que vão se transformando em passarinhos, tema do módulo seguinte, em que a a exposição ganha mais poesia.
Na instalação “O conde e o passarinho”, título de uma crônica do autor, pássaros voando são projetados na parede. Quando o visitante se aproxima, uma câmera capta e projeta sua imagem, e os passarinhos “pousam” em suas mãos e braços. Já o espaço “Cobertura” reproduz a vista do apartamento, e um vídeo de André Weller exibe depoimentos de amigos como Zuenir Ventura, Ziraldo, Ana Maria Machado e Danuza Leão.
— Ele tinha textos muito politizados, mas não eram panfletários, tinham elegância e leveza que os textos políticos não costumam ter — diz Joaquim, para quem Braga é “o inventor da moderna crônica brasileira”.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/olhar-multimidia-sobre-rubem-braga-12180338#ixzz480QciOVS
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quinta-feira, 5 de maio de 2016
O amor filosófico e o puro prazer
O amor filosófico e o puro prazer
Segundo Platão, o amor é a busca da beleza, da elevação em todos os níveis, o que não exclui a dimensão do corpo. No entanto, será que essa concepção ainda faz sentido em tempos de exagerado culto à coisificação do prazer?
por Marcio Salgado*
Parece estranho e contraditório falar do amor filosófico em uma época desapaixonada, como esta em que vivemos. Na verdade, esta nossa época carece tanto de sentimento quanto de razão, pois ela pretende ser apenas a encarnação de um tempo hedonista, extravagante, dominado pelos sentidos.
Conforme Platão (427 a.C. - 347 a.C.), o amor é a busca da beleza. Embora tenha início da realidade física, deve alcançar a sua forma universal, não permanecendo prisioneiro da matéria. É lugarcomum confundir o amor platônico com o amor não correspondido ou desprovido de interesse sexual. Na realidade, o filósofo não exclui o amor carnal, porém o vê como um primeiro degrau que pode levar a outros mais elevados.
Agáton
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Poeta ateniense, Agáton (447 a.C.- 401 a.C.) aparece em obras de Aristóteles (Anteu), Aristófanes (As Convocadas) e Platão (O Banquete).
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As várias faces de Eros revelamse nos discursos que ilustram O Banquete, obraprima da literatura ocidental. O livro narra um encontro em casa do poeta Agáton, do qual tomam parte Sócrates, Fedro, Alcebíades e outras figuras atenienses. O encontro tem como objetivo comemorar a premiação de uma peça teatral do anfitrião, e os presentes escolheram Eros como tema inspirador dos discursos da noite.
No prólogo do livro, utilizandose de um artifício literário, o narrador esclarece que não tomou parte, propriamente, daqueles acontecimentos, mas ouviu detalhes da sua história em colóquio com outro personagem. Após os convivas concordarem que deviam beber com moderação, pois haviam se excedido na noite anterior, dáse então início aos discursos sobre o amor.
No relato de Pausânias aparecem duas formas de amor, geradas por Afrodite, deusa grega da fecundidade e da beleza. Afrodite tem dupla face, ou, de acordo com os estudiosos da mitologia, são duas Afrodites: a Celestial, filha de Urano; e a Popular, filha de Zeus e Dione.
Aristófanes
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Embora tenhamos poucas informações sobre a vida do dramaturgo Aristófanes (448/447 a.C. - 385-380 a.C.), sabe-se que ele foi um grande mestre da comédia antiga, autor de diversas peças com sátiras políticas e sociais, sendo uma de suas mais conhecidas Assembleia de Mulheres.
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Diotima de Mantineia
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Escreve Zygmunt Bauman no livro Amor Líquido: Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos (Zahar, 2004, pg. 21): "No Banquete de Platão, a profetisa Diotima de Mantineia ressaltou para Sócrates, com a sincera aprovação deste, que 'o amor não se dirige ao belo, como você pensa: dirige-se à geração e ao nascimento do belo'. (...) Em outras palavras, não é ansiando por coisas prontas, completas e concluídas que o amor encontra seu significado, mas no estímulo a participar da gênese dessas coisas. O amor é, enfim, à transcendência".
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Como acontece em outras narrativas platônicas, Sócrates surge como o personagem que realiza a síntese das ideias e sentimentos do autor. N'O banquete ele inspira-se em Diotima de Mantineia , sacerdotisa do amor, para ilustrar o seu discurso. Não se sabe ao certo se ela é uma criação de Platão ou personagem da mitologia, mas deste entrelaçamento surgem as mais belas páginas da literatura grega.
Eros é aí descrito como um daimon, intermediário entre os homens e as coisas divinas. "Ao gênio cabe interpretar e transmitir aos deuses o que vem dos homens, e aos homens o que vem dos deuses; de uns, as súplicas e os sacrifícios, e dos outros as ordens e as recompensas pelos sacrifícios; e como está no meio de ambos, ele os completa, de modo que o todo fica ligado todo ele a si mesmo. (...) E esses gênios, é certo, são muitos e diversos, e um deles é justamente o Amor."
RUMO AO AMOR ESSENCIALNa escalada rumo ao amor essencial, outros estágios se fazem necessários. Do amor às formas físicas belas à própria beleza, independente da forma. Há ainda o amor ao conhecimento e às boas práticas, o que pode ser interpretado como uma adesão aos princípios éticos. A sacerdotisa Diotima associa o amor à imortalidade e afirma, no diálogo com Sócrates, que o amor é o "desejo de procriação no belo".
quarta-feira, 4 de maio de 2016
sábado, 23 de abril de 2016
quinta-feira, 21 de abril de 2016
TF poderá ser julgado pela Corte Internacional de Direitos Humanos
Especialista em Direito Penal afirma que alguns pontos do julgamento da Ação Penal 470 não foram respeitados pelos ministros do Supremo, colocando em perigo o estado democrático de direito.
Hélmiton Prateado, via Diário da Manhã
O advogado Pedro Paulo Guerra de Medeiros diz que o julgamento da Ação Penal 470, popularmente chamada de “mensalão”, está sendo uma sucessão de problemas causados pelos ministros e que deverá ser a origem de um constrangimento para o Brasil. “É praticamente certo que esse julgamento será levado a organismos internacionais, como a Corte Interamericana de Direitos Humanos, pela forma arbitrária como está se processando esse julgamento”, explicou.
Pedro Paulo é especialista em Direito Penal, conselheiro da OAB/GO e professor universitário. Em entrevista ao DM, ele detalha os principais pontos de discórdia sobre o julgamento e o que deverá ser objeto de questionamento em uma corte internacional para rever as possíveis condenações.
“Alguns pontos não respeitados pelos ministros do Supremo Tribunal Federal estão colocando em grave perigo o estado democrático de direito, situação que não podemos permitir, pois a democracia é um valor muito caro para a sociedade brasileira. O direito a uma revisão do julgamento e o princípio do juiz natural são alguns desses quesitos que estão sendo afrontados pelos eminentes componentes do STF”, frisa.
Para o advogado, a forma deste processamento está se assemelhando a um tribunal de exceção ou mesmo aos julgamentos da inquisição, o que tira o caráter democrático da mais alta Corte do País. “Precisamos impedir violações, sob pena de criarmos um monstro incontrolável que se voltará contra nós no futuro.”
Diário da Manhã – O julgamento do “mensalão” é passível de ser revisto?
Pedro Paulo Medeiros – Sim, por certo que deverá ser. Esse julgamento, assim como qualquer ato de poder público do Estado brasileiro, pode ser submetido à Corte Interamericana de Direitos Humanos se existir alguma nuance a caracterizar que esse ato afronta a Convenção Americana de Direitos Humanos. Essa convenção é um tratado internacional de direitos humanos, da qual o Brasil é signatário. De forma soberana, o Brasil aderiu a esse tratado e se comprometeu a cumpri-lo. Dessa forma, algumas premissas são de cumprimento obrigatório e estão sendo violadas nesse julgamento.
DM – De forma mais direta, quais são essas violações?
Pedro Paulo Medeiros – Neste caso concreto, o Supremo Tribunal Federal está julgando e condenando acusados. Nós, advogados, entendemos que está afrontando a Convenção Americana em alguns pontos bem claros. O primeiro é que está se dando um julgamento parcial, pois o mesmo juiz que colheu as provas na fase de inquérito, ministro Joaquim Barbosa, é o mesmo juiz que está agora julgando. Isso é muito próximo do que víamos na inquisição, até porque também não está estabelecido o contraditório. Outro ponto crucial nesse julgamento é a inexistência de um duplo grau de jurisdição. Esse princípio reza que o cidadão tenha sempre o direito de recorrer a uma instância acima quanto à sua eventual condenação. Como já estão sendo julgados pelo mais alto Tribunal do País, esses acusados não terão direito à revisão de seu caso, como se os ministros do STF fossem infalíveis e seus atos sejam de forma dogmática irrecorríveis.
DM – Esta convenção prevê possibilidade de recurso?
Pedro Paulo Medeiros – Justamente nesse ponto, está havendo a mais grave agressão. A Convenção Americana de Direitos Humanos estabelece que em casos de julgamentos criminais o indivíduo terá sempre direito de recorrer a alguma instância superior, o que não existe no Brasil. Em resumo, os acusados que forem condenados no STF têm o direito previsto na convenção de recurso de revisão para seus casos e não há previsão no ordenamento brasileiro para isso. Dois casos semelhantes já foram levados à Corte, e neles a Corte admitiu que houve violações e determinou que fossem corrigidas as distorções. No caso Las Palmeras, a Corte Interamericana mandou processar novamente um determinado réu (na Colômbia), porque o juiz do processo era o mesmo que o tinha investigado anteriormente. Uma mesma pessoa não pode ocupar esses dois polos, ou seja, não pode ser investigador e julgador no mesmo processo, sob pena de repetirmos a inquisição e o regime militar autoritário que há pouco nos cerceava os direitos mais simples. No caso Barreto Leiva contra Venezuela, se depreende precedente indicativo de que o julgamento da Ação Penal 470 no STF poderá ser revisado para se conferir o duplo grau de jurisdição para todos os réus, incluindo-se os que gozam de foro especial por prerrogativa de função. Além da violação ao princípio do juiz natural, que é um direito previsto na convenção americana de o cidadão não ser julgado por juiz que não tenha competência expressa para fazê-lo.
DM – Caso a Corte Americana julgue contra o STF, qual é o resultado prático?
Pedro Paulo Medeiros – A Corte prolata uma decisão para o Brasil para que o Supremo cumpra o que foi pactuado na convenção. O Brasil tem de cumprir de bom grado, corrigindo as distorções, ou sofrerá sanções internacionais, como embargos, e estará dando uma demonstração para a comunidade internacional de que não cumpre normas que ele mesmo prega: respeito e cumprimento. Não se pode conceber que o Brasil tenha esta postura, principalmente quando quer ser ator de primeira grandeza no cenário internacional, inclusive postulando um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
DM – Há opiniões sobre a falta de contraditório no processo. Isso procede?
Pedro Paulo Medeiros – Sim, esse é um dos argumentos dos defensores. Basta prestar atenção nos votos dos ministros que condenam os envolvidos. Eles estão aceitando indícios como provas e elementos colhidos fora do processo, como dados da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Correios ou mesmo durante o inquérito. Está patente que esses elementos não passaram pelo contraditório e pela ampla defesa. É regra no direito brasileiro que, remonta a toda a doutrina jurídica, que só se pode utilizar elementos colhidos em juízo, com a presença de advogados, de membros do Ministério Público e com a garantia do amplo direito de defesa e do magno contraditório, como está preconizado na Constituição Federal e que a democracia brasileira ainda mantém como soberana. São preceitos inabaláveis, que também estão contidos na Convenção Americana de Direitos Humanos e que, portanto, devem ser levados à apreciação da Corte Interamericana.
DM – O Supremo está fugindo a sua tradição e fazendo um julgamento mais político que jurídico?
Pedro Paulo Medeiros – Acredito que o Supremo está transpondo sua jurisprudência de décadas, que era absolutamente libertária, constitucional e garantista. Estão fazendo um julgamento diferente do que foi feito em décadas, muito mais duro, julgando por indícios, sem provas juntadas aos autos e atropelando preceitos constitucionais. Espero que seja o único e que isso não se repita, mas de que isso vai virar um precedente muito perigoso, não temos dúvida.
DM – Qual o efeito posterior a isso?
Pedro Paulo Medeiros – Qualquer juiz de primeira instância se sentirá avalizado para tomar decisões idênticas, desrespeitando garantias constitucionais e praticando inquisições à vontade. Nos rincões, com pessoas simples, advogados simples vão sofrer horrores nas mãos de inquisidores com o poder da caneta para sentenciar. Juízes vão se sentir muito à vontade para julgar na base do “ouvi dizer”. Imagine só que terror não será uma situação assim! O Supremo está criando um paradigma perigosíssimo ao julgar por indícios e condenar. As pessoas estão achando muito bom isso agora, porque o STF está julgando o rico, bonito e famoso distante, o bem situado. O dia em que isso começar a acontecer na casa delas, verão o monstro que criaram e que se tornou incontrolável. Na época do regime militar, da ditadura dos militares, eles prendiam as pessoas, torturavam e as deixavam incomunicáveis, e achavam que estavam agindo dentro da legalidade e da legitimidade, com toda a naturalidade possível, dentro da mais perfeita justiça. Tinham seus fundamentos para prender sem fundamento, para julgar por “ouvir dizer” e para condenar sem provas, tudo muito próximo do que está sendo feito nesse processo do “mensalão”. Terminantemente, as provas produzidas perante o Supremo Tribunal Federal sob o contraditório não comprovam as acusações.
A mulher de Temer ou Quando o feminismo emburrece
Published on by Paulo Ghiraldelli
A mulher de Temer é, segundo a revista Veja, “Bela, recatada e do lar”. Antes de um juízo de valor, o que revista fez foi uma descrição exata de Marcela Temer que, creio eu, deve ter achado a tal reportagem como bem justa. Marcela é mesmo bela, recatada e do lar.
Essa descrição da Veja não merece ou desmerece Marcela, apenas faz justiça. Marcela foi miss, fez Direito e não exerceu porque gosta de cuidar da casa, e realmente tem o recato de não ficar em palanque. Por que isso foi visto por alguns como propaganda para Temer? Por uma razão simples: na avaliação de um feminismo tosco, que já cansou todo mundo, essa descrição de Marcela seria como que um ponto positivo para certos setores sociais e, ao mesmo tempo, a tentativa de uma revista conservadora de propor um padrão de mulher do passado.
Por que esse tipo de feminismo é imbecil? Primeiro, por não saber que uma reportagem que faz justiça ao personagem que é objeto da matéria, se serve como propaganda, isso se deve aos méritos do próprio personagem. Segundo, por não entender que a imagem da mulher “bela, recatada e do lar” está longe, nos nossos dias, de ser incompatível com imagens de mulheres outras, que não seriam descritas assim como Marcela, mas que se cuidam, possuem um gosto pela não exposição e, enfim, prezam o lar. Uma boa parte das mulheres brasileiras trabalha fora, é “cabeça de casal” etc., e elas se orgulham de dizer que também podem aparecer se for preciso, e que são amantes dos afazeres do lar. Não à toa Simone de Beauvoir escreveu ao seu namorado americano que queria lavar as cuecas dele. Não à toa Hannah Arendt se submeteu a uma posição desconfortável, a de aluna amante, na relação com Heidegger. Não à toa Hilary Clinton troca receitas com amigas, o que também faz Michele Obama.
Todas essas mulheres assim agiram não por cederem a ditames sociais, mas, ao contrário, por já não ligarem nem um pouco para ditames sociais.
Que nos anos cinquenta a imagem da mulher do lar tivesse que contrastar com a mulher do trabalho fora, tudo bem. Mas que hoje exista quem se importe com isso, é este o erro e a imbecilidade de um feminismo que pensa entender de tudo, mas que não entende nada de comportamento histórico da mulher. Se há uma coisa que o feminismo desse tipo não sabe, é tudo o que se pode saber a respeito de mulher.
O feminismo precisa urgentemente chutar o traseiro de feministas.
Paulo Ghiraldelli, 58, filósofo.
sábado, 16 de abril de 2016
exame da OAB é, ou não CONSTITUCIONAL!!!
BACHARÉIS EM AÇÃO - FIM EXAME OAB
EXAME DA OAB É INCONSTITUCIONAL - Para que haja justiça, basta a justiça honesta
Uma mensagem a todos os membros de BACHARÉIS EM AÇÃO - FIM EXAME OAB
Prezados(as):
Peço desculpas inicialmente pela demora em enviar esta mensagem, mas assim como muitos colegas brasilienses e vários de outros estados, comecei a correr as 13h da 6ª feira quando mandei a mensagem com a data do julgamento e “desmontei” na noite de ontem, quando terminei os últimos contatos. Dormi apenas 2 a 3 horas por noite e estava acabado ontem. A idade pesou...
Muitos colegas não entenderam o que aconteceu ontem, por absoluta falta de prática nos trâmites processuais e até pela divulgação dos jornalistas (não li nada até agora ainda, vou ler depois) que já no STF ontem, entenderam como vitória da OAB. Na realidade, não houve vitória e nem derrota de nenhum lado.
Todos se surpreenderam com a fundamentação do Ministro Marco Aurélio, mas não se atentaram a um detalhe importantíssimo: O registro de voto do Ministro Marco Aurélio, que todos os demais ministros acompanharam, pelo conhecimento do recurso extraordinário e pelo seu IMPROVIMENTO!!!
Ou seja: Todos os ministros aceitaram o voto do Relator em NÃO ANALISAR O MÉRITO – SE O EXAME É CONSTITUCIONAL OU INCONSTITUCIONAL – e sim, apenas o analisar o recurso e não aceitar seu prosseguimento.
Assim, não analisando o mérito e apenas improvimento do recurso, a próxima ação que tiver seu mérito centrada na questão exame de ordem é que poderá levar a análise de sua inconstitucionalidade ou não e gerar efeito Erga Onmes para todos os demais processos.
O Supremo em seu site, também está publicando um entendimento errado. Publicam que o STF julgou o exame constitucional, em anexo. Já entrei em contato com o setor de comunicação social, comuniquei o erro, assim como comuniquei o gabinete do Ministro Marco Aurélio sobre o erro na interpretação de sua decisão de ontem, acompanhada pelos demais ministros.
Assim, peço aos colegas – nós sim conhecemos os trâmites e os termos jurídicos – que entrem em contato com as redações de seus jornais e rádios de suas cidades e informem que NÃO HOUVE NENHUMA DECISÃO SOBRE CONSTITUCIONALIDADE OU NÃO DO EXAME e que isto ainda irá acontecer em outra ação que trate do tema e que entre na pauta do STF.
Estarei mandando mensagem mais completa depois, ainda hoje, com mais detalhes, pois agora vou brigar para mudar a manchete do STF, para usá-la como base de uma nota à imprensa. Reitero: ainda hoje.
Vamos seguir lutando. Ontem não tivemos a vitória esperada, mas não tivemos derrota nenhuma. Apenas foi adiado a análise sobre o exame e sua inconstitucionalidade e nós seguimos preparados para vencer.
Até mais tarde
Reynaldo Arantes
EXAME DA OAB É INCONSTITUCIONAL - Para que haja justiça, basta a justiça honesta
Uma mensagem a todos os membros de BACHARÉIS EM AÇÃO - FIM EXAME OAB
Prezados(as):
Peço desculpas inicialmente pela demora em enviar esta mensagem, mas assim como muitos colegas brasilienses e vários de outros estados, comecei a correr as 13h da 6ª feira quando mandei a mensagem com a data do julgamento e “desmontei” na noite de ontem, quando terminei os últimos contatos. Dormi apenas 2 a 3 horas por noite e estava acabado ontem. A idade pesou...
Muitos colegas não entenderam o que aconteceu ontem, por absoluta falta de prática nos trâmites processuais e até pela divulgação dos jornalistas (não li nada até agora ainda, vou ler depois) que já no STF ontem, entenderam como vitória da OAB. Na realidade, não houve vitória e nem derrota de nenhum lado.
Todos se surpreenderam com a fundamentação do Ministro Marco Aurélio, mas não se atentaram a um detalhe importantíssimo: O registro de voto do Ministro Marco Aurélio, que todos os demais ministros acompanharam, pelo conhecimento do recurso extraordinário e pelo seu IMPROVIMENTO!!!
Ou seja: Todos os ministros aceitaram o voto do Relator em NÃO ANALISAR O MÉRITO – SE O EXAME É CONSTITUCIONAL OU INCONSTITUCIONAL – e sim, apenas o analisar o recurso e não aceitar seu prosseguimento.
Assim, não analisando o mérito e apenas improvimento do recurso, a próxima ação que tiver seu mérito centrada na questão exame de ordem é que poderá levar a análise de sua inconstitucionalidade ou não e gerar efeito Erga Onmes para todos os demais processos.
O Supremo em seu site, também está publicando um entendimento errado. Publicam que o STF julgou o exame constitucional, em anexo. Já entrei em contato com o setor de comunicação social, comuniquei o erro, assim como comuniquei o gabinete do Ministro Marco Aurélio sobre o erro na interpretação de sua decisão de ontem, acompanhada pelos demais ministros.
Assim, peço aos colegas – nós sim conhecemos os trâmites e os termos jurídicos – que entrem em contato com as redações de seus jornais e rádios de suas cidades e informem que NÃO HOUVE NENHUMA DECISÃO SOBRE CONSTITUCIONALIDADE OU NÃO DO EXAME e que isto ainda irá acontecer em outra ação que trate do tema e que entre na pauta do STF.
Estarei mandando mensagem mais completa depois, ainda hoje, com mais detalhes, pois agora vou brigar para mudar a manchete do STF, para usá-la como base de uma nota à imprensa. Reitero: ainda hoje.
Vamos seguir lutando. Ontem não tivemos a vitória esperada, mas não tivemos derrota nenhuma. Apenas foi adiado a análise sobre o exame e sua inconstitucionalidade e nós seguimos preparados para vencer.
Até mais tarde
Reynaldo Arantes
sexta-feira, 8 de abril de 2016
Fases Processuais - JF
Fases Processuais
POR JOTAPEAH
O objetivo deste espaço é divulgar
toda a lista de fases utilizadas pelo sistema processual da Justiça
Federal de Minas Gerais. Aos poucos, mais fases serão incluídas,
facilitando, ainda mais, a compreensão dos jurisdicionados quanto às
movimentações dos processos que tramitam nesta Seção Judiciária.
Os usuários que desejarem informações a respeito de fases ainda não
disponibilizadas, podem enviar a solicitação através do link Dúvidas ou
sugestões fale com a Informática, disponibilizado na página inicial do
site.
118 – Audiência: Realizada instrução julgamento.
A instrução e julgamento é o ato processual em que o juiz se defronta
com as partes envolvidas no processo, autor e réu, a fim de ouvir o que
estas e/ou suas testemunhas têm a dizer acerca do ponto em debate.
Diz-se audiência de instrução, porque os elementos nela colhidos
servirão para formar o convencimento do juiz quanto ao ponto em
discussão. Daí, instrução, no sentido de formação, somatório aos outros
elementos já existentes. E a terminologia julgamento decorre da
possibilidade de o juiz, nessa mesma audiência, após ouvir as partes
e/ou as testemunhas, já proferir a sentença respectiva. Isso, porém,
quase nunca ocorre. O comum é que o magistrado postergue, para outro
momento, a prolação dessa sentença.
Exemplo: suponha-se um caso concreto em que alguém reclame danos
materiais contra a União, porque teria sido vítima de acidente
provocado por veículo pertencente àquela. O juiz sabe que a reparação
de danos, dentre outras normas legais, está regulado pelo artigo 159,
CC. Assim, uma vez configurada a prática do dano pelo agente público da
União, não restará outro caminho ao juiz a não ser condená-lo a
ressarcir os prejuízos que a parte autora experimentou em razão do
acidente.
Ocorre que, na maioria das vezes, a
situação fática não está devidamente esclarecida, ou porque as partes
discordam de aspectos desta, ou, mesmo, porque o juiz não se
convencera, à vista dos documentos existentes nos autos apenas, quanto
à veracidade das alegações de uma ou outra das partes. Assim, por
exemplo, poderá essa autoridade determinar que se realize audiência de
instrução e julgamento para esclarecimento se, de fato, a culpa fora
totalmente da ré (União), ou se a vítima concorrera para que o fato
viesse a ocorrer; se, nas circunstâncias, não restou outra alternativa
ao agente público, senão provocar o abalroamento da vítima etc.
123 – Baixa:
123
-1 – Carga: Retirados: o processo encontra-se fora da secretaria, em
poder de advogados que atuam nos autos ou de entidades públicas (INSS,
União Federal, CEF, Polícia Federal, etc.).
123 -2 – Arquivados: processo já julgado definitivamente, que encontra-se no Arquivo Judicial.
123 -6 – Remetidos para Execução de Sentença
O Código de Processo Civil prevê três tipos de processos judiciais: um
chamado de conhecimento; outro de execução; e um cautelar.
No processo de conhecimento, o juiz diz quem está com o direito, ou seja, profere uma sentença;
No processo de execução, executa-se essa sentença;
No processo cautelar, assegura-se uma situação fática.
Cada tipo tem seu caminho próprio.
O processo de execução significa que aquele que obteve uma sentença
favorável (chamado credor) vai obrigar o devedor ou executado a cumprir
o comando judicial que lhe foi favorável, por isso é chamado agora de
processo de execução.
Assim, a fase processual baixa-remetidos para execução de sentença
significa que aquele que obteve uma sentença favorável (por exemplo,
condenação do devedor ao pagamento de diferenças de correção monetária
do FGTS) vai iniciar a execução dessa sentença, visando obrigar o réu a
cumprir aquilo a que foi condenado.
O processo inicial, chamado de conhecimento, vai ser “baixado” para transformar-se agora no processo de execuçao.
136 – Citação: ordenada
O
termo “citação” significa uma forma de convocação ou chamamento, pelo
juiz, de uma pessoa (chamada no processo de parte ré) para se defender
das alegações feitas por quem lhe está movendo um processo judicial.
Essa pessoa que promove um processo judicial é chamada de parte autora.
A fase 136 – Citação:
ordenada – significa, portanto, que o juiz autorizou o pedido da parte
autora para convocar a parte ré . Dessa forma, o juiz vai expedir uma
ordem de citação, ou seja, um mandado judicial, convocando o réu para
apresentar as alegações que tiver, ou seja, sua defesa.
137 – Conclusos: o processo encontra-se com o Juiz para:
137 -1 – Determinar providências necessárias ao andamento do processo (despacho);
137 -2 – Decidir questões importantes no curso do processo (decisão);
137 -3 – Julgar o processo, dar a decisão final (sentença).
154 – Devolvidos c/ Despacho:
–
Ocorre quando o Juiz devolve para a Secretaria da Vara o processo com
despacho, após o que tal despacho deve ser publicado para ciência das
partes e advogados.
176 – Intimação/Notificação pela imprensa: Ordenada a publicação:
1 – Despacho
2 – Decisão
3 – Sentença
4 – Ato Ordinatório
5 – Edital
99 – Outros
–
Ocorre quando o Juiz ordena a publicação na Imprensa (Diário
Oficial/Minas Gerais) de um ato processual (1 à 5), para ciência das
partes e advogados.
178 – Intimação/Notificação pela imprensa: Publicação remetida imprensa:
1 – Despacho
2 – Decisão
3 – Sentença
4 – Ato Ordinatório
5 – Edital
99 – Outros
– Ocorre quando o teor do ato (1 à 5) foi remetido ao Diário Oficial/Minas Gerais para ser publicado.
179- Intimação/Notificação pela imprensa: Publicado:
1 – Despacho
2 – Decisão
3 – Sentença
4 – Ato Ordinatório
5 – Edital
99 – Outros
–
Ocorre quando a publicação do ato (1 à 5) sai efetivamente no jornal
(Diário Oficial/MInas Gerais), sendo certificado no processo para
começo de contagem dos prazos para práticas de atos.
185/9 – Intimação/Notificação/Vista Ordenada
–
Significa, na prática, que o juiz determinou que a parte seja intimada
de algum ato praticado (do despacho/decisão/sentença ou outro ato
qualquer) ou que a parte tenha vista do processo (de algum documento,
etc). Esta fase é passada quando o processo vai para a publicação,
antes da fase 176 – publicação ordenada.
193 – Mandado: Devolvido/Cumprido
– É quando o mandado é devolvido para a Vara, devidamente cumprido pelo Oficial de Justiça, para ser juntado no processo.
194 – Mandado: Devolvido/Cumprido Em Parte
–
O mandado é devolvido, mas a ordem judicial foi cumprida apenas em
parte pelo Oficial de Justiça. É o caso, por exemplo, quando o Oficial
de Justiça encontra o devedor, mas não encontra bens para penhorar.
197 – Mandado: Expedido
– É quando o mandado é efetivamente expedido pela Secretaria da Vara.
198 – Mandado: Ordenada Expedição/Aguardando Ato
–
É quando o Juiz manda a Secretaria expedir um mandado, que é um
instrumento que o Juiz usa para intimar partes, advogados, peritos de
atos praticados, bem como para ordenar alguma providência (por exemplo:
a penhora de bens, a busca e apreensão de processos ou coisas, etc.).
Até que o mandado seja efetivamente expedido o processo permanece nessa
fase. O mandado deve ser cumprido pelo Oficial de Justiça.
199 – Mandado: Ordenado Recolhimento
–
Quando ocorre algum fato que modifique a situação do processo fazendo
com que o cumprimento de um mandado não seja mais necessário, o juiz
manda recolher o mandado já expedido ou distribuído para o Oficial de
Justiça. Por exemplo: o devedor já quitou a dívida antes do Oficial de
Justiça cumprir o mandado.
Quando o mandado é expedido com algum erro, o Juiz também ordena o recolhimento.
200 – Mandado: Recolhido
–
o Oficial de Justiça efetivamente devolve o mandado para a Vara,
estando o mesmo cumprido ou não, por ordem do Juiz conforme acima
descrito (fase 199).
201 – Mandado: Remetido Central
–
É quando o mandado é remetido para a Central de Mandados, onde deverá
ser distribuído a um dos Oficiais de Justiça da Justiça Federal, para
dar cumprimento ao mesmo.
210 – Petição/Ofício/Documento: Recebida(O) Em Secretaria
–
Indica que petições, ofícios ou quaisquer outros documentos, vindos do
protocolo ou pelo correio, etc., chegam na Secretaria para serem
juntados nos processos.
Muito simplificadamente:
– Petição é o modo (escrito) pelo qual os advogados das partes dirigem-se ao Juiz.
– Ofício é o modo pelo qual as autoridades dirigem-se ao Juiz.
212 – Prazo:
certificado transcurso in albis: ocorre quando o prazo para praticar
algum ato no processo termina sem que este ato tenha sido praticado, ou
seja, significa que houve uma publicação para o autor ou réu, ou ambos,
e transcorreu o prazo para ele(s) se manifestar(em) sem qualquer
petição protocolada.
218 – Recebidos:
218 -1 – Em Secretaria: processo que estava fora e que foi recebido de volta na Secretaria da Vara.
218 -2 – Na Seção de Protocolo: processo que foi recebido na Seção de Protocolo da Justiça Federal.
218
-3 – Pelo Diretor de Secretaria para Ato Ordinatório: processo recebido
pelo Diretor de Secretaria da Vara para que dê anda,mento aos autos.
218 -4 – Do TRF: processo que retornou já julgado do Tribunal Regional Federal de Brasília.
218
-5 – De Outro Juízo / Tribunal: processo recebido pela vara vindo de
outro lugar (da Justiça Estadual de Minas Gerais, da Justiça de outros
Estados, da Justiça do Trabalho do Trabalho, etc.)
218
-6 – Do TRF com Recurso Pendente: processo que retornou do Tribunal
Regional Federal de Brasília, mas que não foi totalmente julgado, ainda
restando recurso(s) para ser(em) apreciado(s). Tal processo não pode
ser movimentado até que todos os recursos sejam julgados.
220-8 (Recursos contra razões apresentadas) e
220-9 (Recurso certificada não apresentação contra Razões).
As
contra-razões são a resposta ou defesa da parte recorrida. Suponha que
você foi vencedora numa ação e que a parte contrária, insatisfeita,
tenha recorrido dessa decisão do juiz que lhe foi favorável. Então,
essa parte irá apelar da sentença, a fim de que o Tribunal,
reapreciando a matéria, diga se a sentença é ou não acertada.
Porém,
antes de o processo subir para o Tribunal, você, que sofreu o recurso,
terá a faculdade de se contrapor a ele, através das contra-razões. Como
disse, trata-se de uma faculdade. Se você não quiser fazer uso dela, o
processo sobe, assim mesmo, para o Tribunal. É que o processo é uma
realidade dialética. O direito de uma parte gera idêntico direito à
outra. É o que se chama de princípio da igualdade, e também princípio
do contraditório.
222 – Remessa Ordenada:
222 -1 – TRF: o processo está aguardando para ser remetido ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília-DF.
223 – Remetidos:
223 -1 – TRF: o processo encontra-se em Brasília, no Tribunal Regional Federal, aguardando julgamento de recurso.
228 – Resposta:
228 -1 – Contestação / impugnação apresentada: apresentada a defesa do réu (aquele contra quem foi proposta a ação).
228 -2 – Informações apresentadas: apresentada a defesa da autoridade
coatora (autoridade contra quem foi proposta ação de mandado de
segurança).
228 -3 – Reconvenção apresentada: tipo de defesa que é um tipo de ação que o réu pode propor contra o autor.
228 -4 – Certificada não apresentação: passou o prazo sem que qualquer defesa tenha sido apresentada no processo.
248 – Juntada De Despacho/Decisão/Acórdão
–
Esta fase foi criada para ser utilizada quando o processo encontra-se
na Vara, mas está pendente de julgamento de recurso pelos Tribunais
(TRF-1ª Região, STJ e STF) – ver fase 218/6- RECEBIDOS DO TRF COM
RECURSO PENDENTE
Algumas varas utilizam quando juntam ao processo o
julgamento de tais recursos, por meio de despacho, decisão ou acórdão
(espécie de sentença dos Tribunais).
Também é utilizada a fase 103/5 – APENSAMENTO: DE RECURSO PENDENTE: REALIZADO nestes casos
toda a lista de fases utilizadas pelo sistema processual da Justiça
Federal de Minas Gerais. Aos poucos, mais fases serão incluídas,
facilitando, ainda mais, a compreensão dos jurisdicionados quanto às
movimentações dos processos que tramitam nesta Seção Judiciária.
Os usuários que desejarem informações a respeito de fases ainda não
disponibilizadas, podem enviar a solicitação através do link Dúvidas ou
sugestões fale com a Informática, disponibilizado na página inicial do
site.
118 – Audiência: Realizada instrução julgamento.
A instrução e julgamento é o ato processual em que o juiz se defronta
com as partes envolvidas no processo, autor e réu, a fim de ouvir o que
estas e/ou suas testemunhas têm a dizer acerca do ponto em debate.
Diz-se audiência de instrução, porque os elementos nela colhidos
servirão para formar o convencimento do juiz quanto ao ponto em
discussão. Daí, instrução, no sentido de formação, somatório aos outros
elementos já existentes. E a terminologia julgamento decorre da
possibilidade de o juiz, nessa mesma audiência, após ouvir as partes
e/ou as testemunhas, já proferir a sentença respectiva. Isso, porém,
quase nunca ocorre. O comum é que o magistrado postergue, para outro
momento, a prolação dessa sentença.
Exemplo: suponha-se um caso concreto em que alguém reclame danos
materiais contra a União, porque teria sido vítima de acidente
provocado por veículo pertencente àquela. O juiz sabe que a reparação
de danos, dentre outras normas legais, está regulado pelo artigo 159,
CC. Assim, uma vez configurada a prática do dano pelo agente público da
União, não restará outro caminho ao juiz a não ser condená-lo a
ressarcir os prejuízos que a parte autora experimentou em razão do
acidente.
Ocorre que, na maioria das vezes, a
situação fática não está devidamente esclarecida, ou porque as partes
discordam de aspectos desta, ou, mesmo, porque o juiz não se
convencera, à vista dos documentos existentes nos autos apenas, quanto
à veracidade das alegações de uma ou outra das partes. Assim, por
exemplo, poderá essa autoridade determinar que se realize audiência de
instrução e julgamento para esclarecimento se, de fato, a culpa fora
totalmente da ré (União), ou se a vítima concorrera para que o fato
viesse a ocorrer; se, nas circunstâncias, não restou outra alternativa
ao agente público, senão provocar o abalroamento da vítima etc.
123 – Baixa:
123
-1 – Carga: Retirados: o processo encontra-se fora da secretaria, em
poder de advogados que atuam nos autos ou de entidades públicas (INSS,
União Federal, CEF, Polícia Federal, etc.).
123 -2 – Arquivados: processo já julgado definitivamente, que encontra-se no Arquivo Judicial.
123 -6 – Remetidos para Execução de Sentença
O Código de Processo Civil prevê três tipos de processos judiciais: um
chamado de conhecimento; outro de execução; e um cautelar.
No processo de conhecimento, o juiz diz quem está com o direito, ou seja, profere uma sentença;
No processo de execução, executa-se essa sentença;
No processo cautelar, assegura-se uma situação fática.
Cada tipo tem seu caminho próprio.
O processo de execução significa que aquele que obteve uma sentença
favorável (chamado credor) vai obrigar o devedor ou executado a cumprir
o comando judicial que lhe foi favorável, por isso é chamado agora de
processo de execução.
Assim, a fase processual baixa-remetidos para execução de sentença
significa que aquele que obteve uma sentença favorável (por exemplo,
condenação do devedor ao pagamento de diferenças de correção monetária
do FGTS) vai iniciar a execução dessa sentença, visando obrigar o réu a
cumprir aquilo a que foi condenado.
O processo inicial, chamado de conhecimento, vai ser “baixado” para transformar-se agora no processo de execuçao.
136 – Citação: ordenada
O
termo “citação” significa uma forma de convocação ou chamamento, pelo
juiz, de uma pessoa (chamada no processo de parte ré) para se defender
das alegações feitas por quem lhe está movendo um processo judicial.
Essa pessoa que promove um processo judicial é chamada de parte autora.
A fase 136 – Citação:
ordenada – significa, portanto, que o juiz autorizou o pedido da parte
autora para convocar a parte ré . Dessa forma, o juiz vai expedir uma
ordem de citação, ou seja, um mandado judicial, convocando o réu para
apresentar as alegações que tiver, ou seja, sua defesa.
137 – Conclusos: o processo encontra-se com o Juiz para:
137 -1 – Determinar providências necessárias ao andamento do processo (despacho);
137 -2 – Decidir questões importantes no curso do processo (decisão);
137 -3 – Julgar o processo, dar a decisão final (sentença).
154 – Devolvidos c/ Despacho:
–
Ocorre quando o Juiz devolve para a Secretaria da Vara o processo com
despacho, após o que tal despacho deve ser publicado para ciência das
partes e advogados.
176 – Intimação/Notificação pela imprensa: Ordenada a publicação:
1 – Despacho
2 – Decisão
3 – Sentença
4 – Ato Ordinatório
5 – Edital
99 – Outros
–
Ocorre quando o Juiz ordena a publicação na Imprensa (Diário
Oficial/Minas Gerais) de um ato processual (1 à 5), para ciência das
partes e advogados.
178 – Intimação/Notificação pela imprensa: Publicação remetida imprensa:
1 – Despacho
2 – Decisão
3 – Sentença
4 – Ato Ordinatório
5 – Edital
99 – Outros
– Ocorre quando o teor do ato (1 à 5) foi remetido ao Diário Oficial/Minas Gerais para ser publicado.
179- Intimação/Notificação pela imprensa: Publicado:
1 – Despacho
2 – Decisão
3 – Sentença
4 – Ato Ordinatório
5 – Edital
99 – Outros
–
Ocorre quando a publicação do ato (1 à 5) sai efetivamente no jornal
(Diário Oficial/MInas Gerais), sendo certificado no processo para
começo de contagem dos prazos para práticas de atos.
185/9 – Intimação/Notificação/Vista Ordenada
–
Significa, na prática, que o juiz determinou que a parte seja intimada
de algum ato praticado (do despacho/decisão/sentença ou outro ato
qualquer) ou que a parte tenha vista do processo (de algum documento,
etc). Esta fase é passada quando o processo vai para a publicação,
antes da fase 176 – publicação ordenada.
193 – Mandado: Devolvido/Cumprido
– É quando o mandado é devolvido para a Vara, devidamente cumprido pelo Oficial de Justiça, para ser juntado no processo.
194 – Mandado: Devolvido/Cumprido Em Parte
–
O mandado é devolvido, mas a ordem judicial foi cumprida apenas em
parte pelo Oficial de Justiça. É o caso, por exemplo, quando o Oficial
de Justiça encontra o devedor, mas não encontra bens para penhorar.
197 – Mandado: Expedido
– É quando o mandado é efetivamente expedido pela Secretaria da Vara.
198 – Mandado: Ordenada Expedição/Aguardando Ato
–
É quando o Juiz manda a Secretaria expedir um mandado, que é um
instrumento que o Juiz usa para intimar partes, advogados, peritos de
atos praticados, bem como para ordenar alguma providência (por exemplo:
a penhora de bens, a busca e apreensão de processos ou coisas, etc.).
Até que o mandado seja efetivamente expedido o processo permanece nessa
fase. O mandado deve ser cumprido pelo Oficial de Justiça.
199 – Mandado: Ordenado Recolhimento
–
Quando ocorre algum fato que modifique a situação do processo fazendo
com que o cumprimento de um mandado não seja mais necessário, o juiz
manda recolher o mandado já expedido ou distribuído para o Oficial de
Justiça. Por exemplo: o devedor já quitou a dívida antes do Oficial de
Justiça cumprir o mandado.
Quando o mandado é expedido com algum erro, o Juiz também ordena o recolhimento.
200 – Mandado: Recolhido
–
o Oficial de Justiça efetivamente devolve o mandado para a Vara,
estando o mesmo cumprido ou não, por ordem do Juiz conforme acima
descrito (fase 199).
201 – Mandado: Remetido Central
–
É quando o mandado é remetido para a Central de Mandados, onde deverá
ser distribuído a um dos Oficiais de Justiça da Justiça Federal, para
dar cumprimento ao mesmo.
210 – Petição/Ofício/Documento: Recebida(O) Em Secretaria
–
Indica que petições, ofícios ou quaisquer outros documentos, vindos do
protocolo ou pelo correio, etc., chegam na Secretaria para serem
juntados nos processos.
Muito simplificadamente:
– Petição é o modo (escrito) pelo qual os advogados das partes dirigem-se ao Juiz.
– Ofício é o modo pelo qual as autoridades dirigem-se ao Juiz.
212 – Prazo:
certificado transcurso in albis: ocorre quando o prazo para praticar
algum ato no processo termina sem que este ato tenha sido praticado, ou
seja, significa que houve uma publicação para o autor ou réu, ou ambos,
e transcorreu o prazo para ele(s) se manifestar(em) sem qualquer
petição protocolada.
218 – Recebidos:
218 -1 – Em Secretaria: processo que estava fora e que foi recebido de volta na Secretaria da Vara.
218 -2 – Na Seção de Protocolo: processo que foi recebido na Seção de Protocolo da Justiça Federal.
218
-3 – Pelo Diretor de Secretaria para Ato Ordinatório: processo recebido
pelo Diretor de Secretaria da Vara para que dê anda,mento aos autos.
218 -4 – Do TRF: processo que retornou já julgado do Tribunal Regional Federal de Brasília.
218
-5 – De Outro Juízo / Tribunal: processo recebido pela vara vindo de
outro lugar (da Justiça Estadual de Minas Gerais, da Justiça de outros
Estados, da Justiça do Trabalho do Trabalho, etc.)
218
-6 – Do TRF com Recurso Pendente: processo que retornou do Tribunal
Regional Federal de Brasília, mas que não foi totalmente julgado, ainda
restando recurso(s) para ser(em) apreciado(s). Tal processo não pode
ser movimentado até que todos os recursos sejam julgados.
220-8 (Recursos contra razões apresentadas) e
220-9 (Recurso certificada não apresentação contra Razões).
As
contra-razões são a resposta ou defesa da parte recorrida. Suponha que
você foi vencedora numa ação e que a parte contrária, insatisfeita,
tenha recorrido dessa decisão do juiz que lhe foi favorável. Então,
essa parte irá apelar da sentença, a fim de que o Tribunal,
reapreciando a matéria, diga se a sentença é ou não acertada.
Porém,
antes de o processo subir para o Tribunal, você, que sofreu o recurso,
terá a faculdade de se contrapor a ele, através das contra-razões. Como
disse, trata-se de uma faculdade. Se você não quiser fazer uso dela, o
processo sobe, assim mesmo, para o Tribunal. É que o processo é uma
realidade dialética. O direito de uma parte gera idêntico direito à
outra. É o que se chama de princípio da igualdade, e também princípio
do contraditório.
222 – Remessa Ordenada:
222 -1 – TRF: o processo está aguardando para ser remetido ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília-DF.
223 – Remetidos:
223 -1 – TRF: o processo encontra-se em Brasília, no Tribunal Regional Federal, aguardando julgamento de recurso.
228 – Resposta:
228 -1 – Contestação / impugnação apresentada: apresentada a defesa do réu (aquele contra quem foi proposta a ação).
228 -2 – Informações apresentadas: apresentada a defesa da autoridade
coatora (autoridade contra quem foi proposta ação de mandado de
segurança).
228 -3 – Reconvenção apresentada: tipo de defesa que é um tipo de ação que o réu pode propor contra o autor.
228 -4 – Certificada não apresentação: passou o prazo sem que qualquer defesa tenha sido apresentada no processo.
248 – Juntada De Despacho/Decisão/Acórdão
–
Esta fase foi criada para ser utilizada quando o processo encontra-se
na Vara, mas está pendente de julgamento de recurso pelos Tribunais
(TRF-1ª Região, STJ e STF) – ver fase 218/6- RECEBIDOS DO TRF COM
RECURSO PENDENTE
Algumas varas utilizam quando juntam ao processo o
julgamento de tais recursos, por meio de despacho, decisão ou acórdão
(espécie de sentença dos Tribunais).
Também é utilizada a fase 103/5 – APENSAMENTO: DE RECURSO PENDENTE: REALIZADO nestes casos
quarta-feira, 6 de abril de 2016
Termos judiciais Expressões mais utilizadas nos processos judiciais
Termos judiciais
Expressões mais utilizadas nos processos judiciais
AÇÃO - Nome que recebe o processo judicial.
AÇÃO RESCISÓRIA – É a ação que se ingressa depois que o processo encerra e
objetiva desconstituir a decisão transitada em julgado, ou seja, que não caiba mais
recurso;
ACOLHIMENTO DE RECURSO – É quando um juiz ou uma turma de juízes ou
desembargadores aceita as argumentações da parte que ingressou com o recurso.
A finalidade deste recurso pode ser para modificar uma liminar ou até mesmo uma
sentença, podendo ter caráter provisório ou até mesmo definitivo;
ACÓRDÃO – É a decisão tomada na Segunda Instância ou na Terceira Instância
quando do julgamento de recursos. No caso dos servidores públicos federais no
Paraná, é a decisão proferida em julgamento de recurso pelo TRF (Tribunal
Regional Federal da 4ª Região -Segunda Instância) ou do STJ (Superior Tribunal de
Justiça – Terceira Instância), ou ainda do STF (Supremo Tribunal Federal – Terceira
Instância);
AGRAVO DE INSTRUMENTO – recurso utilizado contra a decisão judicial no
andamento do processo e que não seja sentença ou acórdão. Por exemplo, quando
o Juiz Federal defere ou indefere o pedido de liminar ou tutela antecipada, cabe o
recurso de agravo de instrumento para o Tribunal Regional Federal. O Relator para
quem o agravo de instrumento for distribuído poderá conceder liminar suspendendo
a decisão do juiz de 1o
grau ou não. Desta decisão não cabe recurso, podendo ser
modificada somente quando do julgamento definitivo do agravo, que é realizado pela
Turma que geralmente é composta por três desembargadores.
AGRAVO REGIMENTAL - Espécie de recurso disciplinado no regimento do Tribunal
que o adota, daí a denominação. Em alguns tribunais caberá agravo regimental no
prazo de cinco dias de decisão do Presidente, dos Vice-Presidentes ou do relator,
que causar prejuízo ao direito da parte. A petição do agravo regimental será
submetida ao Juiz prolator da decisão, que poderá reconsiderá-la ou submeter o
agravo a julgamento do órgão competente, computando-se também seu voto.
Somente quando o recurso for ao Órgão Especial, o Presidente, como relator,
participará do julgamento. Nos demais casos de decisão do Presidente, será
sorteado o relator. A interposição do agravo regimental não terá efeito suspensivo.
Controverte-se a possibilidade de o regimento do Tribunal criar recursos, pois, em
princípio, só a lei pode fazê-lo.
ALEGAÇÕES FINAIS - A última manifestação das partes antes do julgamento, com
exposição de fundamentos de fato e de direito, com a finalidade de convencer o juiz
a decidir de acordo com a sua respectiva pretensão. Na maior parte dos processos
de interesse dos servidores públicos tal manifestação é dispensada, haja vista que
sendo a matéria em discussão basicamente de direito, nada há de novo para ser dito
ao final que já não tenha sido levantado pelas partes.
ALVARÁ - É a autorização administrativa ou judiciária, para que seja feito ou
praticado algum ato, que é fiscalizado pela Administração Pública ou só pode ser
praticado mediante autorização judicial.
APELAÇÃO - Recurso contra a sentença proferida em 1º grau, que extingue o
processo, com ou sem julgamento do mérito, a fim de submeter ao grau superior o
reexame de todas as questões suscitadas na causa e nos limites do próprio recurso.
Recurso que cabe da sentença, ou seja, do ato pelo qual o juiz põe termo ao
processo, decidindo ou não o mérito da causa (art. 513, CPC). O prazo é de 15 dias
(art. 508, CPC), sendo que para as procuradorias de órgãos públicos é em dobro;
APELAÇÃO EX OFFICIO – Também chamada de reexame necessário é aquela na
qual o juiz, por força de lei, já na sentença submete a mesma a reexame do Tribunal.
É cabível em todos os casos de sentenças contrárias à instituições públicas;
APELAÇÃO CÍVEL - É o recurso que se interpõe de decisão terminativa ou
definitiva de primeira instância, para instância imediatamente superior, a fim de
pleitear a reforma, total ou parcial, da sentença de natureza cível com a qual a parte
não se conformou.
APELAÇÃO CRIMINAL - Recurso interposto pela parte que se julga prejudicada,
contra a sentença definitiva de condenação ou absolvição em matéria de natureza
criminal.
APELADO - A parte que figura como recorrida na apelação.
APELANTE - Quem interpõe a apelação.
APENSAMENTO (DESAPENSAMENTO) – Ato que indica a juntada de um processo
incidente a outro principal. Não significa que os processos tramitarão
simultaneamente e nem que um é integralmente dependente do outro. O
desapensamento pode ocorrer a qualquer momento, mediante ordem judicial.
ARGÜIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE - Procedimento mediante o qual as
pessoas ou entidades alencadas no art. 103 da Constituição Federal impugnam atos
ou legislação de natureza normativa que contrariem os preceitos da Carta Magna.
ARRESTO - Medida acautelatória dos direitos do credor, para não ter prejuízo na
eventualidade de ser vencedor em ação contra o proprietário do bem que possa ser
subtraído de sua disponibilidade, assim evitando seja ocultado, danificado,
dilapidado ou alienado.
AUTOR – Nome da parte que ingressou com a ação judicial;
AUTORIDADE COATORA – Nome da autoridade contra a qual se dirige um
mandado de Segurança em decorrência de ato praticado considerado ilegal ou por
omissão quanto a ato que estava obrigada a praticar;
AUTORIDADE DESIGANADA PARA CITAÇÃO – É a pessoa que deve receber as
citações judiciais ou as liminares expedidas através de mandado de Segurança;
AUTOS - Conjunto ordenado das peças de um processo judicial.
AUTOS COM JUIZ PARA DESPACHO/DECISÃO – Expressão usada na internet,
para identificar que os autos foram encaminhados para o Magistrado para despacho
ou decisão. Nesta oportunidade, as partes, advogados e outros funcionários da
Justiça não têm acesso ao processo, até que seja devolvido do gabinete.
AUTUAÇÃO - Formação dos "autos" pelo escrivão, com a colocação da petição
inicial numa capa de cartolina, que conterá também todas as demais peças
subseqüentes além do termo lavrado nessa capa contendo o nome das partes, juízo,
espécie de ação, etc.
AVERBAÇÃO - Registro de alguma anotação à margem de alguma outra. Por
exemplo, anotação de sentença de divórcio no Livro de Registro de Casamento e de
Imóveis.
AVOCATÓRIA - Carta ou mandado, a pedido das partes ou do próprio juiz, pelos
quais o juiz chama ao seu juízo todas as causas conexas que correm noutro juízo,
por serem de sua competência
CARGA – Nome dado ao ato de retirar um processo de uma vara pelo advogados
do autor ou do réu para leitura e alguma providência;
CONCLUSO – Fase na qual o processo está apto a receber a decisão do Juiz em
decorrência de que todas as providências processuais já foram tomadas;
CONTESTAÇÃO – É o ato de defesa apresentado pelo Réu em ação judicial;
CUSTAS – São os valores pagos para o andamento do processo judicial. São
cobradas no início da ação e nas fases correspondestes aos recursos;
DISTRIBUIÇÃO – É o ato de designar a vara onde o processo irá tramitar.
Normalmente isto ocorre logo após dar entrada na ação na justiça;
EFEITO DEVOLUTIVO - Refere-se à devolução, ou seja, a transferência da matéria
recorrida à instância superior, sem suspensão do andamento do processo. Efeito
próprio de um recurso. Recebida a apelação só no efeito devolutivo, o apelado
poderá promover desde logo a execução provisória da sentença.
EFEITO SUSPENSIVO - Efeito normal de todo recurso, exceto se por disposição
legal for dado unicamente efeito devolutivo, e cuja conseqüência é tornar a sentença
inexecutável, até o julgamento do recurso, ficando suspensos seus efeitos. Recebida
a apelação ou o agravo de instrumento no efeito suspensivo, a decisão contra a qual
se está recorrendo somente poderá ser cumprida após o seu julgamento pelo
Tribunal.
EMBARGOS - O termo tem várias conotações, mas, em síntese, significa
autorização legal para suspender um ato; defesa de um direito, como embargos do
executado ou do devedor, ou, ainda como recurso (embargos de declaração ou
embargos infringentes).
EMBARGOS À EXECUÇÃO - Meio pelo qual o devedor se opõe à execução seja
ela fundada em título judicial (sentença) ou em título extrajudicial (duplicata, cheque,
contrato), com a finalidade de controvertê-lo. Recebidos os embargos à execução,
esta fica suspensa até seu julgamento final.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - Recurso contra decisão que contém
obscuridade, omissão ou contradição, tendo como finalidade complementar ou
corrigir a decisão. Em qualquer caso, a substância do julgado, em princípio, será
mantida, visto que os embargos de declaração não visam a modificar o conteúdo da
decisão, embora precedentes autorizem efeito infringencial (modificativo) da questão
de mérito quando houver flagrante equívoco.
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA - Recurso cabível quando ocorre divergência de
turmas ou seções no STF, STJ e TRF a respeito de uma determinada matéria.
EMBARGOS DE TERCEIRO - Ação que visa à liberação de bens indevidamente
penhorados em procedimento judicial, pertencentes ou na posse de terceiros.
EMBARGOS DO DEVEDOR - Ação que visa à desconstituição do título executivo e
ao trancamento da execução (art. 736 do CPC). Embora ação incidente, tem caráter
de defesa; o mesmo que embargos à execução. Exemplo, após ganhar uma ação
em última instância o Autor apresenta cálculos com valores que lhe são devidos,
dando início à execução, se o Réu, após ser citado para o pagamento, discordar do
valor por entender excessivo, opõe embargos à execução. Os embargos, enquanto
não julgados, suspendem a execução.
EMBARGOS INFRINGENTES - Recurso que cabe quando não for unânime o
julgado proferido pelo tribunal em apelação, alterando a sentença, ou julgando
procedente o pedido feito na ação rescisória (art. 530 do CPC).
EMENTA - Sinopse ou resumo de uma decisão judicial, principalmente dos acórdãos
dos tribunais.
EXECUÇÃO - A fase do processo judicial na qual se promove a efetivação das
sanções, civis ou criminais, constantes de sentenças condenatórias. Diz-se
execução da sentença.
HABEAS CORPUS - Medida judicial de caráter urgente, que pode ser impetrada por
qualquer pessoa, ainda que não advogado, em seu favor ou de outrem, bem como
pelo Ministério Público, sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de
sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir-e-vir. Pode ser preventivo -
quando não consumada a violência ou coação, porém exista receio de que venha a
ocorrer - ou remediativo, quando visa fazer cessar a violência ou coação exercida
contra a pessoa em favor de quem é impetrado (paciente).
HABEAS DATA - Direito assegurado pela Constituição brasileira ao cidadão
interessado em conhecer informações relativas à sua pessoa, contidas nos arquivos
e registros públicos de qualquer repartição federal, estadual e municipal, bem como
retificá-las ou acrescentar anotações que julgar verdadeiras e justificáveis.
HABILITAÇÃO INCIDENTE - É a substituição de qualquer das partes no processo
por motivo de falecimento, pelos seus sucessores ou interessados na sucessão.
HOMOLOGAR - Ratificar, confirmar ou aprovar determinado ato, por decisão de
autoridade judicial ou administrativa, para que este se invista de força executória e
tenha validade legal.
IMPUGNAÇÃO – Quando uma das partes não aceita documento, argumento ou
prova apresentada pela outra;
IMPUGNAÇÃO À CONSTESTAÇÃO - Ato em que o Autor analisa e comenta as
argumentações apresentadas pelo Réu em sua contestação.
IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA – Contestação do valor da causa feita pelo
réu, geralmente alegando que o valor da causa é maior e solicitando, ao Juiz, a
correção deste valor;
INAUDITA ALTERA PARS – Expressão latina que significa “sem ouvir a outra
parte”. É utilizada na questão de pedido de liminar ou de tutela antecipada para que
seja deferida sem que seja ouvida a outra parte.
JUNTADO – Expressão utilizada na internet apenas para indicar a juntada de
alguma peça ao processo, pelo funcionário responsável. Usualmente não há a
indicação do conteúdo da petição, mandado etc.
LIMINAR – Decisão inicial proferida pelo Juiz em pedido de Mandado de Segurança
ou Ação Cautelar , quando é antecipada uma ordem contra uma empresa, pessoa
ou autoridade. Pode ser deferida antes ou depois de ouvir esta autoridade. Para a
sua deferência, é analisada apenas a presença de indícios de que o direito é
verdadeiro (fumus boni juris – fumaça do bom direito) e o perigo de prejuízo que a
demora (periculum in mora) da decisão judicial pode trazer para a parte
interessada.
MAGISTRADO - Juiz togado; membro da magistratura.
MAGISTRATURA - É o corpo de juízes que constitui o Poder Judiciário.
MANDADO - Documento que consubstancia ordem escrita do juiz para cumprimento
de uma diligência. Ex.: mandado de citação, de penhora, de busca e apreensão, de
arresto, de prisão, etc.
MANDADO DE CITAÇÃO - Ato mediante o qual se chama a juízo, por meio de
oficial de justiça, o réu ou o interessado, a fim de se defender.
MANDADO DE INJUNÇÃO - Decisão da Justiça (Supremo Tribunal Federal) que
interpreta, com força de lei para as partes, um direito constitucional ainda não
regulamentado por lei ordinária.
MANDADO DE SEGURANÇA - Ação deflagrada por pessoa física ou jurídica a fim
de que se lhe assegure, em juízo, um direito líquido e certo, demonstrado, violado ou
ameaçado por ato de autoridade, manifestamente ilegal ou inconstitucional. Esse
direito não deve ser protegido por habeas corpus ou habeas data. No mandado de
segurança a pessoa tem que apresentar provas documentais de todas suas
alegações já ao entrar com a ação. Se não possuir tais provas não caberá mandado
de segurança, mas sim outro tipo de ação, que normalmente é mais morosa.
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO - Pode ser impetrado por partido político,
com representação no Congresso Nacional, organização sindical, entidade de
classe, associação com pelo menos um ano de existência, regulado pelo art. 5º LXX,
da Constituição Federal, visando à tutela de interesses coletivos ou difusos.
MANDATO AD JUDICIA - Documento em que se constitui um procurador (advogado
regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil) para ser representado em
juízo; o outorgante pode especificar os poderes e a finalidade dessa representação.
MANIFESTAÇÃO - Em Direito Administrativo, parecer, opinião sobre determinado
assunto. Em Direito Processual, opinião da parte em atos do processo. Em Direito
Político, opinião, expressão de agrado ou desagrado em reuniões populares de
natureza política.
MEDIDA CAUTELAR - Medida acessória (ex: liminar) que visa a garantir um direito
que se discute ou irá discutir num processo de conhecimento ou de execução. Em
regra, deve ser requerida em processo próprio, de natureza cautelar, e a medida
será concedida se presentes os requisitos do fumus boni juris e do periculum in
mora.
MEDIDA LIMINAR - Decisão judicial provisória proferida pelo Juiz, que determina
uma providência a ser tomada antes da discussão do feito, com a finalidade de
resguardar direitos. Geralmente concedida em ação cautelar, tutela antecipada e
mandado de segurança.
MINISTÉRIO PÚBLICO - Instituição permanente a que a Constituição incumbiu de
zelar pela defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais
e individuais indisponíveis (Ex: Procuradoria da República).
MINUTA DO AGRAVO - Petição do agravo de instrumento expondo as razões pelas
quais se interpõe o recurso de agravo, pedindo reforma da decisão que causou o
gravame. Deverá ser instruída, obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada,
da certidão da respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados
do agravante e do agravado, e, facultativamente, com outras peças que o agravante
entender úteis.
OBSTRUÇÃO PROCESSUAL – Ato deliberado para impedir o andamento de um
processo.
PECULATO - Ocorre quando funcionário público, valendo-se de seu ofício, se
apropria de dinheiro ou bens móveis, de forma indevida, confiados à sua guarda e
posse, em proveito próprio ou de terceiro, ou que se vale de sua influência para
desviá-los.
PENHORA - Apreensão dos bens do devedor suficientes para garantir a execução.
PENHORA NO ROSTO DOS AUTOS – Registro da penhora feito na capa dos
autos (rosto dos autos).
PEREMPÇÃO - Perda do direito de ação, por abandono do processo, dando causa
por três vezes à sua extinção.
Petição inicial - Qualidade da petição com que se instaura o processo.
Praça - Forma de licitação pública para imóveis.
PRAZO TRANSCORRIDO IN ALBIS – Diz-se quando um prazo transcorreu sem
que nenhuma das partes tenha se manifestado.
PRECATÓRIO - Especialmente empregado para indicar a carta expedida ao
Presidente do Tribunal pelos juízes da execução de sentenças, em que a Fazenda
Pública foi condenada a certo pagamento a fim de que, por seu intermédio, se
autorizem e se expeçam as necessárias ordens de pagamento às respectivas
repartições pagadoras.
PRESCRIÇÃO - Perda do prazo para o exercício do direito de ação.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS - Requisitos exigidos para a constituição e o
desenvolvimento válido e regular do processo, como a capacidade civil das partes e
a sua representação por advogado, por exemplo.
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO - Garante oportunidades iguais para as partes se
manifestarem, contradizendo o que foi dito sobre elas.
PROCESSO ADMINISTRATIVO - Seqüência de providências orientadas por
autoridade administrativa, em regra por sua iniciativa e que são formalizadas por
escrito, para o fim de investigar algum fato ou apurar alguma denúncia sobre
ocorrência ou conduta de alguém, gravosa ao serviço público.
PROVIMENTO - Ato emanado de tribunais veiculando normas de caráter
administrativo.
Razões de recurso - Peça escrita na qual se pleiteia a reforma de uma sentença ou
acórdão.
RAZÕES FINAIS – São as alegações feitas após a apresentação de contestações e
impugnações às contestações, e antes que seja proferida a sentença.
RECEBIMENTO – Expressão utilizada na internet, nos sites dos diversos Tribunais,
para identificar a devolução do processo à Secretaria ou Cartório correspondente.
RECEBIMENTO DO RECURSO - É a aceitação do recurso para o seu regular
processamento.
RECONHECIMENTO DO PEDIDO - Admissão, pelo réu, da procedência de fato e
de direito do pedido. Não se confunde com a confissão, pois esta é um meio de
prova e refere-se apenas aos fatos.
RECURSO - Meio, dentro da mesma relação processual, de que pode servir-se a
parte vencida ou quem se julgue prejudicado, para obter a anulação ou reforma, total
ou parcial, de uma decisão.
RECURSO ADESIVO -Aquele adere a um recurso principal (apelação, embargos
infringentes, recurso extraordinário ou recurso especial), no caso de sucumbência
recíproca (vencidos autor e réu); é um recurso subordinado, uma vez que ao recurso
interposto por qualquer deles, poderá aderir a outra parte (é adesão à oportunidade
recursal).
RECURSO DE OFÍCIO - Ocorre quando o próprio juiz que prolatou a sentença
submete-a à instância superior para reapreciação, existindo ou não recurso das
partes.
RECURSO DESERTO – É um recurso sem efeito, pois o recorrente não pagou as
custas do recurso.
RECURSO ESPECIAL - Recurso de competência do Superior Tribunal de Justiça,
instituído pela Constituição de 1988. É cabível nas causas decididas em única ou
última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados,
do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou
lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válida lei ou ato de governo local
contestado em face de lei federal; c) der à lei federal interpretação divergente da que
lhe tenha atribuído outro tribunal.
RECURSO ESPECIAL – Recurso ingressado contra Acórdão do Tribunal Regional
Federal em razão da matéria envolver análise de norma legal.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO (1)- Recurso de competência do Supremo Tribunal
Federal, de cabimento restrito às causas decididas em única ou última instância,
quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo da Constituição Federal; b)
declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de
governo local contestado em face da Constituição.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – Recurso ingressado contra Acórdão do Tribunal
Regional Federal em razão da matéria envolver análise de norma constitucional.
RECURSO ORDINÁRIO - Recurso interposto perante o Supremo Tribunal Federal
das decisões dos Tribunais Superiores em certas matérias e no crime político (CF,
art. 102, II,); ou para o Superior Tribunal de justiça em certas matérias decididas por
tribunais de segunda instância (CF, art. 105, II, e CPC art. 539).
RELATOR - Membro de um tribunal a quem foi distribuído um feito, cabendo-lhe
estudar o caso em suas minúcias e explaná-lo em relatório, na sessão de sua
câmara, turma ou outro órgão colegiado do tribunal ao qual pertença, em cuja pauta
tiver sido incluído, e proferir decisões isoladas no processo, quando a lei o autorize.
REMESSA EXTERNA – Expressão utilizada na internet para identificar a saída de
um processo da Secretaria ou Cartório, em carga, pelos advogados de uma das
partes.
RESPOSTA - Manifestação escrita do réu num processo, dirigida ao juiz, dentro de
determinado prazo. Pode consistir em: contestação, exceção ou reconvenção.
RESTAURAÇÃO DE AUTOS - Processo incidente instaurado por qualquer das
partes a fim de reconstituir um processo, cujos autos foram extraviados ou
destruídos, uma vez constatado tal fato.
RETROATIVIDADE DA LEI - Fenômeno que permite à lei atingir fatos pretéritos,
ocorridos antes de sua vigência. Em regra, a lei não retroage por respeito ao direito
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada. No âmbito do direito penal, a lei
nova não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
RÉU – É a parte contra a qual se move o processo judicial.
REVELIA - Ocorre quando o réu não comparece em juízo para defender-se.
REVISOR - Magistrado, membro de tribunal, incumbido de rever e corrigir o relatório
de um processo a ser julgado em grau de recurso.
REVOGAR - Tornar uma norma sem efeito, retirando-lhe a capacidade de gerar
efeitos.
SENTENÇA – Diz da decisão do Juiz de Primeira Instância e põe fim a competência
deste juiz para analisar a matéria, de modo que a partir da sua publicação não cabe
mais pedido de mérito àquele magistrado.
SUBSTITUTO PROCESSUAL – Diz-se da entidade representativa, no caso, nosso
sindicato, passa a representar e defender os direitos de seus associados.
Geralmente é realizada uma Assembléia para a aprovação de ingresso com ação
judicial.
SUCUMBÊNCIA – São os honorários que o vencido na ação, tem que pagar ao
vencedor.
SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA - É quando ambas as partes venceram parte da
ação.
SÚMULA VINCULANTE - Enunciado que resume orientação jurisprudencial
reiterada e consolidada em um Tribunal, sendo de observação obrigatória pelas
instâncias jurisdicionais inferiores e pela Administração Pública. Não existe no
Direito brasileiro. Tramita no Congresso Nacional proposta de Emenda à
Constituição visando institui-la.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - Órgão do Poder Judiciário com jurisdição em
todo o território nacional, composto de, no mínimo, 33 ministros, com atribuição
básica de conhecer, originariamente, os conflitos de competência entre quaisquer
tribunais, em recurso especial, as causas decididas em única e última instância
pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito
Federal e Territórios.
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - O órgão Judiciário mais elevado de uma nação,
hierarquicamente acima dos Tribunais Superiores e Juízes de qualquer grau. No
Brasil, o Supremo Tribunal Federal tem por função precípua a guarda da
Constituição.
SUSPEIÇÃO - Fato de se duvidar da imparcialidade de um juiz, promotor,
testemunha, perito, assistente técnico, serventuário da justiça e intérprete.
TÍTULO JUDICIAL – É o resultado obtido em decorrência de uma ação judicial,
sendo passível de ser executado posteriormente.
TRANSITADO EM JULGADO – É quando um processo chega ao final de sua
tramitação normal já tendo passado por todas as instâncias de recursos. A partir
desta fase o processo está pronto para o início da execução ou da ação rescisória.
TUTELA ANTECIPADA – Trata-se de decisão preliminar típica de ações ordinárias,
assim como ocorre com as liminares obtidas por meio de Mandado de Segurança.
Ao deferi-la, o Juiz está antecipando uma decisão de mérito.
VALOR DA CAUSA – valor atribuído pelo autor a uma determinada ação. Não está
relacionado necessariamente com o valor cobrado na ação, até mesmo porque
muitas vezes o pedido não é de pagamento, mas sim de uma ordem para que o Réu
realize determinado ato (ex.: conceder aposentadoria), ou não há como saber no
início do processo o montante devido.
VISTAS – Quando o processo está com o Ministério Público, a quem cabe dar
parecer em todos os processos judiciais.
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