Melhor lidar com pessoas ácidas e honestas do que com pessoas doces e hipócritas
Pode demorar para conhecermos realmente a índole de alguém, pode levar muito tempo, porém, nunca será tarde demais para que consigamos nos proteger.
Não é fácil, infelizmente, saber em quem podemos confiar, desde o início, uma vez que máscaras costumam ser usadas durante os relacionamentos, de acordo com os interesses de cada um, de acordo com o quanto a pessoa pensa em si mesma e no outro. Pode demorar para conhecermos realmente a índole de alguém, pode levar muito tempo, porém, nunca será tarde demais para que consigamos nos proteger.
Muitos de nós costumamos confundir leveza com sinceridade e acidez com falsidade, erroneamente. Nem sempre as boas intenções se revestem de um verniz doce e calmo. Nem sempre a falsidade se atrela a um comportamento mais áspero e firme. Na verdade, a gente não conhece de fato as pessoas, mas apenas parte delas que nos são permitidas, de acordo com o que elas querem. E nem sempre o que elas querem nos faz bem.
As decepções serão invitáveis, onde e com quem estivermos. Perdoar será preciso, mas até o limite máximo de nossa dignidade. Teremos que tentar entender o outro, compreendendo que ele tem as próprias histórias, as próprias escuridões, uma luta interna que desconhecemos. Mesmo assim, o sofrimento alheio não poderá morar em nós demoradamente, a ponto de nos fazer mal. Tentar ajudar é necessário, porém, sem tomar como nossas as tempestades que o outro criou.
Por isso é que, muitas vezes, mesmo que não sejam simpáticas demais, será bem melhor lidar com pessoas transparentes, porque então saberemos que terreno pisamos. Ruim é pisar ovos, andar em areia movediça, enquanto não se percebe a crueldade por trás da doçura no tom de voz de certas pessoas. O que nos protegerá, afinal, será a honestidade, tanto a nossa quanto a do outro. Sempre.
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