sábado, 26 de dezembro de 2020

Espera... / Florbela Espanca


Florbela Espanca

Florbela Espanca
Nasceu a 08 Dezembro 1894
(Vila Viçosa)
Morreu em 08 Dezembro 1930
(Matosinhos)
Florbela Espanca, batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, foi uma poetisa portuguesa.
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Espera...


Não digas adeus, ó sombra amiga,
Abranda mais o ritmo dos teus passos;
Sente o perfume da paixão antiga,
Dos nossos bons e cândidos abraços!

Sou a dona dos místicos cansaços,
A fantástica e estranha rapariga
Que um dia ficou presa nos teus braços…
Não vás ainda embora, ó sombra amiga!

Teu amor fez de mim um lago triste:
Quantas ondas a rir que não lhe ouviste,
Quanta canção de ondinas lá no fundo!

Espera… espera… ó minha sombra amada…
Vê que p’ra além de mim já não há nada
E nunca mais me encontras neste mundo!…

(in Antologia de Poetas Alentejanos)

 

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Queen - Love of My Life

Um Ciclo


 

 

Um Ciclo
 
 
 
[evangelista da silva]
 
 
A vida nunca volta.
Avança!
Passa
A todo o vapor.
E a todo o momento
Se nos esquecemos de que ficamos para trás.
Assim, só se nos resta doces e amargas recordações.
E estamos sempre a lembrar
Sem querer.
É mais um Natal em mim.
Neste ciclo entre 12 meses de uma existência,
Tudo muda:
Amigos, poucos que eram, se foram para sempre
Sem ao menos se despedir em um abraço talvez.
O carinho de uma mulher se perdera ao longo do infinito.
Assim elas se foram sem sequer se despedir - adeus.
A poesia não é pessimista.
Por certo o realismo transcende o subjetivismo de alguns.
Emaranhado nos corações românticos é mais um Natal.
Natal de desgraças e infelicidades mil.
Aqui se escarra na face do irmão e arrancam-lhe o pescoço.
Pede-se documento para logo após desferirem alguns tiros.
E assim o assassino se disfarça de Papai Noel 
Eternamente enganando as crianças.
É Natal.
É festa: dançam e embriagam-se; comem e vomitam.
Gargalham e sacaneiam dos outros às suas atrocidades.
Eu, que não bebo, que não danço, que não sei rir
Observo este teatro cínico e criminoso.
Até quando?... Até enquanto eu puder ver e sentir mais um Natal.
Ainda assim é Natal, e desencanto, e fantasias.
É Natal para sorrir e chorar.
É Natal para refletir a que ponto se pode reconhecer o monstro
Que fere e mata e se diz ser humano.
Mas é Natal. Imaginemos ser Natal.
Glória Jesus nosso verdadeiro e sublime Irmão.
Entenderam que ao fim de cada ciclo
Jesus renasce.
E assim exploram o tempo
E pregam ilusão.

 
 
É Natal.
 
 
 
 
 
 
Bahia, 21 de dezembro de 2013.

 

 

 

Oswaldo Montenegro. DVD "3x4": Bloco "Serenata" COMPLETO

Um Sentimento inexplicável do Ser



 [evangelhista da da silva]



 Aqui no planeta azul de passagem rápida

as pessoas sumiram e os becos estão vazios

é deserto o viver de uma gente desertificada.

 

As bichas, e lésbicas, e putas cinematográficas não pensam

que, a qualquer momento, deixarão a pousada azul

para tomar no cu na casa das putas que as pariu.


 Ainda assim, mesmo assim, sacaneiam com a vida

não sentida como um espetáculo de amor e flor

Saem a todo vapor correndo atrás do nada para ser inúteis.


E os seres humanos que labutam em acertar o relógio da vida confusa

  tentam um sentido dar na construção do porquê da existência

  e erram menos à senda da imortalidade da alma em outras vidas.


Procuram ver nesta existência que a imortalidade é real e se nos direciona

ao grande objetivo do viver que é uma oportunidade de aprender sempre

e que Jesus nos inspira em vidas enriquecendo nossas almas de amor e luz.

 



Santo Antônio de Jesus, 25 de dezembro de 2020, às 14h 28min.


 

Vômitos Poéticos e Recepção


                                                                  Vômitos Poéticos e Recepção

 

 

 [evangelhista da silva]


 

A poética poderá estar até mesmo

nestes labirintos indecifráveis de poesia

que consideram Arte em Vida definida a razão de ser.


A mim, que talvez poderia poeta ser

pouco me importa tanta indefinição ao ler

versos tão confusos vistos por doutos arte e perfeição.


A literatura e a estética da recepção que a digam

quanta confusão causa na mente do leitor a buscar

uma interpretação daquilo que não se pode depreender.


E mergulhando em um abismo infinito os críticos literários

afogam-se em um mundo labiríntico conturbado e desdito de poetas

que, na inquietude do ser se perdem no Uni(verso) de confusão e desdita.



Santo Antônio de Jesus, 25 de dezembro de 2020, às 12h 57min.

Dançando e Trepando - Bolero de Ravel

                           

  [evangelhista da silva]

                           


 Vou dançando o bolero da vida e amar

 Eternamente preso aos sentidos fixo.

 

E nu, como uma puta despida a esperar

Por seu macho no primeiro movimento  

 

A décima trepada atrevida e sem razão,

Sim, gozar mais uma vez com a safada.

 

Como um cachorro  honesto e desprezível,

Trepo quase sempre uma cachorra vadia

 

Publicamente e sem vergonha na cara...

Chamo a atenção de toda a cachorrada.

 

E as putas que passam sentem vergonha

Do meu gesto puro, carinhoso e safado.

 

Em plena forma e língua de fora cansado

Vou-me esvaindo em  sexo nesta vida. 


Só pensando na rainha das cachorras

Se me desgasto em gozo e lembranças.


Ouvindo e dançando o bolero de Ravel

Assim o Natal revivo a mais pura fantasia.

 

 

Santo Antônio de Jesus, 25 de dezembro de 2020, aos 34 min.


quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Prece para vencer as dificuldades - Divaldo Franco

MADRIGAL MELANCÓLICA

 

Manuel Bandeira

Manuel Bandeira
Nasceu a 19 Abril 1886
(Recife, Pernambuco, Brasil)
Morreu em 13 Outubro 1968
(Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil)
Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.
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MADRIGAL MELANCÓLICA


O que eu adoro em ti
Não é sua beleza
A beleza é em nós que existe
A beleza é um conceito
E a beleza é triste
Não é triste em si
Mas pelo que há nela
De fragilidade e incerteza

O que eu adoro em ti
Não é a tua inteligência
Mas é o espírito sutil
Tão ágil e tão luminoso
Ave solta no céu matinal da montanha
Nem é tua ciência
Do coração dos homens e das coisas
O que eu adoro em ti
Não é a tua graça musical
Sucessiva e renovada a cada momento
Graça aérea como teu próprio momento
Graça que perturba e que satisfaz

O que eu adoro em ti
Não é a mãe que já perdi
E nem meu pai
O que eu adoro em tua natureza
Não é o profundo instinto matinal
Em teu flanco aberto como uma ferida
Nem a tua pureza. Nem a tua impureza
O que adoro em ti lastima-me e consola-me
O que eu adoro em ti é A VIDA !!!

É Natal



 

[evangelhista da silva]



É Natal

 


A vida é uma roda gigante

Que nunca sai do mesmo lugar.


O certo é que sempre retornamos

Para reparar danos a nós mesmos causados.


É um pedido de perdão

De joelhos prostrados em prantos.


É dor e sofrimento insuportáveis

Nós que sempre fomos perfeitos em tudo.

 

Imaginem só que nunca erramos.

E sempre ao ofender o outro gargalhamos.


E com frenesi agitamos a bandeira da infâmia e covardia

Se nos jactando da desgraça que fizemos.

 

E nestes momentos de retorno das artes que pintamos

Escorrem lágrimas de sangue em nosso corpo tanta dor.

 

Assim podemos refletir que nada fomos além de covardes

Embrutecidos na vaidade de eternos vencedores. 


Nós, maestros e maestrinas das nossas próprias orquestras

Fomos regentes das mais tristes sinfonias desarmonizadas.


A batuta em nossas mãos foram armas biológicas pandêmicas

Que assinalavam infinitos milhões de mortes por todo a Terra.


E nestes momentos de retorno das artes que pintamos

Esquecemos as nossas psicopatias de uma alma arteira.

 

E todas as luzes se apagam no teatro das nossas vidas

Só se nos restando trevas e eterna solidão de cemitérios.

 

 

É Natal.

 

 

Santo Antônio de Jesus, 23 de dezembro de 2020, às 11h 43 min.




 

 




terça-feira, 22 de dezembro de 2020

O menestrel William Shakespeare

Natal é Tempo de Criança



 [evangelhista da silva]


 

A criança que nasceu comigo sumiu

E sequer tenho lembrança de mim.

 

Lembro-me bem da minha querida avó

E ela continua sendo meu anjo da guarda.


Eu era cheio de medo e ela me amparava

E em instantes de escuridão eu tinha luz. 

 

E sequer existia em mim o medo da morte

E quando pequeno eu era existia o Natal.

 

Até presépio a minha avó armava na sala

E eu acreditava em tudo que vinha da sua fé.


Hoje eu tenho certeza que Jesus não é menino

E bom seria que eu não deixasse de ser criança.

 

Hoje eu não mais acredito em nada nesta vida

E acreditando em tudo talvez.

 

Pensando em minha avó eu encontro na lembrança

O meu tempo de criança em que o Natal estava em mim. 



Santo Antônio de Jesus, 22 de dezembro de 2020, às 22h 26min.



 

 

A Doce e Amarga Ilusão de Viver


 
            A Doce e Amarga Ilusão de Viver

                                  [evangelhista da silva]


O coronavírus tem sido um mar de incertezas para a humanidade. É o prenúncio da morte se nos mostrando que passamos. Que vamos. E se nos adverte para que além de todas as patologias existentes, e as por virem, ainda, se nos parece para muitos uma farra. Um nada. Muitos mortais só lembram de pegar o 'trem da vaidade' e não o trem da morte. Mas o bacanal é uma viagem de fantasias. O forte é usar máscaras. Adentram a primeira classe com imensa alegria e contentamento.  E lá se vão sacaneando o viver. A vida, para essa gente, é diversão e muito pó. Aberração sexual e toda a forma de viadagem. É manifestação de vaidade, prepotência, arrogância e prazer. Diante uma vida curta e indefinida, marcada por tantos desencontros, há pessoas que zombam do Trem da Morte. Pior, só lembram de comprar a passagem quando se encontram na terceira classe. Inerte, gélido e sem nada mais a pensar. Interessante que não pensam. Poderiam até pensar. Mas como a vida é uma doce e amarga ilusão, todos se vão em algum momento, por vezes,  inesperadamente.


SAJ, 22/12/20, às 02h16min.

ANSIEDADE - Como enfrentar o mal do século | Dr. Augusto Cury

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Augusto Cury

 Augusto Cury

RESUMO DA BIOGRAFIA DE AUGUSTO CURY

OcupaçãoPsiquiatra e escritor brasileiro

Data do Nascimento02/10/1958




Augusto Cury

Psiquiatra e escritor brasileiro

                                                        Por Dilva Frazão



Biografia de Augusto Cury

Augusto Cury (1958) é um médico psiquiatra, professor e escritor brasileiro, famoso pelos seus livros na área de psicologia. É o autor da Teoria da Inteligência Multifocal.

Augusto Cury (1958) nasceu em Colina, São Paulo, no dia 2 de outubro de 1958. Formou-se em Medicina pela Faculdade de São José do Rio Preto. Dedicou-se durante 17 anos à pesquisa sobre as dinâmicas da emoção. É o criador da Teoria da inteligência multifocal, que visa explicar o funcionamento da mente humana e as formas de como devemos fazer para exercer maior domínio sobre a nossa vida por meio da inteligência e pensamento.

As tensões e angústias do dia a dia são temas constantes em suas conferência e seus livros. Os problemas derivados do trabalho excessivo e as exigências do mundo moderno também são assuntos constantes nas explanações.

Publicou “Inteligência Multifocal” (1999), onde apresenta mais de 30 elementos essenciais para a formação da inteligência humana, tais como o processo de interpretação, a democracia e o autoritarismo das ideias e o fluxo vital da energia psíquica.

Cury é membro de honra do Instituto da Inteligência, de Portugal, diretor da Academia de Inteligência - instituo que oferece treinamento aos psicólogos e educadores. É Doutor Honoris Causa da UNIFIL- Centro Universitário Filadélfia, em Londrina, no Paraná.

Augusto Cury publicou vários livros, entre eles: “Revolucione Sua Qualidade de Vida“ (2002), “Dez Leis para Ser Feliz” (2003), “Nunca Desista de Seus Sonhos” (2004), Coleção “Análise da Inteligência de Cristo” (2006), “Os Segredos do Pai-Nosso” (2007) e “De Gênio e Louco Todo Mundo Tem um Pouco” (2009).

Augusto Cury foi considerado pelo jornal Folha de São Paulo como o autor brasileiro mais lido da década de 2000.

Mil Anos de Solidão




Mil Anos de Solidão

 

[evangelhista da silva]

 

 

Ela, que não fala e age com destreza,

Vomita um cenário de amargura e incertezas.

Tornando o jardim de uma vida deserto e sem flores

Destruindo a vida, e alegria de quem ama.


O mundo é um deserto florido de desenganos enfim.

A ingratidão, para mim,  não é retribuir, mas sim não furtar.

E a rosa de Sant'Ana tem sido o marco de tristeza e decepção.  

Como doi o golpe desferido por uma alma  impura e desumana.

 

Mil anos de solidão e desgraças de quem ama.

Assim vou-me consumido pela violência e traição.

Sempre que respiro amor bate o coração em chamas e ira

Consumido pelo ódio e vingança sem direito a perdoar.


O Amor adoece e clama por vingança e loucuras.

O ódio é uma força íntima que caminha lado a lado com o amor.

Mas se um dia esta chama lhe abater o coração, negue a sua mente

Este sentimento de repulsa ao mal que lhe fizerem e oferte o perdão.

 



Santo Antônio de Jesus, 21 de dezembro de 2020, às 2h 07 min.

 



domingo, 20 de dezembro de 2020

O Repetitivo e Abusivo Espírito de Natal




O Repetitivo e Abusivo Espírito de Natal
 
 
 
[evangelhista da silva]
 
 
 
Aqui é o Planeta Terra ou uma outra morada tão semelhante.

Estamos assustados com uma visita inesperada

Que invadiu os nossos quartos na hora do sexo.


Falam tanto em Jesus como se fosse uma criança a esperar Papai Noel.

Estão desesperados matando as árvores e envenenando as águas.

E de uma forma monstruosa matam gente.


Vendem o Cristo Jesus por migalhas imaginem que torpor.

Aqui falam em amor e amar como se amor e amar fossem ato de Puta.

E a confusão aumenta mais ainda quando loteiam o planeta.


Fazem todas as formas de sacanagem com política, justiça e vidas.

Aqui há monstros de toda a natureza sexual usando a força bruta.

Monstros Veados, Lésbicas e Putas.


Morar aqui é uma porra que amedronta todos nós que somos mortais.

O pior de toda a nossa incerteza é não entender a morte.

É tudo muito estranho, e descabido, e desconhecido.


Mesmo desse jeito somos desiguais e estupidamente sacanas.

Criamos ambição para tudo ter e foder o mundo.

Sim, ainda ficamos doentes.


A doença é como se fosse uma forma de punição antes de morrer.

Apesar de que há os que morrem sem adoecer.

Que não dar para entender é a desigualdade.


Marcham em guerras matando e vendendo armas e intrigas por tudo e nada.

São cegos, mudos, surdos e não sabem para aonde vão.

Marcham rumo ao vazio das suas existências incertas.


Aqui é o Planeta Terra onde o tempo que temos é pouco e imprevisível.

Ainda assim armazenamos tudo, tudo para nada.

E somos absolutamente separados.


Somos quase oito bilhões de habitantes indesejáveis por aqui.

Somos desiguais, sós, podres, fedemos em merda.

Fazemos merda e o nosso corpo apodrece.


Todos nós somos iguais para morrer e fazer merda que fede como a bosta.

Quando o nosso corpo apodrece ainda em vida é foda.

Ninguém aguenta a podridão.


Se você está me lendo que escrevo, dizem que é aniversário de Jesus.

Jesus foi um camarada que por aqui passou fazendo tudo certo.

Não comprou terras nem construiu patrimônio ou religião.


Foi vilipendiado porque não aceitaram a sua prática de vida.

Interessante que não era Ele Veado nem comia Putas.

Entendia Ele que Amar não é roçar o clítoris.


Amar é sublimação rumo a perfeição da igualdade.

Amar é perder-se em olhar o infinito

À senda do Amor.


Nunca foi Natal.







Santo Antônio de Jesus, 20 de dezembro de 2020, às 2h 42 min.
 
 
 




Roupa Nova - Natal Todo Dia

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Quando Setembro Vier


 

                                                                [evangelhista da silva]




Ah!



Quando setembro vier



As flores em primavera
Felizes e alegres a bailar farão festas
E em festas de primaveras
Embriagado de amores: Ana, Adry, (aninha)
Torto e coxo de felicidades
Certamente
Estarei velho.



Ainda assim
Decrépito e chato
Sairei correndo envergado
Até a Feira de Santa Ana
Chegando a Princesa do Sertão
Gritarei como o trovão o teu Santo Nome
Oh minha doce e querida Ana.



Atirar-me-ei em teus braços
E teus doces pés beijarei
Como ponto de partida
Para alcançar os teus lábios querida
Oh! Mar de prazer e loucura.



Banhar-me-ei de suor, amor e vida
Amar-te-ei em plena Avenida
Avenida Maria Quitéria
E descarrilado lá se me vou trem bala
Neste cenário deserto
Onde o nosso Amar declamará versos
Gemendo Doces Sinfonias.



Adriana!
Meu lindo e doce amor.