[evangelhista da silva]
Vou dançando o bolero da vida e amar
Eternamente preso aos sentidos fixo.
E nu, como uma puta despida a esperar
Por seu macho no primeiro movimento
A décima trepada atrevida e sem razão,
Sim, gozar mais uma vez com a safada.
Como um cachorro honesto e desprezível,
Trepo quase sempre uma cachorra vadia
Publicamente e sem vergonha na cara...
Chamo a atenção de toda a cachorrada.
E as putas que passam sentem vergonha
Do meu gesto puro, carinhoso e safado.
Em plena forma e língua de fora cansado
Vou-me esvaindo em sexo nesta vida.
Só pensando na rainha das cachorras
Se me desgasto em gozo e lembranças.
Ouvindo e dançando o bolero de Ravel
Assim o Natal revivo a mais pura fantasia.
Santo Antônio de Jesus, 25 de dezembro de 2020, aos 34 min.
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