quarta-feira, 8 de junho de 2011

Palavras-chave: explosão na bahia
sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Advogado quer recorrer contra condenação de donos de fábrica

O advogado Alfredo Carlos Venet de Souza Lima, que defendeu esta semana os cinco réus julgados culpados em júri popular por causa da morte de 64 pessoas há 12 anos na explosão de uma fábrica de fogos de artifício em Santo Antônio de Jesus (a 100 quilômetros de Salvador, na região do Recôncavo Baiano), anunciou disposição de recorrer contra a condenação e chegar até o Supremo Tribunal Federal (STF), caso seja necessário.


Por: Agência Brasil
BRASÍLIA
O advogado Alfredo Carlos Venet de Souza Lima, que defendeu esta semana os cinco réus julgados culpados em júri popular por causa da morte de 64 pessoas há 12 anos na explosão de uma fábrica de fogos de artifício em Santo Antônio de Jesus (a 100 quilômetros de Salvador, na região do Recôncavo Baiano), anunciou disposição de recorrer contra a condenação e chegar até o Supremo Tribunal Federal (STF), caso seja necessário.
Os réus pertencem à família proprietária da fábrica de fogos. Quatro pessoas foram condenadas a dez anos e seis meses de prisão e uma teve pena de nove anos, por ser maior de 70 anos. Logo após o anúncio, o advogado pediu que os réus permanecessem em liberdade até o julgamento do recurso em uma das duas câmaras criminais do Tribunal de Justiça da Bahia, formadas por quatro desembargadores. Não há prazo para exame do recurso.
“Como eles responderam todo o processo em liberdade, sem causar nenhum tipo de transtorno, o juiz conferiu o direito de apelar em liberdade”, explicou o Alfredo Venet Lima. “Não havendo êxito, nós então vamos interpor recurso no STJ [Superior Tribunal de Justiça]. Não havendo êxito, temos ainda o STF. Portanto, nós temos ainda três instâncias para recorrer”, contabilizou.
Para o advogado, a decisão do júri na madrugada de quarta para quinta-feira “foi contrária” às provas dos autos. “Imagine que a acusação fundamentou a sua pretensão punitiva em dolo eventual. É quando o agente não quer o resultado mas aceita o risco de produzi-lo. Ou seja, eles [os réus] estariam produzindo um resultado para matarem a si mesmos. Então, são suicidas porque também trabalhavam na fábrica como os demais”, argumentou.
Alfredo Venet Lima salienta que a fábrica “era autorizada a funcionar pela 6ª Região do Exército e tinha alvará da prefeitura”. Ele afirma que “não havia nenhuma irregularidade formal na fábrica” e a razão da explosão e do incêndio, escrita em laudo, seria o aumento da temperatura do local.
O advogado de defesa disse que no recurso vai argumentar que os jurados sofreram pressão durante o julgamento, com a presença de representante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) e de parlamentares, como o deputado federal Nelson Pellegrino (PT-BA), que até abril foi secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia. “Qual é a condição que os jurados, que são homens do povo, vendo aquele assédio, vão ter para julgar com isenção?”, perguntou. “É uma iniquidade [ilegalidade]”, frisou.
Procurado pela Agência Brasil, Nelson Pellegrino afirmou que o defensor “estava desinformado”. Pellegrino afirmou que esteve no julgamento porque era uma das pessoas responsáveis pela denúncia feita sobre o caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). O parlamentar afirmou que o governo federal “está sensível” à situação dos atingidos e dos familiares das vítimas da explosão. Ainda segundo ele, a SDH e a Advocacia Geral da União (AGU) discutem a reparação econômica dessas pessoas, conforme o país se comprometeu a fazer na OEA.
Redação CORREIO
Cinco pessoas foram condenadas pela Justiça pela explosão de uma fábrica de fogos que matou 64 pessoas em Santo Antônio de Jesus em 1998. O julgamento aconteceu durante toda esta quarta-feira (20) na 2ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador.
O dono da fábrica, Osvaldo Prazeres Bastos, recebeu pena menor, de 9 anos, por ter mais de 70 anos; os outros quadro condenados, seus filhos Mário Fróes Prazeres Bastos, Ana Cláudia Almeida Reis Bastos, Helenice Fróes Bastos Lyrio e Adriana Fróes Bastos de Cerqueira, pegaram pena de dez anos e 6 meses. Outros trés réus foram absolvidos, Berenice Prazeres Bastos da Silva, também da família, e os ex-funcionários Elísio de Santana Brito e Raimundo da Conceição Alves.

Mário assumiu que era o responsável pela fábrica que explodiu
O julgamento começou por volta das 9h e durante os depoimentos o dono da fábrica, Osvaldo, chegou a passar mal e precisou ser amparado por uma enfermeira. Ele não prestou depoimento. Sua filha Adriana Fróes Bastos de Cerqueira se recusou a falar. Já Mário Fróes Prazeres Bastos, também filho de Osvaldo, assumiu a responsabilidade pelo comando da fábrica.
Em seu depoimento, Mário também confirmou que os funcionários recebiam R$ 0,50 por cada milheiro de fogos produzidos, mas negou que empregasse trabalho infantil - o que foi afirmado por várias testemunhas. Os familiares também afirmaram que todos os barracões tinham um extintor e instruções de segurança, o que foi negado por ex-funcionários, que afirmaram que sequer havia um medidor de temperatura no local.
A defesa já entrou com recurso, que foi aceito pelo juiz, e os réus irão aguardar em liberdade pela decisão do Tribunal de Justiça.
(Com informações da repórter Mariana Rios




Santo Antônio de Jesus: Acusados de mortes em explosão de fábrica de fogos vão a júri

Julgamento acontece no Fórum Ruy Barbosa nesta quarta-feira

19.10.2010


 
Redação CORREIO
Após 12 anos da explosão de uma fábrica clandestina de fogos de artifício, que matou 64 pessoas no município de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano, o dono da empresa, Osvaldo Prazeres Bastos, e sete pessoas ligadas a ele irão a júri popular. O julgamento terá início nesta quarta-feira, às 8h, na 1ª Vara do Júri, no Fórum Ruy Barbosa. A explosão na fábrica, que funcionava sem autorização, ocorreu na manhã de 11 de dezembro de 1998. Cinco pessoas sobreviveram, mas com lesões muito graves.
O julgamento foi transferido de Santo Antônio de Jesus para Salvador no ano passado. A decisão levou em consideração a forte influência dos fabricantes de fogos que dominam o município, que fica a 184 quilômetros da capital baiana.
Todos os réus fazem parte da mesma família. Bastos é conhecido como Vardo dos Fogos. A investigação apontou que ele armazenava material explosivo de forma ilegal e produzia fogos de artifício sem condições básicas de segurança. Além de Bastos, serão julgados Mário Fróes Prazeres Bastos, Ana Cláudia Almeida Reis Bastos, Helenice Fróes Bastos Lírio, Adriana Froés Bastos de Cerqueira, Berenice Prazeres Bastos da Silva, Elísio de Santana Brito e Raimundo da Conceição Alves.
Devido à demora para julgar o caso, punir os responsáveis e fiscalizar a produção de fogos que ainda continua na cidade, o Estado brasileiro é réu perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). Por conta disso, um representante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República irá acompanhar o julgamento nesta quarta-feira.
A denúncia foi apresentada em 2001 à corte internacional por parentes de vítimas e entidades defensoras de direitos humanos, como o Movimento 11 de Dezembro, o Fórum de Direitos Humanos de Santo Antônio de Jesus, a organização não governamental (ONG) Justiça Global, e a Rede Social de Justiça e Direitos Humanos.
Em 2006, o Estado brasileiro assumiu parente a OEA a responsabilidade na explosão da fábrica e se comprometeu, em audiência realizada em Washington, a fazer a reparação moral e material para as famílias das vítimas e dos sobreviventes.
"Foi um dos quadros mais tristes que eu já vi", disse o ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, que participava hoje da abertura da 18ª Reunião de Altas Autoridades de Direitos Humanos e Chancelarias do Mercosul e Estados Associados (RAADH).
O ministro, que esteve na região depois que o Estado brasileiro foi condenado pela OEA, espera que o julgamento 'desaforado' (fora da comarca de Santo Antônio de Jesus) determine a indenização e, assim, cumpra uma das cláusulas acertadas pelo Brasil na OEA.
Santo Antônio de Jesus é conhecida como polo da produção de fogos de artifício. Apesar da importância econômica da atividade para o município, a fabricação de fogos ocorre, na maior parte dos casos, sem autorização para o funcionamento. Em março de 2007, outra explosão em fábrica clandestina causou a morte de Sólon dos Passos, que teve 90% do corpo queimados. As informações são da Agência Brasil






Santo Antonio de Jesus

EXPLOSÃO QUE MATOU 64 É LEVADA À ONU
Uma relatora da organização esteve ontem com familiares das vítimas, no 7º aniversário da tragédia com a fábrica de fogos.

A TARDE - Salvador - 12/12/2005
Deodato Alcântara

Com o preto das vestimentas e da faixa que clama por Justiça, familiares das 64 pessoas mortas há exatamente sete anos, na explosão da fábrica clandestina de fogos de artifícios – em Santo Antônio de Jesus, a 180 km de Salvador –, conversaram ontem, por cerca de duas horas, com a relatora Hina Jilani, do Alto Comissariado de Defesa dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), na sede do Grupo Gay da Bahia (GGB), no Centro Histórico.

“Este é o sétimo aniversário da impunidade e mais um dia de tristeza para todos nós”. Foi como abriu a conversa a vendedora de acarajé Maria Madalena Santos Rocha, 53 anos, que na explosão da fábrica de fogos clandestina perdeu três filhas - de 13, 15 e 22 anos -, e hoje lidera o Movimento 11 de Dezembro.

Madalena apelou a Hina que, através da ONU, exija providências do governo brasileiro em relação ao julgamento dos processos que tramitam contra o dono da fábrica clandestina, Osvaldo Prazeres Bastos, o “Vardo dos Fogos”, e a União, para responsabilização criminal e indenização cíveis e trabalhista.

Para a baiana de acarajé, a vida para as pessoas que não desistiram dessa luta se tornou um verdadeiro calvário: “Caminhamos todo dia para o fórum e o que escutamos é que nada ainda foi resolvido. Não pensamos só na indenização, queremos que seja feita justiça”, declarou Madalena. Segundo ela, muitos já desistiram de lutar e alguns definharam até a morte. “Hoje somos motivo de chacota. As pessoas jogam na nossa cara que pobre não tem nenhum direito”, lamentou a baiana.

Acompanhando essas famílias desde 1998, ocasião do acidente, o deputado Yulo Oiticica, da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa (CDH-ALBA), informou à relatora, que dos quatro processo – criminal, trabalhista, contra o Estado e a União – o único resultado positivo até o momento é uma sentença preliminar da Justiça Federal, determinando uma pensão de um salário mínimo às crianças órfãs na explosão, até que o processo tramite em julgado. “Isso é para permitir o mínimo de dignidade de vida a esses sobreviventes”, esclareceu.

Ainda segundo o deputado, cada vez se torna mais difícil que haja alguma reparação financeira por parte do fabricante de fogos, que permanece em liberdade. “Ele transferiu todos os bens para nomes de outras pessoas.

Continua empresário e produzindo fogos, mas distante do alcance da Justiça”, disse Oiticica. Para a ativista Ana Maria Santos, presidente do Fórum de Direitos Humanos de Santo Antônio de Jesus (FDH), a última ação da Justiça Federal foi desmembrar os 42 processos englobados na ação contra a União.

“Como se não bastassem os recursos, o Exército, por exemplo, requereu que o Município e o Estado sejam também indiciados para dividirem a responsabilidade do acidente. E, para piorar, cada processo será julgado individualmente na Justiça Federal”, declarou. Ela contou, que há cerca de duas semanas o representante de uma das famílias que participavam do 11 de Dezembro morreu de infarto, “sem ver o resultado daquilo que motivou os últimos sete anos de sua vida”.

Como ativista de defesa dos direitos humanos, Ana Maria já era “conhecida” de Hina Jilani, a quem entregou um relatório sobre as denúncias que fez contra grupos de extermínios e outro sobre a questão das vítimas da fábrica de fogos. Em 2003, a irmã de Hina, Asma Jahangi, conversou com Ana Maria, em Santo Antônio de Jesus, quando esteve na Bahia para tratar dos casos de extermínio, que a ONU chama da execuções sumárias não autorizadas.

Após cerca de duas horas e meia de audiência, Hina Jilani disse que seu relatório cobrará um posicionamento das autoridades brasileiras e garantiu que sua visita à Bahia não ficará somente na promessa.

Hina Jilani, que já passou por outros Estados e esteve inclusive no julgamento dos acusados da morte de ativista Dorothy Stang, no Pará, elogiou as organizações de defesa dos direitos humanos nacionais. Disse que ficou alegre em ver que essas entidades estão organizadas e fortes.

Documentário registra tragédia
Ontem, apesar do curto tempo que dispunha, pois a audiência começou às 16h30 e ela teria de embarcar para Pernambuco às 20h30, a relatora Hina Jilani fez questão de assitir ao vídeo Salve, Santo Antônio, que conta e mostra imagens chocantes da tragédia de Santo Antônio de Jesus.

No documentário, os primewiros momentos após a explosão e a omissão de socorro do proprietário da fábrica. O vídeo foi produzido pela Rede Sopcial de Justiça e Direitos Humanos e dirigido por Aline Sasahara.

Foi mostrado a Hina pelo Movimento Humano Direito (MHD), formado por atores do Rio de Janeiro, que mandou à audiência dois de seus integrantes, as atrizes globais Pepita Rodrigues e Salete Hallack. As duas já haviam participado da vigília que o movimento 11 de Dezembro fez na sexta-feira passada em Santo Antônio de Jesus. Segundo as atrizes, a ong foi fundada pelo atro Marcos Wuiinter, que ejá estev em outro aniversãrio do 11 de dezembro.

O objetivo, segundo Pepita, é aproveitar a visibilidade do show business em benefício dessas pessoas. “Elas estão pedindo pouco, apenas Justiça. Quem vê esse vídeo pensa estar assitindo a um filme de ficção, de terror. Mas isso ocorreu e não podemos fiocar de braços cruzados”, declarou, enquanto

Na tarde de antoentem, a relatora concedeu audiência a representantes da campanha Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto, liderada pelo Movimento Negro Unificado (MNU); do Fórum Comunitário de Combate à Violência (FCCV) e da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT) – incluindo o Grupo Gay da Bahia (GGB), dos Índios Quilombolas e dos Trabalhadores Rurais de Bom Jesus da Lapa – que estão sendo vítimas de ameaças.

Ontem, a promotora de Justiça Ana Rita Cerqueira Nascimento, que trabalhava em Santo Antônio na ocasião da tragédia, também esteve na audiência, em apoio aos familiares das vítimas. Ana Rita já solicitou à Onu, em visita anterior de outro relator, que adote alguma providência fiscalizatória no judiciário baiano.

O relatório de Hina Jilani, e outros produzidos por visitas de outros relatores ao Brasil, nos últimos anos, deverão ser apresentados na 62ª Sessão da Comissão de Direitos Humanos da ONU, prevista para o próximo ano.

Serviço
  • No dia 11 de dezembro de 1998, uma explosão acidental numa fábrica clandestina de fogos de Santo Antônio de Jesus mata 62 mulheres e duas crianças.No dia 11 de dezembro de 1998, uma explosão acidental numa fábrica clandestina de fogos de Santo Antônio de Jesus mata 62 mulheres e duas crianças.

  • Em em 1999, foi fundado o Movimento 11 de Dezembro, para garantir os direitos das vítimas e a punição dos donos da fábrica de fogos de artifício. O movimento é apoiado por ONGS da Bahia e do Rio de Janeiro.

  • Em 9 de novembro de 2004 foi lançado o documentário “Salve, Santo Antônio”, que conta a situação precária em que ficaram as 42 famílias das vítimas da explosão.


  • Até o momento, nem o dono da fábrica clandestina, Osvaldo Prazeres Bastos, nem o Estado ou a União foram condenados nos processos que tramitam na Justiça.
  • Blog do Caó: Texto

    Blog do Caó: Texto: "Caó Cruz Alves iniciou profissionalmente como cartunista nos anos 70. Ele foi o primeiro baiano a lançar um livro com quadrinhos, uma cole..."

    terça-feira, 7 de junho de 2011

    ELES ESTÃO INVADINDO O BRASIL
    07 de junho de 2011

     
    Segue abaixo o relato de uma pessoa que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima. Trata- se de um Brasil que a gente não conhece..
     
    As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.
     
    Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.
     
    Para começar, o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense. Pra falar a verdade, acho que a proporção de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto, falta uma identidade com a terra.
    Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária pública, (e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura é claro) ou a pessoa trabalha no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo.

    Não existe indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do território roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%, descontando- se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.
     
    Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a Manaus, cerca de 800 km ) existe um trecho de aproximadamente 200 km reserva indígena (Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam incomodados.
     
    Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.
     
    Outro detalhe: americanos entram à hora que quiserem. Se você não tem uma autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem- se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas. É comum se encontrar por aqui americano tipo nerdcom cara de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas, pasme, se você quiser montar uma empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí, camu-camu etc., medicinais ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar 'royalties' para empresas japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia...
     
    Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: Os americanos vão acabar tomando a Amazônia.E em todas elas ouvi a mesma resposta em palavras diferentes.. Vou reproduzir a resposta de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:
    'Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa'.
     
    A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com o pseudo objetivo de combater o narcotráfico. Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso pode causar um incidente diplomático). Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.
     
    Pergunto inocentemente às pessoas:  porque os americanos querem tanto proteger os índios ?  A resposta é absolutamente a mesma, porque as terras indígenas além das riquezas animal e vegetal, da abundância de água, são extremamente ricas em ouro - encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO.
     
    Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a  alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa.
    É, pessoal... saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá diminuir de tamanho.
    Será que podemos fazer alguma coisa???
     
    Acho que sim. Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique sabendo desses absurdos.
    Mara Silvia Alexandre Costa
    Depto de Biologia Cel. Mol. Bioag.Patog. FMRP - USP
     
    Opinião pessoal:
     
    Gostaria que você que recebeu este e-mail, o repasse para o maior número possível de pessoas. Do meu ponto de vista seria interessante que o país inteiro ficasse sabendo desta situação através dos telejornais antes que isso venha a acontecer.
    Afinal foi num momento de fraqueza dos Estados Unidos que os europeus lançaram o Euro, assim poderá se aproveitar esta situação de fraqueza norte-americana (perdas na guerra do Iraque) para revelar isto ao mundo a fim de antecipar a próxima guerra.
    Conto com sua participação, no envio deste e-mail.
     
    Celso Luiz Borges de Oliveira
    Doutorando em Água e Solo FEAGRI/UNICAMP


    quarta-feira, 1 de junho de 2011


    sábado, 8 de janeiro de 2011

    Psicanálise*Dominar a ira

    "Se tens um inimigo,o maior mal que podes causar,não a ele,mas a ti mesmo,é permitir que o ódio penetre em tua alma e abra nela um sulcro inapagável."
    Fosdick

    Para dominar esta emoção será útil conhecer sua trajetória psicológica.
    A injustiça,o insulto ou o incômodo chegam pelos sentidos ou pela imaginação até o córtex cerebral.Se o concebemos como contrários 'a nossa vida,saúde,honra ou ideal,formamos um destes três conceitos práticos: "EU,ELES,AQUILO"

    EU:Com estas qualidades e méritos não mereço esse trato.Meu parecer e vontade devem ser respeitados.

    ELES:São injustos,cruéis,ingratos,insuportáveis.Devem ser castigados.

    AQUILO:(O acontecimento).É injusto,intolerável,perigoso.

    Este conceito,principalmente se é muito forte,sensível e prolongado,estimula o hipotálamo,sala das máquinas da emoção.Automáticamente,se põe,então,em atividade o sistema nervoso autônomo.Este,quer por si mesmo,quer pela simpatina e adrenalina,põe em rápida comoção o coração,estômago,pulmões,
    músculos,vísceras,etc.Ao mesmo tempo nos invade o sentimento de desgôsto e de antipatia.
    Isto é,o que os filósofos e moralistas clássicos chamaram "Motus primo primi",em que não há responsabilidade,e que difícilmente podemos controlar.
    A única coisa que podemos fazer é:ou evitar o excitante ou,pelo menos,sua lembrança e duração.Podemos,sobretudo,evitar ou modificar o juízo prático:
    EU,ELES,AQUILO,pela distração e,melhor ainda,pelo pensamento contrário,mediante uma educação adequada.Se fazemos isto,a comoção passa logo,sem deixar marca duradoura ou profunda.
    (extraido*Controle Cerebral e Emocional*Narciso Irala)

    PSICANÁLISE:Método de psicoterapia para tratar os problemas de natureza emocional.

    Fernanda Tomaz
    psicanalista clínica
    Fraternos Abraços

    segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

    Psicanálise * Carl Gustav Jung

    Jung*1.909
    "O principal objetivo da Terapia não é transportar o cliente para um impossível estado de felicidade,mas sim de ajudá-lo adquirir firmeza e paciência diante do sofrimento.A vida acontece num equilíbrio entre a alegria e a dor."

    PSICANÁLISE:Método de Terapia com base na exploração do INCONSCIENTE.
    Depressão,Auto-estima,Relacionamento,Solidão,Feridas da infância-adolescência...,Mágoas,Stress,Carência Afeiva,Desapego,Ansiedade,Pânico,
    Medo,Insegurança...etc.

    Análise Psicanalítica*Autoconhecimento*Desenvolvimento da Consciência*
    Visualização do seu eu interior (COISAS D'ALMA).

    "O que não enfrentamos em nós mesmos,encontraremos como destino."
    Carl Gustav Jung

    COISAS D'ALMA
    nosso eu interior

    Diferença entre Terapias e Psicanálise


    Inicialmente seria interessante entender a diferença entre terapias e psicanálise,antes de nos aprofundarmos no conceito do que vem
    a ser psicanálise.Para tanto pode-se lançar mão de um antigo ditado:
    "Todos os caminhos levam a Roma".As terapias seriam todos os caminhos e a psicanálise seria um deles.A psicanálise portanto é um tipo de terapia,que possui um campo teórico e técnicas que lhe são particulares.
    Mas onde se pretende chegar através da psicanálise!!!Aqueles que se dispõem trilhar esse caminho o iniciam por diversos motivos:
    Autoconhecimento,angústias,depressão,sintomas físicos dos mais diversos sem origem conhecida,etc...Porém mais importante de onde se parte é para onde se deseja chegar.Nesse sentido a psicanálise é um processo de autoconhecimento,é a análise de si mesmo com a ajuda de um profissional:O Psicanalista.
    De forma geral os sintomas,seja qual a forma que ele tome na vida de uma pessoa,são substitutos de processos inconscientes,traumas,desejos não revelados,etc...que permanecem a margem de nosso conhecimento.Quando tomamos contato com eles e os integramos de forma harmonica ao nosso psiquismo,os sintomas tendem a desaparecer.Nem sempre esse processo é prazeroso,e é uma verdade que muitas vezes ele é difícil,mas que no fim é extremamente compensador.A psicanálise portanto é um processo de "re-construção" de nós mesmos,escolhendo caminhos que muitas vezes estavam fechados,e com isso abrindo caminho para a mudança de nosso futuro.É importante entender e frisar que como toda terapia da fala,o desejo do cliente pela mudança é a força motora do processo,e que sem esse nada pode acontecer.

    A psicanálise numa única frase é a investigação do inconsciente.
    fontes*www.apsicanalise.com*Ale Esclapes

    Faça Análise Psicanalítica e descubra o fascinante mundo da Psicanálise!!!
    COISAS D'ALMA
    nosso eu interior
    Fernanda Tomaz
    EROS X THANATOS
    "Agora, penso eu,o significado da evolução da civilização não mais nos é obscuro.Ele deve representar a luta entre Eros e a morte,entre o instinto de vida e o instinto de destruição,tal como ela se elabora na vida humana.Nessa luta consiste essencialmente toda a vida,e portanto,a evolução da civilização pode ser simplismente descrita como a luta da espécie humana pela vida."
    (fonte:O mal estar na civilização*Freud)

    A sexualidade tem uma importância fundamental na Psicanálise,mas não tem um sentido restrito,ou seja,apenas genital.Tem um sentido mais amplo;toda e qualquer forma de gratificação ou busca do prazer.Então a sexualidade neste sentido amplo existe em nós desde o nosso nascimento.
    A partir deste sentido amplo da sexualidade podemos entender os princípios antagônicos que fazem parte da TEORIA PSICANALÍTICA FREUDIANA..

    Eros:do grego clássico:vida
    Thanatos:do grego clássico:morte

    Princípio do Prazer X Princípio da Realidade
    Eros:ligado às pulsões de vida,impulsiona ao contato,ao embate com o outro e com a realidade.Sendo a vida tensão permanente,conflito permanente,
    colocanos no interior de afetos conflitantes e pode não ser a realização do princípio do prazer.

    Thanatos:é o princípio profundo do desejo de não separação,de retorno à situação interina ou fetal,quer o repouso,a aniquilação das tensões.Está vinculado às pulsões da morte;pois sómente esta poderá satisfazer o desejo de equilíbrio,repouso e paz absolutos.

    Princípio do Prazer:é o querer imediatamente algo satisfatório e querê-lo cada vez mais.É a tendência que,em busca da descarga imediata da energia psíquica,não quer saber de mais nada,nem do real,nem do outro,nem mesmo da sobrevivência do própio sujeito.Não está necessáriamente ligado a Eros,mas de forma mais profunda a Thanatos;pois se o desejo do homem for o repouso,o imutável,a fuga do conflito,somente a morte (Thanatos) poderá satisfazer tal desejo.

    Psicanálise*Definição:Eros*Tânatos

    Eros:Na mitologia grega era referido personificação da vida.Deus do Amor,é o amor apaixonado,com desejo e atração sensual,amor romântico.

    Tânatos (Thânatos):Na mitologia grega era referido personificação da morte.Era conhecido por ter o coração de ferro e as entranhas de bronze.

    Sigmund Freud usou o termo Eros,para definir libido ou o impulso vital como dois instintos primários principais que determinam o comportamento humano,ao lado da morte (Tânatos).A energia psíquica de Eros é referido como libido.O instinto da vida é de auto-conservação das espécies e para a sobrevivência e reprodução do indivíduo.A palavra Eros inclui tudo que visa o prazer:contato físico,alimentação,movimento,alegria.

    Eros pode também ser definido como a atração para perfeição ou integralidade,e é usado para descrever a satisfação entre homem/mulher e o homem/deus.
    Eros é constratado frequentemente com termos gregos paralelos:"philia" e "ágape",significando,aproximadamente,amizade e afeto (ternura),
    respectivamente.

    Para a Psicanálise,Tânatos é a personificação mítica da pulsão de morte,um impulso institivo e inconsciente que busca a morte e/ou a destruição.
    Esse conceito aparece desenvolvido nos livros:Mais Além do Princípio do Prazer e Mal Estar Na Civilização,de Sigmund Freud.

    COISAS D'ALMA
    nosso eu interior
    Fernanda Tomaz
    Para entender o futuro do corpo e da saúde:filosofia e psicanálise
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    Para entender o futuro do corpo e da saúde:filosofia e psicanálise


    Há duas imagens do corpo na contemporaneidade.Por um lado,um corpo ideal,que serve como modelo e valor padronizado,oprimido democraticamente todos nós,sem diferenciação de classe,gênero ou raça,na forma de um imperativo da felicidade,da saúde,da beleza e da juventude.Seus efeitos!Bulimia,anorexia,botox,fast-food,reality shows,banalização dos psicofármacos,altos indices de ansiedade e depressão,obesidade e doenças degenerativas ditas "de civilização".Por outro lado,há também uma busca pela saúde,beleza e jovialidade não ideais nem a qualquer preço,mas no sentido de uma valorização do corpo em sua potência própia e singular,como um corpo pensante e sensível,na forma de uma aceitação de que somos parte da natureza,de que dependemos do ambiente que nos cerca.Seus efeitos!Uma maior valorização do condicionamento físico,da alimentação saudável,do cuidado com o planeta,e da ecologia do homem inserido na natureza.Em que mundo vivemos!Num mundo de aparências,do corpo perfeito,da juventude eterna,da obrigação de estarmos sempre bem,sempre sarados,sempre com tudo em cima,sempre apolíneos!Apolo e Narciso se confrontam ferozmente a longa hegenomia de Sócrates e Platão.Todavia,nosso mundo é também e cada vez mais o de Dionísio artístico.O que há em comum a essas duas contemporaneidade é o mesmo epistêmico de valorização do corpo e da natureza,como também da saúde.Em que mundo queremos viver!Isso depende de uma sintonia,de uma atitude,de uma compreensão e de uma prática.Optaremos pela falta,isto é,pela busca irrefreada de uma suposta abundância!Ou pelapotencialização de que somos e podemos ser,desenvolvendo-nos criativamente!!!Neste módulo,filosofos e psicanalistas antenados com a contemporaneidade procurarão questionar que corpo e que saúde queremos.

    (fontes:Café filosófico CPFL-cpfl tv.Cultura)

     

    COISAS DALMA* nosso eu interior
    por Fernanda Tomaz - mailto:ftpsico@hotmail.com%20*Terapeuta%20Holístico*CRT.:46166

    quinta-feira, 26 de maio de 2011

    Facebook com música | Brasil 247

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    Extraído de: Defensoria Pública da Bahia - 18 de Outubro de 2010

    Ouvidoria Entrevista: Petilda Vazquez




    No assédio moral, o medo e o temor de represálias são elementos estruturantes e as pressões são naturalizadas . Baixa auto-estima, humilhações, constrangimentos, depressão, suicídio, violação aos direitos e à saúde dos/as trabalhadores/as. Essas são algumas das conseqüências diretas das variadas formas de Assédio Moral no trabalho. Para tratar desse assunto, entrevistamos a pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher NEIM/UFBA, especialista em Relações de Trabalho Madison University, Petilda Serra Vazquez. Nessa entrevista, Petilda, que também é doutora em ciências sociais na área de Trabalho e Sindicalismo pela Universidade de Campinas (UNICAMP), afirma que vivenciamos um período de intensa precarização do trabalho. No próximo dia 27, a partir das 14h, no Amaralina Praia Hotel, ela participará da mesa Assédio moral no serviço público: características, impactos e formas de combate, coordenada pela Ouvidoria Cidadã como parte das atividades da Semana do Servidor.

    Os estudos em torno do tema Assédio Moral são recentes, embora o problema seja antigo. Como conceituar essa questão na contemporaneidade?

    Quando falamos em assédio moral, lidamos com símbolos de subjetividade. São questões que se relacionam com sujeito, com sua condição de classe, de cultura, de geração, enfim. Implica em campo de valor. Existem valores compartilhados pelo coletivo de forma mais pactuada e existem valores que são mais íntimos. A ênfase que é dada a valores depende essencialmente do sujeito e das condições na qual ele se insere. Posto isso, partimos da premissa de que assédio tem a ver com agressão, desrespeito com valores que são seus. E isso está imiscuído diretamente nas relações de trabalho. Falar em Assédio é tratar essencialmente das relações de poder. No Brasil, temos que perceber os laços históricos por trás dessa relação para compreendermos a questão do assédio hoje. Temos uma tradição muito cruel na relação de subordinação, de dominação, de poder, de quem manda e de quem obedece. Está fincada na nossa colonização.

    Como funciona a relação entre a flexibilidade e o assédio?

    Somos pautados pela racionalidade produtiva. É ela quem organiza o trabalho, que gere as pessoas. As metas de produção são pressões que o trabalhador sofre para dar conta das necessidades impostas. As pressões por metas, as avaliações de desempenho, a própria polivalência que é a idéia de que o trabalhador pode e deve somar muitas funções e atribuições. E tudo isso é naturalizado, levando ansiedade ao sujeito e outras humilhações. Cria-se um ambiente constrangedor porque ele maltrata as pessoas nas suas possibilidades, estabelecendo sérios riscos a integridade física e psíquica de quem trabalha.

    A flexibilidade funciona na lógica do empregador. Para o capital é maior rentabilidade, maior lucro. Grosso modo, falar em racionalidade produtiva é ver até onde o sujeito agüenta todo esse conjunto de pressões que perfazem o assédio moral. O trabalhador precisa ser flexibilizado. Em contrapartida temos a perda de direitos adquiridos. Em pleno século XXI estamos desregulamentando algo que já se mostrou doentio séculos antes, na Inglaterra.

    Quer dizer, dentro dessa lógica de racionalidade as pessoas são treinadas para se mostrar eficiente, cedem o máximo. O assédio é, assim, uma estética da ideologia da competência. É aí onde ele se inscreve. Nesse círculo em que você precisa dizer e mostra que é competente, que não está cansado, que aceita sempre desafios, que pode acumular tarefas.

    É comum o trabalhador se submeter a essa situação temeroso de represálias, como demissão?

    O medo é um elemento estrututante. Temos um número muito grande de desempregados. A nossa sociedade está nos dizendo o tempo todo que não é lugar para os bons, mas para excelentes. Isso traduz elementos da sociedade de competência e o exército de reserva faz que você se submeta a todo tipo de assédio. Acontece que, embora esse medo seja incompatível com a vida, com as nossas aspirações, é ele que tem precarizado todas as nossas relações. É dessa questão que não podemos fugir.

    quarta-feira, 25 de maio de 2011

    O premiado espetáculo PÓLVORA E POESIA encena 3a temporada em Salvador

    O premiado espetáculo PÓLVORA E POESIA encena 3a temporada em Salvador
    Nós podemos explicar o azul-pálido desse pequeno mundo que conhecemos muito bem. Se um cientista alienígena, recém-chegado às imediações de nosso Sistema Solar, poderia fidedignamente inferir oceanos, nuvens e uma atmosfera espessa, já não é tão certo. Netuno, por exemplo, é azul, mas por razões inteiramente diferentes. Desse ponto distante de observação, a Terra talvez não apresentasse nenhum interesse especial. Para nós, no entanto, ela é diferente. Olhem de novo para o ponto. É ali. É a nossa casa. Somos nós. Nesse ponto, todos aqueles que amamos, que conhecemos, de quem já ouvimos falar, todos os seres humanos que já existiram, vivem ou viveram as suas vidas. Toda a nossa mistura de alegria e sofrimento, todas as inúmeras religiões, ideologias e doutrinas econômicas, todos os caçadores e saqueadores, heróis e covardes, criadores e destruidores de civilizações, reis e camponeses, jovens casais apaixonados, pais e mães, todas as crianças, todos os inventores e exploradores, professores de moral, políticos corruptos, "superastros", "líderes supremos", todos os santos e pecadores da história de nossa espécie, ali - num grão de poeira suspenso num raio de sol. A Terra é um palco muito pequeno em uma imensa arena cósmica. Pensem nos rios de sangue derramados por todos os generais e imperadores para que, na glória do triunfo, pudessem ser os senhores momentâneos de uma fração desse ponto. Pensem nas crueldades infinitas cometidas pelos habitantes de um canto desse pixel contra os habitantes mal distinguíveis de algum outro canto, em seus freqüentes conflitos, em sua ânsia de recíproca destruição, em seus ódios ardentes. Nossas atitudes, nossa pretensa importância de que temos uma posição privilegiada no Universo, tudo isso é posto em dúvida por esse ponto de luz pálida. O nosso planeta é um pontinho solitário na grande escuridão cósmica circundante. Em nossa obscuridade, no meio de toda essa imensidão, não há nenhum indício de que, de algum outro mundo, virá socorro que nos salve de nós mesmos. (...)"
    Carl Sagan

    sexta-feira, 20 de maio de 2011

    O que é a Endocrinologia?







    Essa é uma pergunta que os endocrinologistas ouvem, direta ou indiretamente, muitas e muitas vezes. Todos sabem que o cardiologista cuida do coração, o gastroenterologista cuida do aparelho digestivo e o pediatra cuida de crianças. Mas, o que faz um endocrinologista?

    A Endocrinologia é uma área da Medicina um pouco mais recente, e, apesar de tratar-se de uma especialidade em franca ascensão, não é raro encontrar pessoas que não sabem qual o seu campo de atuação.

    A Endocrinologia é o ramo da Medicina que cuida dos transtornos das glândulas endócrinas. Glândulas são órgãos que produzem substâncias as mais diversas, que vão auxiliar em várias funções do organismo. O organismo possui dois tipos de glândulas, as endócrinas (que secretam substâncias no sangue, substâncias essas conhecidas como hormônios) e as exócrinas (que secretam substâncias em cavidades internas ou no exterior do corpo). Hormônios são as substâncias que, secretadas no sangue, regulam o funcionamento de um ou mais órgãos do corpo, geralmente à distância da glândula que os produziu. Os hormônios controlam a reprodução, o metabolismo (“queima” dos alimentos e eliminação de resíduos), o crescimento e o desenvolvimento. Os hormônios também controlam a maneira pela qual você responde ao meio ambiente, e ajudam a regular a quantidade exata de energia e nutrientes que o seu corpo precisa para funcionar.

    O nome (Endocrinologia) é derivado do grego, endo = interno, e krino = separar, secretar, ou seja, "secreção interna", referindo-se aos hormônios